Diabetes Flashcards
Hormônios produzidos pelas células pancreáticas (5)
- Célula alfa: Glucagon
- Célula beta: Insulina
- Célula delta: Somatostatina
- Célula PP: Polipeptídeo pancreático
- Célula épsilon: Grelina
Fisiologia do diabetes
Estado hiperglicêmico no vaso sanguíneo → ↑ produção de insulina pelo pâncreas → Insulina age nas células para aumentar a expressão do receptor GLUT-4 → O GLUT-4 capta a molécula de glicose, fornecendo energia para célula
Fisiopatologia do DM tipo 1
Destruição das células beta-pancreáticas → Deficiência na produção de insulina
Tipos de DM 1
- DM1A: Autoimune (90%) - Forte relação com HLA
- DM1B: Idiopático (10%)
Epidemiologia da DM1
Mais comum em caucasianos
Predomina em < 20 anos
Indivíduos magros
Quadro clínico da DM1
- Hiperglicemia de início abrupto, severa, evolução rápida e progressiva → Com Tendência à cetoacidose (Manifestação inicial em 30% dos casos)
- Geralmente pessoas magras e crianças
- Sintomas clássicos (4Ps)
Doenças associadas a DM1
Outras doenças autoimunes (Vitiligo, Hashimoto e doença celíaca)
Definição de Diabetes autoimune latente do adulto (LADA)
Destruição lenta e tardia das ilhotas pancreáticas. Considerar quando um quadro semelhante ao DM 1 se apresentar em adultos
(É quando o DM1 inicia ou piora o controle em adultos)
Diagnóstico de DM1 (3)
- Hiperglicemia e insulinopenia severa
- Altos títulos de autoanticorpos contra antígenos das células betas pancreáticos (TRAB)
- Peptídeo C < 0,7 ng/ml em jejum (estima a massa residual de células beta)
Marcador indireto da presença de insulina
Peptídeo C
(Estima a massa residual de células Beta. Pois a insulina é anabólica e instável no plasma)
Complicação mais comum da DM1
Cetoacidose diabética (Manifestação inicial em 30% dos DM1)
Tratamento inicial para DM1
Insulina 0,5 a 1U/kg/dia (50% NPH e 50% regular)
Esquemas de insulinoterapia para DM1 (3)
- Convencional (2 aplicações);
- Intensivo (múltiplas aplicações);
- Bomba de infusão contínua (padrão-ouro)
Esquema convencional de insulinoterapia para DM1
2 doses de NPH + Regular:
– 2/3 da dose pela manhã: 2/3 NPH e 1/3 Regular;
– 1/3 da dose antes do jantar: 1/2 NPH e 1/2 Regular
Esquema intensivo de insulinoterapia para DM1
2 aplicações de NPH (antes do café e ao deitar) + 3 aplicações de Regular antes das principais refeições (café, almoço e jantar) – Pode substituir a NPH por Glargina
Alternativa terapêutica para DM1
Pramlintide
Inibe o glucagon e retarda esvaziamento gástrico
Alvos terapêutico no DM1
- Pré-prandial: 80 a 130 (Antes do café, almoço e jantar)
- Pós-prandial: < 180 (2h após refeição)
- HbA1C: < 7%
Fisiopatologia do DM2
Resistência periférica à insulina → Deficiência na ação da insulina
Epidemiologia da DM2
Predomina em > 40 anos
Indivíduos com sobrepeso/obesidade, sedentários e hipertensos
Quadro clínico da DM2
- Hiperglicemia de início insidioso e assintomático.
- Geralmente são adultos com sobrepeso/obesidade
- Sintomas clássicos (4Ps)
Sintomas clássicos da Diabetes mellitus
P: Poliúria
P: Polidipsia
P: Polifagia
P: Perda de peso não intencional
Definição de MODY (Maturity Onset Diabetes of the Young)
Disfunção das células β- pancreáticas. Etiologia monogênica. Considerar quando um quadro semelhante ao DM 2 se apresentar em jovens, sejam magros ou obesos
Classe farmacológica tradicionalmente associada a DM secundário
Antipsicóticos (típicos e atípicos)
Diagnóstico de DM2
Hiperglicemia e hiperinsulinemia compensatória
Exame que quantifica a resistência a insulina
HOMA-IR
Complicação mais comum da DM2
Estado hiperosmolar hiperglicêmico
Diagnóstico de Diabetes Mellitus
Necessita da positividade de 2 parâmetros diagnósticos:
Metas terapêuticas da DM2
Hemoglobina glicada:
- Adulto hígido: entre 6 e 6,5%
- Idoso fragilizado: entre 7,5 a 8%
Meta glicêmica para pacientes internados sem doença crítica (2)
- Pré-prandial < 140 mg/dl;
- Aleatória < 180 mg/dl
Meta glicêmica para pacientes internados com doença crítica
Glicemia entre 140 e 180
Quando indicar Metformina para pré-diabetes (4)
- Diabetes gestacional prévio;
- IMC > 35 kg/m²;
- Glicemia ≥ 110 mg/dl;
- Age (Idade) < 60 anos.
