Vasculites Flashcards

1
Q

Definição de vasculite sistêmica

A

São doenças autoimunes, levando a ataque vascular, apresentando sintomas vasculares

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2
Q

Sintomas vasculares / cardinais de vasculite e sua mediação fisiopatológica

A
  • Imunocomplexos → Púrpura palpável e glomerulonefrite
  • Pauci-imune: Glomerulonefrite, hemorragia alveolar e neurite
  • Granulomatosa: Oclusão vascular
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3
Q

Definição de púrpura palpável na vasculite

A

Extravasamento sanguíneo das camadas logo abaixo da epiderme, que não desaparece a digitopressão, com elevação da pele

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4
Q

Definição de glomerulonefrite na vasculite

A

Alteração de filtração glomerular + sedimentos urinários com hemácias dismórfica ou cilindros hemáticos ou proteinúria

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5
Q

Quadro clínico de hemorragia alveolar na vasculite

A

Dispneia, Dessaturação, hemoptise e infiltrado pulmonar difuso

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6
Q

Definição de neurite na vasculite

A

Oclusão do vasa nervorum → Mononeurite múltipla (déficit sensitivo-motor de territórios diferentes)

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7
Q

Definição e quadro clínico da oclusão macrovascular na vasculite

A

Obstrução de vasos nomináveis ou Vasos macroscópicos não-nomináveis

Claudicação durante exercício físico, alteração sensitiva, alteração de pulso ou PA.

São processos lentos.

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8
Q

Classificação de vasculite pelo Consenso de Chapel Hill

A

Vasculite de grandes vasos:
- Arterite de Takayasu
- Arterite de Células Gigantes

Vasculite de médios vasos:
- Poliarterite nodosa
- Doença de Kawasaki

Vasculite de pequenos vasos associado a imunocomplexos:
- Vasculite crioglobulinêmica
- Vasculite por IgA (Henoch-Schölein)
- Vasculite urticária hipocomplementêmica

Vasculite de pequenos vasos associado a ANCA:
- Poliangiíte microscópica
- Granulomatose com Poliangiíte (Wegener)
- Granulomatose com Poliangiíte eosinofílica (Churg-Strauss)

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9
Q

Manifestações comuns a todas as vasculites (7)

A
  1. Febre;
  2. Anorexia;
  3. Astenia;
  4. ↑VHS/PCR;
  5. Anemia de doença crônica;
  6. Leucocitose;
  7. Plaquetose

(achados inflamatórios e sintomas constitucionais)

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10
Q

Causas de Síndrome Pulmão-rim (5)

A
  1. Wegener;
  2. Poliangeíte microscópica;
  3. LES;
  4. Goodpasture;
  5. Leptospirose
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11
Q

Como realizar o diagnóstico das vasculites? (2)

A
  1. Biópsia do vaso ou estrutura vascularizada.
  2. Angiografia (para vasos “não-biopsiáveis” - ex.: aorta).
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12
Q

Mecanismos fisiopatológicos das Vasculites de pequenos vasos associado a ANCA (3)

A
  • Pauci-imune (Th17) → Fagócito leva a destruição vascular
  • Proliferação de eosinófilos → Produz células que atacam o vaso sanguíneo
  • Granulomatosa → Ativação de fagócitos para produzir granuloma / inflamação tecidual
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13
Q

Definição de ANCA

A

Antígeno específico ao qual o anticorpo se liga

Mieloperoxidade e Proteinase 3

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14
Q

Autoanticorpo associado a positividade do c-ANCA

A

Anti-proteinase 3

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15
Q

Autoanticorpo associado a positividade do p-ANCA

A

Anti-mieloperoxidase

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16
Q

Epidemiologia da Granolomatose com poliangeíte (GPA)

A

Pico aos 40 anos

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17
Q

Epônimo da Granulomatose com Poliangeíte (GPA)

A

Granulomatose de Wegener

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18
Q

Manifestações específicas da Granulomatose com Poliangeíte (4)

