Fisiologia: Princípios da Hemodinâmica Flashcards
Velocidade.
- Velocidade de deslocamento do sangue por unidade do tempo.
- V= F/A
- Quanto menor a área da secção transversal de um vaso, maior será velocidade.
Fluxo.
- Volume de sangue por unidade de tempo.
- O sangue flui de uma área de maior pressão para menor pressão.
- O fluxo sanguíneo no sistema circulatório é diretamente proporcional ao gradiente de pressão e inversamente proporcional à resistência do sistema ao fluxo (F=P/R).
Resistência.
- Tendência do sistema circulatório de se opor ao fluxo sanguíneo
- Fluxo é inversamente proporcional à resistência.
- ΔP = F x R.
- Resistência periférica é determinante do fluxo sanguíneo.
- ΔP = DC x R.
Parâmetros que determinam a resistência
- Raio do vaso (r): quanto maior o raio, menor a resistência (inversamente proporcional à quarta potência do raio).
- Comprimento do vaso (L): quanto maior o comprimento, maior a resistência.
- Viscosidade do sangue (η): quanto maior a viscosidade, maior a resistência.
- F = ΔP x πr^4 / 8 x L x η.
Redistribuição do fluxo na hemodinâmica.
- Leitos vasculares em paralelo contribuem para a redução da resistência e para a distribuição de fluxo.
- Vasoconstrição diminui o fluxo sanguíneo para um determinada região, e aumenta a velocidade do fluxo sanguíneo.
Efeitos da pressão sobre a resistência vascular e o fluxo sanguíneo total.
- Aumento da pressão arterial interfere pouco no aumento do fluxo sanguíneo tecidual.
- Ao mesmo tempo que aumenta a força do sangue sobre os vasos, também ativa mecanismos compensatórios (autorregulação).
Padrão do fluxo sanguíneo.
- Fluxo laminar: condições fisiológicas normais, o sangue flui em lâminas, isto é, paralelamente às células endoteliais da parede vascular.
- Fluxo turbilhado: em condições patológicas, sangue exerce força contra as paredes do vaso, a qual é denominado estresse de cisalhamento.
Estrutura dos vasos sanguíneos.
- Artérias: altas pressões da vasculatura e alta elasticidade.
- Arteríolas: resistência pode ser modificada (maior resistência ao fluxo sanguíneo).
- Capilares: perfusão depende do grau de dilatação ou constrição das arteríolas e esfíncteres pré-capilares.
- Veias: alta complacência e baixa pressão.
Controle do tônus vascular.
- Fatores intrínsecos: autorregulação e hormônios/fatores locais.
- Fatores extrínsecos: neural e humoral.
Autorregulação cardiovascular.
Capacidade que um órgão tem de manter um fluxo sanguíneo relativamente constante apesar de mudanças drásticas na pressão de perfusão.
Controle do tônus vascular pela inervação simpática.
- Maior liberação de noradrenalina sob os receptores causa vasoconstrição.
- Menor liberação de noradrenalina sob os receptores causa vasodilatação.
Pressão.
- Pressão sistólica: é a pressão arterial mais alta que pode ser medida durante um ciclo cardíaco.
- Pressão diastólica: é a pressão arterial mais baixa que pode ser medida durante um ciclo cardíaco (corresponde ao tanto da pressão sistólica que não se dissipou).
- Pressão de pulso: pressão no vaso provoca uma onda na parede deste vaso, que é a onda de pulso (PAS - PAD).
- Pressão arterial média: PAM = PD + 1⁄3(PS - PD) = PD + PP⁄3.
Determinantes da pressão sistólica.
- Volume sistólico: quanto maior o volume de sangue ejetado, maior vai ser a pressão.
- Taxa de ejeção: relaciona-se com a velocidade de contração miocárdica.
- Pressão diastólica: Uma pressão diastólica baixa também não permitirá alcançar uma pressão sistólica máxima normal de 120 mmHg.
Determinantes da pressão diastólica.
- Frequência cardíaca: caso a frequência esteja alta, por exemplo, uma nova sístole ocorrerá antes da diastólica atingir um valor menor.
- Resistência periférica total: quanto maior a resistência, maior a pressão.
- Rigidez arterial: interfere no volume acomodado.
Determinantes da pressão de pulso (PP).
- Volume arterial: quanto maior o VS, maior o PP.
- Complacência vascular: quanto maior complacência, menor a pressão.
Determinantes da PAM.
- Débito cardíaco: é influenciado pela FC e VS do indivíduo.
- Resistência variável: é a resistência das arteríolas.
Medida da pressão arterial.
Se baseia em transformar, momentaneamente, o fluxo laminar (silencioso) em fluxo turbilhonar (ruidoso).
Preparo para a medida da PA.
- Evitar situações que possam alterar momentaneamente a PA.
- Posicionar o braço na altura do coração.
- Colocar o manguito sem deixar folgas e a cerca de 2 a 3 cm acima da fossa cubital.
Método palpatório e ausculatatório.
- Método palpatório: permite uma estimativa da pressão arterial sistólica.
- Método auscultatório: determinar a pressão sistólica na ausculta do primeiro som (turbilhamento) e a pressão diastólica no desaparecimento do som (volta ao laminar).