Hipertensão secundária Flashcards

1
Q

Características que orientam suspeita de hipertensão secundária (4)

A
  • HAS estágio 3 em < 30 anos ou > 50 anos
  • Sem antecedentes familiares de HAS
  • HAS resistente ou refratária
  • HAS recém-diagnosticada com complicações agudas
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Q

Causa mais comum de hipertensão secundária

A

Doença renal parenquimatosa crônica

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3
Q

Quadro clínico da doença renal parenquimatosa

A

Insuficiência renal + uréia e creatinina elevadas + proteinuria + hematúria

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4
Q

Exames para investigação de doença renal parenquimatosa

A

TFG, USG renal, albuminúria

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5
Q

Causas endócrinas de hipertensão secundária (7)

A
  • Hiperaldosteronismo primário
  • Feocromocitoma
  • Hiper ou hipotireoidismo
  • Hiperparatireoidismo
  • Síndrome de Cushing
  • Obsedidade
  • Acromegalia
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6
Q

Causas não endócrinas de hipertensão secundária (4)

A
  • Doença renal crônica
  • Estenose de artéria renal
  • Apneia obstrutiva do sono
  • Coarctação da aorta
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7
Q

Hormônios exógenos que levam a hipertensão secundária (3)

A
  • Corticoide
  • Anticoncepcionais hormonais orais
  • Eritropoetina
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8
Q

Fármacos que levam a hipertensão secundária (4)

A
  • Imunossupressores
  • Ciclosporina e tacrolimo
  • AINE
  • Simpaticomiméticos
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9
Q

Fisiopatologia da hipertensão renovascular

A

Estenose parcial ou total, uni ou bilateral da artéria renal ou de seus ramos, desencadeando e mantendo isquemia renal significante - Geralmente ocorre com obstruções superiores a 70%

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10
Q

Causas de hipertensão renovascular (2)

A
  • Aterosclerose (85%) – Principalmente em idosos
  • Displasia fibromuscular (10%) – Principalmente em mulheres jovens
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11
Q

Principal indicador de hipertensão renovascular

A

Hipertensão resistente/refratária associado a sopro abdominal

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12
Q

Alterações metabólicas na hipertensão renovascular

A

↑ Aldosterona, hipocalemia e acidose metabólica

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13
Q

Níveis de renina e angiotensina na hipertensão renovascular

A

Elevados
(Estenose renal → Hipoxia → ↑ SRAA)

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14
Q

Exame de imagem inicial para diagnóstico de hipertensão renovascular

A

USG doppler de artérias renais

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15
Q

Exame padrão-ouro para diagnóstico de hipertensão renovascular e sua indicação

A

Cateterismo renal (arteriografia)

Se possibilidade de implante de stent para corrigir estenose

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16
Q

Achado de hipertensão renovascular na arteriografia

A
  • Aterosclerose: Lesão focal
  • Displasia fibromuscular: Múltiplas lesões seguidas com espaços normais (Colar de pérolas)
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17
Q

Tratamento de hipertensão renovascular

A
  • Estenose unilateral: IECA
  • Estenose bilateral: Revascularização cirúrgica ou por angioplastia (IECA é proscrito)
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18
Q

Sinônimo de hiperaldosteronismo primário

A

Síndrome de Conn

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19
Q

Causas principais de hiperaldosteronismo primário (2)

A

Hiperplasia adrenal cortical bilateral (50 a 60%) e adenomas produtores de aldosterona (40%)

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20
Q

Quadro clínico de hiperaldosteronismo primário

A
  • Hipocalemia: Cãibras, fraqueza muscular, fadiga, indisposição e parestesias
  • Hipocalemia grave: Poliúria, polidipsia, nictúria, paralisia periódica hipocalêmica e arritmias
  • Hipocalcemia: Sinais de Chvostel e Trousseau
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21
Q