A
  • Pacote pequenos vasos
  • Neurite → Periférico ou Central (Semelhante a AVE)
  • Doenças de VAS (destruição) → Sinusites de difícil controle purulenta e hemorrágica
    – Nariz em sela → Desabamento da cartilagem nasal
  • Doenças de VAI (Granuloma pulmonar) → Infiltrado com nodulação cavitária pulmonares e doença intersticial
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19
Q

Definição de pacote de pequenos vasos (3)

A
  • Púrpura palpável
  • Glomerulonefrite
  • Capilarite / hemorragia pulmonar
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20
Q

Padrões de ANCA da Granulomatose com Poliangeíte

A

cANCA (citoplasmática) - 65%
pANCA (perinuclear) - 25%)

ANCA negativo exclui GPA (90% é positivo)

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21
Q

Exame diagnóstico da Granulomatose de Wegener

A

Biópsia

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22
Q

Tratamento da Granulomatose com Poliangeíte

A
  • Fase de indução (6 meses):
    — Pulsoterapia com metilprednisolona
    — Ciclofosfamida / rituximabe
  • Fase de manutenção (Tempo indeterminado):
    — Desmame de prednisona
    — Azatioprina ou rituximabe
    — Bactrim (Profilaxia de pneumocistose e erradicar o stapylococcus)
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23
Q

Tratamento de GNRP da Granulomatose de Wegener

A

Plasmaférese (“Lava” o ANCA do plasma)

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24
Q

Epônimo da Granulomatose Eosinofílica com Poliangeíte (GEPA)

