Fisiologia: Pâncreas Flashcards

1
Q

Secreção pulsátil.

A
  • Importante para não dessensibilizar o receptor.
  • Evita a liberação contínua do hormônio, o qual ativaria o receptor de forma prolongada, podendo levar a sua
    dessensibilização.
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2
Q

Regulação da glicose.

A
  • Muitos os mecanismos que evitam a hipoglicemia, visto que a baixa de glicose é mais grave que a hiperglicemia. A hipoglicemia é de difícil diagnóstico e é causa frequente de morte súbita.
  • GH.
  • Glicocorticoides: cortisol tem ação mais longa.
  • Adrenalina e noradrenalina.
  • Glucagon: age sobretudo no fígado. Não tem ação periférica significativa.
  • Possuem efeito sinérgico.
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3
Q

Mecanismo que evita hiperglicemia.

A
  • Liberação de insulina.
  • Consequências da glicemia elevada: glicose é um açúcar redutor, que faz reações não enzimáticas, como a glicação de proteínas. Liga-se ao radical -NH2 e proteína perde a função.
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4
Q

Hormônios do pâncreas.

A
  • Insulina (junto ao peptídeo C).
  • Glucagon.
  • Amilina: cossecretada com a insulina pelas células beta do pâncreas (inibidor da ingestão alimentar).
  • Somatostatina.
  • PP: polipeptídeo pancreático.
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5
Q

Ilhotas de Langerhans.

A
  • Muito irrigadas.
  • Compõe cerca de 1-2% da massa pancreática.
  • Células alfa (25%): predominam na região externa, produzindo glucagon.
  • Células beta (60%): produzem insulina.
  • Células F: produzem polipeptídeo pancreático (PP).
  • Células delta: produzem somatostatina.
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6
Q

Insulina.

A
  • Impede que a glicose atinja níveis muito elevados no sangue, impedindo a glicação de proteínas e a perda de função destas.
  • É importante para manter estoque de glicose nas células, para quando for necessário.
  • Sensor metabólica intramuscular: insulina transloca GLUT4 para captar glicose.
  • Sensor AMP cinase: aumento da razão AMP/ATP é sensor para aumentar translocação de GLUT.
  • Sensor sistêmico: células beta.
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7
Q

Mecanismo de iniciação da liberação de insulina.

A
  • GLUT2: Transportador constitutivo que permite a entrada de glicose nas células β, seguindo o gradiente de concentração.
  • Sensor Principal: Glicoquinase, que tem baixa afinidade pela glicose e precisa de um aumento significativo da glicemia para ativar a secreção de insulina.
  • Metabolismo da glicose dentro da célula, gerando ATP.
  • ATP age nos canais de K+ sensíveis ao ATP, fechando-os.
  • O acúmulo de K⁺ dentro da célula causa despolarização.
  • Isso ativa canais de cálcio voltagem-dependentes, permitindo a entrada de Ca²⁺, que induz a exocitose das vesículas de insulina (mecanismo semelhante à liberação de neurotransmissores).
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8
Q

Células beta.

A
  • Hormônios intestinais ativam as células beta.
  • Possui GLUT2: como um sensor metabólico, deve ter um transportador de glicose constitutivo, com baixa sensibilidade para não saturar facilmente, dispararando a resposta conforme variações da concentração de glicose ocorrem.
  • Baixa glicose no plasma, ATP baixo dentro da célula e MgADP alto: não estimula nada.
  • Alta glicose plasmática causa entrada de glicose pelo GLUT2: aumenta ATP intracelular e diminui MgADP, com liberação de insulina.
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9
Q

Por que a insulina sobe rapidamente após refeição rica em carboidrato?

A
  • 1° fase: protege o corpo de picos elevados de glicose que poderiam ocorrer após as refeições. A absorção da glicose ingerida é rápida. Lembrar que a superfície de absorção do intestino delgado é cerca de 70 m².
  • 2° fase: menor liberação.
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10
Q

Síntese da insulina.

A
  • Pró-insulina.
  • 3 pontes dissulfeto conferem a atividade.
  • Peptídeo C é liberado junto à insulina: utilizado normalmente como sinalizador da produção pancreática de insulina.
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11
Q

Secreção de insulina.

A
  • Fase rápida (pico rápido): libera os grânulos já prontos.
  • Fase lenta (pico sustentado): libera os grânulos que estão se complexando (Pré-pró-insulina > Pró-insulina > Insulina ativa).
  • Secreção bifásica.
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12
Q

Receptor de insulina e resposta celular.

