Cardiologia - Dislipidemia Flashcards
Equação de Friedewald:
LDL = CT - (HDL + Trig/5)
*Não usar se Trig+400
Fisiopatologia da Aterogênese:
Dislipidemia e Hipertensão -> Agressão endotelial -> acometimento da camada íntima arterial -> +permeabilidade às lipoproteínas e -> depósito de LDL no espaço subendotelial -> oxidação do LDL -> +moléculas de adesão leucocitária -> recrutamento de monócitos e linfócitos -> migração dos monócitos para o espaço subendotelial -> diferenciação em macrófagos -> fagocitose de LDL oxidada -> células espumosas -> secreção de citocinas -> inflamação local -> migração e proliferação de células musculares lisas da camada média para a intima -> liberação de fatores de crescimento e produção de matriz extracelular -> capa fibrosa -> crescimento da placa aterosclerótica
O depósito de lipoproteínas na parede arterial acontece proporcionalmente à:
concentração de lipoproteínas no plasma
Antes da realização do exame de sangue para determinação do perfil lipídico deve-se evitar:
Ingestão de álcool e atividade física vigorosa nas 72 e 24h que antecedem a coleta de sangue, respectivamente
CT (desejável):
Menor que 200
CT (limítrofe):
200-239
CT (Alto):
Maior ou igual a 240
LDL (ótimo):
menor que 100
LDL (desejável);
100-129
LDL (limítrofe):
130-159
LDL (alto):
160-189
LDL (muito alto):
maior ou igual a 190
HDL (Desejável):
Maior que 60
HDL (Baixo):
-40h e -50m
Triglicerídeos (Desejável):
Menor que 150
Triglicerídeos (limítrofe):
150-200
Triglicerídeos (alto):
200-499
Triglicerídeos (muito alto):
maior ou igual a 500
Na fórmula de Friedewald o TG/5 representa:
VLDL colesterol
A fórmula não pode ser usada quando:
os valores de TG ultrapassam 400
Classificação genotípica:
monogênicas e poligênicas
Classificação fenotípica:
Hipercolesterolemia isolada, Hipertrigliceridemia isolada, Hiperlipidemia mista e HDL baixo
O escore de risco de Framingham estima:
A probabilidade de ocorrer IAM ou morte por doença coronariana em 10 anos nos individuos sem diagnóstico prévio de aterosclerose clínica
Etapas para estratificação de risco:
Presença de doença aterosclerótica significativa ou de seus equivalentes; Utilização dos escores de predição do risco; Reclassificação do risco predito pela presença de fatores agravantes do risco
Baixo Risco:
Probabilidade menor que 5% de ocorrência de eventos cardiovasculares em 10 anos
Risco Intermediário:
Probabilidade entre 5-20% em homens e 5-10% em mulheres de ocorrência de eventos cardiovasculares em 10 anos
Alto Risco:
Probabilidade maior que 20% em homens e 10% em mulheres de ocorrência de eventos cardiovasculares em 10 anos
A presença de pelo menos 1 fator agravante em individuo de risco intermediário, reclassifica para a condição de:
Alto risco
Fatores agravantes de risco:
Síndrome metabólica, Micro ou Macroalbuminuria, HVE, PCR>2, Historia familiar de DAC prematura, Espessura intima-media de carótidas>1, escore de cálcio coronário>100 e Índice tornozelo-braquial menor que 0,9
Fatores de risco principais:
Colesterol total, Pressão arterial sistólica, Pressão arterial diastólica, Tabagismo e Diabetes
A meta primária é direcionada para o:
LDL
A meta secundária é direcionada para o:
colesterol não-HDL
Triglicerídeos com valor acima de 500 indica terapia apropriada para redução do risco de:
Pancreatite
Meta primária no Baixo Risco:
Meta individualizada, estabelecida pelos valores de referência do LDL
Meta secundária no Baixo risco:
Meta individualizada, estabelecida pelos valores de referência do colesterol não-HDL
Meta primária no Risco Intermediário:
LDL menor que 100
Meta secundária no Risco Intermediário:
Colesterol não-HDL menor que 130
Meta primária no Alto Risco:
LDL menor que 70
Meta secundária no Alto Risco:
Colesterol não-HDL menor que 100
Prevenção:
O uso de estatina está indicado para terapias de prevenção primária e secundária como primeira opção.
