24 Anestesia Venosa Flashcards

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1
Q

Vantagens da Anestesia Venosa total:

A
  • NVPO
  • Neurocirurgia - o fluxo sanguineo cerebral é proporcional ao metabolismo cerebral
  • Preocupacoes ambientais
  • Despertar previsivel
  • Descurarizacao - a reversao com anticolinesterasico é mais precoce
  • Hipertermia Maligna
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2
Q

Desvantagens da Anestesia Venosa total:

A
  • nao ha maneira de titular diretamente, com risco de Recall Pos-Op
  • Depressao respiratoria
  • Bombas de infusa apropriadas
  • Acesso IV exclusivo
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3
Q

Por que muitos pacientes acordam satisfeitos e com sensacao de bem estar apos anestesia com Propofol?

A

Estimula liberando de dopamina no Nucleo Acumbens

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4
Q

O que é um overshoot depois de varios bolus?

A

concentracao plasmatica mais elevada do que o desejado

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5
Q

Ao se injetar uma dose conhecida de um fármaco por via venosa, é alcançada determinada concentração sanguínea deste fármaco. A razão entre a dose e a concentração sanguínea administrada determina o(a):

A) Ke0
B) Taxa de depuração
C) Volume de distribuição
D) Meia vida de eliminação

A

A resposta correta para a questão apresentada é a alternativa C: Volume de distribuição.

Explicação:
Volume de Distribuição (Vd): O volume de distribuição é um parâmetro farmacocinético que relaciona a quantidade de fármaco administrada com a concentração plasmática obtida. Ele indica como o fármaco é distribuído nos tecidos do corpo em comparação ao plasma. É calculado pela fórmula:

Esse parâmetro ajuda a entender se o fármaco se distribui amplamente nos tecidos ou se permanece mais restrito ao compartimento sanguíneo.

As outras opções, como Ke0 (que se refere à constante de eliminação fora do efeito), taxa de depuração (clearance), e meia-vida de eliminação, são parâmetros diferentes da farmacocinética que não estão diretamente relacionados à razão entre a dose administrada e a concentração plasmática do fármaco.

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6
Q

Formula do Volume de Distribuicao

A
  • VD = [dose injetada] / [concentracao no recipiente]
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7
Q

O que é o Volume de Distribuicao APARENTE no estado de equilibrio?

A

Apos o estado de equilibrio, vou ter volumes estimados maiores do que o compartimento central, ja que o farmaco se distribui por outros compartimentos

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8
Q

Quais os momentos importantes na farmacocinetica do decaimento de uma medicacao que esta distribuída em mais de um compartimento?

A

Nao é tao previsivel como em um de um compartimento

  • Eliminacao + Redistribuicao
  • Eliminacao

O decaimento é mais lento porque V2 funciona como um “deposito de farmaco” para V1.

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9
Q

A fórmula para o cálculo da taxa de infusão de um anestésico venoso, após alcançado o estado de equilíbrio intercompartimental, é:

A) Dose de bolus / Volume de distribuição
B) Concentração plasmática alvo x Taxa de depuração
C) (Dose de bolus x Taxa de depuração) / Volume de distribuição
D) (Concentração plasmática alvo x Taxa de depuração) / Volume de distribuição

A

B

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10
Q

O que é a meia vida contexto sensível?

A

Tempo para decaimento de 50% da concentracao plasmatica de um farmaco apos a interrupção da sua infusao continua.

  • Quanto maior a duracao da infusao continua de farmaco (contexto), mais farmaco depositei, mais farmaco devolvo
  • Tambem depende de propriedades intrínsecas de um farmaco
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11
Q

Em um modelo farmacocinetico de 3 compartimentos, quais os tempos de decaimento do farmaco e qual a importancia?

A

Utilizando modelos matemáticos, posso predizer o momento que uma droga sera eliminada do corpo.

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12
Q

Em uma infusão contínua, prolongada, de anestésico, qual característica intrínseca do fármaco está relacionada com um rápido despertar:

A) Baixa meia vida de eliminação
B) Baixa meia vida de distribuição
C) Baixo volume de distribuição
D) Baixa meia vida contexto-dependente

A

D: baixa meia vida contexto dependente (sensível)

A meia-vida contexto-dependente refere-se ao tempo que o fármaco leva para reduzir sua concentração no plasma pela metade após a interrupção de uma infusão contínua. Diferentemente da meia-vida de eliminação padrão, que é constante para a maioria dos fármacos, a meia-vida contexto-dependente aumenta com a duração da infusão.