Tratamento não medicamentoso da DM (5)
- Atividade física
- Reeducação alimentar (Adoçantes e alimentos diet)
- Perda de 5 a 10% do peso para obesos
- Controlar fatores de risco (HAS, dislipidemia)
- Cessar tabagismo e etilismo
Passos do tratamento de DM2 (4)
- Metformina;
- Associar 2o antidiabético oral;
- Insulina NPH noturna “bedtime”;
- Insulinoterapia plena
(Step up a cada 3 a 6 meses)
Classes de antidiabéticos orais e seus exemplos
1) Sensibilizadores de insulina:
— Biguanidas: Metformina
— Tiazolidinedionas: Pioglitazona
2) Secretagogos de insulina:
— Sulfoniureias: Glibenclamida e clorporpamida
— Glinidas: Repaglinidas e nateglinidas
3) Inibidores da alfa glicosidase:
— Acarbose
4) Incretinomiméticos:
— Inibidores da DPP4: Vildagliptina, sitagliptina, saxagliptina
— Agonistas da GLP1: Liraglutida, dulaglutida
5) Inibidores da SLGT2:
— Glifozinas: Dapaglifozina, empaglifozina
Mecanismo da ação dos antidibéticos Sensibilizadores da Insulina
Aumentam a ação biológica da insulina nos tecidos-alvo
Metformina e Pioglitazona
Contraindicações a metformina (4)
- Insuficiência renal (TFG ≤ 30);
- IC descompensada;
- Hepatopatias;
- Antes de exame contrastado
Efeitos adversos da metformina (3)
- Acidose lática;
- B12 (↓absorção);
- “Stômago” (intolerância gástrica)
Contraindicações das Glitazonas (2)
- Insuficiência cardíaca (principal) → ↑ retenção hidrossalina
- Osteopenia / osteoporose → Desmineralização óssea
Mecanismo da ação dos antidibéticos Secretagogos de insulina
Aumentam a secreção de insulina pelas células beta-pancreáticas
Glibenclamida, repaglinida
Mecanismo da ação dos antidibéticos Inibidores da alfa glicosidase
Retardam a digestão e absorção de carboidratos no intestino delgado
Acarbose
Mecanismo da ação dos antidibéticos incretinomiméticos
↑ a secreção de insulina e ↓ a secreção de glucagon em resposta à refeições
Vildagliptina e Liraglutida
Mecanismo da ação dos antidibéticos Inibidores da SGLT2
Bloqueiam a reabsorção de glicose nos túbulos proximais renais → ↑ excreção urinária de glicose
Dapaglifozina e Empaglifozina
Efeitos adversos dos inibidores da SGLT2 (4)
- ITU;
- Depleção volêmica;
- ↑Calciúria;
- ↑LDL
Potência dos antidiabéticos orais para reduzir HbA1C
- Redução da HbA1C em 1 a 2%: Metformina e sulfonilureias
- Redução da HbA1C em 1%: Análogos de GLP-1
- Redução da HbA1C em 0,5 a 0,7%: Inibidores de DDP-4 E ISGLT-2
Antidiabéticos que reduzem glicemia pós-prandial (2)
- Acarbose
- Glinidas
Classe de Antidiabéticos orais que auxiliam na perda de peso (3)
- Biguanidas (Metformina)
- Agonista de GLP-1 (Liraglutida)
- Inibidores da SGLT2 (Dapaglifozina) - Redução discreta
Classe de Antidiabéticos orais que aumentam o peso (3)
- Tiazolidinedionas (Pioglitazona)
- Sulfoniureias (Glibenclamida)
- Glinidas (Repaglinida)
Classe de Antidiabéticos orais não tem efeito no peso (2)
- Acarbose
- Inibidores da DDPIV (Vildagliptina)
2º Antidiabético para diabético com aterosclerose (IAM ou DAOP)
Análogos de GLP-1
2º Antidiabético para diabético com nefro ou cardiopatia
Inibidor de SGLT2
Classe de Antidiabéticos orais que tem risco de hipoglicemia (2)
Secretagogos:
- Sulfoniureias (Glibenclamida)
- Glinidas (Repaglinidas)
Opções de 2º antidiabéticos para diabéticos com obesidade ou hipoglicemias recorrentes (3)
- Análogo de GLP-1
- Inibidores de SGLT2
- Inibidores de DDP4