A

Doença de Churg-Strauss

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25
Epidemiologia da Granulomatose Eosinofílica com Poliangeíte
Pico aos 55 anos
26
Manifestações clínicas da Granulomatose Eosinofílica com Poliangeíte
- Fase inicial → Fase atópica (asma, rinite, polipose nasal) - Fase intermediária --- Eosinofilia elevada --- TGI → Refluxo, dor abdominal Fase vasculítica: --- Sintomas comuns às vasculites --- Complexo PPV --- Complexo de VAS → Mais atopia e menos destruição --- Complexo de VAI: Sintomas asmáticos → Período de maior vasculite: Infiltrado, nodulação (menos cavitação) e hemorragia alveolar. --- Neurite (Mais comum) → Mononeurite múltipla
27
Principal causa de morbimortalidade na Granulomatose Eosinofílica com Poliangeíte
Acometimento cardíaco: Infiltração eosinofílica → insuficiência cardíaca ou distúrbios de ritmo cardíaco
28
Padrão de ANCA da Granulomatose Eosinofífica com Poliangeíte
pANCA (perinuclear) 50% dos casos o ANCA é negativo
29
Exame diagnóstico da Doença de Churg-Strauss
Biópsia pulmonar (local acometido desde o início do quadro)
30
Diagnóstico diferencial da Doença de Churg-Strauss
Parasitose com Síndrome de Loeffler (Infiltrado pulmonar + Eosinofilia)
31
Tratamento da Granulomatose Eosinofílica com Poliangeíte
- Fase de indução (3 a 6 meses): --- Pulsoterapia com metilprednisolona --- Ciclofosfamida (se acometimento cardíaco ou neurológico grave) - Fase de manutenção: --- Azatioprina --- Desmame de prednisona --- Tratamento de asma --- Bactrim (Profilaxia de pneumocistose e erradicar o stapylococcus)
32
Epidemiologia da Poliangeíte Microscópica
Meia-idade
33
Manifestações clínicas da Poliangeíte Microscópica
- Sintomas comuns das vasculites - Complexo PPV - Complexo VAS → Sinusite / otite / acometimento ocular discreto. - Complexo de VAI → Sem nódulos e cavitações. - Síndrome pulmão-rim PURA
34
Lesão renal e lesão pulmonar na Poliangeíte microscópica
- GESF com crescentes - Capilarite com hemoptise
35
Padrão de ANCA da Poliangeíte microscópica
pANCA (perinuclear)
36
Tratamento da Poliangeíte microscópica
- Fase de indução (6 meses): --- Pulsoterapia com metilprednisolona --- Ciclofosfamida / rituximabe - Fase de manutenção (Tempo indeterminado): --- Desmame de prednisona --- Azatioprina ou rituximabe --- Bactrim (Profilaxia de pneumocistose e erradicar o stapylococcus)
37
Causas da vasculite induzidas por drogas (2)
Levamisol (anti-helmíntico) - Usuários de cocaína Metimazol (propiltiuracil)
38
Manifestações clínicas da vasculite induzida por drogas
- Geralmente quadro brando → Artralgia, púrpura palpável e eventualmente necrose de extremidades. - Pancitopenia
39
Padrão de ANCA associado a vasculite induzida por drogas
Tende a ser negativo à antiprotinase 3 e a antimieloperoxidade
40
Tratamento da vasculite induzida por drogas
- Retirada e contraindicação ao uso da droga - Em caso grave → Corticoterapia
41
Mecanismos fisiopatológicos das vasculites de médios vasos
Lesão direta → Destruição por macrófagos e neutrófilos (Sem imunocomplexos ou granuloma)
42
Definição da Poliarterite nodosa (PAN)
Acometimento de múltiplos vasos com formação de nódulos vasculares (microaneurismas)
43
Epidemiologia da poliarterite nodosa
Meia idade (40-60 anos), discreta prevalência em homens
44
Fator associado a poliarterite nodosa
Hepatite B
45
Fase da Hepatite B associada a Poliarterite nodosa
Replicativa (HbsAg e HbeAg positivos)
46
Manifestações clínicas da poliarterite nodosa
- Sintomas sistêmicos comuns das vasculites - Neurológico: Mononeurite múltipla (déficit sensitivo-motor em diferentes territórios - Renal → Hipertensão, pouca hematúria / proteinúria - Cutânea → Livedo (Rendilhado), paniculite em MMII (nódulo no tecido subcutâneo), púrpura palpável - Orquiepididimite / escroto agudo (infrequente) → Oclusão dos vasos que irrigam os testículos
47
