14 ANESTESICOS LOCAIS Flashcards

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1
Q

Principal barreira a difusão do anestesico local

A

Perineuro

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2
Q

Como sao classificadas as fibras nervosas conforme a mielina, localizacao e funcao

A
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3
Q

Quais as fibras nervosas mais rápidas?

A
  • A-alfa e A-beta
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4
Q

Quais as fibras mais sensíveis ao bloqueio por anestesicos locais?

A

B e C

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5
Q

Como os anestesicos locais agem?

A

Bloqueio do canal de sodio sensível a voltagem, na subunidade alfa, inativando-o.

O AL se liga a porcao intracelular.

Os AL nao agem apenas nos canais de Na, mas tambem em Ca e K.

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6
Q

Quais formas de anestesico local entram na celula e inativam o canal de sodio?

A
  • Formas nao-ionizadas (ou Apolares)

Dentro da celula, se ioniza novamente e desta maneira consegue inativar o canal

  • Nao tem muita afinidade pelo canal fechado, em repouso.
  • tem afinidade maior pela forma aberta e inativa.
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7
Q

Quanto ao pH, como sao classificados os anestesicos locais?

A
  • Bases fracas

Anestésicos locais são bases fracas, insolúveis em agua, que têm uma estrutura química comum, consistindo em um anel aromático lipofílico, uma cadeia intermediária e um grupo amina hidrofílico; a maioria é amina terciária.

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8
Q

O que é o bloqueio fásico (bloqueio dependente do uso)?

A

A despolarizacao repetida da membrana levou a um maior bloqueio dos canais de Sodio, com a mesma concentracao do anestesico.

Acumulo dependente do uso.

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9
Q

Qual o efeito da adicao de substancias alcalinas ao AL?

A
  • Facilita a difusao

A adicao de substancia basica favorece a forma nao-ionizada.

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10
Q

O que é a teoria da expansao da membrana plasmatica?

A

A forma nao-ionizada atravessa a membrana e tem efeito direto nos cainais, “empurrando-os” e fechando-os.

É um segundo mecanismo de acao dos anestesicos locais

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11
Q

Qual a estrutura molecular dos anestesicos locais?

A

Anel aromatico + Cadeia intermediaria + Grupo Amina

  • AA: lipofilico, lipossoluvel, hidrofobico
  • CI: ester x amida
  • GA: hidrofilico, hidrossoluvel, lipofobico
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12
Q

Qual a porcao molecular responsavel pela classificacao dos anestésicos locais e quais as classificacoes?

A

Cadeia intermediaria

  • Amino-Ester
  • Amino-Amida

ver pelo nitrogênio

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13
Q

Qual é a porcao lipofilica dos AL?

A

Anel Aromatico

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14
Q

Qual a relacao da Cadeia intermediaria com:

  • lipossolubilidade
  • potencia
  • toxicidade
  • hidrossolubilidade
A
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15
Q

Qual a parte ionizavel do AL e que vai sofrer a influenca do pH do meio?

A

Grupo Amina

  • quanto maior o grau de ionização, menor a velocidade de acao
  • o Grau de ionizacao é regida pela Equacao de HH.
  • quanto maior o farmaco na forma ionizada, mais lento vai ser.
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16
Q

Sobre os tipos de Anestesicos locais, quais as diferenças em relacao a:

  1. estabilidade
  2. metabolismo
  3. Potencial alérgico
A
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17
Q

Qual a importancia do grupamento Amina dos anestesicos locais

A
  • parte ionizável da molécula.

Quando grupo amina esta ionizado, é polar e mais Hidrossolúvel
Quando esta nao-ionizado, é apolar e mais Lipossolúvel.

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18
Q

Quais as caracteristicas que permitem a lipossolubilidade dos anestesicos locais e qual a mais importante?

A
  • Anel aromatico
  • nao-ionizacao do grupo amina
  • Quantidade de carbono ligado no Anel Aromatico e no grupo Amina. Tambem conhecido como Substituinte Alquil.
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19
Q

Quais propriedades dos anestesicos locais sao influenciadas pela lipossolubilidade?

