Endócrino - Diabetes Tipo 2 Flashcards
DM2
- Caracterizada pela hiperglicemia, devido ao comprometimento tanto da ação como da secreção da insulina
- Multifatorial
- Pacientes com genética favorável também tendem a apresentar obesidade
- DM 2 precoce antes dos 40 anos
Rastreio do DM 2
- a partir dos 30 anos realizar a cada 1 a 2 anos uma glicemia de jejum e HbA1C
- pacientes HIV as Pré diabeticos rastreio anual
Diagnostico de DM
NORMAL:
- GJ < 100
HBA1 C < 5,7
TTGO após 2h <140
Glicada > 6,5%
glicemia de jejum >126
TTGo > 209 após 1 hora
TTGO >200 após 2hs
Teste de glicemia isolada > 200 com sintomas
Sintomas inequívocos de DM : polidipsia, poluiria perda de peso espontânea
Sempre bom ter 2 exames alterados com um tempo de diferença (principalmente se uma outra doença ativa)
- Afastar DM1 e LADA com PepC, Anti-gad e Anti-IA-2 no diagnostico inicial
- PREDIABÉTICO: todo paciente com glicemia entre 100-125 deve ser submetido a TTGO e se possível HbA1C
- glicemia 100 a 120 //
- HbAIC entre 5,7 a 6,4% //
- TTGO 2h 140 a 199//
- TTGO 1h 155 a 208
- Diabetes secundaria à doenças endócrinas, pancreáticas
Fase Pré-clínica (fatores de risco)
> 35 anos
Acantose nigricans
sobrepeso ou obesidade
historia familiar de DM 2
sedentarismo
resistência insulina (Gj entre 100 - 126)
historia de DMG ou macrossomia
HAS
Dislipidemia
SOP
Inercia clinica
- uso inadequado das medicações seja pelo paciente ou por tratamento inadequado (subutilização)
- Leva a desfechos mais sérios = IAM, AVC, Morte súbita, IRC grau 5
Tratamento da DM2
- acompanhamento em 3/3 meses
- MEV
- perda de 5 a 10% do peso - pode levar a remissão por um tempo da DM
- Iniciar com Metformina ou iSGLT1 Dapaglifosina(SUS >65a)
- sempre duas estrategias
Metformina
- atuam reduzindo a gliconeogênese»_space; reduzindo a resistência insulínica
- ambém ajuda na redução do peso, redução de triglicerídeos, e traz benefícios para a saúde cardiovascular
Dose usual = 2g/dia
- começar com 500 a 850 mg → vai aumentando progressivamente
- dosar vit B12 anualmente após 4 anos de inicio
- não causa hipoglicemia e nem ganho de peso
- principal efeito adverso é a diarreia, e o principal risco associado é a acidose lática em pacientes hospitalizados.
Sulfonilureia= Glicazida
Dose usual = 120 mg/dia
Risco de hipoglicemia e ganho de peso
- aumentam a secreção basal de insulina por meio do bloqueio de canais de potássio ATP dependentes localizados no pâncreas. São baratos e potentes, porém podem provocar aumento do peso e possuem um elevado risco de hipoglicemia.
Inibidor de SGLT2 = Dapoglifozina (forxiga)
- ação: inibe a absorção de glicose e sódio pelo túbulo proximal pela inibição do receptor SGLT2
- redução estimada da glicemia em 30mgdl e HbA1C 0,5% a 1%
- redução de eventos cardiovasculares e mortalidade cardiovascular em pessoas com DM e IC
- redução discreta no peso
- limitação do uso pela função renal
Agonista do receptor do GLP-1 = liraglutida, semaglutida
- ação: aumenta a secreção de insulina
- reduz a secreção de glucagon
- retarda o esvaziamento gástrico e aumenta a saciedade
- oferecem benefícios cardiovasculares, reduzindo o risco de eventos cardíacos em pacientes com doença cardíaca preexistente
- pode levar a pancreatite aguda, e sintomas gastrointestinais
Inibidor de DPP4 = Gliptinas
- aumento do nível de GLP-1, com aumento da síntese secreção de insulina e redução do glucagon
- pode ser utilizada em pacientes dialíticos.