Diagnósticos diferenciais do acometimento cutâneo da poliarterite nodosa
- Livedo/úlceras cutâneas (SAAF e AR) → Anticoagulante lúpico + anticardiolipina e fator reumatoide. - Púrpura (Vasculite de pequenos vasos, LES, AR) → ANCA, FAN, crioglobulinas, fator reumatoide
48
Exames diagnósticos de Poliarterite nodosa (3)
- Biópsia (nervo, pele, testículo) - Angiografia - Sorologia para hepatite B
49
Quando solicitar angiografia para Poliarterite nodosa
Avaliar territórios nobres que não permitem biópsia, como ramos da artéria mesentérica e/ou iniciais da artéria renal
50
Achado angiográfico de múltiplos aneurismas mesentéricos na poliarteirte nodosa
“Colar de contas”
51
Tratamento da poliarterite nodosa
- PAN leve (Quadro cutâneo não extenso e sem necrose/úlcera) → Corticoide dose alta seguido de azatioprina - PAN não leve (Quadro cutâneo extenso / visceral): --- Pulsoterapia metilprednisolona seguido de prednisona --- Pulsoterapia de Ciclofosfamida mensal
52
Tratamento da poliarterite nodosa associado a hepatite B
- PAN leve → Antiviral (tenofovir) → Zerar a carga viral - PAN não leve → Antiviral + prednisona 1 mg/kg/dia
53
Epidemiologia da doença de Kawasaki
1º ano de vida Discreto predomínio em homens
54
Manifestações clínicas da doença de Kawasaki
- Febre de dez a doze dias (pelo menos cinco dias) - Mucucutâneas: --- Rash morbiliforme em tronco e extremidades (eritema intenso) → Descamação das extremidades --- Língua em framboesa / morango --- Fissura labial (podendo ter necrose) - Conjuntivite bilateral exuberante e lacrimejante. - Linfadenopatia cervical bilateral, grandes, dolorosos e assimétrico - Vasculite coronariana → Aneurisma durante resolução do processo inflamatório
55
Vasculites que alteram complemento (2)
- Kawasaki (↑ complemento) - Crioglobulinemia (↓ Complemento)
56
Exame de imagem para doença de Kawasaki
Ecocardiograma (durante a fase aguda e acompanhamento Avaliar presença de aneurisma de coronária
57
Periodicidade da realização de ecocardiograma na Doença de Kawasaki
Diagnóstico → 2ª/3ªsemana → 6ª/8ª semana (Se aneurisma coronário: Semanal)
58
Critérios diagnósticos para Doença de Kawasaki
59
Tratamento da doença de Kawasaki
- Ataque → Imunoglobulina + AAS (dose anti-inflamatória) nos primeiros 10 dias - Manutenção → AAS (dose antiagregante) a partir do 10º dia de tratamento
60
Quando suspender o tratamento de manutenção na Doença de Kawasaki
Quando normalizar as plaquetas (por 4 a 6 semanas) OU para sempre se aneurisma coronário
61
Mecanismos fisiopatológicos das vasculites de grandes vasos
Atração de macrófagos para produção de granuloma, levando a oclusão de grandes vasos e sofrimento tecidual
62
Sinônimo de Arterite de Células Gigantes
Arterite Temporal
63
Causas de febre de origem indeterminada em idosos em ordem alfabética (3)
- Infecção - Câncer - Arterite temporal
64
Artérias acometidas na arterite temporal células gigantes (4)
- Temporal - Mandibular - Ramo oftálmico da artéria temporal - Central da retina (risco de amaurose)
65
Epidemiologia da Arterite de Células Gigantes
Idoso (média de 75 anos - Improvável antes dos 50) Feminino (3:1)
66
Apresentação clínica mais comum da Arterite de Células Gigantes
Idoso apresentando sintomas vagos constitucionais Perda de cognitiva, perda de peso, perda de apetite, fadiga, febre
67
Palavras chaves da Arterite de Células Gigantes
Cefaleia Queixas visuais (amaurose fugaz ou definitiva)
68
3 formas de apresentação da arterite de células gigantes
- Forma cefálica --- Cefaleia unilateral / variável, pulsátil, associado a parestesia ou hiperalgesia ao toque --- Claudicação de língua ou mandíbula --- Perda visual, com alteração retiniana - Forma “Polimialgia reumática” --- Dor e rigidez de cintura escapular e pélvica, com evolução aguda (poucos dias), durando horas após conseguir realizar movimentação. - Forma de acometimento de grandes vasos: --- Claudicação de membros / Diferença de pressão /pulso entre os membros --- Pericardite / derrame pericárdico / Insuficiência aórtica
