Cardio - Hipertensão e Crise Hipertensiva Flashcards

1
Q

Etiologia da HAS

A

Primaria ou essencial
Secundaria
- Doença parenquimatosa renal
- Obstrução de arteria renal
- Hipercorsolemismo
- Hiperaldosteronismo primário
- Feocromocitoma
- Síndrome da apneia obstrutiva do sono.
- Coarctação de aorta
- ACO
*Hipertensão do avental branco
* Hipertensão mascarada

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2
Q

Manifestação Clinica da HAS

A

Em tese a HAS é uma doença assintomática
- HAS com sintomas amenos: cefaleia, epistaxe, tinutus (barulho no ouvido), sincope
- HAS emergência = sintomas de alerta associados
- HAS crise = acima de 180x110 assintomática (objetivo diminuir 10% da PA)

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3
Q

Fisiopatologia da HAS

A

Fatores genéticos, epigenéticos e ambientais:
■ Aumento da atividade do sistema nervoso simpático;
■ Aumento da atividade do sistema renina-angiotensina-aldosterona;
■ Redução na síntese de vasodilatadores (óxido nítrico, peptídeos natriuréticos);
■ Alterações estruturais e funcionais nos vasos de resistência (rigidez vascular, disfunção endotelial);
■ Lesão renal subclínica progressiva.

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4
Q

Os principais fatores de risco para HAS são:

A

■ Idade (relação direta e linear; acima de 65 anos a prevalência ultrapassa 60%);
■ Sexo (mais elevada entre as mulheres, exceto em faixas mais jovens);
■ Etnia (em negros, a HAS tende a ser mais grave e mais precoce);
■ Sobrepeso e obesidade;
■ Apneia obstrutiva do sono;
■ Sedentarismo;
■ Elevada ingestão de sal e álcool, baixo consumo de potássio e cálcio;
■ Fatores socioeconômicos (mais prevalente quanto menor a escolaridade);
■ Fatores genéticos.

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5
Q

Preparo do Paciente para aferição da PA

A

■ Repouso de 5min. Não conversar durante a medida.
■ Pernas descruzadas, pés apoiados no chão, dorso recostado na cadeira e relaxado.
■ Esvaziar bexiga.
■ Evitar: exercícios físicos 60min antes; ingerir bebidas alcoólicas, café, alimentos ou fumo 30min antes.
■ Braço na altura do coração (4º espaço intercostal), livre de roupas, apoiado, com a palma da mão voltada para cima e o cotovelo ligeiramente fletido.

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6
Q

Diagnostico de HAS

A
  • Pelo menos 2 aferições adequadas com PAS >ou= 140 e ou PAD > ou= 90 (tendo descartado possibilidade de HAS do jaleco branco)
  • MRPA realizar obrigatoriamente três medidas pela
    manhã e três à noite, , com intervalos de um minuto entre elas, durante cinco dias. São consideradas anormais as médias de PA ≥ 130 x 80 mmHg
  • MAPA (padrão-ouro) a medida automática da PA. São
    consideradas anormais as médias de PA de 24h, vigília e sono
  • ≥ 130 x 80 mmHg nas 24 horas
  • 135 x 85 mmHg em vigilia
  • 120 x 70 mmHg sono
  • AMPA (Automedida da PA) - é recomendado um número mínimo de sete medidas realizadas no período de 16 a 72 horas. São consideradas anormais as médias de PA ≥ 130 x 80 mmHg
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7
Q

Verdadeiro hipertenso

A
  • média das aferições da PA, em duas ou mais consultas, acima do valor adotado como normal pelas diretrizes
  • recomendado que, na primeira avaliação, as medidas sejam obtidas em ambos os membros superiores (aceitável uma diferença de pressão sistólica entre os membros superiores até 15 mmHg)
  • O diagnóstico de HAS já deve ser considerado na primeira consulta nos pacientes de alto risco cardiovascular, com crises hipertensivas (urgência ou emergência) ou com níveis extremamente elevados (PA ≥ 180 x 110 mmHg)