A
  • Inicio de acao
  • Potencia
  • Duracao
  • Toxicidade
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20
Q

O que acontece quando o AL é colocado e depositado no corpo

A

As soluções tampão tecidas desviam a equação para a forma nao-ionizada (lipossolúvel).

No meio acido intracelular, é levemente mais acido e a forma ionizada se liga ao receptor do canal de Na voltagem dependente.

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21
Q

O que é o pKa e o que isso influencia nos anestesicos locais?

A

Valor de pH em que formas ionizadas ou não-ionizadas de uma mesma molecula estao em equilibrio.

AL sao bases fracas e costumam apresentar pKa ligeiramente acima do pH fisiologico e, por isso, predominam suas formas ionizadas, menos lipossoluveis e com menor capacidade de penetrar a membrana lipídica.

  • Isso explica por que essas drogas costumam não apresentar o efeito esperado em meios excessivamente ácidos, como, por exemplo, os abscessos

Anestésicos locais (AL) com pKa mais baixos, como a mepivacaína (pKa 7,7) ou mesmo a lidocaína (pKa 7,8), em comparação com seus congêneres de pKa mais elevados, como a bupivacaína ou a ropivacaína (pKa 8,1), entram mais rapidamente na célula e têm latência de efeito menor. Isso acontece justamente por predominarem na forma não ionizada, lipofílica

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22
Q

Qual anestesico local tem o menor pKa e o que isso infuencia?

A

Lidocaina tem o menor pKa: 7,7.

  • mais rapido inicio, por estar mais proxima ao pH do corpo
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23
Q

O que a adicao de vasoconstrictor influencia no AL?

A

Aumenta o tempo de acao, diminui toxicidade

  • A velocidade de acao é mais lenta, porque a adrenalina diminui o pH.
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24
Q

Coo interpretar as seguines situacoes e as implicacoes nos anestesicos locais?

A
  • Se pH > pKa → Mais ionizadas que nao ionizadas Quer dizer que o 10 está elevado a um numero maior que 1. Isso acontece o numerador tem que ser maior que denominador.
  • Ph < Pka → mais formas nao ionizadas. Significa que o 10 está elevado a um numero menor que 1. Isso acontece o denominador é maior, ou seja, mais nao ionizado.
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25
Q

De acordo com a Equação de Henderson-Hasselbach, como classificar Acidos e Bases conforme o pKa?

A
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26
Q

A que esta relacionado o inicio de acao do anestésico local?

A
  • pH / pKa
  • Nao ionizado / ionizado

Equacao de Handerson-Hasselbach

Outro fator relacionado: concentracao do anestesico

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27
Q

Em que situacao o pH < pKa e como isso implica na acao do anestesico local?

A
  • Inflamacao
  • Mais formas polares e mais dificuldade para atravessar a barreira
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28
Q

Em que situacao o pH > pKa e como isso implica na acao do anestesico local?

A
  • Situacao ideal
  • Mais formas apolares para atravessar a membrana
  • Adicionar HCO3
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29
Q

O que é a potencia de um anestesico local e quem determina?

A

Quantidade de medicamento necessario para produzir um determinado efeito.

  • CM: concentrado minima do AL capaz de bloquear a conducto nervosa.

Quem determina é a Lipossolubilidade.

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30
Q

Por que nem sempre a lipossolubilidade implica em maior potencia do anestesico local in vivo?

A

Sequestro adiposo e efeito vascular (vasodilatacao altera a redistribuição).

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31
Q

Que fatores aumentam a duracao do anestesico local?

A
  • Lipossolubilidade
  • Vasoconstricao
  • Ligacao proteica - mais demora para ser eliminado no local de acao

A forma livre é a responsavel pelos efeitos, nao a forma ligada a proteina

Em situacao de hipoalbuminemia: Maior risco de intoxicação

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32
Q

O que é o efeito vascular na duracao do anestesico local?

