Microbiologia: Sarampo, Rubéola e Influenza Flashcards
1
Q
Sarampo: Paramyxovirus.
A
- Vírus com alto potencial de ser erradicado, uma vez que a vacina atual é muito boa e o vírus possui apenas os humanos como hospedeiros.
- O grupo dos paramyxovirus é bastante heterogêneo e associado a diferentes doenças.
- Ser humano é o único hospedeiro conhecido.
2
Q
Estrutura da partícula de Paramyxovirus.
A
- Pleomórfica.
- Tem um envelope com uma membrana coberta com proteínas importantes.
- Proteína Hemaglutinina-neuraminidase (no caso da Influenza, essa proteína é separada em duas): responsável pela adsorção viral.
- Proteína de fusão.
- RNA viral: associado a ele, tem uma série de proteínas que o protege, como a polimerase associada a esse RNA (complexo enzimático responsável pelo metabolismo do RNA viral).
3
Q
Estrutura do genoma de Paramyxovirus.
A
- RNA de fita simples.
- Não segmentado (apenas uma cópia)
- Polaridade negativa
- Tamanho entre 15 e 19 Kb (depende da espécie).
- Ciclos de multiplicação: ocorrem exclusivamente no citoplasma da célula infectada.
4
Q
Vacina para sarampo.
A
- Sarampo é a maior causa de morte de crianças para doença na qual existe vacina eficiente.
- Vacina tríplice viral (SCR, sarampo-caxumba-rubéola) aos 12 meses de idade.
- Geralmente, não é dada antes porque a mãe, na maioria das vezes, é imunizada e durante 12 meses o bebê tem os anticorpos da mãe (se aplicar a vacina antes, esses anticorpos inviabilizam a ação da vacina).
- Dose de reforço aos 15 meses.
- Suspensão de vírus vivos atenuados e veiculados em um meio estéril, destinada à aplicação por via intramuscular ou subcutânea.
- Efeitos colaterais são raros, incluem febre e rash cutâneo (adjuvante).
- É contraindicada para gestantes e imunossuprimidos.
5
Q
Patogênese do sarampo.
A
- Trasmissão: por via aérea: gotículas de saliva e secreções extremamente transmissível.
- Período de Incubação: 10-14 dias em média.
- Inicia a multiplicação no epitélio respiratório e se expande para os linfonodos da garganta.
- Infecção sistêmica: alcança a corrente sanguínea (viremia primária).
- Ataca células epiteliais, endoteliais, linfócitos, monócitos e macrófagos: carga viral sobe muito, atinge vários órgãos linfóides, pulmão, fígado etc.
- Chega na pele: manchas cutâneas (aparecem quando o vírus já está no corpo há muito tempo, ápice da carga viral).
6
Q
Sinais clínicos do sarampo.
A
- Infecção viral aguda altamente transmissível.
- Febre alta.
- Conjuntivite (olhos vermelhos).
- Tosse.
- Coriza.
- As manchas de Koplic (mancha na garganta), podem ser observadas nas fases iniciais da doença e são consideradas sinais patognomônicos.
- Exantema máculo-papular generalizado.
- Infecta linfócitos T CD4.
- Queda dos linfócitos B de memória.
7
Q
Complicações do sarampo.
A
- 20% dos casos de Sarampo apresentam complicações, principalmente em crianças com menos de 5 anos.
- Diarreias, otites, pneumonia, encefalites, convulsões, morte: são infecções secundárias devido a um estado de imunossupressão gerado pela infecção pelo vírus do sarampo.
- Vírus do sarampo é imunossupressor.
- Tem-se evidenciado aumento nos casos de doenças como o sarampo, para a qual se tem uma vacina eficiente, pelos movimentos anti-vacina.
8
Q
Togavírus: Rubéola
A
- Vírus pertencente à família Togaviridae.
- Vírus envelopado.
- RNA de fita simples.
9
Q
Patologia da rubéola.
A
- Transmissão: via aérea: gotículas de saliva contaminadas com o vírus (multiplica no epitélio da nasofaringe).
- Período de incubação: 2 a 3 semanas.
- A maioria das infecções é assintomática ou branda: ajuda na transmissão do vírus, pois a pessoa não sabe que tem.
10
Q
Sintomas da rubéola.
A
- Linfadenopatia.
- Febre leve.
- Cefaléia.
- Artropatia leve em adultos.
- Exantema.
11
Q
Infecção congênita da rubéola.
A
- O vírus atravessa a placenta.
- Infecção é grave se ocorre no primeiro trimestre.
- Máformação e aborto em 20% dos casos.
- O pior quadro clínico é a Síndrome de Rubéola Congênita (CRS).
- Defeitos organogênicos severos.
- Comprometimento cardíaco e cerebral.
- É uma das principais causas de microcefalia no Brasil.
- Ocorre má formação da valva cardíaca.
- Defeitos oftálmicos e auditivos.
- Outros problemas incluem: baixo peso, trombocitopenia neonatal, anemia e hepatite.
12
Q
Estrutura da partícula de Orthomyxovirus (Influenza).
A
- Vírus envelopado.
- Dentro dele, tem oito segmentos de genoma (cada segmento é diferente do outro).
- Proteína M2: canal de íons.
- Hemaglutinina (HA): importante para interagir com o receptor de ácido siálico da célula hospedeira.
- Neuraminidase (N).
- H1N1: H é da hemaglutinina e o N é da neuraminidase (por isso há várias variações deste HXNY).
13
Q
Estrutura do genoma de Orthomyxovirus (Influenza).
A
- RNA fita simples.
- Segmentado: 8 segmentos.
- Polaridade negativa.
- Altas taxas de mutação: RNA polimerase erra bastante, além de que ela não possui atividade revisora.
- Altas taxas de rearranjo (troca de material genético entre os vírus).
14
Q
Ciclo de multiplicação de Orthomyxovirus (Influenza).
A
- A hemaglutinina se liga à célula hospedeira, no receptor de ácido siálico.
- O vírus entra na célula, induz a formação de um endossomo e ocorre acidificação.
- A acidificação ocorre por intermédio da proteína M2, que faz o bombeamento de prótons de dentro do endossomo para dentro da partícula.
- Com isso, ocorre uma mudança conformacional no vírus, de forma que ele consegue se fundir com a membrana do endossoma e poderá liberar seu genoma.
- Acidificação é um processo essencial.
- O genoma segue para o núcleo, onde o material genético do vírus é replicado.
15
Q
Ácido siálico e Orthomyxovirus (Influenza).
A
- O vírus da influenza possui afinidade pelas moléculas de ácido siálico, as quais estão presente em todo o nosso corpo, mas principalmente na garganta.
- Assim, a progênie que acabou de ser formada pode ficar presa nesse ácido siálico (já que ela também possui hemaglutinina), impedindo a disseminação da progênie.
- Neuraminidase é a enzima responsável por romper a ligação entre a partícula e o ácido siálico (via hidrólise) para, assim, liberar a partícula viral.
- Sem essa enzima, o vírus recém-formado, que está coberto de ácido siálico, se ligaria novamente ao receptor de ácido siálico presente na célula que ele tinha acabado de infectar, sendo impedido de se disseminar.