OBS: HAS Mascarada» PA normal no consultório

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8
Q

Classificação da Pressão Arterial

A

<120 x 80 Otima
< 130 x 85-89 Normal
130-139 x 90-99 Normal limítrofe (Obs: EUA considera HAS)
140-159 x 100-109 Hipertensão leve (estágio 1)
160-179 x > 110 Hipertensão moderada (estágio 2)
> 180 x < 90 Hipertensão grave (estágio 3)

Pode acontecer uma Hipretensão sistolica ou diastólica isolada

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9
Q

Anamnese e Exame Físico

A

■ Tempo de diagnóstico, evolução e tratamento prévio.
■ Fatores de risco para doenças cardiovasculares e comorbidades.
■ Avaliação dietética (consumo de sal, ingestão alcoólica…).
■ Consumo pregresso ou atual de medicamentos ou drogas que podem elevar a PA.
■ História atual ou pregressa de gota, pré-eclâmpsia, eclampsia, doença pulmonar obstrutiva crônica, asma, disfunção sexual e apneia do sono.
■ Fatores ambientais e psicossociais, sintomas de depressão, ansiedade e pânico, situação familiar.
■ História familiar de diabetes mellitus, dislipidemias, doença renal, AVC, doença arterial coronariana ou mortes
prematuras (homens < 55 anos e mulheres < 65 anos).
■ Medição da PA nos dois braços.
■ Peso, altura, IMC e FC.
■ Circunferência Abdominal (CA).
■ Sinais de LOA.

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10
Q

Lesões de Órgão Alvo

A
  • Coração: Hipertrofia de VE, Insuficiência cardíaca (Sis/Dias), Doença coronariana aterosclerótica
  • Cérebro: AVE, declínio cognitivo e demência
  • Vasos Sanguíneos: aneurisma, dissecção de aorta, aterosclerose
  • Rim: Pode ser causa de HAS, mas também é acometido pala HAS: Nefrosclerose benigna (crônica) e maligna (aguda)
  • Benigna: alterações nas arteríolas pré-glomerulares (depósitos hialinos e esclerose de arteríolas aferentes e artéria interlobular), levando a alterações isquêmicas nos glomérulos (glomeruloesclerose isquêmica) e atrofia tubular. Dano direto ao glomérulo devido ao hiperfluxo padrão GEFS
  • Maligna: arterioloesclerose hiperplásica (aspecto “em bulbo de cebola”) da arteríola aferente e necrose fibrinoide,
    obliteração da luz e necrose focal do tofo glomerular, com hemorragias intersticiais
  • Retinopatia (Grau I e II são crônicas e III e IV agudas)
    ■ Grau I: estreitamento arteriolar.
    ■ Grau II: cruzamento Arteríola/Vênula patológico (com afinamento da vênula)
    ■ Grau III: manchas algodonosas, hemorragias em chama de vela.
    ■ Grau IV: papiledema
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11
Q

Exames de Rotina para o Paciente Hipertenso

A

■ Análise de urina.
■ TSH
■ Microalbuminúria de amostra isolada
■ Potássio plasmático.
■ Creatinina plasmática e taxa de filtração glomerular estimada.*
■ Glicemia de jejum e HbA1c.
■ Colesterol total; HDL-colesterol e triglicerídeos.**
■ Ácido úrico plasmático.
■ Eletrocardiograma convencional

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12
Q

Principais Exames para pesquisa de órgão alvo

A

■ Radiografia de tórax: suspeita clínica de comprometimento cardíaco e/ou pulmonar; hipertensos com acometimento da aorta quando ECO não disponível.
■ Ecocardiograma: indícios de HVE no ECG ou suspeita clínica de insuficiência cardíaca.
■ Albuminúria: hipertensos diabéticos com síndrome metabólica ou com dois ou mais fatores de risco.
■ USG de carótidas e vertebrais: presença de sopro carotídeo, sinais de doença cerebrovascular ou doença aterosclerótica
em outros territórios.
■ Teste ergométrico: suspeita de doença coronariana estável, diabético ou antecedente familiar para doença coronariana em paciente com pressão arterial controlada.
■ Ressonância nuclear magnética (RM) do cérebro: indicada em pacientes com distúrbios cognitivos e demência para detectar infartos silenciosos e micro-hemorragias.
■ Velocidade de Onda de Pulso (VOP)
**: indicada em hipertensos de baixo e médio risco, sendo considerado um método útil para avaliação da rigidez arterial, ou seja, do dano vascular.