69
Formas graves da arterite de células gigantes (2)
- Forma ocular → Pode evoluir com cegueira e bilateral - Forma SNC (AVC de sistema ocular posterior)
70
Exame diagnóstico de arterite temporal de células gigantes
Biópsia de artéria temporal
71
Período que pode realizar biópsia para diagnóstico de arterite temporal
Até 14 dias após início do tratamento
72
Tratamento da arterite de células gigantes
- Geral → Prednisona (Resposta dramática) - Formas graves (ocular / SNC) → Pulsoterapia metilprednisonola seguido de Prednisona - AAS (prevenção de eventos cerebrovasculares) – É controverso
73
Epidemiologia da arterite de Takayasu
Doença rara Média de 25 anos Feminino (4:1)
74
Artérias acometidas na arterite de Takayasu (3)
- Subclávia - Carótica - Renal
75
Manifestações clínicas da arterite de Takayasu
- Fase inflamatória (Pré-vascular) → Sintomas inflamatórios (Síndrome febril mal esclarecida). - Fase inflamatória (Vascular) → Dor vascular / isquêmica e alterações hemodinâmicas --- Carotidínea → Dor intensa / lancinante em região cervical que piora com atividade física, pode ter associado claudicação de membro --- Pericardite / derrame pericárdico / insuficiência aórtica - Fase sequelar → Isquemia e alterações hemodinâmicas --- Claudicação intermitente --- Disfunção renal --- Isquemia mesentérica
76
Como fazer diagnóstico precoce de arterite de Takayasu
Em um paciente com febre de origem indeterminada → Avaliação simétrica de todos os pulsos + PA nos quatro membros + busca de sopros
77
Alterações cardiovascular na arterite de Takayasu (2)
- Sopro em carótida / subclávia / aorta - HAS renovascular
78
Definição de Coarctação reversa
Pulso reduzido em MMSS e normal em MMII (Típico de arterite de Takaysu)
79
Exame diagnóstico da arterite de Takayasu
Angiografia (estenoses vasculares)
80
Tratamento da arterite de Takayasu
- Fase inflamatória → Prednisona e metotrexato (poupadora de corticoide) - Fase sequelar → Tratamento hemodinâmico (após compensação da doença) → Angioplastia por stent, Bypass, Troca valvar
81
Fisiopatologia das vasculites mediadas por imunocomplexos
Grande circulação de imunocomplexos → Deposição em pequenos vasos → Ativação do sistema complemento → Atrai fagócitos → Lesão tecidual
82
Manifestações clínicas das vasculites medidas por imunocomplexos
- Pacote PPV - Neurite
83
Vasculites mais comuns na infância (2)
1º) Púrpura de Henoch-Schönlein 2º) Kawasaki
84
Sinônimos da Purpura de Henoch-Schölein (4)
- Vasculite por IgA - Vasculite leucocitoclástica - Purpura Anafilactoide - Púrpura Reumática
85
Definição da Púrpura de Henoch-Schölein
Vasculite por depósito de IgA
86
Epidemiologia da Púrpura de Henoch-Schölein
Criança pré-escolar/escolar Feminino (1,5:1) Acometimento sazonal (precedido por IVAS)
87
Manifestações clínicas da Púrpura de Henoch-Schölein
- Sintomas sistêmicos comuns das vasculites - Complexo PPV: - Depósito mesangial por IgA (pior prognóstico) → Hematúria / cilindros hemáticos - Complexo gastrointestinal → Cólica, podendo ter náusea / vômitos e diarreia. Casos graves: Abdome agudo e intussuscepção. - Artrite → Oligoartrite de MMII (joelho e tornozelo), assimétrica, com pouca flogose, alguns dias após apresentação da púrpura
88
Diagnóstico de Púrpura de Henoch-Schönlein
Clínico, podendo ser confirmado com biópsia renal
89
Critérios diagnósticos de Púrpura de Henoch-Schönlein (4)
Púrpura palpável não trombocitopênica + um ou mais dos seguintes: 1. Dor abdominal; 2. Artrite ou artralgia; 3. Biópsia do tecido afetado evidenciando depósito de IgA; 4. Envolvimento renal com proteinúria > 0, 3g/24h, hematúria ou cilindros hemáticos
90
Principal complicação da Púrpura de Henoch-Schönlein
Lesão renal aguda (25-50%) Evolução para DRC é rara
91
Diagnóstico diferencial das vasculites de pequenos vasos associadas ANCA
