17 Bloqueio de Neuroeixo Flashcards
A linha imaginária que passa sobre as cristas ilíacas atravessa qual vertebra (ou interespaco)?
L4 ou o interespaço L4-L5.
Na coluna vertebral, as vértebras são unidas por cinco ligamentos que, orientando-se da porção poste- rior para a porção anterior da medula, são:
ligamento supraespinhoso; ligamento interespinhoso; ligamento amarelo; ligamento longitudinal posterior e ligamento longitudinal anterior
A que nivel vertebral termina a medula espinhal no adulto?
- L1 em 60%
- T12 em 30%
- L3 em 10%
Qual o nome da linha imaginária que passa pela reborda das duas cristas ilíacas?
Linha de Tuffier
Areas importantes conforme o dermatomo:
- T4
- T6
- T8
- T10
- T12
- linha intermamilar
- Apendice xifoide
- linha que une as rebordas do gradil costal
- umbigo
- linha que une as espinhas iliacas anterossuperiores
Onde fica o espaco subdural?
Entre dura-mater e aracnoide
Os bloqueios subaracnóideo e peridural provocados pelos anestésicos locais suprimem a atividade da medula espinhal e das raízes nervosas de forma sequencial. As fibras nervosas ___1___ são as primei- ras atingidas, seguindo-se as fibras ___2___, as ___3___ e as ___4___.
- autonomicas
- sensitivas
- motoras
- proprioceptivas
Considera-se bloqueio subaracnóideo alto quando:
Nivel acima de T4
Em um BSA alto (ultrapassa T4), por que o sistema nervoso simpático ficará totalmente bloqueado?
As fibras simpáticas pré-ganglionares são do tipo B, muito mais sensíveis aos anestésicos locais do que as fibras que conduzem à dor, que são do tipo C.
Admite-se que o bloqueio simpático atinja pelo menos dois metâmeros acima do bloqueio sensitivo; entretanto, outros autores demonstraram que o bloqueio simpático pode exceder até seis metâmeros acima. Assim sendo, um bloqueio que produziu analgesia até o nível T6 pode ter provocado desnervação total do sistema nervoso simpático, levando a alterações cardiocir- culatórias importantes.
O bloqueio simpático alto apresenta efeitos sobre o coração por alteração do equilíbrio entre as ações simpáticas e parassimpáticas sobre ele. Sobre o bloqueio das fibras simpáticas cardioaceleradoras:
- nivel em que se localizam
- mecanismo de acao
- consequências clínicas
- T2 a T4
- libera a ação vagal sobre o coração,
- bradicardia e hipotensão arterial acentuada.
Farmaco mais utilizado em raquianestesia
Bupivacaina 0,5%
No BSA, qual o efeito da adição das drogas abaixo em relacao a baricidade:
- epinefrina
- glicose
- opioides
- hipobarica
- hiperbarica
- hipobarica
A altura do bloqueio subaracnóideo depende fundamentalmente da dispersão da solução do anestésico local no espaço subaracnóideo. Quais os principais fatores que podem afetar a dispersão e, consequentemente, o nivel do bloqueio?
- tipo de anestésico local
- caracteristicas do paciente
- posicionamento
- Tecnica
Os principals sao: baricidade e posicionamento
Um aspecto muito importante do BSA é a permanência do paciente em decúbito lateral após a injeção da solução de anestésico local no espaço subaracnóideo lombar. A permanência do paciente no mínimo ___1___ em decúbito lateral já é capaz de mostrar a unilateralidade da anestesia, pelo menos no que diz respeito à intensidade e duração do bloqueio
6 minutos
Na associação de opioides com anestésicos locais é necessário sempre considerar o tipo de solução que se está agregando.
Em relação a baricidade, soluções de morfina, fentanil e sufentanil são ___1___. Quando esses opioides são associados com solução hiperbárica de anestésico local, a mistura resulta em uma solução___2___.
- hipobaricas
- hiperbárica
Dentre as abaixo, quais as duas agulhas mais utilizadas no BSA e quais os nomes delas?
A. Whitacre
D. Quincke
Sobre BSA:
V ou F
A. O ponto de injeção parece não ter influência quanto à dispersão das soluções hiperbáricas, que sofrem ação da gravidade e ficam na dependência da posição do paciente logo após a injeção, fato demonstrado para a solução de bupivacaína a 0,5% hiperbárica.
B. Estudos mostraram que existe influência do local da injeção (L2-L3, L3-L4, L4-L5) quando a solução empregada é de bupivacaína a 0,5% isobárica1
C. As agulhas de fino calibre foram desenhadas com bisel curto ou em ponta de lápis, cuja direção pouco influencia na dispersão da solução de anestésico local.
