Patologia aguda na criança e adolescente - doenças exantemáticas infeciosas (terminado) Flashcards

1
Q

Varicela - etiologia

A

Vírus Varicela Zoster

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2
Q

Varicela - período de incubação

A

14-21 dias

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3
Q

Varicela - transmissão

A

o Contacto com gotículas aerossolizadas de secreções nasofaríngeas

o Contacto direto da pele com fluido de vesículas cutâneas

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4
Q

Varicela - contágio

A

1 a 2 dias antes do exantema até à formação de crosta de todas as lesões (5 a 7 dias depois)

Altamente contagiosa

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5
Q

Varicela - epidemiologia (idade)

A

++ 5-10 anos

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6
Q

Varicela - epidemiologia (sazonalidade)

A

++ inverno e primavera

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7
Q

Varicela - evicção escolar

A

Evicção escolar obrigatória
- o afastamento deve manter-se durante um período de 5 dias após o início de erupção

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8
Q

Varicela - clínica

A
  • Pródromo: febre, mal-estar, anorexia → 24h depois: erupção vesicular generalizada
  • Exantema:
    o Pruriginosa.
    o Máculas → pápulas →vesículas (podem ter componente pustular) → crostas.
    o Presença simultânea de lesões em diferentes estágios de desenvolvimento.
    o Localização: face, tronco e extremidades
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9
Q

Varicela - complicações

A

o Sobreinfeção bacteriana da pele (++ Streptococcus e Staphylococcus)

o Encefalite

o Síndrome de Reye: náuseas, vómitos, cefaleia, excitabilidade, delírio → progressão frequente
para coma. Desencadeado pelo uso de AAS

o Pneumonia

o Hepatite

o Outros: otite média, faringite, diarreia

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10
Q

Varicela - tratamento, se infeção não complicada, ≤ 12 anos

A
  1. Cortar as unhas
  2. Tratamento sintomático:
    - Antipirético (paracetamol;
    precaução com AINE – possível associação com sobreinfeção bacteriana; NÃO usar AAS
    - Antihistamínico
  3. Não recomendado antivírico
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11
Q

Varicela - tratamento, se:
- Adolescentes (≥ 13 anos)
- Adultos
- Casos secundários (coabitantes)
- Antecedentes de doenças cutâneas ou
pulmonares crónicas
- Crianças sob terapêutica com:
. Corticoides (inalatória ou oral intermitente);
. Salicilatos (crónica)

A
  1. Cortar as unhas
  2. Tratamento sintomático:
    - Antipirético (paracetamol;
    precaução com AINE – possível associação com sobreinfeção bacteriana; NÃO usar AAS
    - Antihistamínico.
  3. Não recomendado antivírico

+

Aciclovir PO, 20 mg/kg/dose, 4x/dia
- durante 5 a 7 dias
- dose máxima: 800 mg/dose
OU
Valaciclovir PO, 20 mg/kg/dose, 3x/dia
- durante 5 a 7 dias
- dose máxima: 1000 mg/dose

Nota: o tratamento deve começar idealmente nas primeiras 24h do exantema → > eficácia; nos indivíduos imunocompetentes, a replicação do vírus geralmente pára após 72h do aparecimento do exantema

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12
Q

Varicela - tratamento, se imunocomprometidos:
- Neoplasia maligna
- HIV
- Corticoterapia em alta dose (≥ 20 mg ou ≥2
mg/kg) > 14 dias
- Tratamento imunossupressor

A

Aciclovir EV, 10 mg/kg/dose, 3x/dia
ou
Valaciclovir PO, 20 mg/kg/dose, 3x/dia
(pode ser opção em casos selecionados considerados de baixo risco de desenvolver varicela grave, se a criança puder ser acompanhado de perto em ambulatório)
- durante 7 a 10 dias
- dose máxima: 1000
mg/dose

Nota: iniciar tratamento independentemente do tempo de evolução, desde que lesões ativas

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13
Q

Exantema súbito (roséola infantil) - etiologia

A

+++ Herpes vírus humano tipo 6 (HHV-6)

  • Outros: HHV-7, enterovirus (coxsackievirus A and B, echovirus), adenovirus, parainfluenza
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14
Q

Exantema súbito (roséola infantil) - período de incubação

A

7-14 dias

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15
Q

Exantema súbito (roséola infantil) - transmissão

A

Contacto com gotículas aerossolizadas de secreções

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16
Q

Exantema súbito (roséola infantil) - epidemiologia

A

++ 7-13 meses

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17
Q

Exantema súbito (roséola infantil) - clínica

A

3-5 dias de febre → desaparece a febre → surge o exantema

Exantema:
o Máculas/Maculo-pápulas.
o Não pruriginoso.
o Desaparece à digitopressão.
o Tronco/pescoço → face → membros superiores.
o Desaparece ao fim de 1-2 dias