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13
Q

Tratamento não medicamentoso

OBS: por 6 meses em pacientes de baixo risco, idosos frágeis&raquo_space; essas mesmas orientações precisam ser dadas e seguidas por qualquer pct independendo do risco

A
  • Perda ponderal de 10% do peso corpóreo
  • Dieta DASH
  • Redução da ingestão de sal (<2gr/dia)
  • Atividade física (150 min/semanais)
  • Cessar tabagismo
  • Diminuir consumo de bebida alcoólica
  • Evitar estresse
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14
Q

Tratamento medicamentoso

Alvo PA < 140 x 90 mmHg (Diretrizes Brasileira e Europeia) Risco CDV moderado
Alvo 129 x 80 Risco CDV alto
OU PA < 130 x 80 mmHg (AHA).
Coronariopata <130x80 com PAD <70

Idoso Frágil <160 x 90

A

■ Drogas de primeira linha:
❯ Diuréticos;
❯ Inibidores da ECA (IECA);
❯ Bloqueadores do receptor ATI da Angio II (BRA-II);
❯ Antagonistas dos Canais de Cálcio (ACC).
*Os betabloqueadores foram retirados da lista de drogas de primeira linha, a menos que haja uma indicação específica para o uso da classe (ex.: IC com FE reduzida).
■ Drogas de segunda linha: metildopa, clonidina, rilmenidina, moxonidina, hidralazina, minoxidil, reserpina

  • HAS resistente = PA não controlada mesmo com o uso de 3 medicamentos com dose plena (sendo um deles HCTZ) -> pensar em causa secundaria
  • HAS refrataria = PA não controla com 5 classes
    *Monoterapia: HAS estagio 1 com baixo RCV ou pre-HAS com alto RCV: DIU HCTZ ou BCC
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15
Q

Combinações das medicações para HAS

A
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16
Q

HAS resistente

A

PA não controlada mesmo com o uso de 3 medicamentos com dose plena (sendo um deles HCTZ) -> pensar em causa secundaria
- Quando se descarta a causa secundaria de HAS&raquo_space; HAS resistente real&raquo_space; a 4ª medicação é a ESPIRONOLACTONA

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17
Q

Inibidores da ECA
Captopril 25mg - dose inicial 50mg/2 x dia -> 100mg/2 x dia -> 150mg/dia (dose máxima 450mg)
Enalapril 5mg ou 20 mg - dose habitual 5 a 40 mg/dia

A
  • Mecanismo de ação: vasodilatação arterial e venosa, propiciada pelo bloqueio da transformação da angiotensina I em angiotensina II – um potente vasoconstritor endógeno – aumento da bradicinina.
  • Superioridade dos IECA nos pacientes hipertensos de alto risco para eventos cardiovasculares, incluindo os diabéticos. O efeito antihipertensivo é menor nos negros do que nos brancos.
  • As indicações específicas são: IC, pós-IAM com supra de ST, diabéticos, nefropatia crônica com microalbuminúria ou proteinúria, prevenção secundária do AVE.
  • Vantagens: inibem o remodelamento cardíaco. Promovem a dilatação da arteríola eferente da alça glomerular, com isso reduzindo a pressão intraglomerular e a filtração de proteínas (queda importante da proteinúria).
  • Desvantagens: Captopril pode dar tosse seca, podem precipitar insuficiência renal aguda e hipercalemia, quando adm junto com AINE
  • Hiperpotassemia (menor quantidade de reabsorção de Na nos túbulos renais e portanto menor excreta de K) - cuidado com DIU poupador de K
  • Contraindicados em gestantes, pacientes com creatinina > 3 mg/dl, estenose bilateral de artéria renal ou estenose unilateral em rim único.
18
Q