Tratamento não farmacológico:
Perda de peso, Dieta balanceada, atividade física, redução da ingestão de álcool e cessação do tabagismo
Os níveis séricos de colesterol e triglicerídeos se elevam em função do consumo alimentar aumentado de:
colesterol, carboidratos, ácidos graxos saturados e ácidos graxos trans
Tratamento farmacológico:
Hipolipemiantes
Principais hipolipemiantes:
Estatinas, resinas, ezetimiba, niacina e fibratos
Estatinas são:
Inibidores da hidroximetilglutaril coenzima A redutase
Efeitos colaterais (Estatinas):
Toxicidade hepática e Miopatia (Mialgia, Elevação de creatinoquinase e Rabdomiólise)
As resinas atuam:
Ligando os ácidos biliares à sais biliares no intestino delgado, reduzindo a absorção enteral de colesterol - levando à depleção do colesterol celular hepático
Principal resina:
Colestiramina
Indicação do uso de resina em adição ao tratamento com estatina:
Se a meta de LDL não for alcançada apesar do uso de estatinas potentes em doses efetivas
Efeitos colaterais (Resinas):
Constipação e aumento dos triglicerídeos em indivíduos com hipertrigliceridemia acentuada
A ezetimiba atua:
inibindo a absorção de colesterol na borda em escova do intestino delgado, atuando seletivamente nos receptores Niemann-Pick C1-like protein 1 e inibindo o transporte de colesterol
O Colesterol não-HDL se refere aos colesteróis:
VLDL, LDL e IDL
Cálculo do Colesterol não-HDL:
CT - HDL
Hipercolesterolemia isolada:
LDL > 160
Hipertrigliceridemia isolada:
TG > 150
Hiperlipidemia mista:
LDL>160 + TG>150
HDL baixo:
HDL menor que 40 em homens ou menor que 50 em mulheres
Aterotrombose:
Ruptura da placa -> exposição do material lipídico altamente trombogênico -> formação de trombo
Algoritmos de Estratificação do Risco Cardiovascular:
Escore de Risco de Framingham, Escore de Risco de Reynolds, Escore de Risco Global e Escore de Risco pelo Tempo de Vida
Na primeira etapa ou fase 1, de estratificação de risco, deve-se identificar:
manifestações clínicas de doença aterosclerótica, presença de Diabetes, DRC e aterosclerose subclínica documentada por metodologia diagnóstica
A presença de doença aterosclerótica significativa ou de seus equivalentes classifica o paciente como sendo de:
Alto Risco
Condições de alto risco:
DAC, Doença cerebrovascular, Aterosclerose subclínica documentada por metodologia diagnóstica, Diabetes, DRC e Hipercolesterolemia familiar.
Após as três etapas para estratificação de risco, define-se o:
Risco Absoluto Final em 10 anos
Grande parte dos indivíduos considerados de baixo risco em 10 anos é na verdade:
de Alto risco à longo prazo
É recomendado o uso do Escore de Risco pelo Tempo de Vida em indivíduos:
De baixo risco e de risco intermediário a partir dos 45 anos
História Familiar positiva de DAC prematura reclassifica indivíduos de baixo risco para:
Risco Intermediário
Mecanismos das Estatinas:
Discreta redução na PA, Redução do risco trombótico, Melhora da função endotelial e Estabilização de placas vulneráveis
Não são propostas metas para o:
HDL
A Niacina atua:
Inibindo as lipases hormonossensitivas nos adipócitos, diminuindo a liberação de ácidos graxos livres. E inibe a atividade da enzima DGAT-2, diminuindo a síntese hepática de TG.
Os fibratos atuam:
Ligando-se aos PPARs ativando a hidrólise dos TG em ácidos graxos e HDL
PPARs:
Receptores ativados pelo proliferador de peroxissomos
Ordem crescente de potência dos fibratos na redução de TG :
Etofibrato/Fenofibrato -> Ciprofibrato -> Bezafibrato -> Genfibrozila
Deve-se evitar a associação de:
Sinvastatina com Fibratos
Dislipidemias graves que sugerem etiologia genética:
LDL>190 ou TG>800
Causas secundárias de Dislipidemia:
Hipotireoidismo, Diabetes, Síndrome nefrótica, Obesidade, Alcoolismo e uso de Diuréticos tiazídicos
Dislipidemia no Idoso:
Iniciar hipolipemiante em dose baixa e aumentar se necessário
Dislipidemia em Crianças e Adolescentes:
Pesquisar História familiar de dislipidemia, Fatores de Risco, Causas secundárias de dislipidemia. Tratamento não farmacológico aos 2 anos e Farmacológico após os 10 anos
Tratamento farmacológico antes dos 10 anos de idade:
Hipercolesterolemia Familiar heterozigótica grave ou Homozigótica sem resposta à dieta
Primeira escolha no tratamento farmacológico da Dislipidemia em crianças e adolescentes:
Resinas
Não deve ser administrado na Hipercolesterolemia familiar homozigótica:
Resina
Dislipidemia no Hipotireoidismo:
Iniciar estatina somente após regularização dos níveis hormonais, devido o risco aumentado de miosite
Dislipidemia nas Hepatopatias:
A estatina deve ser suspensa ao surgimento de icterícia, elevação de bilirrubina direta ou aumento do tempo de protrombina
Dislipidemia em gestantes, lactantes e mulheres que desejem engravidar:
Evitar uso de estatinas, pelo risco de teratogenicidade