Síndrome urêmica Flashcards

1
Q

Definição de anúria

A

Débito urinário < 100ml em 24 h

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2
Q

Definição de azotemia

A

Retenção de escórias nitrogenadas no sangue, soro ou plasma (uréia, creatinina, ácido úrico e proteínas)

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3
Q

Definição de uremia

A

Manifestação clínica de severa azotemia, ou seja, indícios de falência renal

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4
Q

Sintomas neurológicos / musculares de uremia (7)

A
  1. ↓Cognição, memória e concentração;
  2. Convulsões;
  3. Irritabilidade;
  4. Câimbras;
  5. Fadiga;
  6. Neuropatia periférica e formigamento MMII;
  7. Coma
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5
Q

Sintomas gastrointestinais de uremia (3)

A
  1. Falta de apetite;
  2. Hálito urêmico;
  3. Náuseas e vômitos
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6
Q

Alterações endócrinas e metabólicas secundárias a uremia (6)

A
  1. Amenorreia;
  2. ↑Catabolismo de proteínas musculares;
  3. ↑Triglicerídeos;
  4. Disfunção sexual;
  5. Infertilidade;
  6. Resistência à insulina
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7
Q

Alterações dermatológicas secundárias a uremia (4)

A
  1. Prurido;
  2. Pele seca;
  3. Neve urêmica;
  4. Pigmentação (equimose/hematoma)
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8
Q

Como ficam os eletrólitos na síndrome urêmica

A

Todos aumentam, exceto cálcio (quelado pelo fosfato) e sódio (dilucional)

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9
Q

Definição de injúria renal aguda

A

Deteriorização abrupta da função renal → Incapacidade dos rins em excretar escórias nitrogenadas, manter a homeostase hidroeletrolítica e a concentração urinária adequada

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10
Q

Fatores de risco para Injúria renal aguda

A

1) IRA prévia ou DRC / proteinúria
2) Idade > 65 anos
3) Sexo feminino
4) Etnia negra
5) Diabetes mellitus
6) Insuficiência cardíaca
7) Sepse
8) Desidratação
9) Uso de contraste iodado ou drogas nefrotóxicas

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11
Q

Classificação de KDIGO para IRA

A
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12
Q

Classificação RIFLE de IRA

A
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13
Q

Classificação de IRA quanto a fisiopatologia

A

1) IRA pré-renal / baixa perfusão renal
2) IRA Renal / Intrínseca
3) IRA Pós-renal

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14
Q

Principal localização de IRA

A

Pré-renal (60%)

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15
Q

Fisiopatologia da IRA pré-renal

A

Hipoperfusão renal → Ativação do SRAA → Vasoconstrição periférica → Piora da perfusão

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16
Q

Razão ureia/creatinina > 40 indica que tipo de IRA

A

Pré-renal

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17
Q

Causas de IRA pré-renal

A

↓ volume intravascular
↓ débito cardíaco
↓ volume plasmático efetivo (edema)

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18
Q

Causa de IRA com hipocalemia (5)

A
  1. Leptospirose;
  2. Aminoglicosídeo;
  3. Anfotericina B;
  4. Nefroesclerose hipertensiva maligna;
  5. Nefrite Intersticial Aguda (NIA)
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19
Q

Alterações laboratoriais específicos da IRA pré-renal

A
  • Fração de excreção de sódio < 1%
  • Fração de excreção de ureia < 35%
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20
Q

Distúrbio de ácido-básico associado a IRA

A

Acidose metabólica com ânion gap elevado

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21
Q

Como diferenciar lesão renal aguda da crônica pela USG?

A

Forma crônica (tamanho renal < 8,5 cm) E perda da dissociação cortico-medular

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22
Q

Tratamento da IRA pré-renal

A
  • Hidratação EV
  • DVA para hipotensos
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23
Q

Definição da Síndrome Cardiorrenal

A

Alteração cardíaca levando a uma injúria renal pré-renal

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24
Q

Classificação da Síndrome cardiorrenal

A
  • Tipo1: Disfunção cardíaca levando à IRA pré-renal (↓ baixo débito)
  • Tipo 2: IC crônica levando a DRC
  • Tipo 3: IRA levando à hipervolemia, causando Descompensação cardiológica
  • Tipo 4: DRC levando à disfunção cardíaca crônica
  • Tipo 5: Patologias sistêmicas levando a descompensação renal e cardiológica (ex.: Sepse)
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25
Q

Definição de IRA pós-renal

A

Obstrução estrutural ou funcionante das vias urinárias

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26
Q

Etiologias da IRA pós-renal

A

Obstrução intratubular → Precipitação de cristais ou proteínas

Obstrução extrarrenal: Cálculos vias urinárias / Tumores / Bexiga neurogênicas / Obstrução de sonda vesical

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27
Q

Razão ureia/creatinina < 20 indica que tipo de IRA

A

Renal ou pós-renal

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28
Q

Alteração de exame característico de IRA-pós renal

A

Dilatação pielocalicial
- Unilateral: Acima da bexiga
- Bilateral: Na bexiga ou após a mesma