A

AL tem efeito bifásico nos vasos sanguíneos:

  • Concentracoes baixas: vasoconstriccao
  • Concentracoes altas: vasodilatacao
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33
Q

Quais as principais proteinas que se ligam ao AL no plasma?

A
  • Maior afinidade com a a1-Glicoproteina Acida
  • Como ha mais albumina no plasma, esta acaba sendo a mais importante (de maneira quantitativa)

A forma livre é a responsavel pelos efeitos, nao a forma ligada a proteina

Em situacao de hipoalbuminemia: Maior risco de intoxicação

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34
Q

Efeitos iniciais dos AL na toxicidade do SNC

A
  • Bloqueio das vias inibitórias (causando excitação)
  • em menor parte: liberação de Glutamato (nt excitatorio)

Se dose ainda mais elevada: bloqueio das vias excitadoras e quadro de Depressão Respiratoria.

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35
Q

Na intoxicacao por Anestésicos Locais no SNC, ha aumento do consumo de O2 e producao de CO2. Quais as implicações?

A
  • ↑pCO2 → acidose, vasodilatacao (chega mais AL)
  • ion trapping
  • aumento da fracao livre
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36
Q

Efeitos de toxicidade direta do AL no sistema cardiovascular

A
  • retardam a condução: alargamento iPR e QRS
  • bloqueio das formas aberta e inativa dos canais de Na. Se ligam durante a sístole e saem durante a diastole.
  • Inotropismo negativo
  • Antagonizam corrente Ca⁺⁺ e K⁺
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37
Q

A Lidocaina tem pKa 7.7 e a Bupivacaina pKa 8.1, ambas em pH fisiologico

  1. qual tem bloqueio mais rapido?
  2. qual apresenta mais formas não-ionizadas?
  3. qual o efeito de adicionar Adrenalina a solucao?
  4. qual o efeito da temperatura sobre o pKa dos anestesicos locais?
A
  1. Lidocaina
  2. Lidocaina
  3. diminui o pH, mais farmaco na forma ionizada e velocidade de instalação mais lenta.
  4. pode diminuir o pKa dos AL
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38
Q

Qual o efeito de adicionar bicarbonato à AL?

A
  • Aumento da fracaso nao-ionizada
  • se muita elevacao: precipitação do produto (base insolúvel em agua)
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39
Q

Por que a Bupivacaina é mais cardiotoxica do que a Lidocaina?

A
  • lidocaina entra e sai rapido: Fast in, Fast out
  • Bupitambem entra rapido, mas tem saida lenta. Cada vez bloqueia mais canais

A lidocaína tem dificuldade para sair em frequências mais altas (FC > 150).

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40
Q

Toxicidade comparativa Cardio : SNC dos anestesicos locais:

  1. Lidocaina
  2. Bupivacaina
  3. Ropivacaina
  4. Levobupi
A

BUPI > Ropi = Levo > Lido

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41
Q

A Levobupivacaina tem as mesmas propriedades fisicoquimicas da Bupi. Por que a Levo é menos toxica?

A

Quiralidade: propriedade relacionada a assimetria.

  • A Lipossulubilidade é a principal caracteristica que determina a toxicidade, mas nao é a unica
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42
Q

Quais isômeros da Bupi sao menos cardiotoxicos?

A

Isomeros S: Ropi e Levobupi

  • menos toxicos
  • mais potentes
  • mais duradouros
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43
Q

Qual o provavel anestesico local utilizado?

A

Bupivacaina

  • O anestésico nao saiu completamente.
  • Quanto maior a FC, mais receptores ativos serao ligados
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44
Q

Tratamento da intoxicação dos Anestesicos locais

A
  • Solucao lipidica

ler o material suplementar

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45
Q

Qual é esta molecula e quais as diferentes regiões?

A

Lidocaina

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46
Q

Qual porcao da molecula do anestesico local é a que determina a velocidade de acao do AL?

