Pneumologia - Asma Brônquica Flashcards
É caracterizada por:
Hiperresponsividade das vias aéreas inferiores e por limitação ao fluxo aéreo que pode ser revertido espontaneamente ou por tratamento
Mais comum em:
Crianças do sexo masculino
Cerca de 75% dos casos são diagnosticados até os:
7-10 anos
Principal fator de risco:
Atopia
Atopia:
Tendência à formação preferencial de anticorpos IgE contra antígenos comuns no meio ambiente
Fisiopatologia:
Inflamação crônica das vias aéreas inferiores, Broncoespasmo, Edema da mucosa, Formação de tampões de muco
Se um dos pais for asmático, a chance de um filho desenvolver asma é de:
25%
Se os dois pais forem asmáticos, a chance de um filho desenvolver asma é de:
50%
A crise asmática pode ser desencadeada por:
Infecções, Contato com alérgenos, Mudanças climáticas, Exercício físico e fármacos.
Nos pacientes asmáticos, existe predomínio dos linfócitos:
Th2
Os Linfócitos Th2 liberam citocinas que estimulam:
A proliferação de mastócitos, a Produção de IgE por linfócitos B, o Recrutamento de eosinófilos à mucosa respiratória.
Remodelamento Brônquico:
Mudanças estruturais irreversíveis na parede brônquica
O Remodelamento Brônquico pode ser prevenido com:
A instituição precoce de tratamento anti-inflamatório.
O Remodelamento Brônquico é caracterizado por:
Desnudamento epitelial, edema da mucosa, acúmulo de muco, espessamento da membrana basal, hipertrofia e hiperplasia das glândulas submucosas e infiltrado inflamatório eosinofílico.
Substâncias pró-inflamatórias aumentadas na asma:
Histamina, Bradicinina, Prostaglandinas, Cisteinil-leucotrienos e Fator de Ativação Plaquetário (PAF).
As substâncias pró-inflamatórias provocam:
Vasodilatação, Broncoconstrição e edema da mucosa
Aumentam a produção de muco e reduzem a atividade ciliar:
Cisteinil-leucotrienos
Classificação Etiológica:
Extrínseca alérgica, Extrínseca não-alérgica, Criptogênica e Induzida por aspirina
Principais fontes de alérgenos que induzem crises asmáticas:
Ácaros, Baratas, Cães, Gatos, Fungos e Grãos de pólen
A Asma Extrínseca Não-Alérgica envolve:
Irritação direta da mucosa brônquica por substâncias químicas
A Asma Criptogênica apresenta uma resposta:
Negativa a todos os testes cutâneos, com níveis séricos de IgE normais.
A Asma Induzida por Aspirina é desencadeada:
Pelo uso de aspirina ou outros AINE não-seletivos
Característica Clínica dos portadores de AIA:
Associação da Asma com Rinite e Pólipos nasais.
Anti-inflamatório não associados a AIA e que podem ser usados nos pacientes portadores:
Inibidores seletivos da COX-2 (Coxibs)
A asma é uma doença episódica, marcada por períodos de:
Exacerbação e Remissão.