Crioglobulinas, FAN (Sjögren), fator reumatoide
92
Tratamento da Púrpura de Henoch-Schölein
Geralmente expectante em crianças, com resolução em cerca de quatro meses: - Sintomático: --- Artrite e púrpura → AINE --- TGI leve a moderada → Corticoide de dose moderada a alta --- Complicação renal/neurológica: Pulsoterapia seguida de corticoide em doses altas + IECA (antiproteinúrico) + Biópsia renal
93
Como diferenciar Púrpura de Henoch-Schönlein de Purpura trombocitopênica imune (PTI)
↑IgA + plaquetas normais ou elevadas (PTI cursa com plaquetopenia)
94
Definição de Crioglobulina e sua classificação
Globulinas (anticorpos) que precipitam no frio - Crioglobulinemia monoclonal → Sugere câncer - Crioglobulineia mista / policlonal → Sugere hiperativação linfocitária (quadros autoimunes e infecciosos).
95
Etiologias das Vasculites Crioglobulinêmicas
- Primária / essencial → Doença autoimune (raro) - Secundária → Infecção, câncer ou outras doenças autoimunes. --- A maioria das infecções é por hepatite C
96
Manifestações clínicas das Vasculites Crioglobulinêmicas
- Sintomas sistêmicos comuns das vasculites * Complexo PPV * Neurite (acometimento de vasos um pouco maiores)
97
Achados laboratoriais de Crioglobulinemia (3)
1. ↓Complemento (C4 < 8); 2. Crioglobulinas (+); 3. Fator reumatóide (+)
98
Definição da tríade de Meltzer
Artralgia difusa de pequenas articulações + púrpura palpável em MMII + fraqueza difusa (astenia) (Mulher de meia-idade)
99
Tratamento da crioglobulinemia secundário
- Casos não graves: Corticoide oral, seguido de imunossupressor oral - Casos graves → Renal (proteinúria > 1 g/24h; hipertensão), neurológico grave, isquemia de membros: --- Pulsoterapia com corticoide, seguido de pulsoterapia de ciclofosfasmida ou rituximabe --- Plasmaférese --- Tratar hepatite C
100
Definição da Doença de Behçet
Vasculite de vasos variáveis (pode ser artéria ou veia, de pequeno, médio ou grande calibre)
101
Fisiopatologia da Doença de Behçet
Hiperinfiltração tecidual por neutrófilo, podendo ser precedida de infecções virais
102
Epidemiologia da Doença de Behçet
Influência genética (mais comum na Turquia), na faixa etária entre 15 e 40 anos (pico aos 20)
103
Manifestações clínicas da Doença de Behçet
- Pele e mucosas: --- Úlceras múltiplas bipolares dolorosas (orais e/ou genitais) --- Pseudofoliculite → “Acne” com pústula em locais que não é comum (coxa, pé, mão, braço) --- Paniculite por Behçet → “Eritema nodoso”: Nódulo avermelhado doloroso - Oculares: Uveíte (mais preocupante) → Panuveíte de início agudo, bilateral e recorrente → Alto risco de cegueira - Neurológico: Trombose venosa de SNC ou vasculite de artérias de médio calibre - Vascular: --- Trombose superficial ou profunda --- Aneurisma de grandes artérias (complicação) → Artéria pulmonar
104
Definição de Patergia e principal causa
Hiperreatividade cutânea: Ao espetar com uma agulha, há surgimento de pápula eritematosa ≥ 2 mm em 48h Doença de Behçet
105
Diferença das úlceras orais/genitais entre Doença de Behçet e sífilis primária
- Behçet: Extremamente dolorosas - Sífilis: Indolores
106
Anticorpo associado a Doença de Behçet
ASCA (Positivo em fases tardias da doença)
107
Tratamento da Doença de Behçet
- Úlceras → Colchicina → Prednisona para casos agudos intensos - Uveíte (grave) → Prednisona seguido de azatioprina - Formas graves (TEP, trombose mesentérica, AVEi, NeuroBehçet) → Pulsoterapia metilprednisolona seguido de azatioprina.
108
Epidemiologia da Doença de Buerger
Homens jovens (20-35 anos) tabagistas
109
Quadro clínico da Doença de Buerger (3)
1. Isquemia e necrose de extremidades; 2. Fenômeno de Raynaud; 3. Tromboflebite Migratória. (acometimento dos vasos distais de membros)
110
Achado na angiografia de mãos na Doença de Buerger
Ausência de vascularização em extremidades distais
111
Tratamento da Doença de Buerger
Cessar tabagismo