A

Grupo amina

É a porção ionizável da molécula, que vai sofrer a influência do pH do meio e, portanto, é a única que pode ser manipulada pelo anestesiologista. Determina a velocidade de ação do anestésico local.

47
Q

QUais os pp efeitos dos AL na coagulacao?

A
  • inibicao da agregacao plaquetaria
  • propriedades anticoagulantes
  • antiinflamatorio
48
Q

O que é a equacao de Henderson Hasselbach e qual o significado?

A

Para aumentar a fração não ionizada (penetra os tecidos) é necessário diminuir o pKa do anestésico local ou aumentar o pH

49
Q

A velocidade de inicio do bloqueio esta relacionada com a:

A

Concentração de moléculas de anestésico local que estão sobre a forma de base livre ou no estado não ionizado.

Isso depende da:

  • dose inicial
  • Constante de dissociacao (pKa)
  • pH do tecido

Por convenção, constantes de dissociação são aplicadas para formas ácidas e isso, algumas vezes, causa confusão.

50
Q

Qual a relacao entre lipossolubilidade e potencia do anestesico local?

A

Quando mais lipossolúvel, mais potente.

51
Q

No plasma, onde se ligam os agentes anestesicos locais?

A

Alfa-1-glicoproteina acida e Albumina

  • maior afinidade por A1GA, mas ha mais concentracao plasmatica de Albumina
52
Q

Por que os esteres tem menor potencial para toxicidade sistêmica?

A

No plasma, sao hidrolisamos por pseudocolinesterase e outros esteres

53
Q

Quais as etapas do metabolismo das Amidas?

A
  • Degradacao enzimatica primariamente hepatica.

No cit-P450 hepatico, sao submetidas as fases 1 e 2 do metabolismo

  • Fase I - hidroxilacao, N-dealquilacao, metilacao
  • Fase II - conjugacao com aa. (como glicina)

Cuidado com medicacoes que inibem as enzimas hepaticas, pois comprometem a metabolização e aumentam o risco de toxicidade

54
Q

Quais as etapas do metabolismo dos Amino Esteres?

A

Rapida hidrolise no plasma pela pseudocolinesterase, em acido para-aminobenzoico (PABA - responsávell por reacoes alérgicas).

55
Q

Como ocorre a eliminacao dos AL?

A

RIM → papel mais importante nesse processo

56
Q

Quais os anestesicos locais de potencia Alta? (3)

A
  • tetracaina
  • Bupivacaina
  • etidocaina
57
Q

Anestesico com menor pKa e menor ligacao proteica

A

Lidocaina

58
Q

Qual a funcao dos lipossomas nos anestesicos locais?

A

Para aumentar a duração do bloqueio, os anestésicos locais estão sendo encapsulados em lipossomas. A função dos lipossomas, como veículos, é liberar determinadas concentrações de fármacos em alvos específicos, evitando a toxicidade sistêmica. Estudos com utilização de bupivacaína em lipossomas mostram aumento da duração da anestesia, do bloqueio nervoso diferencial (potencialização da analgesia sem bloqueio motor) além de permitir o controle dos níveis sistêmicos do fármaco.

59
Q

A gestante apresenta, em razão da menor concentração de albumina, maior fração livre do anestésico local. O que isso implica no risco de intoxicação por AL?

A

Apesar da fracao livre do AL e situacoes de hipoproteinemia estarem associadas a intoxicação por AL, a grande elevação do volume de dis- tribuição do anestésico (para a bupivacaína chega a aumentar 400%) em função do aumento do líquido extracelular na ges- tante torna a fração tecidual do fármaco semelhante à da pa- ciente não grávida.

60
Q

É possivel usar dose maxima de dois AL em combinação para evitar toxicidade?

A

Nao, pois as toxicidades nao sao independentes, mas sim aditivas.

61
Q

Em caso de convulsão devido a neurotoxicidade por AL, qual o tratamento?

A
  • BDZ, Propofol
62
Q

Por que fornecer O₂ a 100% em caso de intoxicação por AL?