Alterações metabólicas no hiperaldosteronismo primário

A

↑ Aldosterona, hipocalemia, hipernatremia e alcalose metabólica

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22
Q

Níveis de renina e angiotensina no hiperaldosteronismo primário

A

Reduzidos (Elevação direta da aldosterona, sem ↑ SRAA)

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23
Q

Exames de rastreamento para hiperaldosteronismo primário (2)

A

Aldosterona e atividade da renina plasmática

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24
Q

Orientações para dosagem de Aldosterona e atividade da renina plasmática

A
  • Coleta entre 8 e 10 horas (após 2hs de deambulação)
  • Interromper uso de diuréticos por 4 semanas (espironolactona e eplerenona por 6 semana) antes da coleta
25
Q

Interpretação dos exames de rastreamento para hiperaldosteronismo primário

A
  • Aldosterona < 15 → Hiperaldo descartado
  • Aldosterona > 15 e Relação aldosterona/ atividade da renina plasmática > 30 → Realizar teste confirmatório de hiperaldo
26
Q

Opções de testes confirmatórios para hiperaldosteronismo primário (4)

A
  • Teste de infusão salina
  • Teste do captopril
  • Teste da fludrocortisona
  • Teste da furosemida endovenosa
27
Q

Indicação de cateterismo das veias adrenais

A

Paciente com hiperaldosteronismo confirmado, apresentando adrenais normais ou com alterações bilaterais na TC
Realiza cateterismo das veias adrenais simultaneamente com coleta sanguínea, para dosar aldosterona e cortisol

28
Q

Objetivo de realizar cateterismo de veias adrenais no hiperaldosteronismo primário

A

Identificar se hiperprodução de aldosterona é unilateral ou bilateral

29
Q

Tratamento para hiperaldosteronismo primário

A
  • Unilateral (tumor) → Cirurgia (resseção da adrenal)
  • Bilateral → Espironolactona
30
Q

Fisiopatologia da coarctação da aorta

A

Alteração congênita que leva ao estreitamento da aorta geralmente justaductal, proximal ao canal arterial ou ao ligamento

31
Q

Quando clínico de coarctação da aorta (6)

A
  • HA resistente ou refratária
  • Epistaxes
  • Cefaleia
  • Fraqueza nas pernas aos esforços
  • Hipertrofia miocárdica (Manifestações de IC)
  • Angina
32
Q

Achados do exame físico de coarctação de aorta (2)

A
  • Diferença de PA sistólica entre MMSS e MMII > 10mmHg
  • Diminuição ou ausência de pulsos em MMII
33
Q

Exame diagnóstico de rastreio para coarctação de aorta

A

Ecocardiograma

Protuberância posterior, istmo expandido, arco aórtico transverso e jato contínuo de alta velocidade no local da coarctação

34
Q

Exame diagnóstico padrão-ouro para coarctação de aorta

A

Angiografia por TC ou RNM (padrão-ouro) quando a janela acústica para ecocardiograma for inadequada

35
Q

Tratamento de coarctação de aorta

A
  • Intervencionista: Angioplastia ou cirurgia aberta
  • Anti-hipertensivos: Beta-bloqueadores e IECA ou BRA
36
Q

Fisiopatologia da apneia obstrutiva do sono

A

Colapso intermitente das vias aéreas superiores durante o sono, acarretando obstruções totais (apneias) e parciais (hipopneias) → Hipoxemia → Ativação do sistema simpático → Hipertensão

37
Q

Epidemiologia da apneia obstrutiva do sono

A

Homens e mulheres pós-menopausa

38
Q

Quadro clínico de apneia obstrutiva do sono (4)

A
  • Sonolência excessiva, fadiga ou sono não reparador;
  • Ronco na maioria das noites;
  • Pausas respiratórias e engasgos;
  • Refluxo gastroesofágico durante a noite
39
Q

Exame diagnóstico de apneia obstrutiva do sono

A

Polissonografia ou Poligrafia residencial

40
Q

Tratamento de apneia obstrutiva do sono

A

Para casos moderados a graves (> 15 eventos por hora): CPAP

41
Q

Definição de feocromocitoma

A

Tumores de células cromafins do eixo simpático-adrenomedular secretores de catecolaminas

