Hepatoesplenomegalia crônica Flashcards
Sinônimos da Leishmaniose visceral
Calazar
Esplenomagelia tropical
Febre dundun
Agente etiológico da Leishmaniose visceral
Leishmania chagasi (protozoário)
Reservatório da Leishmania chagasi
Urbano: Cachorros (incurável = Sacrificar)
Silvestre: Raposas e marsupiais
Vetor causador da Leishmaniose visceral e seu habitat
Lutzomyia longipalpis (Mosquito palha, birigui, tatuquira)
Regiões secas e ambientes urbanos
Ciclo evolutivo da Leishmania
Lutzomyia pica humano e injeta forma promastigota
Promastigota fagocitados por macrófago → Transforma em amastigota → Multiplica em células de vários tecidos
Mosquito pica o humano e suga macrófagos com amastigotas → Transforma em promastigota no intestino do mosquito
Órgãos de maior tropismo da Leishmania
Cadeias linfáticas
Medula óssea
Baço
Indivíduos com maior risco de desenvolver Calazar
Etilista
Imunossuprimidos
Doença prévia
Crianças
Tem apenas resposta Th2 → Não tem liberação de citocinas para apoptose celular → Os macrófagos fagocitam o protozoário e eles se reproduzem
Quadro clínico agudo da Leishmaniose visceral
Febre irregular
Diarreia
Dor abdominal
Pneumonite intersticial
Quadro clínico crônico da Leishmaniose visceral
Emagrescimento
Palidez
Hepatoesplenomegalia
Fraqueza
Nefrite intersticial
Germes que levam a infecção secundária em pacientes com Calazar
Encapsulados (S pneumoniae e H influenzae)
Gram negativos esterofermentadores (E coli e Klebisiella)
Exame diagnóstico padrão-ouro de Leishmaniose visceral
Mielograma
Opções de exames para diagnóstico de Calazar
Teste rápido (bom para áreas endêmicas)
Sorologias (títulos >1/80)
Teste de Montenegro (desuso)
Tratamento da leishmaniose visceral
Glucantime (Antimonial pentavalente), EV, 1x/dia, por 20 dias
Efeitos colateraterais do Glucantime
Insuficiência renal aguda
Alterações no intervalo QRS
Contraindicações ao uso de Glucantime
< 1 ano ou > 50 anos
Insuficiência renal, hepática ou cardíaca
Intervalo QT > 450
PVHA, imunossupressores, gestantes
Medicamento indicado para quem tem Leishmaniose visceral e tem contraindicação ao Glucantime
Anfotericina lipossomal → Altas doses por 5 a 7 dias
Efeitos colaterais da anfotericina lipossomal
Insuficiência renal aguda e hipocalemia
Medicamento utilizado para Leishmaniose se falha ao Glucantime e contraindicado uso de anfotericina lipossomal
Anfotericina deoxicolato
Conduta se abandono no tratamento de Calazar com Glucantime
< 7 dias de abandono → Completar tratamento
> 7 dias de abandono:
- < 10 doses: Reinicia o tratamento
- > 10 doses: Completar o tratamento
Critérios de cura de Leishmaniose visceral
Clínico:
- Sem febre até 5º dia de TTO
- ↓ esplenomegalia nas primeiras semanas
- ↑ apetite e peso
Laboratorial:
- ↑ pancitopenia em duas semanas
- Eosinofilia aos final do tratamento
Profilaxia da Leishmaniose visceral
Vacinar cães
Eutanásia obrigatória de animais contaminados (mesmo que tratados)
Agente etiológico da esquistossomose
Schistossoma mansoni (platelminto)
Ciclo realizado pelo Shistossoma para manutenção de larva
Ciclo de Löeffler ocasional
Hospedeiro intermediário da esquistossomose
Caramujo (lagos e lagoas)
Quadro clínico inicial da esquistossomose
Gerais (febre, calafrios, cefaleia, sudorese, fraqueza, tosse, diarreia)
Dermatite por cercárias (pernas) e pneumonite eosinofílica (ciclo de Löeffler)
Quadro clínico / crônico da esquistossomose
Após 6 meses da infecção
- Forma hepato-intestinal (85%)
- Forma hepática
- Forma hepato-esplênica
Forma hepato-intestinal da esquistossomose
+ comum
Quase sempre assintomática → Diagnóstico acidental de ovos no PPF
Hepatomegalia por dopesição de ovos pré-sinusoides
Forma hepática da esquistossomose
Fígado palpável e endureciso → USG: Fibrose
Forma hepato-esplênica da esquistossomose
Compensada: Hipertensão portal com varizes de esôfago, circulação colateral e ascite
Descompensada: Isquemia hepática por hemorragias digestivas de repetição
Tipo de exames de fezes que identifica esquistossomose
KatoKatz → Pesquisa de ovos pesados
Exame padrão-ouro para diagnóstico de esquistossomose
Biópsia renal → Ovos na parede do reto
Complicações da esquistossomose
Infecções secundárias (E coli e Salmonella)
Insuficiência hepática
Sangramento
Glomerulonefrite
Esquistossomose em SNC (mielite em coluna ou encefalopatia)
Tratamento geral da fase aguda de esquistossomose
Anti-histamínicos + Cefalexina + Hidrocortisona creme
Tratamento geral da fase crônica da esquistossomose
Se varizes de esôfago → Propranolol e omeprazol
Se ascite → Espironolactona e furosemida
Tratamento específico de esquistossomose aguda e crônica
Oxamniquina (para crianças e adultos)
Praziquantel (Apenas adultos)