Infecções sexualmente transmissíveis Flashcards
Agente etiológico da sífilis
Treponema palidum (espiroqueta)
Período de incubação da sífilis
3 semanas
Classificação da sífilis pelo ministério da saúde
Recente: < 1 ano de evolução → Primária, secundária e latente recente
Tardia: > 1 ano de evolução → Latente tardia, terciária e tempo indeterminado
Quadro clínico da sífilis primária
Cancro duro → Úlcera única, indolor, bordos elevados fundo liso e limpo
Ocorre no local da inoculação após 10 a 90 dias e regride espontaneamente
Quadro clínico da sífilis secundária
Ocorre 6 semanas a 6 meses após a sífilis primária por disseminação linfática e hematogênica
Roséolas / Sifílides (máculas eritematosas arredondadas inicia no tronco e espalha universalmente acomete região palmoplantar)
Condiloma plano / lata (lesão elevada, superfície plana, indolor na região genital)
Alopécia e madarose
Manchas acizentadas em gengivas ou lábios
Quadro clínico da sífilis terciária
Após longo período de latência sem tratamento
Lesões dermatológicas
Alterações cardíacas
Neurossífilis
Tabes dorsalis
Goma sifilítica
Lesões dermatológicas presente na sífilis terciária
Nódulos / Nódulos ucerados / gomas (granulomas) na pele, ossos ou órgãos internos
Na língua → Glossite intersticial crônica (perfuração do palato e destruição septo nasal)
Alterações cardíacas presentes na sífilis terciária
Aortite
Regurgitação aórtica
Aneurisma de aorta
Ocasiona angina
Quadro clínico da neurossífilis na sífilis terciária
Pode ser assintomática
Meningite sifílítica aguda
Encefalomalácia com afasias e hemiplegias
Demência paralítica
Tabes dorsalis
Definição de tabes dorsalis
Acometimento da sífilis no corno posterior da medula espinal
Ataxia, dor lanciante de curta duração
Pupilas de Argyll Robertson (pequenas, não reativas, contração normal e dilatação parcial com colírios)
Hiporreflexia MMII
Alteração da sensibilidade vibratória
Definição da goma sifilítica
Lesões nodulares em processo de degeneração
Não infectante
Exames complementares para diagnóstico de sífilis
1) Pesquisa direta em campo escuro
2) Testes não treponêmicos → VDRL
3) Testes treponêmicos → Teste rápido e VDRL
Exame utilizado para rastreamento de sífilis
Testes treponêmicos → Teste rápido ou FTA-ABS
Exame para seguimento de tratamento de sífilis
Teste não treponêmico → VDRL
A cada 3 meses → Grávidas: Mensal
Quando solicitar pesquisa direta em campo escuro para sífilis?
Na presença de lesão ulcerada suspeita (cancro duro ou condiloma plano) com VDRL e FTA-ABS negativos → Janela imunológica
Interpretação de um VDRL - e FTA-ABS -
Não é sífilis ou é janela imunológica
Interpretação de VDRL - e FTA-ABS +
Sífilis tratada
Interpretação de VDRL + e FTA-ABS -
Falso positivo
Interpreta~]ao de VDRL + e FTA-ABS +
Sífilis não tratada ou cicatriz sorológica
Definição de cicatriz sorológica da sífilis
VDRL positivo em baixos títulos, mesmo após tratamento adequado
Esquema terapêutico principal da sífilis recente (< 1 ano)
Primária, secundária ou latente precoce:
Penicilina G Benzatina, 1.200.000 UI em cada glúteo, IM, dose única
Esquemas terapêutico alternativo (alergia a penicilina) da sífilis recente (< 1 ano)
- Dessenssiblização
- Doxiciclina 100mg, VO, 12/12 horas, por 15 dias
- Ceftriaxona por 8 a 10 dias
Esquema terapêutico principal da sífilis tardia (> 1 ano) ou indeterminado
Penicilina G benzatina, 1.200.000 UI em cada glúteo, IM, uma dose por semana, por três semanas
Esquema terapêutico alternativo (alergia a penicilina) da sífilis tardia (> 1 ano) ou indeterminado
Doxiciclina 100mg, VO, 12/12 horas, por 30 dias
Esquema terapêutico principal da neurossífilis
Penicilina cristalina 3.000.000 a 4.000.000 UI/dia, IV, 4/4 horas ou infusão contínua, por 14 dias
Esquema terapêutico alternativo (alergia a penicilina) da neurossífilis
Ceftriaxona 2g, IV ou IM, 1x/dias, por 10 a 14 dias
Tratamento de sífilis em grávidas alérgicas a penicilinas
Dessensibilização a penicilina
Como realizar tratamento de parceiro sexual em paciente com sífilis
Parceiros dos últimos 3 meses:
- Teste rápido negativo → Penicilina G Benzatina 1.200.000UI em cada glúteo, IM, dose única
- Teste rápido positivo → Tratar conforme estadiamento da doença