D. O peso não é um fator de previsão da altura do bloqueio em indivíduos não obesos. No entanto, admite-se que a dispersão cranial é mais alta em pacientes obesos, especialmente quando se trata da bupivacaína isobárica.
E. Idosos tem menor risco de cefaleia pos-puncao, em razao da menor perda liquórico.
VVVVV
E. liquor já hipotônico, menor elasticidade da dura-máter e menor elasticidade dos vasos cerebrais e das meninges
Contraindicacoes ao BSA (5)
A unica contraindicacao absoluta é a recusa do paciente. As outras sao controversas:
- hipovolemia
- infeccao no local de puncao
- sepse
- hipertensao intracraniana (relativa)
- coagulopatia / trombocitopenia
No BSA, a diminuição da pré-carga pode gerar três reflexos que podem resultar em bradicardia intensa e até assistolia. Quais sao?
- reflexo intracardiaco
- estimulacao dos mecanorreceptores do atrio e tventriculo direitos e dos barorreceptores no AD e Veia Cava
- reflexo de Bezold-Jarish ( que se trata dessa hiperatividade vagal + redução do volume sistólico final do ventrículo esquerdo, que vai desencadear uma bradicardia mais severa, mediada por mecanorreceptores.)
A convergência desses três reflexos leva à bradicardia. Embora o mecanismo pelo qual a anestesia subaracnóidea possa precipitar a bradicardia e até assistolia não esteja totalmente esclarecido, admite-se que a via final é o aumento ou a preponderância da atividade do sistema nervoso parassimpático
Principais drogas a serem utilizadas em caso de bradicardia grave e/ou PCR apos BSA.
- Atropina 0,4-0,6mg
- Efedrina 25-50mg
- Adrenalina 0,2-0,3mg
A atropina isoladamente pode não ser suficiente para reverter, em tempo, a bradicardia, em função da lentidão circulatória.
A efedrina apresentar menor ação alfa2 adrenérgica do que a adrenalina.
A adrenalina não tem efeito vagolítico e, assim sendo, a atropina deve ser administrada.
O efeito colateral mais comum, com o uso de opioide, em dose única, na raquianestesia, é:
Prurido
Anestésico local que apresenta maior resposta a associação com epinefrina quando administrado por via peridural:
Lidocaina
Os anestésicos locais variam em sua responsividade à adrenalina:
> Quando utilizado junto à LIDOCAÍNA- resposta da questão- ou mepivacaína (anestésicos de duração intermediária), é possível um prolongamento do tempo de efeito em até 80%.
> Por seu carbono quiral ligado ao radical propila (S-) apresentar características farmacológicas vasoconstritoras, a ropivacaína NÃO apresenta repercussão clínica da adição de vasoconstritores à sua formulação.
> A bupivacaína e etidocaína sob altas concentrações NÃO aparentam ter melhorias de duração do efeito com esta medida, já que a meia-vida da solução nestas condições é superior à da epinefrina.
Por que os bloqueios de neuroeixo estão tão atrelados à náuseas e vômitos?
o hiperperistaltismo mediado pela atividade vagal sem oposição, gera náuseas e vômitos. E é por isso que a atropina pode ser efetiva para tratar as náuseas associadas à anestesia subaracnóidea alta.
(2021ME1anual). Mulher, 25 anos, 70 kg e 1,65 m, foi submetida à herniorrafia inguinal sob raquianestesia. Dois dias depois do procedimento, apresentou quadro característico de cefaleia pós-raquianestesia. O bloqueio foi realizado em posição sentada, por via paramediana, com agulha de ponta biselada (Quincke) 27G e com bisel orientado perpendicularmente ao eixo longitudinal da coluna vertebral. Os fármacos administrados foram a bupivacaína hiperbárica associada ao fentanil. A mudança na técnica do bloqueio que poderia ter diminuído a chance da ocorrência da cefaleia seria a:
A. Realização do bloqueio por via mediana
B. Realização do bloqueio em decúbito lateral
C. Administração de morfina em vez do fentanil
D. Orientação do bisel paralelamente ao eixo longitudinal da coluna vertebral
D
A orientação do bisel, quando usada agulha cortante, interfere na incidência de cefaleia pós raquianestesia.
A ideia é sempre apontar o orifício da agulha pra um dos lados do paciente, de modo que o eixo longitudinal do bisel esteja alinhado com o plano craniocaudal do paciente. A proposta é entrar com ele mais paraleleo às fibras meníngeas, de modo a as empurrar, ao invés de cortar.