Adenomagelias cervicais, pós-auriculares, occipitais são comuns

Benigna, auto-limitada

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18
Q

Exantema súbito (roséola infantil) - tratamento

A

Tratamento sintomático

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19
Q

Eritema infecioso (5ª doença) - etiologia

A

Parvovirus B19

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20
Q

Eritema infecioso (5ª doença) - período de incubação

A

4-14 dias

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21
Q

Eritema infecioso (5ª doença) - transmissão

A

o Secreções das vias aéreas

o Transmissão vertical (transplacentária) → hidrópsia fetal e morte

o Transmissão sanguínea (transfusão)

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22
Q

Eritema infecioso (5ª doença) - contágio

A

Até ao aparecimento do exantema

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23
Q

Eritema infecioso (5ª doença) - epidemiologia

A

++ 2-12 anos

++ primavera

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24
Q

Eritema infecioso (5ª doença) - clínica

A
  • Pródromo: febre, coriza, cefaleia, mialgias, náusea, diarreia → 2-5 dias depois: exantema → artrite, crise aplástica transitória (sobretudo se anemia de células falciformes), alterações neurológicas
  • Exantema:
    o “Face esbofeteada” (eritema intenso nas bochechas) – 2-4 dias → exantema no tronco e
    extremidades – 1-3 semanas
    o Poupa palmas e plantas
    o Maculopapular, rendilhado
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25
Q

Eritema infecioso (5ª doença) - tratamento

A

Tratamento sintomático

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26
Q

Escarlatina - etiologia

A

Streptococcus β-hemolítico do grupo A

27
Q

Escarlatina - período de incubação

A

1-3 dias

28
Q

Escarlatina - transmissão

A

Secreções das vias aéreas

29
Q

Escarlatina - contágio

A

Até 24h após início da antibioterapia

30
Q

Escarlatina - epidemiologia (idade)

A

++ 4-8 anos

31
Q

Escarlatina - epidemiologia (sazonalidade)

A

++ inverno e primavera

32
Q

Escarlatina - evicção escolar

A

Evicção escolar obrigatória
- afastamento deve manter-se até cura clínica, devendo, contudo, terminar após a apresentação de análise do exsudado naso-faríngeo negativa para o streptococcus hemolitico do grupo A, exceto no caso de ATB correta, comprovada por declaração médica, em que o afastamento termina vinte e quatro horas após o início do tratamento

33
Q

Escarlatina - clínica

A
  • Pródromo: febre alta de início súbito, cefaleia, dor abdominal, náusea/vómito + amigdalite eritematosa e pultácea, língua “framboesa”, petéquias no palato (12h -2 dias)
  • Exantema:
    o 12-48h após início da doença.
    o Maculopapular.
    o Rugoso (tipo “lixa”).
    o Desaparece à digitopressão.
    o Peito → face (testa e bochechas hiperemiadas e palidez perioral – sinal de Filatov) → pescoço e membros
    o Mais intenso nas pregas de flexão (formação de linhas transversais – sinal de Pastia)
    o Poupa palmas e plantas.
    o Duração: 4-5 dias → descamação fina
34
Q

Escarlatina - tratamento

A

= amigdalite estreptocócica

35
Q

Escarlatina - tratamento: 1ª linha

A

Amoxicilina
- via oral
- dose: 50 mg/kg/dia (máx 1 g/dia)
- nº de tomas: 12/12h
- duração 10 dias

36
Q

Escarlatina - tratamento: alternativa de 1ª linha

A

Penicilina G benzatínica
- via I.M.
- dose:
. < 27 kg = 600.000 U
. ≥27 kg = 1.200.000 U
- nº de tomas: dose única
- dose única

37
Q

Escarlatina - tratamento: se alergia à penicilina, hipersensibilidade de tipo 1 (4)

A

Claritromicina

Eritromicina

Azitromicina

Clindamicina

38
Q

Escarlatina - tratamento: Claritromicina

A
  • via oral
  • dose: 15 mg/kg/dia (máx 1 g/dia)
  • nº de tomas: 12/12h
  • duração 10 dias
39
Q

Escarlatina - tratamento: Eritromicina

A
  • via oral
  • dose: 50 mg/kg/dia (máx 2 g/dia)
  • nº de tomas: 6/6h ou 8/8h
  • duração 10 dias
40
Q

Escarlatina - tratamento: Azitromicina

A
  • via oral
  • dose: 12 mg/kg/dia (máx 500mg/dia)
  • nº de tomas: 24h/24h
  • duração 5 dias
41
Q

Escarlatina - tratamento: Clindamicina

A
  • via oral
  • dose: 20 mg/Kg/dia (máx. 1,8 g/dia)
  • nº de tomas: 8/8 h
  • duração 10 dias
42
Q

