Distúrbio de coagulação Flashcards
Etapas do processo de hemostasia (3)
- Hemostasia primária / Tampão plaquetário
- Hemostasia secundária / Rede de fibrina
- Hemostasia terciária / Fibrinólise
Fisiologia da formação do tampão plaquetário
Rompimento endotelial → Exposição de colágeno → Sinaliza necessidade de hemostasia → Plaquetas se aderem ao endotélio com a glicoproteína IB e Fator de Von Willebrand → Plaquetas fazem ativação para chamar outras plaquetas usando a adenosina difosfato, tromboxano A2 → Para agregar essas outras plaquetas precisa de glicoproteína IIB/IIIA → Levando a formação do tampão plaquetário
Etapas para formação do tampão plaquetário (3)
- Adesão plaquetária
- Ativação Plaquetária
- Agregação plaquetária
Substâncias utilizadas na adesão plaquetária (2)
Glicoproteína IB e Fator de Von Willebrand
Substâncias utilizadas na ativação plaquetária (2)
Adenosina difosfato e Tromboxano A2
Substância utilizada na agregação plaquetária
Glicoproteína IIB/IIIA
Ação do clopidogrel
Inibição da adenosina difosfato
Ação do AAS e AINE
Inibição do Tromboxano A2
AAS faz bloqueio irreversível a COX-1
AINE faz bloqueio reversível a COX-1
Quanto tempo antes da cirurgia suspender o AAS
7 a 10 dias (tempo de vida das plaquetas)
Quanto tempo antes da cirurgia suspender AINEs
48 horas
Processo de coagulação após formação do tampão plaquetário
Rede de fibrina
Sistema responsável pela produção da rede de fibrina
Cascata de coagulação
Processos de coagulação após formação da rede de fibrina
Regeneração endotelial e fibrinólise
Hemostasia primária: Local da doença, pista do quadro clínico, locais de sangramento e exames solicitados
- Vaso e/ou plaqueta
- Sangramento imediato que não interrompe sangramento
- Sangramentos superficiais (pele e mucosas) → Petéquias, púrpuras e equimoses
- Hemograma (plaquetograma), curva de agregação plaquetária e tempo de sangramento
Hemostasia secundária: Local da doença, pista do quadro clínico, locais de sangramento e exame solicitado
- Cascata/Fator de coagulação
- Sangramento tardio, interrompe sangramento na hora, mas depois volta a sangrar
- Hematomas profundos (articulação/hemartrose, vísceras e músculos)
- Coagulograma (atividade de protrombina, tempo de tromboplastina parcial ativada)
Como confirmar que mancha na pele é extravasamento sanguíneo?
Realizando digito ou vitropessão → Se não desaparecer mancha é extravasamento vascular, se sumir é vasodilatação
Diferenças de petéquia, púrpura e equimose
- Petéquias: < 2mm
- Púrpuras: entre 2mm e 1cm
- Equimose: > 1cm
Fisiopatologia da doença de Von Willebrand
Deficiência variável do Fator de Von Willebrand (deficiência quantitativa parcial/total ou deficiência qualitativa)
Sinônimo de Fator de Von Willebrand
Fator VIII endotelial
Função do Fator de Von Willebrand (2)
- Estabilização (Proteger a quebra) do Fator VIII
- Adesão plaquetária
Tipos de hemostasia prejudicada no Fator de Von Willebrand
Hemostasia primária (plaqueta) e secundária (coagulação)
Quadro clínico da Doença de Von Willebrand
Nada ou sangramentos leves ou sangramentos graves
Alteração nos exames laboratoriais na Doença de Von Willebrand
Nenhum ou alteração no tempo de sangramento (hemostasia 1º) e/ou TTPA (hemostasia 2º)
Diagnóstico de Doença de von Willebrand (2)
Avaliar atividade do fator de Von Willebrand:
- Avaliação quantitativa (mais cara e confiável);
- Avaliação qualitativa - Ristocetina (mais barata).
Tratamento da doença de Von Willebrand
Depende do quadro clínico:
- Leve: Expectante
- Grave: Desmopressina (DDAVP) IV ou nasal (Estimula a liberação do fator de Von Willebrand)
O fator sintético é pouco disponível comercialmente
Alternativas para tratamento para casos graves de doença de Von Willebrand (4)
- Fator 8;
- Crioprecipitado;
- Plasma Fresco Congelado (↑sobrecarga de volume e risco de contaminação que o crioprecipitado);
- Antifibrinolíticos
Composição do crioprecipitado (4)
- Fator de von Willebrand
- Fibrinogênio
- Fator VIII
- Fator XIII
Fatores que compões o complexo protrombínico (4)
Fatores dependentes de Vitamina K (2, 7, 9 e 10)
Diagnóstico de paciente com plaquetopenia intensa sem nenhum sintoma
Pseudo plaquetopenia / Erro laboratorial
É comum
Causas de erro laboratorial na contagem de plaquetas (2)
Baixa quantidade de sangue coletado e uso de EDTA (anticoagulante mais utilizado no frasco de coleta, induzindo agregação plaquetária)
Alternativa para confirmar que plaquetopenia causada por EDTA
Uso de citrato no frasco de coleta
Significado de PTI
Púrpura trombocitopênica imune / Trombocitopenia imune
Doenças associadas a trombocitopenia imune (PTI)
Lúpus, neoplasia (leucemia, linfoma), fármaco, HIV, Hepatite C e principalmente INFECÇÃO
Fisiopatologia da trombocitopenia imune (PTI)
Alguma doença desencadeia produção de anticorpos, sinalizando plaquetas, levando os macrófagos a fagocitar essas plaquetas no baço
Quadro clínico da trombocitopenia imune (PTI)
“Doença do capeta” – Fica todo vermelho (petéquias), com epistaxe e gengivorragia, sem qualquer outro sintoma, além de plaquetopenia, geralmente iniciado dias/após a uma infecção
Tratamento da trombocitopenia imune (PTI)
- Geralmente é expectante
- Só agir se alto risco de sangramento (plaqueta < 30.000) ou sangramento importante: corticoide VO dose imunossupressora (Prednisona 1 a 2 mg/kg/dia)
- Casos refratários: esplenectomia (Exceção)
Tratamento se sangramento GRAVE na púpura trombocitopênica imune
Corticoide IV pulsoterapia + Ig polivalente IV (resposta mais rápida) + Rituximabe e Trombopoetina (se necessário)
Tratamento se sangramento MUITO GRAVE na púpura trombocitopênica imune
- Corticoide IV pulsoterapia + Ig polivalente IV (resposta mais rápida) + Rituximabe e Trombopoetina (se necessário) E
- Concentrado de plaquetas
Esplenectomia é conduta de exceção
Quando usar transfusão de plaquetas na trombocitopenia imune (PTI)
Quase nunca, é exceção, pois as plaquetas transfundidas serão destruídas
Tratamento para pacientes corticorefratários ou corticodependentes (> 12 meses) na púrpura trombocitopênica imune
Rituximabe ± esplenectomia
Definição da Síndrome de Evans
PTI + anemia hemolítica
Fatores que interferem na função plaquetária (4)
AAS, Clopidogrel, AINE, uremia
Doenças hereditárias que interferem na função plaquetária
Trombastenia de Glanzmann (Deficiência da glicoproteína IB) e Síndrome de Bernard-Soulier (Deficiência da glicoproteína IIB/IIIA)
Doenças do vaso que levam a alteração da hemostasia primária
Púrpura senil, vasculite (Púrpura de Henoch-Schönlein)