Lombalgia Flashcards
A dor lombar constitui a principal causa de absenteísmo ao trabalho, ultrapassando:
Câncer, o AVC e a AIDS como causa de incapacidade entre os indivíduos na faixa etária produtiva.
“___________ pacientes com episódio agudo de lombalgia apresentarão um novo episódio em um ano”:
Mais de 50%.
A lombalgia aguda é uma condição:
autolimitada, em que 90% dos pacientes se recuperam espontaneamente.
Fatores de risco para lombalgia:
Fatores constitucionais, posturais, ocupacionais e psicossociais.
Fatores ocupacionais:
levantar pesos, empurrar objetos pesados, permanecer sentado por tempo prolongado, realizar tarefas monótonas ou com flexão e rotação do tronco, expor-se a estímulos vibratórios por períodos longos.
Fatores constitucionais:
obesidade e fraqueza dos músculos abdominais e espinais.
Fatores psicossociais:
depressão, histeria, somatização, ansiedade, alcoolismo, tabagismo, divórcio e o comportamento doloroso.
A coluna lombar pode ser dividida funcionalmente em:
compartimentos anterior, médio e posterior.
Compartimento anterior:
corpos vertebrais e discos intervertebrais. Adaptado à absorção de choques e à sustentação de peso.
A quantidade de força aplicada ao segmento lombar depende:
Do tipo de atividade e da postura.
Compartimento posterior:
protege os elementos neurais. Direciona as unidades funcionais nos movimentos de flexão anterior e extensão, flexão lateral e rotação.
O disco intervertebral sofre maior pressão:
Na posição sentada com flexão do tronco.
São os principais responsáveis pelo suporte da coluna vertebral:
Os músculos extensores e os rotadores.
Suporte dinâmico da coluna lombar:
Músculos extensores, os flexores anteriores e laterais e os rotadores.
Os discos intervertebrais mais sobrecarregados estão entre:
L4-L5 e L5-S1.
Compartimento médio:
canal medular e pedículos.
Quanto à duração, as lombalgias são classificadas em:
agudas, subagudas e crônicas.
A lombalgia aguda tem início súbito e duração:
Até 4 semanas.
Quanto à etiologia, as lombalgias podem ser classificadas em:
específicas e inespecíficas.
A lombalgia crônica tem duração:
Maior do que 12 semanas.
Lombalgia inespecífica:
Queixas de dor lombar que ocorrem sem uma causa anatômica ou neurofisiológica identificável.
Causas de lombalgia específica:
Hérnias discais; Espondilolistese; Estenose do canal medular; Osteoporose; Fraturas vertebrais; Tumores; Infecções e doenças in- flamatórias no nível da coluna lombar.
” ____________ das pessoas com lombalgia apresentam a do tipo específica”:
Menos de 15%.
Avaliar os hábitos do paciente é importante para o diagnóstico e para evitar a continuidade do quadro doloroso após o tratamento, devendo-se perguntar sobre:
tabagismo, posição de dormir, tipo de colchão e de travesseiro, posições assumidas no trabalho, o estudo, o lazer e as atividades esportivas.
Lombalgia com características típicas de origem neurológica:
dor súbita e intensa, lancinante, em queimação, choque ou latejamento, que inicia na coluna lombar e irradia-se para o membro inferior, atingindo a extremidade distal, e que piora com a tosse e o espirro. Distúrbios da sensibilidade, motricidade, reflexos e do controle esfincteriano.
Lombalgia característica de origem vascular:
claudicação intermitente, alterações na temperatura e coloração da pele e por alteração trófica.
O principal dado da anamnese de pacientes com hérnias discais é:
A história ciática.
Lombalgia característica de origem vascular:
claudicação intermitente, alterações na temperatura e coloração da pele e por alteração trófica.
O exame físico para avaliação da lombalgia inclui:
inspeção estática e dinâmica, palpação, testes neurológicos e manobras especiais provocativas.
A postura com a inclinação lateral para um os lados sugere:
Escoliose.
casos de hérnia do disco lombar também podem apresentar-se com aumento da:
Inclinação lateral.
A mobilidade da coluna lombar deve ser avaliada nos seis planos cardinais que incluem:
flexão anterior, extensão, inclinação lateral para os lados direito e esquerdo e rotações laterais.
Uma piora da dor ao fazer extensão da coluna sugere:
Espondilolistese, Estenose do canal medular, Artrose facetária ou Fratura dos pedículos.
O agachamento repetido durante duas a três vezes e o retorno à posição ortostática sem dificuldades sugere:
integridade do sacro, quadril, joelhos e tornozelos.
O teste de Schöeber permite a avaliação da rigidez da coluna lombar:
Em posição ortostática, traça-se uma linha entre as duas espinhas ilíacas-póstero superiores e outra linha 10 cm acima, flexão anterior do tronco, distância dos pontos menor que 15 é positivo.
