Hipertensão Arterial Sistêmica Flashcards

1
Q

Fórmula da pressão arterial

A

PA = DC X RVP

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2
Q

Fórmula de débito cardíaco

A

DC = Volume sistólico X FC

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3
Q

Fórmula da pressão arterial média

A

PAM = (PAS + 2XPAD) / 3

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4
Q

Definição de hipotensão ortostática

A

Redução da PAS ≥ 20mmHg ou da PAD ≥ 10 mmHg após 2 minutos em posição ortostática

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5
Q

Protocolo de medidas do MAPA

A

Afere a PA a cada 20-30 min, durante 24h, para obter 16 medidas válidas no período da vigília e 8 durante o sono

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6
Q

Valores de referência de MAPA para hipertensão

A

24 horas → PAS ≥ 130 e/ou PAD ≥ 80

Vigília → PAS ≥ 135 e/ou PAD ≥ 85

Sono → PAS ≥ 120 e/ou PAD ≥ 70

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7
Q

Vantagens do MAPA (4)

A
  1. Padrão-ouro para o diagnóstico de HAS;
  2. Boa correlação com lesão de órgão-alvo;
  3. Identifica alterações do ciclo circadiano da PA;
  4. Avalia a efetividade de um esquema anti-hipertensivo
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8
Q

Protocolo de MRPA

A

3 medidas da PA antes do café e dos remédios + 3 medidas da PA antes do jantar → Por 5 dias OU

2 medidas da PA antes do café e dos remédios + 2 medidas da PA antes do jantar → Por 7 dias

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9
Q

Valores de referência de MRPA para hipertensão

A

PAS ≥ 130 e/ou PAD ≥ 80mmHg

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10
Q

Definição de HAS

A

PA sustentadamente acima de 140x90mmHg

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11
Q

Classificação de HAS

A
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12
Q

Definição de hipertensão mascarada

A

PA elevada em domicílio e normal no consultório

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13
Q

Definição de efeito do jaleco branco

A

PA elevada no consultório e normal em domicílio

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14
Q

Protocolo terapêutico diante da avaliação da pressão arterial

A
  • PA ótima / normal → Repetir medida de PA anualmente
  • Pré-hipertensão / Hipertensão estágio 1 ou 2 → Solicitar MRPA ou MAPA
    o MRPA/MAPA normal → Normotensão ou hipertensão do jaleco branco → Repetir medidas anualmente
    o MRPA/MAPA anormal → Hipertensão sistêmica ou hipertensão mascarada → Iniciar tratamento
  • Hipertensão estágio 3 / Crise hipertensiva → Iniciar tratamento
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15
Q

Exames laboratoriais obrigatórios na primeira consulta e anualmente em pacientes hipertensos (8)

A
  • Hemograma
  • Glicemia de jejum
  • Colesterol total + HDL + triglicerídeos
  • Urina tipo 1
  • Ácido úrico
  • Potássio
  • Creatinina (estimativa da TFG por CKD-EPI)
  • Eletrocardiograma
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16
Q

Quando solicitar ecocardiograma em paciente hipertenso (2)

A

Se indícios de hipertrofia de ventrículo esquerdo no ECG e suspeita de insuficiência cardíaca

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17
Q

Quando solicitar albuminuria ou relação proteinúria/creatininúria ou albuminúria/creatininúria em paciente hipertenso

A

Se paciente hipertenso e diabético com síndrome metabólica

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18
Q

Quando solicitar teste ergométrico em paciente hipertenso (3)

A

Na suspeita de doença coronária estável, diabetes melito ou antecedente familiar para doença coronária em pacientes com pressão arterial controlada

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19
Q

Quando solicitar USG carótidas em paciente hipertenso (3)

A

Se presença de sopro carotídeo, sinais de doença cerebrovascular ou presença de doença aterosclerótica em outros territórios.

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20
Q

Quando solicitar USG renal em paciente hipertenso

A

Pacientes com massas abdominais ou sopro abdominal

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21
Q

Estratificação do risco cardiovascular

A
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22
Q

Exemplos de lesão de órgão-alvo secundários a HAS (4)

A
  • Hipertrofia ventricular esquerda
  • Doença renal crônico estágio ≥ 3
  • Aterosclerose
  • IAM / AVE
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23
Q

Meta terapêutica em paciente hipertenso

A
  • Estágio 1 ou 2: < 140x90
  • Estágio 3 ou presença de LOA: 130/80
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24
Q

