4 APA Flashcards

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1
Q

Quais condições cardíacas ativas precisam ser resolvidas no pré-anestésico de cirurgias eletivas? (4)

A

Acometimento do miocardio grave o suficiente a ponto de ser mais perigoso do que a própria cirurgia

  • Arritmia maligna
  • isquemia miocardica
  • Insuficiencia cardiaca descompensada
  • Valvopatia severa e sintomatica
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Q

Como estimar o risco cardiaco perioperatorio?

A

Indice de risco cardiaco revisado - RCRI (aka: Lee)

  • Cirurgia de alto risco
  • Coronariopatia (historia e intervalo de tempo - aguardar pelo menos 60d para que a intervenção seja realizada, mas talvez 6m seja melhor)
  • ICC
  • AIT, AVEi, AVEh
  • Cr > 2
  • DM insulinodependente

IAM nos ultimos 6 meses é FR para AVE perioperatorio
* AVE perioperatorio aumenta 8x a mortalidade*

  • risco baixo: 0-1
  • risco alto: 2 ou mais

MACE: PCR nao fatal, morte de origem cardiaca, IAM

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3
Q

Vantagens do Surgical Risk Calculator da ACS em relacao ao escore de Lee:

A
  • procedimento especifico
  • particularidades do paciente
  • % de risco distribuido por complicacao - (se abaixo de 1%, paciente liberado para o procedimento cirurgico)

https://www.riskcalculator.facs.org/RiskCalculator/

  • Lee tem maior validação externa
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4
Q

Paciente em APA, nao passou na avaliacao inicial e o risco é > 1%, como proceder?

A

Avaliar Capacidade Funcional (METs).

  • > 4 METs = 1-2 lances de escada
  • Avaliacao subjetiva
  • 94% especificidade
  • 19% de sensibilidade

Possibilidades:

  • CF > 4: dispensa avaliacao adicional
  • Nao é necessaria investigacao adicional se CF < 4 e baixo risco cirurgico.
  • CF < 4 e risco >1%, considerar investigacao (se mudar conduta)
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5
Q

O que é 1 MET?

A

Consumo de oxigenio basal de um homem de 40a e 70kg.

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6
Q

Alternativa a avaliacao de Capacidade Funcional

A

DASI - Duke activity status index

  • cada pergunta tem uma pontuação diferente
  • METs = 0,43x DASI / 3,5

Fazer nos pacientes duvidosos e com fatores de risco.

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7
Q

Qual a conduta em pacientes com risco elevado e CF < 4 METs ou desconhecida?

A

PODE SER RAZOAVEL realizar teste de esforço com imagens cardíacas para avaliar a isquemia miocárdica se isso mudar o manejo.

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8
Q

Paciente com CF <4 e cirurgia de risco > 1%, qual a conduta?

A

Investigar este paciente vai mudar a conduta?

  • Se sim: considerar teste ergometrico, ECO dobutamina, MPI Adenosina/Dipiridamol

Possives resultados:

  • Sem isquemia
  • Isquemia persistente
  • Isquemia induzivel - maior valor preditivo para isquemia.

Cardio vai decidir se Cateterismo, Revascularizacao…

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9
Q

Principais diferenças no Guideline Canadense

A

SEMI URGENCIA: ate 6 semanas, como cx oncologica.

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10
Q

Qual a relacao do BNP e pro-BNP na mortalidade pos-op?