A
  • 2 cadeia alfa externas, 2 cadeias beta internas, radicais tirosina, que podem ser fosforilados e desencadear uma cascata de transdução de sinais. Essa cascata ativa vias ligadas ao anabolismo, como aumentar reserva de glicogênio.
  • Efeito sobre a vasculatura pode ser de vasoconstrição ou relaxamento, dependendo da via.
  • Efeito principal da ligação da insulina a seu receptor é a translocação do GLUT4.
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13
Q

Tipos de GLUT.

A
  • GLUT-1: captação de glicose.
  • GLUT-2: fígado, célula beta, rim, intestino delgado. O GLUT-2 tem baixa sensibilidade e estão presentes em células que são sensores e que independem da insulina.
  • GLUT-3: cérebro, neurônios.
  • GLUT-4: músculo, tecido adiposo, coração. Presença em tecidos de alta atividade metabólica nos quais a captação de glicose depende de insulina.
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14
Q

Incretinas: GIP e GLP-1.

A
  • GLP-1: principal incretina responsável por aumentar a potência da insulina.
  • Pequenas quantidades de insulina tornam-se mais eficazes.
  • Indústria farmacêutica desenvolveu um fármaco 10x mais potente que o GLP-1 natural. Ainda não se sabe os efeitos desse medicamento a longo prazo.
  • Problemas de acesso: diabéticos tipo 2 têm dificuldade em obter o medicamento. Alto custo devido à patente.
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15
Q

Mecanismo de Ação do GLP-1.

A
  • O GLP-1 ativa seu receptor, o que estimula a proteína quinase A (PKA). Isso faz com que a célula β pancreática secrete mais insulina e mais rapidamente.
  • No diabético tipo 2, esse medicamento restaura o primeiro pico de insulina, melhorando o controle da glicemia.
  • GLP-1 tem efeito anorexigênico: reduz a fome porque a insulina é anorexigênica.
  • Atua no cérebro, inibindo a sinalização de fome.
  • Esse efeito tem sido explorado para tratamento da obesidade.
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16
Q

Ações biológicas da insulina no músculo.

A
  • Maior transporte de aminoácidos e a síntese protéica, por meio da fosforilação de uma serina/treonina proteína-quinase, conhecida como alvo de rapamicina de mamíferos (mTOR, de mammalian target of rapamycin).
  • Maior síntese de glicogênio via inibição da enzima glicogênio fosforilase e estimulação da glicogênio sintase.
  • Favorece o armazenamento de lipídeos no músculo.
17
Q

Ações biológicas da insulina no tecido adiposo.

A
  • Aumento do transporte de glicose.
  • Formação de glicogênio a partir de glicose.
  • Transformação do piruvato em acetil-CoA.
  • Aumento da transformação da acetil-CoA em malonil CoA.
  • Ativação da lipase lipoproteica, levado à maior captação de ácidos graxos das lipoproteínas.
  • Inibição da lipólise e da cetogênese via inibição da enzima lipase sensível ao hormônio (HSL), o que leva a inibição da degradação dos triglicerídeos em ácidos graxos e glicerol.
18
Q

Ações biológicas da insulina no fígado.

A
  • Glicose entre nos hepatócitos por transportadores GLUT2 (independentes de insulina).
  • Maior síntese de glicogênio.
  • Glicose é oxidada e fosforilada (glicose 6-P, não sai da célula). Esse processo de fosforilação é mediado pela insulina, ou seja, a insulina controla a glicose que permanece no hepatócito, para posterior síntese de glicogênio.
  • Inibe produção de corpos cetônicos.
  • Inibe gliconeogênese.
19
Q

Efeitos a longo prazo da insulina.

A
  • Maior síntese de enzimas lipogênicas e a repressão de enzimas gliconeogênicas.
  • Os efeitos da insulina na promoção do crescimento e os efeitos mitogênicos são respostas a longo prazo mediadas pela via da MAPK.
  • A MAPK e, em particular, a ativação crônica da quinase receptora extracelular pela ligação do receptor de insulina levam a um crescimento celular excessivo.
  • Importância no câncer devido à proliferação celular induzida pela insulina pela via da MAPK.
20
Q

Fatores neurais na secreção de insulina.

A
  • SNA Parassimpático ativa positivamente a secreção de insulina.
  • SNA Simpático ativa positivamente ou negativamente a secreção, predominando o negativo. Em baixas quantidades, estimula a secreção de insulina, e em altas quantidades, inibe.
21
Q

Síntese de glucagon.