Bloqueadores dos Receptores AT1 da Angiotensina II – BRA
Losartana 50 mg - dose habitual 50-100
Valsartana - dose habitual 80-320

A
  • Mecanismo de ação: atuam no bloqueio dos receptores AT1 da angiotensina II
  • superiores aos IECA em hipertensos com grave hipertrofia de VE
  • Vantagens: redução da nefropatia (microalbuminúria ou proteinúria) em pcts DM2, uricosúrico (aumenta a excreção de Ac. Úrico) e tem ação modesta como antiagregante plaquetário
  • Desvantagens: Losartana precisa de 2 tomadas diárias, pode piorar a IRA, Hipercalemia (evitar se K>5,5), baixo efeito em negros
  • Contraindicado: estenose bilateral da a. renal, creatinina > 3 mg/dl,
19
Q

Diuréticos Tiazídicos

Clortalidona
Hidroclorotiazida 25mg/dia

A
  • Mecanismo de ação: inibem a bomba Na/Cl no túbulo contorcido distal = efeitos diurético, natriurético, redução da resistência vascular periférica (após 4-6 semanas&raquo_space;efeito vasodilatador).
  • São diuréticos de moderada potência,
  • Vantagens: baixo custo, meia-vida longa, retenção de cálcio e redução da calciúria. Em tese, tem vantagem na osteoporose
  • Desvantagens: hiperglicemia, hipertrigliceridemia, hiperuricemia, precipitação de uma crise de gota, hipercalcemai com hipocalciuria, distúrbio eletrolítico (hipocalemia, hiponatremia, hipomagnesemia, alcalose metabólica)
    4 HIPO: hipovolemia, hiponatremia, hipopotassemia, Hiponatremia
    3HIPER: hipergicemia, hiperlipidemia, hiperurecemia
  • Interação: AINS reduz efeito dos DIU
  • Contraindicação: gota, IRC estágio 3 e 4
20
Q

Antagonistas do Cálcio
(Não hidropiridinicos) = cardioseletivos (pouco udos na HAS simples

Verapamil - dose habitual 120-360 (1 ou 2 x/dia)
Diltiazem - dose habitual 80-240 (1 ou 2 x/dia)

A
  • Mecanismo de ação: agem bloqueando os canais lentos (tipo L) de cálcio na musculatura lisa vascular e no tecido cardíaco. Com isso, possuem propriedades vasodilatadoras, coronariodilatadoras, inotrópicas negativas e cronotrópicas negativas. Na verdade, o efeito cardíaco é praticamente exclusivo de dois antagonistas do cálcio:
    verapamil e diltiazem
  • pode deprimir função sistolica
21
Q

Antagonistas do Cálcio
(Hidropiridinicos)
Anlodipino - dose habitual 2,5-10 (1X/dia)
Felodipino - dose habitual 2,5-10 (1X/dia)
Nifedipino - dose habitual 10-60 (1 a 3X/dia)
Nitrendipino - dose habitual 10-30 (1X/dia)

A
  • Mecanismo de ação: agem bloqueando os canais lentos (tipo L) de cálcio na musculatura lisa vascular e no tecido cardíaco. Com isso, possuem propriedades vasodilatadoras, coronariodilatadoras,
  • Vantagens: são drogas antianginosas (coronariodilatadoras e redutoras do consumo miocárdico de oxigênio) e bradicardizantes (de primeira linha na fibrilação atrial de alta resposta). Previnem a “taqui supra” por reentrada nodal. O efeito dos AntCa não é inibido pelos AINE
    Tem bom efeito em Idosos e Negros
  • Desvantagens: efeitos dose-dependentes como cefaleia, tontura ou rubor facial. Edema maleolare hiperplasiagengival
  • contraindicadas na IC com fração de ejeção reduzida (exceto a anlodipina) e nas bradiarritmias (verapamil e diltiazem). Devido à dilatação da artéria aferente, alguns autores orientam também que estas drogas não devem ser utilizadas como monoterapia no tratamento de pacientes renais crônicos e proteinúria; não havendo problema quando associado às demais. O verapamil costuma causar constipação intestinal.
22
Q

