Sepse Flashcards
Definição de sepse
Disfunção orgânica com risco de vida causada por uma resposta desregulada do hospedeiro frente a uma infecção
Causas mais comuns de sepse por ordem de prevalência
Pneumonia
Abdome
Corrente sanguínea
Trato urinário
Pele
Cateter
Microrganismos mais identificados em pacientes com sepse
S aureus
Pseudomonas aeruginosa
Escherichia coli
Definição de SIRS
Síndrome da resposta inflamatória sistêmica: É uma forma de inflamação desregulada, que pode ocorrer em diversas condições relacionadas ou não à infecção
Alta sensibilidade e baixa especificidade para sepse
Critérios de SIRS
Presença de dois ou mais critérios:
- Leucócitos > 12.000cél/mm3 ou < 4.000cél/mm3 ou bastões > 10%;
- Taquipneia > 22irpm ou PACO2 < 32mmHg;
- Taquicardia > 90bpm;
- Temperatura central > 38ºC ou < 36ºC
Definição de MODS
Síndrome de disfunção de múltiplos órgãos: Disfunção progressiva de órgãos em um paciente com doença aguda, de modo que a homeostase não pode ser mantida sem intervenção
Fatores de risco para pior evolução em pacientes com sepse
- Extremos de idade
- Imunodeprimidos
- DM
- Abuso de álcool
- Cateteres venosos
Objetivo do qSOFA
Estimar a gravidade clínica de um paciente
(Não é triagem para sepse → Mas todo paciente com sepse tem qSOFA alterado, porque é muito sensível)
Critérios de qSOFA
Presença de dois ou mais critérios abaixo:
- Frequência respiratória ≥22/minuto
-Alteração do estado mental (Glasgow ≤ 13)
- Pressão arterial sistólica ≤100 mmHg
Baixa sensibilidade e alta especificidade para sepse
Parâmetros dos critérios de NEWS de sepse
- FR
- SatO2
- Uso de oxigenioterapia
- PAS
- FC
- Consciência
- Temperatura
Melhor acurácia para triagem de sepse
Interpretação dos critérios de NEWS para sepse
- 0 a 4 pontos (mas nenhum item de risco de 3 pontos): Baixo risco clínico → Resposta baseada em enfermaria
- 3 a 4 pontos (incluindo um item de risco de 3 pontos): Risco clínico baixo a médio → Resposta urgente baseada em enfermaria
- 5 a 6 pontos: Risco clínico médio → Limiar chave para resposta urgente
- 7 a 20 pontos: Alto risco clínico → Resposta de urgência e emergência
Parâmetros dos critérios de SOFA para sepse
Sepse: elevação aguda ≥ 2 pontos (sem disfunção prévia: SOFA =0)
- Respiratório: PaO2/FiO2
- Hematológico: Plaquetas
- Hepático: Bilirrubina total
- Cardiovascular: PAM/necessidade de DVA
- Neurológico: Glasgow
- Renal: Creatinina / fluxo urinário
Protocolo da 1º hora na sepse
- 2 acessos venosos calibrosos
- Oxigênio se SatO2 <94% → Considerar VNI ou VM
- Coleta de exames
- Ressuscitação volêmica (30ml/kg) se hipotensão ou lactato >= 4mmol → se PAM < 65mmHg: Noradrenalina → Refratário: Vasopressina
- Antibioticoterapia empírica de amplo espectro
- Sondagem vesical
Qual antibiticoterapia utilizar para cada foco de sepse?
- PAC → Ceftriaxona e azitromicina
- Abdome agudo inflamatório → Tazocin
- ITU → Ciprofloxacina
- Meningite → Ceftriaxona +/- ampicilina
- Fasceíte necrotizante → Meropenem + Vancomicina
- Infecção cateter de diálise → Ceftazidima + Vancomicina após HD
Quando indicar antifúngico de forma empírica no tratamento de sepse?
- Ausência de melhora clínica após 48h de antibiótico
- Neutropênico
- Suspeita de candida ou aspergillus
- Cirurgia recente
- Nutrição parenteral
- Antibiótico ou hospitalização prolongada prévia
- Quimioterapia ou transplantados
Exames laboratoriais que devem ser coletados na 1º hora da sepse
Hemograma
PCR
Ureia
Creatinina
Eletrólitos
TGO/TGP
Coagulograma
Bilirrubina total e frações
Lactato
Gasometria arterial e venosa (acidose, hipoxemia ou hipercapnia)
Procalcitonina
Duas hemoculturas de lugares diferentes + Urocultura + Cultura de fontes suspeitas
Parâmetros para monitorizar ressuscitação volêmica na sepse (5)
- PAM > 65mmHg
- Débito urinário
- Lactato
- Tempo de enchimento capilar
- Medidas dinâmicas de fluidoresponsividade
Quando repetir dosagem de lactato no quadro de sepse
Repetir após 2 a 4h da expansão volêmica, se lactato inicial > 2mmol
Exame que deve ser realizado na falta da dosagem de lactato no serviço?
Tempo de enchimento capilar
Sinais de pior prognóstico na sepse (3)
1) Lactato > 2mmol (18mg/dl) após expansão volêmica
2) TEC > 3s
3) Livedo reticular
Alvos para avaliação de resposta após protocolo da 1º hora de sepse
PAM entre 65 e 70mmHg
PVC entre 8 e12
Débito urinário 0,5mll/kg/h
Depuração de lactato
Quando repor bicarbonato no quadro de sepse?
Acidose metabólica grave (pH < 7,1 e BIC < 7)
Avaliar eletrólitos (principalmente Ca iônico) e gasometria após reposição
Definição de choque séptico
Presença de sepse mantendo hipotensão (PAM <65mmHg) após ressuscitação volêmica (necessita de vasopressores) E apresentando lactato > 2mmol (>18mg/dl)
Quando indicar corticoide na sepse?
Choque séptico refratário com necessidade de vasopressor na dose > 0,25mcg/kg/min por > 4h
Hidrocortisona 50mg a cada 6h ou 100mg a cada 8h por 5 a 7 dias
Quando indicar inotrópico na sepse?
Manutenção de redução de débito cardíaco apesar da ressuscitação volêmica
Quando indicar transfusão de hemácias na sepse
HB < 7 ou choque hemorrágico concomitante ou isquemia miocárdica ativa
Cuidados com intubação em quadro de sepse (2)
Não utilizar etomidato como sedativo
Manter ventilação protetora:
- Volume corrente < 6ml/kg peso ideal
- Pressão platô < 30mmHg