Dor - Dor Neuropática Flashcards
Dor neuropática é:
A dor causada por uma lesão primária do SNC ou SNP.
As principais causas de dor neuropática periférica:
neuropatias, radiculopatias e plexopatias, de origem primária ou secundária
As principais causas de dor neuropática central:
Causa vascular, desmielinizante, traumática, tumoral, compressiva, degenerativa, malformativa e imunológica.
Exemplos de causas periféricas de dor neuropática:
Lesão de plexo, compressão de raízes, amputação, neuralgias e neuropatias de origem oncológica.
Exemplos de causas centrais de dor neuropática:
AVC, esclerose múltipla e lesão medular.
Ajudam na conduta em relação ao paciente com dor neuropática:
escalas multidimensionais e exame neurológico
pacientes com dor neuropática descrevem a dor como:
sensação de choque elétrico, queimação, formigamento, frio, picada e prurido.
O uso do termo “dor lancinante” pode indicar dor neuropática de origem:
central.
As escalas multidimensionais são importantes para:
definir sintomas, a intensidade da dor e diferenciar dor neuropática de dor não-neuropática.
As escalas que determinam sintomas, intensidade e qualidade da dor e mecanismos de tratamento são:
Escala de Dor Neuropática (EDN) e o Inventário de Sintomas de Dor Neuropática (ISDN).
As escalas que ajudam a diferenciar a dor neuropática da não-neuropática:
Avaliação de Leeds de Sintomas e Sinais Neuropáticos; o Questionário Diagnóstico de Dor Neuropática; o pain-DETECT; e o ID-pain.
Exames complementares importantes para confirmação do diagnóstico etiológico:
eletroneuromiografia, ressonância magnética, teste sensitivo quantitativo (QST ou TSQ) , estudo de potenciais evocados e Biópsia de nervo.
Estudo de potenciais evocados analisa:
as vias sensitivas ascendentes ao longo do SNC.
A ressonância magnética fornece informações sobre:
lesões de estruturas do SNC.
Teste sensitivo quantitativo avalia e quantifica:
a função sensitiva vibratória, térmica ou dolorosa.
Avaliam melhor a resposta terapêutica:
uso de testes farmacológicos com lidocaína tópica, fentolamina endovenosa, opióide epidural e cetamina.
Sinais e sintomas negativos:
Hipoestesia, hipoalgesia e paresia/plegia.
Sinais e sintomas positivos:
Parestesia/disestesia, hiperestesia, hiperalgesia, alodínia e hiperpatia.
As neuropatias periféricas dolorosas são classificadas como:
mononeuropatias traumáticas, mononeuropatias de outras etiologias, mononeuropatias múltiplas e polineuropatia.
Neuropatias periféricas têm como quadro clínico:
fraqueza e atrofia muscular, hipoestesia, diminuição ou ausência de reflexos e distúrbios autonômicos.
A sensibilização periférica está principalmente relacionada:
a uma resposta aumentada dos terminais dos nociceptores, decorrente da ação de neuromediadores inflamatórios
Quando há uma sensibilização periférica, ocorrem alterações nos nociceptores como:
diminuição do limiar, indução de descargas ectópicas e aumento na quantidade de canais de sódio.
Descargas ectópicas são:
impulsos elétricos anormais espontâneos e repetitivos provenientes de locais incomuns.
O neuroma é formado no coto proximal do axônio seccionado ou traumatizado por:
brotamento de novas fibras
Mecanismos periféricos da dor neuropática:
Sensibilização periférica, descargas ectópicas, acoplamento simpático-sensitivo e excitação cruzada efática e não-efática.
Mecanismos centrais medulares da dor neuropática:
Sensibilização central, neuroplasticidade e redução de mecanismos inibitórios.
Acoplamento simpático-sensitivo:
maior expressão de adrenorreceptores na membrana neuronal e proliferação de terminais simpáticos
Excitação cruzada efática e não-efática:
desenvolvimento de curto-circuito elétrico por correntes iônicas (efática) ou mediadores químicos (não-efática) com fibras nervosas adjacentes intactas.
Mecanismos centrais encefálicos de dor neuropática:
mecanismos talâmicos com aumento da atividade nervosa pelas vias somatossensoriais e decréscimo dos mecanismos inibitórios
A terapia farmacológica da dor neuropática inclui principalmente:
Anticonvulsivantes, antidepressivos, opióides, agentes tópicos e antiarrítmicos.
Medicamentos de primeira linha no tratamento da dor neuropática são:
gabapentina, adesivo de lidocaína, opióides e antidepressivos tricíclicos.
Os medicamentos de segunda linha no tratamento da dor neuropática são:
Anticonvulsivantes (lamotrigina, carbamazepina),e antidepressivos (inibidores seletivos da recaptação da serotonina).
Anticonvulsivantes:
exercem seu efeito sobre os canais de sódio e de cálcio envolvidos tanto na epilepsia como na dor neuropática.
Eletroneuromiografia fornece informações sobre
patologia neural periférica afetando fibras mielinizadas grossas.
Os dois tipos principais de dor neuropática são:
desencadeada por estímulos e independente de estímulos
A dor neuropática desencadeada por estímulos caracteriza-se por sinais de:
hiperalgesia e alodinia, que resultam de estimulação mecânica, térmica ou química.
A dor independente de estímulos pode ser:
persistente ou paroxística e é descrita como pontadas, fisgadas ou queimação.
Hiperalgesia:
resposta dolorosa exagerada produzida por um estímulo que normalmente provoca dor
Alodínia:
dor provocada por um estímulo que normalmente não é doloroso ( ex: toque suave).
Tipos de mecanismos de dor neuropática:
Mecanismos periféricos, centrais medulares e centrais encefálicos.