A contração dos músculos espinais é achado comum nos:
traumatismos lombares.
A palpação abdominal pode ser importante no diagnóstico de:
aneurisma de aorta abdominal.
Podem identificar as doenças vasculares periféricas:
A palpação dos pulsos arteriais periféricos e os sinais de insuficiência vascular.
Testes neurológicos:
Avaliação da força muscular, sensibilidade, reflexos tendíneos profundos (patelar, aquileu e isquiotibial medial) e manobras especiais provocativas.
L4 é responsável pela inervação:
do hálux, maléolo medial, região medial do pé e da perna e a região anterior do joelho
L5 inerva:
Região dorsal dos dedos centrais e da região lateral da perna.
S1 inerva:
dedo mínimo, região lateral da superfície plantar do pé, maléolo lateral e região posterior lateral da perna e da coxa.
S2,S3 e S4 inervam:
A bexiga.
músculos abdominais recebem inervação segmentar pela divisão anterior primária de:
T5 a L1.
As manobras especiais provocativas:
estiram a medula espinal, a cauda eqüina ou o nervo ciático; aumentam a pressão intratecal ou mobilizam a articulação sacroilíaca.
O teste da elevação da perna estendida avalia o comprometimento do nervo ciático e a flexibilidade dos múscu- los isquiotibiais. O teste é interpretado como positivo se:
provoca dor em todo o trajeto do nervo ciático, inclusive abaixo do joelho, em uma elevação de 30 a 70 ̊ de flexão do quadril.
A manobra da elevação da perna estendida contralateral sadia, que provoca dor no membro comprometido, sugere:
hérnia do disco lombar.
Teste do estiramento femoral:
avalia as compressões radiculares no nível de L4 ou em níveis superiores. Decúbito ventral, com a elevação da coxa a partir da mesa de exame, realizando-se a flexão do joelho em até 90 ̊.
O teste de Kernig estira a medula, reproduzindo a queixa de dor. O examinador realiza:
a flexão anterior da coluna cervical no paciente que está deitado em decúbito dorsal. Positivo se há dor, o que pode ser indicativo de irritação meníngea ou da raiz nervosa.
Utilizados para avaliar comprometimento tecal:
manobras de Milgram, Naffziger e Valsalva.
Manobra de Milgram:
elevar a perna estendida até cerca de cinco centímetros acima da mesa de exame durante 30 segundos. Dor sugere doença intra ou extratecal.
Manobra de Naffziger:
comprime as veias jugulares durante 10s e solicita que tussa.
Manobra de Valsalva:
Solicita que faça esforço para evacuar.
Os testes de Gaenslen, Patrick e a compressão nas espinhas ilíacas ântero-superiores avaliam se há:
comprometimento da articulação sacroilíaca.
Teste de Gaenslen:
Próximo da borda da mesa de exame, deixa o membro inferior acometido pendente, enquanto o joelho oposto fica fletido próximo ao tórax. Dor é sugestiva de comprometimento da região sacroilíaca.
Teste de Patrick:
calcâneo do membro acometido sobre o joelho oposto. O examinador coloca uma de suas mãos sobre o joelho fletido e a outra sobre a espinha ilíaca súpero-anterior do lado oposto e deve comprimir a região.
Teste da compressão das espinhas ilíacas ântero-superiores:
comprime a pelve em direção à linha média, com as mãos sobre as cristas ilíacas e os polegares nas espinhas ilíacas ântero-superiores.
Sinais de Waddell que caracterizam o exame físico de pacientes com comprometimento não-orgânico:
dor que não corresponde a uma localização anatômica precisa, reação exagerada às manobras, dor ao toque leve, ausência de inclinação posterior à manobra de levantamento da perna estendida sentado e estimulação com carga axial.
Avaliação funcional:
Escala de Roland-Moris e o questionário da Dimensão física do SF-36.
Em indivíduos normais, a força muscular dos extensores é maior do que a dos flexores. Já nos pacientes com lombalgia há:
Os extensores se tornam mais fracos que os flexores.
Principais causas de lombalgia inespecífica:
Degenerativa, de etiologia mecânica e Síndrome dolorosa miofascial.
Quadro clínico da lombalgia de etiologia mecânica:
dor em peso e dolorimento local. Piora no final do dia. Sem sinais neurológicos, a tosse ou espirro não pioram os sintomas. Sedentarismo, obesidade, fraqueza dos músculos abdominais, paravertebrais e dos glúteos.
Principais causas de lombalgia específica:
Espondilolistese, Protrusão e hérnia discal, Estenose do canal medular e Espinha bífida.