Em anestésicos de ação curta, como o propofol, a meia-vida contexto-dependente é curta, mesmo após infusões prolongadas, o que possibilita um rápido despertar do paciente. Isso é especialmente importante em procedimentos anestésicos de longa duração, onde é desejado que o paciente acorde rapidamente após a interrupção da infusão contínua.

Portanto, a baixa meia-vida contexto-dependente é o fator mais relacionado a um rápido despertar em infusões prolongadas de anestésicos.

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13
Q

A respeito de uma dose bolus de Propofol, qual o nome do intervalo entre o pico plasmático e o de maximo efeito e por que acontece?

A

Histerese

  • tempo de transferencia do Propofol da circulação pra a Biofase
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14
Q

Qual é a constante de equilíbrio entre o plasma e o efeito farmacológico.

A

Ke0

  • Muito tem se assumido que a Ke0 = K1e, mas na pratica nao é bem assim.
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15
Q

O que é a meia vida Ke0

A

Tempo para que ocorra 50% do equilibrio entre o plasma e o efeito farmacológico acontece

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16
Q

Se for necessaria SRI em um paciente, quais caracteristicas em relacao a Ke0 e t½ke0 sao desejadas?

A
  • Ke0: alta (rapido)
  • t½ke0: baixa (demora pouco para equilibrar)
17
Q

Ao analisar os gráficos abaixo, quais sao os determinantes das concentracoes na Biofase?

A

Tanto Ke0 quanto o tempo de Declinio no Plasma sao determinantes das concentracoes na Biofase

18
Q

Como se calcula um bolus de medicacao?

A

Concentracao plasmatica no pico de efeito é igual a [Dose] / [VDpe]

  • Volume de distribuicao no pico de efeito
19
Q

Como classificar este isobolograma?

A

Supra-Aditiva

  • As doses dos fármacos nao apenas se somam, elas se potencializam de maneira sinergica
20
Q

Como classificar este isobolograma?

A

**Infra-Aditiva

  • usei mais farmaco do que precisava, antagonismo
21
Q

Na pratica, como devem ser usados os isobologramas?

A

Um isobolograma para cada interacao de farmacos conforme cada efeito.

22
Q

Como sao as principais interações medicamentosas em relacao a Hipnose e Imobilidade?

A

Opioides tem interacao sinergica com a maioria dos hipnóticos e inalatorios.

  • Excecao: Ketamina. Em geral é aditiva (nem sinergica e nem antagonica), mas pode variar muito.
23
Q

Tendo-se como objetivo farmacológico a ausência de resposta ao estímulo doloroso, a figura abaixo, obtida a partir da administração simultânea de propofol e sufentanil, deve ser interpretada da seguinte forma:

A. Não há resposta ao estímulo doloroso à esquerda do isóbolo 50%.
B. A maioria dos pacientes reage ao estímulo doloroso entre os isóbolos 50% e 95%.
C. Há retardo no despertar sem aumento clinicamente significativo da analgesia à direita do isóbolo 95%.
D. A interrupção dos fármacos cursa com efeito analgésico residual prolongado entre os isóbolos 50% e 95%.

A

Resposta correta: C. Há retardo no despertar sem aumento clinicamente significativo da analgesia à direita do isóbolo 95%.

Explicação das alternativas:

A. Não há resposta ao estímulo doloroso à esquerda do isóbolo 50%.
Explicação: Essa alternativa está incorreta. À esquerda do isóbolo 50%, ou seja, em concentrações mais baixas tanto de propofol quanto de sufentanil, ainda é provável que haja resposta ao estímulo doloroso, uma vez que os níveis de sedação e analgesia não são suficientes para bloquear a percepção da dor na maioria dos pacientes.