A

A depressão respiratória causa hipercapnia, o que leva aumento do CO2. O CO2 em excesso causa vasodilatação cerebral, facilitando ainda mais a chegada de AL no SNC. O ciclo piora quando eu tenho acidose respiratória, pois aumenta CO2, causando aprisionamento iônico, impedindo o AL de sair.

O uso de O₂ 100% visa corrigir a hipercapnia e diminuir o íon trapping.

63
Q

Por que a taquicardia piora a intoxicação cardiaca por AL?

A

Os anestésicos locais entram no coração na sístole e saem na diástole. Se elevar a FC, cai o tempo diastolico e não deixa o AL sair.

64
Q

Por que recales alergicas sao mais comuns com esteres do que com amigas?

A

Aminoesteres sao metabolizados em PABA, que é imunogênico.

Entretanto, algumas preparações de amino-amidas contêm metilparabeno, que tem uma estrutura química semelhante ao PABA e é um alérgeno possível em casos de reação alérgica com a utilização de anestésicos locais de amida.

65
Q

Quais AL podem causar Metahemoglobinemia?

A
  • Prilocaina
  • Lidocaina
66
Q

Manejo da toxicidade sistemica por anestesicos locais (LAST) (7)

A
67
Q

Principal indicacao de emulsion lipidica na LAST?

A

Presenca de cardiotoxicidade e alteracoes no ECG

Na cardiotoxicidade, o substrato energético preferido nos miócitos cardíacos são os ácidos graxos, e a inibição do metabolismo desses ácidos pode conduzir à disfunção do miocárdio. Um dos mecanismos postulados da emulsão lipídica é a reversão do efeito inibitório no metabolismo dos ácidos graxos produzido por alguns dos anestésicos locais potentes, como bupivacaína.

68
Q

Como aumentar a fracao nao ionizada de um AL? (2)

A

Diminuir o pKa do farmaco ou aumentar o pH do meio:

  • Aquecimento da solucao
  • Titulacao com HCO₃⁻

Reduz a latencia em 1-2 minutos, porem com diminuicao de 50% do tempo de bloqueio.

69
Q

Como a ligacao proteica interfere na característica do AL?

A

Maior ligacao proteica, maior duracao.

  • quanto menos livre, menos eliminacao
  • a1glob tem mais afinidade, mas a Albumina é em maior quantidade e por isso mais importante
70
Q

O que determina a biodisponibilidade do anestesico local?

A
  • Lipossolubilidade
  • Acao vasodilatadora
71
Q

Qual o unico AL que provoca vasoconstriccao?

A
72
Q

Qual AL tem associação a metemoglobinemia?

A

Benzocaina
Prilocaina

73
Q

Quais as caracteristicas e pp uso da Tetracaina?

A
74
Q

Quais as caracteristicas e pp uso da Procaina?

A
75
Q

Quais as caracteristicas e pp uso da Cloroprocaina?

A
  • Vantagem teorica pela rapida hidrolise e que nao passaria nada para o feto
76
Q

Quais as caracteristicas e pp uso da Lidocaina?

A
  • Primeiro anestésico local amplamente utilizado.
  • Alta versatilidade, potência e duração de ação moderadas.
  • Uso tópico, infiltração, bloqueios de nervos periféricos e anestesia subaracnóidea ou peridural.
  • Adjuvante venoso.
  • Seu uso para anestesia subaracnóidea tem diminuído devido a preocupações quanto à neurotoxicidade e sintomas neurológicos transitórios.
77
Q

Como é a acao analgesica e antiinflamatoria da administracao EV da Lidocaina?

A
  • pp em cirurgias abdominais e VDL
  • poupa opioides em diferentes cirurgias de coluna
78
Q

Como utilizar a Lidocaina de maneira mais segura conforme o estudo abaixo?

A
  • peso < 40kg aumenta muito a fracao livre
79
Q

Quanto tempo depois do uso de lidocaína é possivel fazer um bloqueio ou o inverso?