Betabloqueadores

*não cardiosseletivos
Propranolol - dose habitual 80-320 2-3x/dia
Pindolol - dose habitual 10-60 1x/dia

*cardiosseletivos
Atenolol - dose habitual 50-100 1-2x/dia
Metoprolol - dose habitual 50-200 1x/dia
Bisoprolol - dose habitual 5-20 1x/dia
Carvedilol - dose habitual 12,5-50 1-2x/dia

A
  • Mecanismo de ação: agem reduzindo o débito cardíaco (por inotropismo e cronotropismo negativo) e a produção de renina pelo aparelho justaglomerular (diminuindo a formação de angiotensina II), readaptação dos barorreceptores e diminuição das catecolaminas nas sinapses nervosas. Beta-BQ como carvedilol e nebivolol ainda fazem vasodilatação e teriam um melhor perfil metabólico
  • Vantagens: controlam FC, são antianginosos, controlando principalmente a angina de esforço. Aumentam a sobrevida, diminuem o remodelamento cardiaco e reduzem chance de reinfarto em pacientes com história de IAM com supra de ST. O carvedilol, o metoprolol e o bisoprolol foram estudados na IC com FE reduzida, demonstrando aumento da sobrevida. Os beta-BQ são excelentes drogas nas taquiarritmias atriais e ventriculares e podem reduzir as extrassístoles sintomáticas. Propranolol seria útil também para tremor essencial, enxaqueca, síndromes hipercinéticas e hipertensão portal
  • Desvantagens: ao bloquearem os receptores beta-2 brônquicos, podem precipitar broncoespasmo grave em asmáticos e em alguns pacientes com DPOC. O bloqueio dos mesmos receptores nas células musculares lisas também leva à vasoconstrição periférica, devendo ser usados com cautela em pacientes com doença isquêmica de extremidades. Podem desregular o metabolismo, agravando a hiperglicemia e a dislipidemia (aumento de triglicerídeos e LDL, redução do HDL). A Além disso, dificultam a resposta de defesa contra a hipoglicemia iatrogênica em diabéticos em uso de insulina ou sulfonilureias
23
Q

Vasodilatadores Arteriais Diretos
Hidralazina - dose habitual 50-200 2-3x/dia
Minoxidil

A

A hidralazina é bem tolerada na IC com FE reduzida (em associação com os nitratos) e é uma opção para a hipertensão nas gestantes. Os efeitos adversos mais temidos são a taquicardia reflexa (que pode precipitar ou
agravar a isquemia miocárdica) e o lúpus farmacoinduzido. O minoxidil promove importante retenção hidrossalina e hipertricose. Pode causar derrame pericárdico e tamponamento cardíaco.

24
Q

Inibidor Adrenérgico de Ação Central
(Alfametildopa, Clonidina)

A
  • São agonistas dos receptores alfa-2 adrenérgicos pré-sinápticos, que agem inibindo os neurônios do centro adrenérgico hipotalâmico. O resultado é a redução da noradrenalina nas sinapses dos nervos periféricos.
  • A metildopa é a droga de escolha para tratar a hipertensão nas gestantes, demonstrando eficácia, boa tolerância e total segurança em relação ao concepto.
  • efeitos adversos: hepatite, cirrose hepática, anemia hemolítica autoimune
    (Coombs direto positivo), galactorreia, hipotensão postural etc. A clonidina está associada à boca seca, sedação e disfunção sexual (efeito anticolinérgico) e a sua suspensão abrupta pode causar uma grave e perigosa crise hipertensiva adrenérgica (rebote da clonidina).
25
Q