Confirmação de cura de sífilis
Recente: Redução de duas diluições de VDRL em até seis meses
Tardia: Redução de duas diluições de VDRL em até um ano
Quando considerar reinfecção de sífilis? (4)
- Ausência de redução de duas diluições de VDRL em seis meses se sífilis recente
- Ausência de redução de duas diluições de VDRL em um ano se sífilis tardia
- Elevação em duas diluições
- Presença de sinais e sintomas de sífilis
Necessita de retratamento
Tipo de notificação compulsória da sífilis
Semanal
Agente etiológico da gonorreia
Neisseria gonorrhoeae
(Diplococo gram negativo)
Período de incubação da gonorreia
3 a 10 dias
Quadro clínico de gonorreia em mulheres
60 a 80% são assintomáticas
Disúria, urgência urinária, secreção amaerada
Uretrite / cervicite purulenta
Pode evoluir para doença inflamatória pélvica
Diagnóstico de gonorreia
É clínico
Exame complementar → Cultura de secreção cervical e biologia molecular
Tratamento de gonorreia
Ceftriaxona 500mg, IM, dose única + Azitromicina 1g, VO, dose única
Se bartholinite ou skenite → Marsupialização
Convocar e tratar parceiros dos últimos 3 meses
Sinônimos de cancro mole
Cancroide
Cancro venéreo
Cancro de Ducrey
“Cavalo”
Agente etiológico do cancro mole
Haemophilus ducreyi
Bacilo gram negativo
Período de incubação do cancro mole
3 a 5 dias
Quadro clínico do cancro mole
Úlcera genital de base mole, bordas irregulares, fundo purulento e necrótico
Úlceras múltiplas, dolorosas e odor fétido
Linfadenopatia satélite unilateral (flutuação e fistulização)
Diagnóstico de cancro mole
Clínico
Exame complementar → Bacterioscopia
Tratamento do cancro mole
1ª opção: Azitromicina 1g, VO, dose única
2ª opção: Ceftriaxona 500mg, IM, dose única
+ Aspiração dos infonodos comprometidos
+ Tratar parceiros sexuais
Definição e tratamento do Cancro misto de Rollet
Cancro mole e cancro duro (sífilis) no mesmo paciente
Azitromicina 1 g, VO, dose única + Penicilina G Benzatina, 2,4 milhões de unidades, IM, dose única
Sinônimo da donovanose e seu agente etiológico
Granuloma inguinal
Klebisiella granulomatis (gram Negativo)
Quadro clínico da donovanose
Úlceras genitais múltiplas e autoinoculáveis
Lesão nodular subcutânea → Úlcera bm definida com fundo granulomatoso
Evolui para linfedema na genitália
Diagnóstico de donovanose
Clínico
Exame complementar → Anatomopatológico: Corpúsculo de Donovan
Tratamento da donovanose
1º escolha: Azitromicina 1G, VO, 1x/semana por 3 semanas
Alternativa: Doxiciclina 100mg, VO, 12/12h, por 3 semanas
Agente etiológico do linfogranuloma venéreo
Chlamydia trachomatis
(Parasita intracelular obrigatório)
Quadro clínico do linfogranuloma venéreo
Primário: Pequena úlcera ou pápula indolor, transitória, parede posterir da vagina e cérvice
Secundário: Linfadenopatia inguinal, abscesso e fistulização purulenta por múltiplos orifícios (“Bico de regador”) + Febre, anorexia, artralgia, hepatoesplenomegalia
Terciária: Sequelas de esões progressivas, hipertróficas e necróticas + Proctite com sangue e pus nas fezes + Linfedema da genitália externa
Tratamento do linfogranuloma venéreo
1ª escolha: Doxiciclina 100mg VO 12/12h, por 21 dias
2ª opção: Azitromicina 1g, VO, 1x/semana, por 21 dias (primeira opção em gestantes)
Se linfadenopatia inguinal → Aspiração com agulha dos linfonodos comprometidos (“Bubão”)
Tratamento do parceiro assintomático → Azitromicina 1g, VO, dose única
Agente etiológico da herpes genital
Herpes simplex (tipo 2)
Doença sexualmentne transmissível mais frequentemente ulcerativa
Herpes genital
Quadro clínico da herpes genital
Vesículas agrupadas → Rompe formando úlceras dolorosas → Secam dormando crostass serohemáticas
Adenopatia inguinal bilateral dolorosa
Doença recorrente e incurável
Diagnóstico de herpes genital
Clínico
Exame complementar: Citodiagnóstico de Tzanck: Multinucleação e balonização celular
Tratamento da herpes simples
Apenas para tirar da fase sintomática:
- Primo-infecção: Aciclovir 400mg, VO, 8/8 horas, por 7 a 10 dias
- Recidiva: Por 5 dias
- Gestantes: Aciclovir + Parto cesáreo se lesões ativas
Subtipos não oncológicos do HPV
6 e 11
Tratamento do papilomavírus humano
Ácido tricloroacético
Crioterapia
Imiquimode
Excisão cirúrgica