70% são extradrenais (paragangliomas); 10% adrenais bilaterais

42
Q

Tríade clássica de feocromocitoma

A

Cefaleia + Sudorese profusa + Palpitação/taquicardia

(De caráter paroxístico)

43
Q

Exame de rastreio para feocromocitoma

A

Dosagem de metanefrinas urinária isolada ou associada às catecolaminas urinárias (Considerado positivo quando 2x o valor de normalidade)

44
Q

O excesso de adrenalina e noradrenalina no feocromocitoma sugere qual a localização do tumor?

A
  • Adrenalina: Adrenal
  • Noraderanina: Extra-adrenal (Paraganglioma)
45
Q

Exame diagnóstico de feocromocitoma

A

TC de abdome com contraste

46
Q

Exame alternativo para diagnóstico de feocromocitoma

A

RNM de abdome com contraste (Indicado se TC inconclusiva ou contraindicação ao contraste iodado)

47
Q

Exame para investigação de metástese ou múltiplos tumores de feocromocitoma

A

Cintilografia de corpo inteiro OU PET/CT

48
Q

Tratamento de feocromocitoma preferencial

A

Cirúrgico

Pré-operatório com alfa-bloqueador (doxazosina) e hidratação adequada

49
Q

Tratamento alternativo de feocromocitoma

A

Alfa-bloqueadores, beta-bloequadores (apenas após início do alfa-bloqueador), IECA ou BCC

50
Q

Tratamento de crise hipertensiva paroxística do feocromocitoma

A

Nitroprussiato de sódio ou fentolamina injetável, além de reposição volêmica S/N

51
Q

Tríade de NEM2A

A

Carcinoma Medular da Tireóide (CMT) + Feocromocitoma + Hiperparatireoidismo primário

52
Q

Tétrade de NEM2B

A

Carcinoma medular da tireóide (CMT) + feocromocitoma + neuromas + hábito marfanóide (Alto, magro, dedos longos, palato arqueado)

53
Q

Causa mais comum de síndrome de Cushing

A

Iatrogênica (corticoide exógeno)

54
Q

Causa mais comum de síndrome de Cushing endógeno

A

Doença de Cushing / Adenoma hipofisário produtor de ACTH (85%)

55
Q

Quadro clínico da síndrome de Cushing (8)

A
  • Obesidade central
  • ↓ libido
  • Fadiga
  • Fraqueza
  • Fácies de lua cheia + Giba dorsal
  • Estrias purpúreas
  • Amenorreia
  • Hipocalemia
56
Q

Exames laboratoriais de hipercortisolismo (3)

A
  • Dosagem de cortisol salivar a meia-noite (2 noites);
  • Dosagem de cortisol em urina de 24h (2 medidas) → Positivo se > 4x o limite superior de normalidade;
  • Teste de depressão com dexametasona 0,25mg (tomar dexametasona 0,25 mg às 23h e dosar o cortisol sérico entre 7-8h na manhã do dia seguinte) → Alterado se > 1.8

Tem que ter dois exames alterados

57
Q

Exames de imagem para síndrome de Cushing

A

RNM de hipófise com contraste após diagnóstico clínico e laboratorial:

  • Se lesão hipofisária > 6mm, com ACTH e cortisol elevado e sinais e sintomas → Diagnóstico de Doença de Cushing
  • RNM hipófise negativa → Fazer RNM ou TC de suprarrenais
58
Q

Opções de tratamento da síndrome de Cushing

A
  • Remoção cirúrgica do tumor via transfenoidal ou adrenelectomia
  • Inibidor da esteroidogênese: Cetoconazol ou Mitotano (CA adrenal)
59
Q

Exame alternativo de aldosterona/atividade plasmática renina para hiperaldoateronismo

A

Aldosterona/renina > 2