60% dos asmáticos possui asma persistente:
Permanecendo com obstrução das vias aéreas no período intercrítico, mesmo na ausência de sintomas
Volumes pulmonares aumentados devido ao aprisionamento de ar:
Volume residual e a Capacidade Residual Funcional
Quadro Clínico:
Dispneia, Tosse e Sibilância
Na investigação de toda tosse crônica inexplicada deve ser pesquisada a presença de:
Asma
Quando não há sibilos no exame físico:
Asma oculta
Tosse asmática:
Crises de tosse seca ou mucoide noturna. Normalmente em usuários crônicos de drogas antitussígenas
Devem ser questionadas na anamnese de todos os pacientes asmáticos:
Rinite alérgica e Dermatite atópica
Diagnóstico Diferencial:
Insuficiência Cardíaca, Tromboembolismo pulmonar, Obstrução da laringe ou traqueia, Traqueomalácia, Corpo estranho e Esofagite de refluxo
Alterações no Exame Físico na Crise asmática:
Taquipneia, Tiragem intercostal e supraclavicular, Batimento de asa do nariz, Respiração abdominal e Sibilos difusos
Exames Complementares
Dosagem de IgE contra antígenos específicos, Testes cutâneos, Radiografia torácica, Exame de Escarro, Espirometria e Gasometria arterial
Alterações no Exame de Escarro:
Cristais de Charcot-Leiden, Espirais de Curschmann e Corpúsculos de Creola
Principal Critério Diagnóstico de Asma:
Prova Broncodilatadora positiva
Critério Diagnóstico baseado no Teste Provocativo:
Queda de mais de 20% do VEF1 após exposição a baixas concentrações de agentes broncoconstritores pela via inalatória.
Queda de mais de 20% do VEF1 após Teste Provocativo indica:
Hiperresponsividade brônquica
Critério Diagnóstico baseado no PEF (Peak Flow):
Variação maior que 60l/min ou maior que 20% pós-BD
A Classificação de Gravidade da Asma é uma classificação de acordo com o nível de controle levando em conta:
As manifestações clínicofuncionais e a resposta ao tratamento.
Níveis de controle:
Asma controlada, Parcialmente controlada e Não controlada.
Controle dos riscos futuros:
Redução das chances de exacerbação, da perda acelerada da função pulmonar e dos efeitos colaterais do tratamento
Fatores de risco para eventos futuros:
Mau controle clínico, Exacerbações frequentes no último ano, Internação prévia em UTI, Baixo VEF1, Tabagismo e Necessidade de altas doses de medicação
A Avaliação do Nível de Controle Atual (Nas últimas 4 semanas) avalia os parâmetros de asma parcialmente controlada:
Sintomas diurnos, Limitações de atividades, Sintomas ou despertares noturnos, Necessidade de medicação SOS e Função pulmonar reduzida.
Classificação da Gravidade da Asma:
Leve, Moderada, Grave e Muito grave
Leve:
Baixas doses de medicação
Moderada:
Doses intermediárias de medicação
Grave:
Altas doses de medicação
Expressa o grau de supressão das manifestações clínicas da doença, sendo variável em dias ou semanas por influência da adesão ao tratamento e exposição a fatores desencadeantes:
Controle da asma
É uma característica intríseca da doença, relacionando-se com a intensidade do tratamento necessário para se manter o controle:
Gravidade da asma
Primeira escolha no tratamento da crise asmática:
Agonistas beta-adrenérgicos
Efeitos colaterais comuns dos Agonistas beta-adrenérgicos:
Taquicardia e tremor muscular
Vias das drogas inalatórias:
Nebulização, Jato aerossol dosimetrada e Inalação de pó seco.
Melhor método de administração inalatória para crianças menores de 5 anos:
Nebulização
Mais confiável dos métodos de administração inalatória:
Inalação de pó seco
Independente da gravidade da asma, sempre deve ser prescrito:
broncodilatador inalatório de início rápido e de curta ação SOS, para que faça uso nas crises
Corticoide de esoclha no tratamento agudo da asma:
Prednisona
Prescrição de corticoide:
Corticoide de 7-10 dias podendo suspender abruptamente após ultima dose.
Critérios de gravidade:
Dificuldade de falar, +30irpm, +110bpm, Uso da musculatura acessória, Cianose central e Pulso paradoxal
Evita o remodelamento brônquico e a evolução para perda irreversível da função pulmonar:
Terapia de manutenção
Fármacos utilizados na terapia de manutenção:
Corticosteroides inalatórios e Sistêmicos, Agonistas beta-adrenérgicos de Longa ação, Xantinas, Estabilizadores de Membrana de Mastócito e Antagonistas dos Leucotrienos, Imunossupressores, Anticorpos Monoclonais e Imunoterapia