Meta terapêutica da pressão arterial em pacientes especiais

A

Idosos hígidos → Entre 130-139 e 70-79
Idosos frágeis → Entre 140-149 e 70-79

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25
Q

Quando indicar tratamento para HAS (2)

A
  • HAS estágio 1, 2 ou 3
  • Pré-hipertenso com Lesão de Órgão-Alvo
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26
Q

Indicação de monoterapia na hipertensão arterial

A

Hipertensão estágio 1

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27
Q

Indicação de combinação de pelo menos 2 fármacos na HAS

A

Hipertensão estágios 2 ou 3 ou presença de Lesão de Órgão-Alvo

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28
Q

Anti-hipertensivos de primeira linha (4)

A
  • Inibidores da ECA
  • Bloqueadores de receptor de angiotensina
  • Diuréticos tiazídicos
  • Antagonistas dos canais de cálcio
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29
Q

Populações com maior benefício do uso de IECA e BRA (2)

A
  • Insuficiência cardíaca (Retarda remodelamento cardíaco)
  • Diabéticos (retarda progressão da doença renal)
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30
Q

Contraindicação ao uso do IECA

A

Nefropatas avançados (pode piora a função renal)

31
Q

Efeitos colaterais do uso de IECA (3)

A

Hipercalemia, piora transitória da função renal, tosse

32
Q

Efeitos colaterais do uso do BRA (2)

A

Hipercalemia, piora transitória da função renal

33
Q

Alterações eletrolíticas do diurético tiazídico (3)

A

Aumenta excreção de potássio
Aumenta reabsorção de cálcio e
Aumenta reabsorção de ácido úrico

34
Q

Contraindicação ao uso de diurético tiazídico

A

Gota (ácido úrico elevado)

35
Q

Classe anti-hipertensiva indicado em paciente hipertenso com gota

A

Bloqueador do receptor de angiotensiva (Uricosúrico)

36
Q

Classificação dos antagonistas dos canais de cálcio (2) e seus mecanismos de ação e exemplos

A
  • Diidropiridínicos → Reduz resistência vascular periférica → Anlodipino / nifedipino
  • Não-diidropiridínicos → Efeito inotrópico e cronotrópico negativo → Verapamil e diltiazem
37
Q

Contraindicação ao uso de antagonistas dos canais de cálcio

A

ICFER

38
Q

Efeito colateral dos antagonistas dos canais de cálcio diidropiridínicos

A

Edema (perimaleolar)

39
Q

Indicações de anti-hipertensivos de segunda linha (3)

A
  • Presença de contraindicações aos anti-hipertensivos de 1ª linha (Grávidas)
  • Pressão descontrolada apesar da dose e combinação otimizada de medicamentos de 1ª linha
  • Doença de base que apresenta benefício do uso de medicação de 2º linha (BB na IC, alfabloqueador na HPB)
40
Q

Anti-hipertensivos liberados para utilizar em grávidas (2)

A

Metildopa e hidralazina

41
Q

Definição de HAS resistente

A

PA não controlada apesar do uso de 3 anti-hipertensivos de classes diferentes em doses otimizadas, sendo uma dela diurético

42
Q

Fatores de risco para HAS resistente (3)

A

Idosos, obesos e afrodescendentes

43
Q

Conduta para paciente com HAS resistente

A

Acrescentar Espironolactona

44
Q

Definição de HAS resistente não controlada

A

PA não controlada com 4 anti-hipertensivos

45
Q

Conduta para HAS resistente não controlada

A

Pode usar betabloqueador ou alfa-agonista de ação central → Continua descontrolada → Hidralazina / Minoxidil

46
Q

Definição de HAS refratária

A

Hipertensão resistente não controlada com 5 ou mais anti-hipertensivos em doses otimizadas

47
Q

Definição de urgência e emergência hipertensiva

A
  • Urgência: PAS ≥ 180 ou PAD ≥ 120mmHg sem lesão de órgão-alvo
  • Emergência: PAS ≥ 180 ou PAD ≥ 120mmHg COM lesão de órgão-alvo
48
Q

Definição de pseudocrise hipertensiva

A

Presença de algum fator estressante/emocional que provoque elevação da PA

49
Q

Tratamento de pseudocrise hipertensiva

A
  • Tratar a causa de base (analgésico, ansiolítico)
  • Anti-hipertensivo via oral APENAS para paciente com histórico de lesão em órgão-alvo ou hipertensão refratária a analgésicos/ansiolíticos
50
Q

Tratamento de urgência e emergência hipertensiva

A
  • Urgência: Anti-hipertensivo via oral
  • Emergência: Anti-hipertensivo via endovenosa
51
Q