A

Aumentam risco

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11
Q

Efeitos da Apneia do Sono no pulmao (2)

A
  • hipoxia e hipercapnia provocam vasoconstriccao pulmonar
  • Hipertensao Pulmonar Cronica - a circulação sofre remodelação e fica tonicamente contraída
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12
Q

Criterios diagnósticos para SIndrome da Hipoventilacao da Obesidade e

A

IMC > 30 + PaCO2 > 45

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13
Q

Sobre a Sindrome da Hipoventilacao da Obesidade, quais as implicacoes na anestesia (4)

A
  • 90% tem Apneia do SOno
  • Ainda mais risco para Hipertensao Pulmonar
  • Vulnerabilidade a anestesicos depressores da ventilacao
  • VAD predita para ventilacao e intubacao
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14
Q

Fatores de risco para Apneia do Sono

A
  • Sexo Masc
  • Tabagista
  • Obeso
  • > 50 anos
  • Gestantes
  • Anormalidades craniofaciais
  • Insuf Renal Dialitica
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15
Q

Quais os criterios para STOP BANG (8)

A
  • roncar ALTO (alguém ouve com a porta fechada em outro cômodo)

Muito sensível, pouco especifica

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16
Q

Como proceder em paciente com STOPBANG 3-4 (indeterminado)?

A
  • Dosar Bicarbonato.

Se > 28, aumenta espeficidade. A resposta compensatoria a acidose é o rim reter bicarbonato

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17
Q

Qual a importancia de investigar Apneia do sono? (4)

A
  • fator de risco para ICC (investigar, solicitar ECO?)
  • Via aerea dificil
  • Evitar opioides (o minimo possivel - opioid free ou sparing)
  • Trazer o CPAP
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18
Q

Beneficios imediatos (<4sem) da interrupcao do tabagismo

A
  • 12h: ↓ nicotina, melhora da vasorregulacao (perde a vasoconstriccao, chega mais sangue nos orgaos)
  • 12-48h: ↓CO
  • < 2-3s: ↑ secrecao
  • 3-4s: ↓complicados ferida
  • 4s: ↓complicaocoes respiratoria

Mesmo 12h antes da cirurgia ja tem beneficio

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19
Q

Beneficios da interrupcao do tabagismo apos 4 semanas

A
  • Melhora da funcao ciliar
  • Diminuicao do volume de fechamento
  • Aumento FEF 25% a 75%
  • Reducao da producao de escarro
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20
Q

Fatores de risco CLINICOS para Complicacoes Pulmonares (10)

A
  • DPOC
  • idade avancada
  • Etilista
  • Tabagista
  • Perda de peso
  • ASA > 2

Asma bem controlada nao é fator de risco.

  • Exame toracico alterado
  • ICC
  • Dependencia funcional
  • Sensorio alterado
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21
Q

Fatores de risco LABORATORIAIS para Complicacoes Pulmonares (3)

A
  • Albumina < 3.5
  • Ureia > 21
  • Rx Alterado

Funcao respiratoria nao é!!!!

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22
Q

Fatores de risco CIRURGICOS Complicacoes Pulmonares:

A
  • Cirurgias de grande porte ± vascular
  • Transfusao period.
  • Anestesia geral
  • Bloqueio residual
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23
Q

Escore preditor de Complicacoes Pulmonares

A

ARISCAT

  • Idade
  • SatO₂ pre-op
  • Anemia
  • Local da incisao
  • Duracao
  • Emergencia
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24
Q

Qual a importancia da Gasometria Arterial na avaliacao Pre-Op?

A

Util para prever a funcao pulmonar apos resseccao pulmonar, mas nao estima risco pulmonar periop.

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25
Q

Quando suspender a cirurgia em caso de IVAS?

A
  • Se sintomas Graves (ex: Febre Alta), especialmente na presenca de comorbidades (asma, doenca cardiaca, imunossupressão)
  • Adiar por 4 semanas
26
Q

Qual o risco em paciente com IVAS no pre-op?

A

Hiperreatividade de via aerea

27
Q

Quando postergar a cirurgia em caso de Hipertensao?

A

PAs > 180mmHg e/ou PAd > 110mmHg

28
Q

Quais medicamentos suspender em paciente Hipertenso?

A

iECA / BRA

  • em procedimentos de medio e grande porte, mas nao é obrigatório…
  • risco de hipotensao e injúria miocardica.
  • A falha em restituir essa medicacao, por si so, aumenta os desfechos adversos
29
Q

Como é a classificacao de NYHA para ICC?