Alfabloqueadores
Prazosina 1-20 2-3
Doxazosina 1-16 1

A

Prazosin&raquo_space; HPB

26
Q

Reserpina

A

Trata-se do anti-hipertensivo mais antigo da história, agindo nas sinapses dos nervos periféricos, reduzindo a
noradrenalina. São classificados como inibidores adrenérgicos periféricos. São anti-hipertensivos eficazes,
especialmente quando associados a tiazídicos, sendo as drogas de mais baixo custo, mas podem provocar
depressão em 2% dos casos.

27
Q

Inibidor direto da renina
Alisquireno 150-300

A
  • Uso indicado com DIU e Valsartana
  • Contraindicado uso concomitante de alisquireno com BRAs ou IECAs em pacientes com diabetes mellitus tipo 2
28
Q

Escolha dos Anti-Hipertensivos

A

■ Doença coronariana: betabloqueadores; IECA; BRA-II.
■ Insuficiência cardíaca: inibidores da ECA ou BRA-II; beta-BQ; diuréticos; antagonistas da aldosterona.
■ Fibrilação atrial: betabloqueadores ou antagonistas do cálcio (diltiazem ou verapamil).
■ Diabéticos: todos os anti-hipertensivos, com vantagens para IECA nos pacientes nefropatas.
■ Nefropatia crônica: IECA ou BRA-II. Diuréticos são a segunda opção para o tratamento.
■ Transplantados: antagonistas de cálcio são a primeira escolha para o tratamento de pacientes transplantados
(essas drogas revertem a vasoconstrição arteriolar gerada pela ciclosporina). IECA ou BRA-II e diuréticos também
poderiam ser associados nesta situação, assim como beta-BQ, simpaticolíticos de ação central e vasodilatadores.
■ Brancos/jovens: IECA e betabloqueadores.
■ Idosos/negros: diuréticos tiazídicos ou antagonistas do cálcio (respondem menos a BB, IECA e BRA-II). O uso de
terapia não farmacológica também mostrou mais benefício em negros que em brancos.
■ Gestantes: metildopa ou hidralazina ou pindolol (beta-BQ).
■ Enxaqueca/tremor essencial: betabloqueadores.
■ Hiperplasia prostática benigna: alfa-1-bloqueadores (doxasozin, terasozin, tamsulozin).
■ Osteoporose: diuréticos tiazídicos.
■ Nefrolitíase por oxalato de cálcio: diuréticos tiazídicos.

29
Q

HAS Secundaria

A

■ Início precoce (idade < 30 anos) ou tardio (idade > 65 anos). Alguns autores citam como limite antes dos 20 e acima dos 55 anos;
■ HAS grave (acelerada/maligna); resistente; com lesão de órgão-alvo desproporcional ao grau de hipertensão; de início súbito ou com exacerbação de níveis previamente controlados;
■ HAS lábil + tríade do feocromocitoma: palpitações, sudorese e cefaleias em crise;
■ Uso de drogas e medicamentos que possam elevar PA;
■ Sinais de endocrinopatia (ex.: Cushing, hipotireoidismo, hipertireoidismo, hiperparatireoidismo);
■ Presença de massa ou sopro abdominal;
■ Assimetria de pulsos femorais;
■ Aumento da creatinina, redução da taxa de filtração glomerular, piora da função renal com o uso de IECA (estenose de artéria renal bilateral);
■ Hipocalemia espontânea (< 3 mEq/L e não relacionada a diuréticos);
■ Exame de urina anormal: proteinúria ou hematúria;
■ Sintomas de apneia durante o sono

30
Q

Como investigar HAS secundaria

A
31
Q

Hipotensão Postural

A
  • medir PA sentado
  • de um e três minutos em pé -> medir PA novamente
  • PA sistólica ≥ 20 mmHg ou na PA diastólica ≥ 10 mmHg
32
Q

Principais Emergências Hipertensivas&raquo_space; LESÃO AGUDA DE ORGÃO ALVO

Nitroprussiato (NIPRIDE), Labetalol, Metoprolol, Nitroglicerina (TRIDIL)

A

Níveis de PA > 180x120 associados a sintomas de emergência
Encefalopatia hipertensiva, AVE, síndrome coronariana aguda, dissecção de aorta, edema agudo de pulmão e eclâmpsia.