B. A maioria dos pacientes reage ao estímulo doloroso entre os isóbolos 50% e 95%.
Explicação: Também incorreta. O intervalo entre os isóbolos de 50% a 95% representa uma faixa crescente de concentração de ambas as drogas, o que significa que a analgesia e sedação estão aumentando. No entanto, entre essas faixas, a resposta ao estímulo doloroso é progressivamente bloqueada, e não seria correto afirmar que “a maioria” dos pacientes ainda reagiria a estímulos dolorosos nesta faixa.

C. Há retardo no despertar sem aumento clinicamente significativo da analgesia à direita do isóbolo 95%.
Explicação: Essa é a resposta correta. À direita do isóbolo 95%, as doses de sufentanil e propofol são muito altas, o que pode resultar em retardo no despertar. No entanto, além desse ponto, o aumento da dose não produz um efeito analgésico significativamente maior, o que significa que o risco de atraso no despertar se torna mais relevante do que qualquer benefício adicional em termos de analgesia.

D. A interrupção dos fármacos cursa com efeito analgésico residual prolongado entre os isóbolos 50% e 95%.
Explicação: Alternativa incorreta. Ao interromper os fármacos, o efeito analgésico e sedativo de drogas como o propofol e sufentanil diminui rapidamente, especialmente para medicamentos de ação curta como o sufentanil. Portanto, não é esperado um efeito analgésico residual prolongado após a interrupção dentro dessa faixa de dosagem.

24
Q

Quais os dados demográficos importantes para o Modelo de Marsh na TCI?

A

Peso, apenas

25
Q

Como calcular a eliminacao de um farmaco?

A

Eliminacao = Concentracao x Clearance

26
Q

Quais as etapas do Modelo de Marsh na TCI?

A
  • Bolus
  • Eliminacao
  • Transferencia
27
Q

Como calcular a performance de erro de um modelo farmacocinetico?

A

resultado em %

28
Q

Qual a pp medida de tendencia utilizada para avaliar a performance de erro de um modelo farmacocinetico?

A
  • MDPE: Mediana da performance de erro

Quanto mais alta a MDPE, mais o meu modelo esta subestimando a concentracao real e dando mais medicamento.

29
Q

O que é a Mediana da Performance de Erro Absoluta (MDAPE)

A
  • Modulo da MDPE, colocar o valor de -61% como o “zero” e ordena-los
  • A unica maneira de 0% é se ocorrer nenhum erro (impossível)
  • Um modelo é bom se MDAPE < 20-30%
30
Q

Principais características do modelo de Marsh

A
  • V1, V2, V3 proporcionais ao peso
  • Constantes intercompartimentais fixas (K12, K21, etc)
  • Ke0 fixo
  • Marsh tem uma tendencia a dar um bolus inicial maior. Em idoso, Schnider é possivelmente melhor.
31
Q

Principais características do modelo de Schnider

A
  • V1 e V3 fixos
  • K10 aumenta com peso e com altura, diminui com massa magra (quanto maior a massa magra, menor a eliminacao predita)
  • Ke0 fixo
32
Q

Em relacao aos modelos do Propofol, como se comportam em extremos de peso?

A
33
Q

Qual fator de correcao pode ser usado para os modelos de Marsh e Schnider que vao tornar os dois mais precisos em pacientes muito obesos?

A

Peso ajustado.

  • Calculo o peso ideal
  • Somar 40% da diferenca de [Preal - Pideal] no Peso Ideal. É o peso ajustado.
34
Q

Como os modelos do propofol se comportam no paciente desnutrido?

A
  • Marsh superestima. conduta: colocar uma dose maior
  • Schinder: subestima. Colocar uma dose menor
35
Q

No paciente idoso, a anestesia venosa alvo controlada com propofol que utiliza sistemas de infusão com Ke0 mais rápido apresenta como vantagem:

A. Menor tempo de despertar
B. Maior estabilidade hemodinâmica
C. Maior previsibilidade do clearance plasmático
D. Menor incidência de consciência intraoperatória

A

B: maior estabilidade hemodinamica

  • bolus menor, mais estabilidade hemodinâmica.
36
Q

Principais causas de imprecisao no modelo alvo-controlado? (2)

A

1) o modelo farmacocinético está errado
2) a farmacocinética específica de dado paciente não é como a programada no modelo.