Pioglitazona (Tiazolidinedionas)
- mecanismo é o aumento da expressão de receptores periféricos de insulina»_space; aumenta a sensibilidade a insulina dos músculos, adipócito e hepatócitos
principais desvantagens são o aumento de peso, retenção de sal e água»_space; não deve ser usada em pcts com IC
Insulinização - indicação
Glicemia jejum no diagnostico > 270 ou A1C >11%
Presença de cetose ou cetonuria
Historia natural de falência = evolução natural da DM = A1C >9% + doses plenas de HGO
Contraindicações aos agentes orais (ins. renal ou hepática)
Durante cirurgias , infecções graves e internações
durante a gestação
Insuinização
OBS: Normalmente, a princípio, você introduz insulina sem retirar medicação via oral
Basal = NPH (pico 4 a 10 hs), Glargina, Degludeca ou Detemir
Rápida = Regular (pico 30’ a 1 hora)
- Iniciar com a Basal = 0,2 UI/kg 1 x ao dia antes de dormir e continuar hipoglicemiantes orais
- ajustes podem ser feitos com aumento de 2 unidades a cada 3 dias, até a glicemia de jejum ficar em torno de 100 mg/dl e a HbA1c < 73
- intensificada gradativamente até chegar ao esquema intensivo basal-bolus e retirar os
HGO
Esquema basal-bolus
70% NPH (66% manha - 33% noite)
30%R (tentar simular secreção natural - dividir conforme as refeições ou contagem de CHO)
Método de contagem CHO = cada 15 gr - 1UI e medir dextro pré a cada 50mg alterado mias 1UI
Inicia com 0,2 e pode chegar ate 1,1 UI/Kg
Atentar a GJ - deve sempre tentar manter a meta. Altas glicemias de jejum estão ligadas a piores desfechos
Insulinização -> cuidados
- Embalagem lacrada: refrigerada 2-8°C (não guardar na porta)
- Em uso: refrigerada 2-8°C (aceitável temperatura ambiente até 30°C); validade 4 semanas após início de uso
- Prega subcutânea e ângulo de aplicação (90° se agulha de insulina)
- Regiões recomendadas preferenciais: abdome (lateralmente distante 3 dedos doumbigo) ou coxa (lateral externa, 3 dedos abaixo da virilha e 3 dedos acima do joelho); evitar locais endurecidos ou inchados
- Rodízio – mudar o ponto a cada aplicação (distância mínima de 1 cm)
- pode aspirar R e NPH juntas, desde que a R seja aspirada primeiro
- Controle de Dextro no inicio da insulinização:
■ Pré-prandial: jejum, antes do almoço, antes do jantar
■ Pós-prandial: 2 horas após café da manhã/almoço/jantar
■ 3:00 h
Hipoglicemias
Alimentação a cada 3 horas (especialmente antes de atividade física);
■ Alimentação antes de dormir;
■ Medir glicemia capilar se sintomas;
■ Tratamento imediato: 10-20g de carboidrato simples (repetir após 15 minutos, se necessário);
– 2 colheres de chá de açúcar
– 100mL de refrigerante ou suco de fruta
– 2 balas
Metas do Tratamento
normal = não DM
Meta HbA1c (%) < 6,0
Glicemia de jejum (mg/dl) <100
Glicemia pós-prandial (2h) (mg/dl) <100
Meta dos dextra de < 1% de hipoglicemia
Meta HbA1c (%)
<6% (sem comorbidades e dx mais jovem)
< 7,0 9 (comorbidades)
<7,5 a 8 (idosos frágeis)
Glicemia de jejum (mg/dl) 70-130
Glicemia pós-prandial (2h) (mg/dl) < 180
Pressão arterial: < 130X80 mmHg
Colesterol total: < 200 mg/dl
HDL: homem > 40 mg/dl; mulher: > 50 mg/dl
LDL: < 100 mg/d para homens e mulheres
Triglicerídeos: < 150 mg/dl para homens e mulheres
Pé diabético
infecção, ulceração ou destruição de tecidos profundos dos MMII, causado por neuropatia e agravadas pela DAP (doença arterial periférica) micro e macroangiopatia
Fissuras, deformidades, onicomicoses são fatores de risco
Pé diabético - Fatores de risco modificáveis
- neuropatias
- mal controle glicemico
- Calosiades, deformidades, doenças de pele
- DAP (tabagismo + HAS + DM+ Dislipidemia)
- Trauma
Infeções
Rastreio Pé diabético
- 1x ao ano pesquisa de monofilamento ou toque leve e DAP (palpação dos 4 pulsos e TEC)
- Procurar saber historia de claudicação, caibra, formigamento, lesões antigas e tabagismo
- Educação em autocuidado (hidratação dos pés e uso de sapatos adequados)
Exame Físico do Pé diabético
- Toque leve: primeiro, terceiro e quinto artelho de cada pé - ao errar 2 = pé diabético
- Monofilamento = Halux, cabeça do primeiro e quito metatarso dos dois pés, ao erra 1 = pé diabético
Rastreio nos pacientes com DM
- função renal ( CR / Ur/ Urina 1)
- fundos copia
- funcao hepática
- transaminases
- USG Abdominal → esteatose hepática
- C T F e TG
- pesquisa de neuropatia
- ECG Ou ECO
Neuropatias Diabéticos
Ajuste de tratamento para Doença Aterosclerótica
Pré-diabetes
Metformina se:
- idade < 60a
- IMC > 35
- historia de DEG
- Síndrome metabólica
- HAS
- Glicemia de jejum > 110
liraglutida como tratamento para obesidade pode reduzir o risco de progressão para diabetes
Ajuste de tratamento para pets com IC
Ajuste do tratamento para pacientes com Doença Renal crônica
Retinopatia diabética - Não proliferativa:
- Leve: Microaneurismas
Retinopatia diabética - Não proliferativa:
- Moderada: Microaneurismas, hemorragias, exsudatos duros e exsudatos algodonosos.
Retinopatia diabética - Não proliferativa:
- Grave: Mais de 20 hemorragias intra-retinianas (outros achados anteriores também estarão presentes).
Retinopatia diabética - Proliferativa: formação de novos vasos
Rastreio de nefropatia diabética
- deve ser iniciado logo ao diagnóstico nos pacientes com DM2 e após 5 anos do diagnóstico no DM1
- rastreamento precisa ser ANUAL e se basear na medida da albuminúria e na estimativa da TFG (taxa de filtração glomerular)
- referencialmente, pela medida de albumina em amostra isolada de urina (primeira da manhã ou casual) devido à acurácia diagnóstica
Neuropatia diabética
- lesão dos pequenos vasos sanguíneos que irrigam os nervos, levando a uma diminuição do fluxo sanguíneo e, consequentemente, à falta de oxigênio e nutrientes essenciais para os nervos. Esse processo pode resultar em danos nos nervos e na liberação de substâncias inflamatórias que estimulam os receptores de dor
- a disfunção dos nervos diabéticos pode levar a anormalidades na condução dos sinais nervosos, resultando em sensações anormais de dor, como queimação, formigamento e choques elétricos.
- pode ser tratada com gabapentinoides (gabapentina ou pregabalina) e antidepressivos duais que atua tanto no sistema noradrenérgico quanto serotonérgico (venlafaxina, a desvenlafaxina e a duloxetina.)