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29
Q

Tratamento da IRA pós-renal

A

Desobstrução do trajeto urinário

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30
Q

Definição de IRA renal

A

Lesão diretamente nas células dos compartimentos glomerulares, túbulo-interticiais ou vasculares dos rins

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31
Q

Causas de IRA renal

A
  • Lesão isquêmica (inicia com pré e evolui com NTA)
  • Lesão nefrotóxica (substâncias exógenas e endógenas)
  • Lesão inflamatória
32
Q

Definição de Nefrite Intersticial Aguda (NIA)

A

Infiltração renal por leucócitos decorrentes de quadros infecciosos sistêmicos ou uso de medicações

História: Paciente em uso de ATB ou AINE ou infectado, apresentando “alergia”: Piora da função renal, rash cutâneo, dor lombar, eosinofilia/eosinofilúria e piúria estéril

33
Q

Tratamento da IRA renal

A

Suporte clínico por 7 a 14 dias (reepitelização tubular)

Se NIA: Retita droga causadora e pulsoterapia com metilprednisona

34
Q

Alterações laboratoriais nos diferentes tipos de IRA

A
35
Q

Indicações de diálise na IRA

A
  • Anúria / Oligúria prolongada (mais de 12 horas)
  • Hipercalemia grave refratária (> 6,5 mEq/l)
  • Acidose metabólica refratária (pH < 7,2)
  • Sobrecarga hídrica não responsiva a diurético
  • Uremia grave (ureia > 200 mg/dl - associar a outros fatores)
  • Complicações clínicas da uremia (encefalopatia, pericardite, neuropatia, sangramento)
36
Q

Definição e fisiopatologia da IRA por contraste iodado

A

Aumento de creatinina até 48 horas após exposição a contraste iodado

Lesão tubular direta (radicais livres e apoptose tubular) + hipóxia medular renal

37
Q

Indicações de profilaxia para IRA por contraste iodado

A
  • Considerar em pacientes com DRC IIIB (TFG entre 30 e 45 )
  • Sempre em pacientes com DRC IV ou V (TFG < 30)
  • Para paciente já dialítico
38
Q

Profilaxia para IRA por contraste iodado

A
  • SF 0,9% 1ml/kg/hora, 12h antes e após o uso do contraste iodado
  • Pacientes que não toleram volume: Bicarbonato de sódio 3ml/kg/h, 1h antes do procedimento e 1ml/kg/h até 6 horas após o contraste
  • Acetilcisteína 1.200 mg, 12/12h, 24 horas antes até 24h após o contraste iodado (controverso)
  • Suspender metformina (24 a 48h antes e depois do contraste), diuréticos, IECA/BRA (sem consenso)
39
Q

Complicações da IRA (4)

A
  • Hipervolemia
  • Uremia (encefalopatia, pericardite, diátese hemorrágica, náuseas
  • Distúrbios eletrolíticos
  • Acidose metabólica
40
Q

Definição de Doença Renal Crônica

A

TFG < 60 por > 3 meses OU redução progressiva e irreversível

41
Q

Definição de Doença Renal Crônica em crianças

A

TFG < 60 por mais de 3 meses OU
TFG > 60 acompanhada de danos estruturais ou anormalidade funcional (albuminúria, distúrbio tubular, histológica ou imaginológica)

42
Q

Principal causa de DRC no Brasil e no mundo

A
  • Brasil: HAS
  • Mundo: DM
43
Q

Causas de DRC com rins de tamanho normal ao USG

A

Nefropatia diabética
Amiloidose renal
Doenças infiltrativas
Nefropatia por HIV
Lesão renal aguda cronificada
Rins policísticos
Esclerose sistêmica
Anemia falciforme
Mieloma múltiplo

44
Q

Neoplasias associadas a DRC (4)

A
  • Pele
  • Lábios
  • Colo uterino
  • Linfoma não-Hodgkin
45
Q

Fórmula de Cockroft-Gault para calcular TFG

A
46
Q

Classificação de DRC

A
47
Q

Complicações da DRC

A
  • Hipervolemia e HAS
  • Uremia e desnutrição
  • Anemia
  • Desmineralização óssea
  • acidose metabólica
  • Distúrbios eletrolíticos (hiperK)
  • Imunodeficiência
48
Q

Prevenção de progressão da DRC

A
  • Cessar tabagismo e etilismo
  • Controlar comorbidades
  • ↓ proteína e sódio na dieta
  • IECA/BRA (vasodilatação eferente)
  • ISGLT2
49
Q

Tratamento da anemia na DRC

A
  • Se ferropriva: Repor estoques de ferro EV
  • Se HB < 10 e ferro normal: Eritropoetina
  • Repor vit b12 e ácido fólico se necessário
50
Q

Formas de Osteodistrofia renal (2)

A
  • Osteíte fibrosa cística / Doença óssea de von Recklinghausen
  • Doença óssea adinâmica
51
Q

Achado laboratorial de Osteodistrofia renal (3)

A
  • PTH > 450
  • PO4 > 6,5
  • ↑ fosfatase alcalina
52
Q

Características da osteíte fibrosa cística (3)