Escarlatina - tratamento: se alergia à penicilina, hipersensibilidade não tipo 1 (3)

A

Cefadroxil

Cefeprozil

Cefuroxime-axetil

43
Q

Escarlatina - tratamento: Cefadroxil

A
  • via oral
  • dose: 30 mg/kg/dia (máx 1 g/dia)
  • nº de tomas: 24h/24h
  • duração 10 dias
44
Q

Escarlatina - tratamento: Cefeprozil

A
  • via oral
  • dose: 30 mg/kg/dia (máx. 2 g/dia)
  • nº de tomas: 12/12 h
  • duração 10 dias
45
Q

Escarlatina - tratamento: Cefuroxime-axetil

A
  • via oral
  • dose: 20 a 30 mg/kg/dia (máx 1 g/dia)
  • nº de tomas: 12/12 h
  • duração 10 dias
46
Q

Escarlatina - tratamento: se portadores crónicos

A

Rifampicina (associação com penicilina)
- via oral
- dose: 20 mg/kg/dia
(máx 600 mg/dia)
- nº de tomas: 12/12 h
- nos últimos 4 dias

47
Q

Sarampo - etiologia

A

Paramixovírus

48
Q

Sarampo - período de incubação

A

6-21 dias

49
Q

Sarampo - transmissão

A

Secreções das vias aéreas

50
Q

Sarampo - contágio

A

o Desde 5 dias antes do exantema até 4 dias após o seu aparecimento

o Altamente contagiosa

51
Q

Sarampo - evicção escolar

A

Evicção escolar obrigatória
- o afastamento deve manter-se pelo período mínimo de 4 dias após o início do exantema

52
Q

Sarampo - DNO

A

Doença de Notificação Obrigatória (DNO) - SINAVE

53
Q

Sarampo - após o diagnóstico clínico de um caso suspeito

A
  • Promover o isolamento do doente:
    o Dar uma máscara ao doente (se aplicável) e encaminhá-lo para uma sala separada.
    o Os profissionais de saúde devem cumprir com as precauções baseadas na transmissão por
    via aérea.
    o Informar o doente sobre as medidas a ter no âmbito de isolamento social (evitar contactar com outras pessoas)
  • Referenciar para o Hospital da área (em transporte próprio ou em ambulância):
    o Informação prévia ao hospital.
    o Informar o Coordenador da UF e o Diretor Clínico sobre a referenciação
  • Informar Delegado de Saúde
54
Q

Sarampo - clínica

A
  • Febre elevada de aparecimento agudo + coriza, conjuntivite, tosse (2-4 dias) → exantema → 24-
    48h após: enantema (manchas de Koplik – branco-azuladas, 1-3mm, mucosa oral ao nível do 2º
    molar, mas que podem espalhar pela restante mucosa oral) → OMA, pneumonia, laringotraqueobronquite, convulsões febris, encefalite
  • Exantema:
    o Maculopapular.
    o Confluente.
    o Desaparece à digitopressão.
    o Pruriginoso.
    o Retroauricular → face → pescoço → tronco → extremidades.
    o Após 3-4 dias: escurece (castanho/acinzentado) com descamação.
    o Dura geralmente 6-7 dias.
    o Desaparece pela mesmo ordem com que inicia
55
Q

Sarampo - tratamento

A

Tratamento sintomático

56
Q

Sarampo - vacina

A

PNV
- VASPR (sarampo, parotidite epidémica e rubéola)
- aos 12 meses e 5 anos

57
Q

Doença mão-pé-boca -etiologia

A

++ Coxsackievirus tipo A16 e Enterovirus A71
* Outros: Coxsackievirus A2, A4 a A10, B2, B3, B5; Echovirus 1, 4, 7, 19

58
Q

Doença mão-pé-boca - período de incubação

A

3-5 dias

59
Q

Doença mão-pé-boca - transmissão

A

o Fecal-oral

o Contacto direto com lesões ou secreções orais e das vias aéreas

60
Q

Doença mão-pé-boca - contágio

A

Durante o exantema

61
Q

Doença mão-pé-boca - epidemiologia

A

++ fim do verão e princípio do outono

62
Q

Doença mão-pé-boca - clínica

A
  • Pródromo: febre, mal-estar, odinofagia, dor na cavidade oral, recusa alimentar, enantema (língua,
    palato, mucosa oral) (3-5 dias)
  • Exantema:
    o Macular, maculopapular ou vesicular.
    o Região perioral, palmas da mãos e plantas dos pés.
    o Pode atingir nádegas e genitais.
    o Resolve em 1 semana
63
Q

Doença mão-pé-boca - tratamento

A
  • Tratamento sintomático
  • Manter hidratação adequada
  • Alimentos/bebidas frios, de fácil mastigação (ex.: gelatina, pudim)
  • Evitar sal, picante, citrinos
64
Q
A