Conduta: drogas parenterais (nitroprussiato, labetalol, nitroglicerina) para redução imediata (poucas horas) da PA, seguida de manutenção com drogas por VO enquanto se retiram as drogas parenterais.
As recomendações gerais de redução da PA para
EH devem ser:
■ PA média ≤ 25% na 1ª hora;
■ PA 160 x 100-110 mmHg nas próximas 2 a 6h;
■ PA 135 x 85 mmHg em um período de 24-48h subsequentes.
Contudo, os casos devem ser manejados respeitando as particularidades do sistema ou o órgão-alvo acometido

33
Q

Principais urgências hipertensivas&raquo_space; SEM LESÃO AGUDA DE ORGÃO ALVO

A

PA >180x120
PA elevada em portadores de doença coronariana estável ou aneurisma de aorta não dissecante; queimaduras extensas; epistaxes graves (não é órgão-alvo); estados de hipercoagulabilidade; pré-operatório; hipertensão na
gestação e crises adrenérgicas leves.
Conduta: drogas orais (captopril, furosemida, clonidina) para controle da PA em 24-48h

34
Q

Pseudocrise hipertensiva

A

cientes com PA elevada, assintomáticos ou com sintomas não relacionados ao nível da pressão arterial, diante de
situações de estresse, sem estarem usando suas medicações usuais. Na verdade, são hipertensos crônicos mal
controlados.

35
Q

MAIS

A

■ Condição que mais cai: HAS renovascular.
■ Condição que cresce em importância: síndrome da apneia e hipopneia obstrutiva do sono.
■ HAS na prova de cirurgia: hiperaldosteronismo e feocromocitoma.
■ HAS na prova de pediatria: coarctação da aorta

36
Q

Encefalopatia Hipertensiva

A

Edema cerebral por hiperfluxo cerebral: cefaleia, náuseas, vomito e confusão mental
- sempre é bom fazer TC de Crânio para AVE

TTo: Nitroprussiato IV (diminuir 25% na primeira hora)
PA 160 x 100-110 mmHg nas próximas 2 a 6h

37
Q

Hipertensão Maligna

A

Alteração aguda de fundo de olho (grau III e IV) +/- Lesão renal

TTo: Nitroprussiato IV (diminuir 25% na primeira hora)
PA 160 x 100-110 mmHg nas próximas 2 a 6h

38
Q

Dissecção aguda de Aorta

A

lesão na camada intima da Aorta
Dor lancinante

39
Q

Calculo de Risco Cadiovascuar

A
40
Q

Q. Prova: HAS em Doença Coronariana

A
  • Meta pressorica para pacientes com Dç Coronariaa é 130/80 com a PAD >70 e PAS >120
  • Manter a PA neste intervalo ajuda a diminuir complicaçoes cardiovasculares
41
Q

Q. Prova: DM associado a com microalbuminuria

A
  • DM II com quadro de microalbuminuria (30 - 300)&raquo_space; é uma manifestação precoce da nefropatia diabetica e um marcador de risco para doença ccardiovascular e mortalidade
  • iECA ou BRA deve ser associado se (+) microalbuminuria
42
Q

Q. Prova: Crise de HAS induzida por drogas

A
  • Diazepam medicação de escolha para tto de urgenca hiertensivas desencadeadas por drogas ilicitas
  • algumas substâncias ilícitas como a cocaína, o crack, o ecstasy e as anfetaminas possuem ação simpaticomimética, portanto, podem levar à elevação da pressão arteria
  • alem do pico de PA, pode estar presente sintomas adrenergicos: sudorese, agitação e midriase