Droga de escolha para emergência hipertensiva

A

NitroPRussiato de sódio/NiPRide (vasodilatador arterial e venoso)

52
Q

Situações que não se utiliza nitroprussiato de sódio na emergência hipertensiva (3)

A
  • SCA: Nitroglicerina/Tridil (vasodilatador coronário)
  • Dissecção de aorta: Betabloqueador (Metoprolol / Esmolol) antes do Nitroprussiato
  • Gestantes: Hidralazina
53
Q

Meta de redução da PA na emergência hipertensiva

A
  • ↓ 10 a 20% da PA na primeira hora +
  • ↓ 15% da PA nas próximas 24 horas
54
Q

Meta de redução da PA na urgência hipertensiva

A

Controle da PA em 24-48 horas

55
Q

Complicação se reduzir rapidamente a PA em uma emergência hipertensiva

A

Risco de isquemia

56
Q

Complicação do uso prolongado de Nitroprussiato de sódio

A

Intoxicação por cianeto

57
Q

Quadro clínico de intoxicação por cianeto

A

Acidose metabólica (láctica), hiperoxemia venosa, dispneia, confusão mental

58
Q

Quando iniciar monitorização em paciente com uso de nitroprussiato de sódio

A

Monitorizar níveis de Tiocianato diariamente, a partir de doses acima de 2mcg/kg/min por mais de 3 dias

59
Q

Tratamento de intoxicação por cianeto

A

Hidroxicobalamina (precursor da Vit B12) 70mg/kg EV – Pode repetir metade da dose se necessário

60
Q

Lesões de órgão-alvo possíveis na emergência hipertensiva (7)

A
  • Encefalopatia hipertensiva
  • SCA
  • AVE
  • IC aguda (EAP)
  • Dissecção aorta
  • Eclâmpsia
  • Hipertensão acelerada / maligna
61
Q

Fisiopatologia da encefalopatia cerebral na crise hipertensiva

A

Elevação da pressão arterial → Aumenta pressão hidrostática → Extravasamento → Edema cerebral

62
Q

Quadro clínico de encefalopatia cerebral (6)

A
  • Cefaleia
  • Vômitos
  • Convulsão
  • Confusão mental
  • Rebaixamento do nível de consciência
  • Hemorragias retinianas e papiledemas
63
Q

Tríade clássica da encefalopatia hipertensiva

A

Alteração neurológica progressiva + Papiledema + Pico pressórico

64
Q

Exame clínico que auxilia na investigação de encefalopatia hipertensiva

A

Fundoscopia

65
Q

Achados da fundoscopia na encefalopatia hipertensiva (2)

A
  • Perda do contorno da papila
  • Rompimento dos vasos (exsudatos hemorrágicos ou algodonosos)
66
Q

Exame de imagem complementar para encefalopatia hipertensiva

A

TC de crânio (excluir AVCh)

67
Q

Achado da RNM de crânio na encefalopatia hipertensiva

A

Hipersinal em T2 em região cortical parieto-occipital (Edema cerebral)

Não solicitar RNM de rotina, pois o diagnóstico é clínico

68
Q

Conduta na encefalopatia hipertensiva

A

Redução imediata da PAM com nitroprussiato/labetalol

69
Q

Definição de hipertensão acelerada maligna

A

HAS grave + Arterioesclerose hiperplásica / necrose fibrinóide + Retinopatia III/IV, com ou sem insuficiência renal

Forma mais grave de hipertensão e tem pior prognóstico

70
Q

Diagnóstico de hipertensão maligna

A

Presença de PAD ≥ 120mmHg, associado a:
- Hemorragia ocular e exsudatos com papiledema
- Microangiopatia trombótica (plaquetopenia), anemia hemolítica microangiopática com esquizócitos
- Disfunção de múltiplos órgãos (Cérebro, coração, vasos, rins)

71
Q

Classificação da retinopatia hipertensiva

A

Retinopatia Keith-Wagener
- Grau 1: estreitamento arteriolar;
- Grau 2: cruzamento arteriovenoso patológico (fios de cobre/fios de prata);
- Grau 3: hemorragia/exsudato retiniano;
- Grau 4: papiledema

72
Q

Tipos de arterioesclerose na nefroesclerose hipertensiva

A
  • Benigna: Arterioesclerose hialina
  • Maligna: Arterioesclerose hiperplástica (“bulbo de cebola”)
73
Q

Pacientes com maior risco de nefroesclerose hipertensiva

A

Afrodescendentes

74
Q

Tratamento de HAS acelerada maligna

A

Nitoprussiato de sódio (Nipride)