A
  • Perda de massa óssea (↑turnover ósseo);
  • Substituição da massa óssea por tecido fibroso;
  • Formação de tumores císticos marrons ao redor dos ossos
53
Q

Achados radiográficos de osteíte fibrosa cística (hiperparatireoidismo secundário) (4)

A
  1. Reabsorção subperiosteal das falanges palmares;
  2. Tumor marrom (osteoclastoma);
  3. Crânio em sal e pimenta;
  4. Vértebras em “camisa listrada” (Rugger-Jersey)
54
Q

Tratamento da osteíte fibrosa

A

Hiperparatireoidismo secundário

  • ↓ fósforo na dieta
  • Quelante de fósforo: Carbonato de cálcio (para não-dialíticos) e Sevelamer (para dialíticos)
  • Repor VitD
55
Q

Indicações de paratireoidectomia subtotal na síndrome urêmica (5)

A
  1. Hiperparatireoidismo terciário;
  2. Hiperparatireoidismo secundário refratário ao tratamento clínico;
  3. Dor óssea/prurido intratável;
  4. Fraturas recorrentes;
  5. Calcifilaxia
56
Q

Definição de doença óssea adinâmica

A

Lesão óssea decorrente do baixo turnover ósseo, secundário ao tratamento exagerado da osteíte fibrosa da DRC

57
Q

Exame diagnóstico de doença óssea adinâmica

A

↓ PTH

58
Q

Tratamento para doença óssea adinâmica

A

↓ intensidade do tratamento de osteíte fibrosa

59
Q

Indicações de diálise na DRC

A

DRC estágio 5 associado a:
- Sobrecarga de volume
- HiperK persistente
- Acidose metabólica intratável
- Pericardite
- Encefalopatia urêmica
- Desnutrição ou perda de peso inexplicável
- Declínio da qualidade de vida

60
Q

Quadro clínico da encefalopatia urêmica

A

Letargia, confusão, Asterix, convulsões, vômitos, sangramento

61
Q

Preparo para diálise

A
  • Conversa sobre diálise se DRC estágio IV
  • Encaminhar para cirurgião realizar FAV
  • Introdução de cateter para díalise se FAV não maturada
62
Q

Tipo de cateter e duração de cateter de curta permanência para hemodiálise

A

Cateter Shilley

28 dias

63
Q

Tipo de cateter e duração de cateter de longa permanência para hemodiálise

A

Catater permicath

2 anos

64
Q

Tipo de cateter para diáliseperitoneal

A

Cateter de Tenckhoff

65
Q

Modalidades de hemodiálise

A

1) HD Convencional / clássica: 3x/semana
2) HD noturna: 3 a 6x/semana a noite
3) HD estendida: 3 a 6x/semana
4) HD curta diária: 5 a 6x/semana (menos tempo)

66
Q

Melhores opções de diálise para cardiopatas graves

A

Dialise peritoneal ou HD diária

67
Q

Indicações de diálise peritoneal (3)

A
  • Crianças pequenas
  • Intolerância a hemodiálise
  • Acesso venoso díficil
68
Q

Distúrbio eletrolítico mais comum na diálise peritoneal

A

Hipercalemia

69
Q

Distúrbio eletrolítico mais comum na hemodiálise

A

Distúrbio eletrolítico mais comum na hemodiálise: Hipocalemia

70
Q

Principais causas de mortalidade em pacientes dialíticos

A

1) Doenças cárdio e cerebrovasculares
2) Infecção (associada a cateter)

71
Q

Terapia substitutiva renal de 1º escolha

A

Transplante renal (↑ sobrevida)

72
Q

Contraindicações ao transplante renal

A
  • Idade > 70 (relativa)
  • Infecção
  • Câncer ativo
  • Doença psiquiátrica ou uso de drogas ilícitas
  • Obesos
  • Doença cardíaca descompensada
  • ↓ expectativa de vida
  • Incompatibilidade (ABO ou prova cruzada)
73
Q

Quem pode ser um doador de rim vivo?

A

Voluntário
Adultos saudáveis (> 21 anos)
Compatibilidade ABO e prova cruzada
Parentesco de até 4º grau

74
Q

Situações que NÃO contraindicam transplante renal

A
  • Dislipidemia controlada, sem vasculopatia estabelecida
  • HAS controlada, sem LOA
  • Nefrolitíase não recorrente ou por cálculo não coraliforme
  • Obesos com IMC < 35
75
Q

Principal doença que contraindica transplante renal

A

DM

76
Q

Esquema de imunossupressão após transplante renal

A

Terapia tríplice:
1. Corticoide;
2. Inibidor da calcineurina (tacrolimus/ciclosporina);
3. Antiproliferativo (micofenolato/azatioprina)

77
Q

Quadro clínico de rejeição aguda de transplante renal

A
  • Dor ou edema no local do enxerto
  • Febre
  • ↓ do volume urinário / Disúria
  • Edema / Anasarca / EAP
  • ↑ PA
  • Queda do estado geral