A
  • Hormônio proteico.
  • Forma inicial: pró-glucagon, clivado no fígado para produzir glucagon ativo.
  • O fígado produz glucagon e outros peptídeos, mas nem todos são ativos.
  • O glucagon possui meia-vida curta (5 a 10 minutos) e é degradado principalmente no fígado.
22
Q

Regulação da Secreção de Glucagon.

A
  • Células Alfa (α) possuem GLUT-1, que tem alta sensibilidade à glicose.
  • Glicoquinase vai induzir a Glicose-6-fosfato a produzir ATP a partir da glicose.
  • Com pouca glicose, se produz ATP, que bloqueia os canais de K+.
  • Ocorrerá pequena despolarização, que ativará os canais de cálcio e liberação de glucagon.
23
Q

Efeitos biológicos do glucagon.

A
  • Aumentar as concentrações plasmáticas de glicose, estimulando a produção hepática de novo de glicose pela gliconeogênese e pela degradação do glicogênio.
  • Aumenta a lipase sensível ao hormônio, a enzima envolvida na degradação dos triglicerídeos (gordura armazenada) em diacilglicerol e ácidos graxos livres (AGL), liberando-os na circulação.
  • No fígado, os AGL são utilizados para reesterificação ou podem sofrer β-oxidação conversão em corpos cetônicos.
24
Q

Regulação da secreção de glucagon.

A
  • Glicose.
  • Insulina.
  • Somatostaina.
  • Cetona.
  • Ácidos graxos livres.
  • GLP.
  • SNA Parassimpático ativa mais a insulina, que inibe a produção de glucagon de forma parácrina.
  • SNA Simpático ativa positivamente a secreção de glucagon.
25
Q

Somatostatina.

A
  • Tem efeito inibitório generalizado em praticamente todas as funções gastrintestinais e do pâncreas exócrino e endócrino.
  • Liberação estimulada por refeições ricas em gordura e carboidratos e particularmente ricas em proteínas e em resposta a H+ no lúmen gástrico.
  • Administração exógena de somatostatina suprime de modo efetivo a liberação tanto da insulina quanto da glicose e é utilizada no contexto clínico para o tratamento de tumores produtores de insulina ou de glucagon.
26
Q

Polipeptídeo Pancreático.

A
  • Liberado na circulação após ingestão de alimento, exercício e estimulação vagal.
  • Função: inibição da secreção pancreática exócrina (CCK), contração da vesícula biliar, modulação da secreção de ácido gástrico e motilidade gastrintestinal.
  • O polipeptídeo pancreático parece regular o comportamento alimentar.
27
Q

Insulinoma.

A
  • Tumores que produzem quantidades excessivas de insulina, e os pacientes apresentam episódios de hipoglicemia, confusão, agressividade, palpitações, sudores convulsões e mesmo perda da consciência.
  • Esses sintomas são observados principalmente antes do desjejum e após o exercício físico.
  • A resposta compensatória ou contrarreguladora do corpo consiste na liberação catecolaminas, glucagon, cortisol e hormônio do crescimento.
28
Q

Glucagonomas.

A
  • Tumores que podem produzir sintomas de diabetes.
  • A produção excessiva de glucagon pelo tumor também pode resultar em efeito catabólico global sobre o tecido adiposo e o músculo, acarretando grave perda de peso e anorexia.
29
Q

Diabetes mellitus.

A
  • Tipo 1: destruição das células β (insulinodependente).
  • Tipo 2: 90% dos casos de diabetes, com dessensibilização dos tecidos periféricos à insulina.
  • Pode causar hiperglicemia, poliúria e polidipsia e cetoacidose.
30
Q

Teste oral de tolerância à glicose.

A
  • Absorção intestinal.
  • Liberação de incretinas (GLP-1 e GIP).
  • Aumenta secreção de insulina, com maior captação de glicose que no teste intravenoso.
31
Q

Hemoglobina glicada.

A
  • Excesso de glicose gera glicação irreversível de hemoglobina.
  • Pode ser avaliado os níveis dos últimos 90 dias.
32
Q

Teste com peptídeo C.

A
  • Peptídeo C demora a ser degradado, e insulina é rápidamente degradada.
  • Podem ser detectados para avaliação dos níveis de insulina produzidas (1:1).
33
Q

Síndrome de Munchausen.

A
  • O peptídeo C é utilizado no diagnóstico da Síndrome de Munchausen.
  • Pacientes com a síndrome podem se injetar insulina exógena para simular hipoglicemia.
  • Como a insulina injetada não contém peptídeo C, a medição desse peptídeo permite diferenciar se a insulina é endógena (produzida pelo corpo) ou exógena (injetada artificialmente).