Quadro clínico da lombalgia de etiologia mecânica:
dor em peso e dolorimento local. Piora no final do dia. Sem sinais neurológicos, a tosse ou espirro não pioram os sintomas. Sedentarismo, obesidade, fraqueza dos músculos abdominais, paravertebrais e dos glúteos.
Quadro clínico da Síndrome dolorosa miofascial:
Dor regional; banda muscular tensa e dolorosa à palpação; restrição de graus de amplitude de movimento.
Quadro clínico da Espondilolistese:
Dor do tipo mecânica na lombar, nádegas e face posterior da coxa. Piora com a atividade e extensão da lombar; melhora com o repouso.
Espondilolistese é diagnósticada:
Pelo raio X de perfil que mostra o deslizamento anterior de L5 sobre S1.
Protrusão discal:
É um abaulamento localizado ou difuso do disco produzido por uma degeneração do anel fibroso.
Tipos de hérnia de disco:
hérnia prolapsada, extrusa e seqüestrada.
Hérnia prolapsada:
ruptura do anel fibroso, com ligamento longitudinal posterior íntegro, o núcleo só se insinua no ligamento.
Hérnia extrusa:
O ligamento longitudinal posterior se rompe e o núcleo pulposo degenerado migra para o canal vertebral.
Hérnia sequestrada:
núcleo pulposo migra para dentro do canal, para cima e para baixo ou no interior do forame.
Quadro clínico da hérnia de disco:
dor lombar e lombociatalgia, escoliose antálgica, déficit motor, alteração da sensibilidade, dificuldade na flexão do tronco, Manobra de Laségue positivo e reflexo profundo diminuído ou ausente.
O diagnóstico de hérnia de disco, em mais de 90% dos casos, é:
clínico e pode ser confirmado com TC, RNM e eletroneuromiografia.
Estenose do canal medular:
estreitamento do diâmetro ântero-posterior e do recesso lateral.
Quadro clínico da Estenose do canal medular:
Lombalgia com claudicação intermitente neurogênica, dor desencadeada ou intensificada com a marcha. Para e senta intermitentemente por 10-20min, durante a marcha. A extensão da lombar aumenta a dor.
Espinha bífida:
falta de união dos dois hemiarcos posteriores no nível das apófises espinhosas. Geralmente localizado em L5 e S1.
Radiografia permite:
avaliar alinhamento vertebral e o diagnosticar fraturas, luxações, anomalias congênitas, espondilolistese e alterações degenerativas.
Mielografia computadorizada pode ser utilizada para:
avaliar as anormalidades intratecais.
Exame de escolha para avaliação de hérnia de disco:
Ressonância Magnética.
Deve-se considerar o uso de Cintilografia óssea quando há suspeita clínica de:
tumores, infecções e fraturas ocultas.
Indica-se Ressonância Magnética quando há suspeita clínica de:
infecção, neoplasia, disfunção neurológica progressiva e nos casos de lesão traumática aguda grave.
“O repouso prolongado é ___________ para a lombalgia inespecífica tanto aguda como crônica”:
Prejudicial.
Tratamento da lombalgia aguda:
alívio sintomático da dor e da inflamação (analgésicos, AINES e relaxantes musculares) e orientações, evitando posturas ou atividades que piorem o quadro doloroso por sobrecarga mecânica sobre a lombar.
Nos casos de lombalgia ciática, o repouse recomendado é de:
no máximo 10 dias, devendo depois reiniciar as atividades de vida diária.
suspeita de hérnia discal acompanhada de sinais clínicos de síndrome da cauda eqüina ou déficit motor rapidamente progressivo:
deve ser encaminhado para procedimento operatório de urgência.
se a dor for muito intensa e o repouso propiciar alívio temporário da dor, é recomendável:
A posição de semi-Fowler.
Tratamento lombalgia subaguda:
Exercícios específicos para as deficiências da coluna lombar e procedimentos que aliviem o quadro doloroso.
A lombalgia subaguda tem duração entre:
4 e 12 semanas.
Tratamento da lombalgia crônica:
Analgésicos de ação central, Antidepressivos tricíclicos, Neurolépticos fenotiazínicos, Acupuntura, Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea, Massagem terapêutica, Exercícios específicos para a lombar (Exercícios de McKenzie e pilates) e Psicoterapia.
Teste de levantamento da perna estendida serve como diagnóstico diferencial para:
Causa extratecal (0-35°), intratecal (35-70°) e facetária (+70°).
Tratamento Hérnia de disco lombar:
AINE, infiltração epidural de corticóides e lamnectomia.
Sinais de alerta em lombalgia:
Perda de peso; Febre; Dor súbita sugestiva de fratura vertebral; Dor noturna; Dor que não alivia com repouso; História de neoplasia maligna; Sintomas neurológicos; +50 anos; Limitação da mobilidade espinal.