A

I. sem limitações, sintomas se atividade fisica intensa
II. confortavel em repouso, sintomas em atividades habituais
III. confortavel em repouso, sintomas em atividades minimas
IV. Sintomatico em repouso

30
Q

Quais os principais escores diagnósticos para ICC?

A

Framingham
Boston

31
Q

Criterios diagnósticos maiores de ICC em Framingham

A
32
Q

Criterios diagnósticos menores de ICC em Framingham

A
  • Edema de tornozelo bilateral
  • Tosse noturna
  • Dispneia aos mínimos esforços
  • Derrame Pleural
  • Taquicardia
33
Q

Quando suspender cirurgia em paciente com ICC (4)

A
  • Apos ajuste de medicacao: 03 meses se risco > 1%
  • Descompensacao aguda: somente se emergencia!!
  • Aguardar pelo menos 1 mes para casos eletivos
  • Aguardar 24h para casos de urgencia
34
Q

Quais farmacos suspender na ICC

A

IECA / BRA

  • Manter todos os outros, inclusive hidralazina e nitratos
  • considerar furosemida
35
Q

Riscos em pacientes com Sindrome Metabolica

A
  • Aumenta mortalidade por todas as causas
  • Atentar para DCV
  • DM2
  • Doenca Ateroesclerotica
  • Maior incidencia de neoplasias
36
Q

Criterios diagnósticos de Sindrome Metabolica

A
  • Muitas fontes tambem consideram o paciente que esta sendo tratado para dislipidemia, HAS ou DM como fator de risco e pontuaria em Sind Metabolica.

Barash: nao usa criterio obrigatorio

37
Q

Quando solicitar ECG?

A
  • Procedimento de medio ou alto risco: > 1%
  • Baixo risco: DAC, Arritmias, DAOP, Dç. Cerebrovascular e Cardiopatias Estruturais

Nao solicitar se assintomatico + Procedimento de baixo risco!!

  • Limite de tempo: 1-3 meses.
38
Q

Quando solicitar ECO no pre-op (4)

A
  • Dispneia a esclarecer
  • Cardiopata descompensado
  • FE reduzida e ECO ha > 01ano
  • Sopro suspeito
39
Q

Principais vantagens da classificacao ASA

A
  • Prediz mortalidade
  • Escore facil e bem conhecido
40
Q

Paciente com doenca oncologica em remissão - qual ASA?

A

2

41
Q

Paciente em dialise regular - qual ASA?

A

3

42
Q

Prematuro < 60s ou Lactentes com menos de 6s

  • Qual ASA?
A

3

43
Q

Paciente com doenca renal aguda ou cronica em estagio terminal que nao faz dialise regular

  • Qual ASA?
A

4

44
Q

Paciente com Rotura uterina

  • Qual ASA?
A

5

45
Q

Dimensoes importantes com relevancia prognostica no paciente idoso: (3)

A
  • Cognicao
  • Funcao e mobilidade
  • Estado nutricional
46
Q

Como avaliar a funcao cognitiva no idoso? (3)

A
  1. MINI-COG - Se < 3 pontos, justificaria a avaliacao pelo geriatra
  2. Visao e audicao
  3. Capacidade de decisão - consegue entender, sabe o prognostico, sabe o risco, pode assinar o TCLE?
47
Q

Conduta em caso de alteracao na funcao cognitiva do idoso. (3)

A
  • oculos, aparelho auditivo
  • Avaliacao geriatrica
  • minimizar sedativos
48
Q

Como avaliar a funcao e mobilidade no idoso pelo “Timed up-and-go” Test?

