Farmacologia: Anti-Inflamatórios Não Esteoidais (AINEs) Flashcards
1
Q
Anti-inflamatórios não esteroidais.
A
- A maioria das classes são de venda livre.
- A classe que não é de venda livre é a dos inibidores seletivos de COX-2 (sufixo: coxibe).
- Inibidores de cicloxigenases.
- Processo de mediadores importantes na resposta inflamatória, na febre e na dor.
- Mediadores inflamatórios tem função fisiológica: por isso às vezes a pessoa apresenta um efeito colateral.
2
Q
Cascata do ácido aracdônico (AA).
A
- Gerado pela ação de degradação dos fosfolipídios de membrana pela fosfolipase A2 ou PLA2.
- Produzido em condições fisiológicas ou patológicas, como no processo inflamatório.
- Metabolizado por diferentes rotas, mas uma das mais importantes é a rota das cicloxigenases ou COXs.
- A degradação do AA pela COX dá origem a uma prostaglandina denominada PGG2.
- Outra via significativa de metabolização do ácido araquidônico é a via da 5- lipoxigenase (5-LOX), que leva à formação dos leucotrienos, importantes mediadores inflamatórios.
3
Q
Degradação da PGH2.
A
- Pode ser degradada por diferentes enzimas, gerando diferentes produtos.
- Uma delas é a PGE-sintase, cuja ação produzirá a PGE2.
- Outras são a PGI-sintase, que gerará a PGI2 ou prostaciclina.
- PGD-sintase, que gerará a PGD2.
- Tromboxano-sintase (TX-sintase), que gerará o tromboxano A2 (TXA2).
- Produtos são denominados prostanóides e atuarão em seus respectivos receptores.
- Cada ação específica dos prostanóides varia de acordo com o tipo de sintase que é mais expressa em cada tecido.
- Cada prostanóides atua em diferentes tipos de receptores.
4
Q
Cicloxigenases.
A
- São inibidas pelos anti-inflamatórios.
- Cox-1: considerada constitutiva, sendo expressa em diversos tecidos em condições fisiológica.
- Cox-2: enzima induzida, pois tem sua produção estimulada em processo inflamatórios ou outros processos patológicos.
- Nem sempre a COX-2 é induzida, pois há células, como neurônios, células renais e endotélio, que podem apresentar COX-2 de forma constitutiva.
5
Q
Eicosanóides.
A
Substâncias geradas a partir do metabolismo do ácido araquidônico (tromboxano, leucotrienos e prostaglandinas).
6
Q
Ações das prostaglandinas: PGE2 e PGI2.
A
- Vasodilatação.
- Aumento da permeabilidade vascular.
- Aumento do fluxo sanguíneo renal.
- Redução da reabsorção de Na+ pelos rins.
- Contração uterina.
- Aumento do pH gástrico.
7
Q
Ações dos leucotrienos LTC4, LTD4 e LTE4.
A
- Broncoconstrição.
- Apenas pessoas com asma de fato apresentam bondosíssimo ao ingerir Leucotrienos, uma vez que os asmáticos já possuem hiperresponsividade brônquica.
- Efeito de broncoconstrição é desprezível em pessoas saudáveis.
8
Q
Ações do Tromboxano A2.
A
- Vasoconstrição.
- Agregação plaquetária.
9
Q
Ações da COX-1 e COX-2 na secreção gástrica e úlceras.
A
- COX-1: efeitos protetores, uma vez que inibe a bomba de prótons, aumenta a produção de muco e de HCO3-.
- COX-2: importante na cicatrização da úlcera.
10
Q
Ações da COX-1 e COX-2 na agregação
plaquetária e vasodilatação.
A
- Plaquetas, detentoras de COX-1 e de TX-sintase responsáveis por sintetizar TXA2, determinam a agregação plaquetária e uma vasoconstrição.
- COX-2 e PGI-sintase responsáveis por produzir prostaglandinas como PGI2, determinam uma diminuição da agregação plaquetária e uma vasodilatação em função da liberação de PGI2.
- Ambos esses processos são antagônicos e o equilíbrio entre eles é muito importante.
11
Q
Coxibes.
A
- Inibidores seletivos de COX2.
- Causam aumento dos problemas cardiovasculares.
- Se a COX-2 é inibida, surge um desequilíbrio entre esses dois processos: a produção de PGI2 é inibida, prevalecendo os efeitos de TXA2 e favorecendo o surgimento de trombos.
12
Q
Dipirona e paracetamol.
A
- AINE.
- Praticamente sem atividade anti-inflamatória.
- São inibidores fracos da COX-1: não suficiente para diminuir a inflamação na periferia (ou seja, não reduzem edema), mas podem ser suficientes para ter ação central (isto é, no SNC), reduzindo febre e dor.
- Fracos inibidores na periferia, não reduzindo edema.
- Dipirona: reduz produção de algumas células imunes (suscetível a adquirir infecção).
13
Q
Efeito analgésico de AINEs.
A
- Dor associada à inflamação ou lesão tecidual: apenas para dores leves e moderadas.
- As PGs reduzem o limiar para ativação das terminações nociceptiva.
- Ou seja, as PGs sozinhas não tem função de produção de dor, elas facilitam a ação de outras moléculas que induzem dor (ação nociceptiva).
- As prostaglandinas “pré-ativam” as vias nociceptivas.
- AINEs: redução das PGs que sensibilizam os nociceptores.
14
Q
Efeito sobre febre de AINEs.
A
- Centro de controle de temperatura: hipotálamo.
- Há no hipotálamo neurônios que possuem receptores para prostaglandinas.
- IL1 e IL6 são produzidas durante a infecção.
- Citocinas podem atuar nas células endoteliais que estão próximas ao centro de controle de temperatura e assim irão estimular o aumento da produção de COX2 na célula endotelial e aumento da produção de PGEsintase, resultando na maior produção de PGE2 e aumentando temperatura.
- Os AINEs são antipiréticos porque inibem a COX2 do endotélio próximo ao centro de termorregulação.
- O paracetamol e dipirona conseguem diminuir PGE2.
15
Q
Ácido acetilsalicílico (AAS).
A
- Causa analgesia em dores leves e moderadas, além de possuir ação antipirética e antiplaquetária.
- Seu mecanismo de ação envolve uma inibição irreversível da cicloxigenase via acetilação, tanto do tipo 1 (COX-1) quanto do tipo 2 (COX-2).
- Com a COX-1, há interrupção da atividade, enquanto com a COX-2 há mudança de atividade.
- A inibição da COX-1 presente nas plaquetas interfere na síntese de tromboxano A2 (TXA2) pelas plaquetas, gerando ação antitrombótica.
- Seu uso terapêutico em baixas doses de modo crônico é o de reduzir a incidência de infarto agudo do miocárdio e AVC.
- Contraindicações para pacientes com hepatopatia grave com hemorragia, hemofilia, distúrbios da coagulação, dengue e para crianças até 12 anos com infecção viral.
- Efeitos colaterais: transtornos gastrointestinais, redução na coagulação e ototoxicidade.