A

Aguardar 4h para ambos

  • O artigo nao cita Bolus de Lidocaina. Se fizer um bolus de lidocaína na inducao anestesica, pode fazer o bloqueio em seguida, apos 15-20min.
  • O que nao pode é a infusao, cateter e bloqueio
  • muito cuidado com criancas, baixo peso, hipoproteinemia
80
Q

Quais as caracteristicas e pp uso da PRILOCAINA?

A
81
Q

Por que a prilocaina e cloroprocaina sao utilizadas em alguns países para BNE?

A

Mais rapida recuperacao em cirurgia ambulatorial

82
Q

Quais as caracteristicas e pp uso da Etidocaina?

A

Bem parecida com Bupi

83
Q

Quais as caracteristicas e pp uso da Mepivacaina?

A

Nao utilizar em obstetricia

84
Q

Quais as caracteristicas e pp uso da Bupivacaina?

A

“Fast in, slow out”

85
Q

Quais as caracteristicas e pp uso da Levobupivacaina?

A
86
Q

Quais as caracteristicas e pp uso da Ropivacaina?

A
  • Peridural: maior bloqueio sensitivo do que o motor
87
Q

O que é o bloqueio diferencial dos AL?

A
  • capacidade de bloquear mais especificamente um tipo de fibra nervosa em detrimento de outra. Possivelmente devido a diferenças nos canais de sodio.
88
Q

Qual a efeito de misturar 2 agentes anestésicos (um de baixa e outro de alta latencia), sendo um deles com vasoconstrictor?

A

Piora dos efeitos desejados

  • dilui o vasoconstrictor
  • perde-se a vantagem de ambos os AL, ao inves de melhorar.
  • Nao vai saber o garu de ligacao proteica, pKa, concentracao.
  • Aumenta a dose toxica.

Nao fazer.

89
Q

Tabela com a dose maxima dos AL, com e sem adrenalina. Qual AL nao é utilizado com adrenalina?

A

Ropivacaina

estudos mostram que a adição de adrenalina à ropivacaína não melhora significativamente a duração do bloqueio anestésico ou a qualidade da analgesia, como ocorre com outros anestésicos locais, o que torna seu uso desnecessário na prática clínica.

90
Q

A Bupivacaina tem maior acao vasodilatadora do que a Lidocaina. Por que nao apresenta maiores niveis plasmáticos?

A

A lipossolubilidade da bupivacaina é muito maior e acumula nos tecidos gordurosos, consequentemente com menos AL no intravascular.

91
Q

AL foi injetado subitamente na circulação. Qual o destino?

A

SNC + SCV

92
Q

Como ocorre a distribuicao do AL no organismo e quais situacoes aumentam ou diminuem a chance de toxicidade?

A
  • na circulação, se ligam a proteinas.
  • Maior toxicidade em hipoproteinemia e criancas
  • Menor toxicidade apos trauma e processos inflamatórios
93
Q

Sintomas iniciais e tardios da intoxicacao de AL no SNC

A
  • Excitatorio inicialmelte
  • Depressao SNC é final
94
Q

O que ‘e o ciclo vicioso de realimentacao de gravidade por intoxicado por AL no SNC?

A
  • Convulsao causa Acidose (liberacao de acido latico e aumento de CO₂), com agravo da toxicidade
  • Aumento do CO₂ gera vasodilatacao cerebral e aumente FSC e mais AL no SNC
  • A hipercapnia reduz a afinidade do AL pelas proteinas, com mais forma livre
  • Hipercapnia diminui o pH intracelular e gera ion trapping
95
Q

Tratamento da toxicidade do SNC por AL

A
  • Ventilacao assistida para reduzir a hipercapnia
  • suporte circulatorio
  • Cessar convulsoes (BDZ, PPF)
96
Q

Mecanismo da toxicidade do SCV

A
  • Bloqueio de canais de sodio nos cardiomiocitos e células de marcapasso
  • efeito bifásico no musculo liso vascular (cocaina nao tem efeito bifasico, porque age por inibição da recaptacao de Nora)

Bupi racemica é a mais cardiotoxica

Os AL nao agem apenas nos canais de Na, mas tambem em Ca e K

96
Q

Sintomas iniciais e tardios da intoxicacao de AL no SCV

A
  • Excitatorio é inicial
  • Depressao SCV é tardia
97
Q

Sempre que utilizar doses próximas as máximas de AL, qual a conduta

A

Manter o paciente estritamente monitorizado durante, pelo menos, 30 minutos apos a injeção.