A
  • criar um circuito
  • se demora mais de 10s, tem prognostico pior (mortalidade em 1 ano)
49
Q

Como avaliar a funcao e mobilidade no idoso? (3)

A
  • Timed up-and-go test
  • historico de quedas
  • atividades da vida diaria - comer, se vestir, tomar banho…
  • atividades instrumentais da vida diaria - gerenciar finanças, lidar com transporte..
50
Q

Como proceder em idoso com baixa pontuação em escala de funcao e mobilidade?

A
  • Notificar outros especialistas para gerenciar ainda no pre-op
  • Avaliacao de fisioterapia
  • Preparo fisico (muleta, andador)
  • Orteses
  • Reabilitacao intra-hospitalar
  • Reabiltacao pos-alta
51
Q

Quais fatores para risco nutricional?

A
  • IMC < 18.5kg/m²
  • Albumina < 3mg/dl
  • Perda de peso

Suporte nutricional por 10-14 dias

52
Q

O que é a Sindrome de Fragilidade?

A
  • Perda de peso nao intencional
  • perda de forca de preensão palmar
  • sempre cansado, exausto - “na ultima semana, quantas vezes voce sentiu que tudo era um esforço muito grande ou que nao dava conta de continuar?”. Se 3 ou mais dias na semana, preenche criterios.
  • lentidão - trajeto de 4 metros, anda o mais rapido possivel. Passou de 6-7s, pontua
  • Diminuicao das atividasdes

Se alterado: protocolo pre-habilitacao

53
Q

Quais os modelos de pre-habilitacao e quais os beneficios

A
  • reducao de infeccao (pneumonia)
  • menos delirium
  • melhor controle da dor
  • Mobilizacao mais precoce
  • menos uso inadequado de cateter urinario
  • menor tempo de internação hospitalar
54
Q

Duas alternativas a testes de fragilidade (conforme Robinson et al) para pacientes

A
  • Mini-Cog < 3
  • ALbumina < 30
  • uma ou mais quedas nos últimos 6 meses
  • Ht < 35%

ou

  • timed up and go test > 15s
  • dependente em atividades diarias
  • Index de comorbidades de Charlson > 3
55
Q

O que é o teste Mini-Cog

A
56
Q

O que é o indice de comorbidades de Charlson?

A

O índice de comorbidades de Charlson (ICC) avalia as chances de sobrevida de uma pessoa nos próximos 10 anos.

É calculado a partir de um sistema que atribui pesos a 17 condições clínicas pré-determinadas, gerando um escore final.

57
Q

Sobre o jejum pre-op, quais alimentos estao liberados conforme o horário?

A
  • 6h: cha com torradas, leite.
  • 4h: leite materno
  • 2h: liquids claros (sem resíduo). Suco sem polpa, agua com ou sem gas, bebidas carbonatadas no geral, cafe. Em geral 300-400ml
58
Q

Em relacao a obesos, diabéticos e DRGE, como deve ser o jejum?

A
  • Obesidade em si nao aumenta o risco de aspiracao, se nao houver outras comorbidades
  • Em DM2: paciente sem complicacao e sem neuropatia autonomia, nao ha aumento do risco de aspiracao
59
Q

Como deve ser realizada a profilaxia seletiva de aspiracao para as seguintes comorbidades:

  • DRGE, Hernia de Hiato, Presenca de SNG, Obeso morbido, Gastroparesia diabetica, Gravidez.
A

Considerar os seguintes:

  • Antacidos nao particulados: Bicitra
  • Pro-cineticos: metoclopramida
  • Antagonistas H2
60
Q

Sobre a maltodextrina no pre-op para abreviar jejum, como deve ser feita e quais os benefícios?

A

Maltodext 12,5% - 400ml 2h antes da cirurgia

61
Q

Paciente que mascou chiclete, fumou ou comeu “hard candy” (bala dura), como proceder?

A

Embora as diretrizes da ASA não abordem especificamente goma de mascar, balas duras ou fumar, as diretrizes publicadas pela European Society of Anesthesiology sobre o assunto não recomendam atrasar o início da anestesia.