Parasitologia: Teníase e Cisticercose Flashcards
1
Q
Classe Cestoda: características.
A
- Corpo em forma de fita (vermes achatados).
- Sem canal alimentar e sistema circulatório.
- Dividido em 3 porções: escólex (órgão de fixação anterior, com 4 ventosas), colo/pescoço (região de proliferação celular) e estróbilo (conjunto de segmentos ou anéis chamados proglotes).
- T. solium possui acúleos/ganchos no escólex.
- Dentro dos proglotes, encontra-se o aparelho reprodutor: tênia é hermafrodita.
- Os anéis finais são proglotes grávidos: fecundação ocorre em direção aos proglotes mais inferiores.
- Ovos: esféricos, iguais morfologicamente para as duas espécies de Tenia e eliminados nas fezes.
- Possuem uma casca (embrióforo) que protege o embrião (oncosfera).
2
Q
Teníase/teniose.
A
Alteração provocada pela presença da forma adulta da Tênia no intestino delgado do hospedeiro definitivo, os seres humanos.
3
Q
Cisticercose.
A
- Alteração provocada pela presença da larva nos tecidos de hospedeiros intermediários normais (suínos e bovinos).
- Hospedeiros anômalos, como cães, gatos, macacos e seres humanos, podem albergar a forma larvar da Taenia solium.
4
Q
Hospedeiros da teníase.
A
- Hospedeiro definitivo: homem, que possui o verme adulto no instinto delgado.
- Hospedeiro intermediário: boi (Taenia saginata), porco (Taenia solium), homem (hospedeiro anômalo).
- A larva (cisticerco) fica no hospedeiro intermediário.
- Tropismo por tecidos como músculo e SNC: oncosferas desenvolvem-se em cisticercos em qualquer tecido mole
(pele, músculo esquelético e cardíaco, olhos, cérebro), mas preferem os músculos de maior movimentação e com maior oxigenação.
5
Q
Ciclo biológico da teníase.
A
- Seres humanos parasitados eliminam as proglotes grávidas cheias de ovos para o exterior.
- O hospedeiro intermediário ingere os ovos.
- No TGI, as oncosferas liberam-se do embrióforo e penetram na vilosidade: penetram as vênulas e alcançam as veias e os linfáticos mesentéricos, sendo transportados a todos os órgãos e tecidos do organismo até chegarem ao local de implantação.
- As oncosferas desenvolvem-se para cisticercos em qualquer tecido mole, mas preferem os músculos de maior movimentação e com maior oxigenação.
- A infecção humana ocorre por ingestão de carne crua ou mal cozida de porco ou de boi infectado.
- O cisticerco ingerido sofre ação do suco gástrico, evagina-se e fixa-se, por meio do escólex, na mucosa do intestino delgado, transformando-se em uma tênia adulta.
6
Q
Sintomatologia da teníase.
A
- Devido ao longo período em que T. solium parasita o paciente, pode causar fenômenos tóxicos alérgicos, através de substâncias excretadas, provocarem hemorragias através da fixação na mucosa, destruir o epitélio e produzir inflamação com infiltrado celular com hipo ou hipersecreção de muco.
- Maioria das pessoas apresenta sintomas leves.
- Sintomas mais comuns em pacientes com T. saginata.
- Problemas digestivos: dor abdominal, perda de apetite, perda de peso e estômago irritado.
- Maior gravidade: hemorragias, inflamação da mucosa e hipersecreção de muco.
- Proglotes na região anal e nas fezes como sintoma visível.
- Em casos raros: localização ectópica no apêndice, no bile ou no ducto pancreático.
7
Q
Diagnóstico da teníase.
A
- Exame parasitológico de fezes em três dias consecutivos.
- Verificar presença de ovos e proglotes (“tamisação” para identificar a espécie, que consiste na lavagem e peneiragem das fezes).
- Sorologia: ELISA coproantígenos.
- Raio X, TC, RNM.
8
Q
Transmissão da Cisticercose.
A
- Adquirida pela ingestão acidental de ovos viáveis da T. solium, que foram eliminados nas fezes dos portadores de teníase.
- Auto-infecção externa: ocorre em portadores de T. solium quando eles eliminam proglotes e ovos de sua própria tênia e depois os levam à boca.
- Auto-infecção interna: durante vômitos ou movimentos retroperistálticos do intestino.
- Heteroinfecção: ocorre quando humanos ingerem alimentos ou água contaminados com ovos.
- Ingestão do ovo contendo embrião hexacanto: o embrião eclode do ovo pelo estímulo do suco gástrico do hospedeiro intermediário, rompe o tecido e cai na corrente sanguínea atingindo vários órgãos (fígado, pulmão, músculos). Larva hexacanto encista e forma o Cisticerco, ficando latente (pode calcificar o tecido).
9
Q
Sintomatologia da Cisticercose.
A
- Cisticercos se localizam no sistema nervoso central (tropismo para SNC, com neurocisticercose), nos olhos, músculos e nas vísceras.
- Podem permanecer viáveis durante anos.
- Pode causar: ataques epileptiformes, crises convulsivas, cefaléia, vômitos, alterações de visão, hipertensão intracraniana, hidrocefalia e até a morte.
- Granulomas ou calcificações em até 19% das pessoas em populações endêmicas.
- Há alguns casos de cisticercose disseminada.
10
Q
Diagnóstico da Cisticercose.
A
- Pesquisa do parasito em observações anatomopatológicas de biópsias, necropsias e cirurgias.
- Neurocisticercose: diagnóstico pelos exame de liquor, neuroimagem e detecção de anticorpos no soro.
- Sorologia: ELISA e Imunoblot anticorpos IgG e IgE contra antígenos do cisticerco.
11
Q
Tratamento da teníase.
A
- Praziquantel: larvicida (+ Drogas anti-inflamatórias).
- Niclosamida: não é absorvida pelo intestino (ação luminal).
- Albendazol: larvicida (+ Drogas anti inflamatórias).
- Mebendazol.
12
Q
Controle e profilaxia da teníase.
A
- Saneamento básico e educação sanitária.
- Tratar indivíduos infectados.
- Descartar carnes contendo o cisticerco.
- Não comer carne de suínos e bovinos mal passada.
- Vacina TSOL18: contra cisticercose em suínos.
- Oxfendazole (30 mg/kg): tratamento de animais.