Sintomas podem ser tardios, ate 60 minutos depois.

97
Q

O que sao as apresentações atípicas do diagnostico de ISAL?

A
  • Apresentacao simultanea de sintomas do SNC e SCV
  • Toxicidade do SCV sem sinais e sintomas prévios do SNC
98
Q

Como previnir ISAL?

A
  • USG previne
  • Usar a meno dose possivel
  • Injecoes tituladas 3-5ml, com pausas de 15-30s
  • Visualizar a dispersao do AL

DOI: “Neal, J et al. Reg Anesth Pain Med 2018;43: 113–123” é 10.1097/AAP.0000000000000720.

99
Q

Quais os fatores de risco para ISAL do paciente?

A
100
Q

Quais os fatores de risco para ISAL conforme o AL?

A
101
Q

Quais os fatores de risco para ISAL conforme o ambiente do bloqueio?

A
102
Q

Condutas na ISAL conforme o algoritmo da ASRA

A

Iniciar a emulsao lipídica assim que disponível

  • STOP → PARAR INJEÇÃO com quaisquer sinal de toxicidade
  • CALL → Chamar por AJUDA → solicitar um kit de ISAL ou uma bolsa de emulsão lipídica, contactar equipe de CEC (by-pass cardiopulmonar) → pode ser necessário (risco RCP prolongada)
  • Manuseio IMEDIATO E EFETIVO da via aérea → VENTILAR é extremamente importante → INTUBAÇÃO PRECOCE → tratamento e prevenção da hipoxemia, hipercapnia e acidose → condições potencializam a ISAL
  • Suprimir convulsões → reduzir o consumo de O2 → prevenção de hipóxia e hipercarbia…
    BDZ - midazolam 1-2 mg; propofol (baixas doses - se estabilidade); succinilcolina (se não responder)
  • Tratar arritmias → Amiodarona como no ACLS
  • Administrar solução lipídica → tão logo chegue
  • PCR → Diferente!!! Pode exigir esforço prolongado → Reduzir dose de adrenalina < 1 mcg/kg; Evitar bloqueadores do canal de cálcio e beta-bloqueadores
  • Transferir paciente para setor bem monitorado

Dose reduzida da Adrenalina, para nao impedir a circulação do AL.

103
Q

Como é feita a Emulsão Lipídica 20%?

A
  • Conforme Peso ideal
104
Q

Como age a Emulsao Lipidica?

A

Tratament ode intoxicacao aguda por drogas lipossoluveis

  • Redistribuicao do AL
105
Q

Como age a Emulsion Lipidica na celula?

A
  • restaura inotropismo
  • restaura funcao mitocondrial
  • inibe ativacao da NO sintetase
106
Q

Efeitos adversos da Emulsão Lipidica

A
107
Q

O que se espera de um ajuvante na anestesia regional periferica?

A
108
Q

Efeitos da Epinefrina com os AL

A
109
Q

Efeitos dos A2Agonistas com os AL

A
  • Potencializam o efeito dos AL atuando nos receptores α2-adrenérgicos
  • Aumentam a duração de ação
  • Bloqueio sensitivo prolongado → Entre 1 e 2h

Efeitos Adversos:

  • Hipotensão
  • Bradicardia
  • Sedação
  • Riscos: Síncope e hipotensão ortostática
110
Q

Efeitos da Dexametasona com os AL

A
111
Q

Efeitos das soluções alcalinizantes com os AL

A
  • Precipitacao nem sempre visível!!