Fisiologia: ECG e Arritimias Flashcards
Frequência cardíaca.
- Normal: 60 a 100 bpm.
- Cálculo: velocidade no papel x 60 segundos / comprimento do intervalo RR.
Ritmo normal (sinusal).
- Toda onda P é seguida de QRS e todo QRS é precedido de onda P.
- Onda P é positiva nas derivações I, II, e III.
- O intervalo PR é maior que 0,12 seg e menor que 0,2 seg (3-5 quadradinhos).
Arritmia sinusal respiratória.
- Está relacionada à uma redução da atividade vagal na inspiração e aumento da atividade vagal na expiração.
- Inspiração é marcada por uma taquicardia e a expiração é caracterizada por bradicardia.
Extrassístoles.
- Despolarização atrial ou ventricular gerada por algum ponto do coração que não o nó SA, produzindo impulsos anormais em tempos diferentes durante o ritmo cardíaco.
- Déficit no número de pulsações radiais em comparação com o número real de contrações do coração.
Fibrilação atrial.
- Série de células disparam vários potenciais ao mesmo tempo (áreas de ativação multifocais), de forma que o PA não consegue ser conduzido de forma homogênea pela passagem cardíaca.
- Desorganização da atividade elétrica do coração, não havendo sincronia, prejudicando o enchimento ventricular.
Fibrilação ventricular.
- Série de células disparam vários potenciais ao mesmo tempo (áreas de ativação multifocais), impedindo a contração efetiva dos ventrículos.
- Prejudica débito cardíaco.
Mecanismo de Reentrada.
Bloqueio em um dos feixes do ramo comunicante, possibilitando que a atividade elétrica não se perca nessa região, como acontece normalmente (células despolarizadas), mas retorne o caminho.
Bloqueio uni e bidirecional:
- Bloqueio bidirecional: o PA fica impedido de seguir pelo ramo em ambos os sentidos.
- Bloqueio unidirecional: o PA fica impedido de seguir pelo ramo em um dos sentidos, podendo seguir pelo outro (despolariza o que já foi repolarizado).
Síndrome de Wolff-Parkinson-White.
- Reentrada se dá por um ramo anormal que liga a base ventricular aos átrios (deveria ser pelo feixe de Hiss).
- Detecta-se um “ombro” na onda R, chamada de onda Delta.
- Diminui intervalo PR e aumenta o QRS.
Flutter atrial ou ventricular.
- Despolarização com alta frequência (circuito reentrante), que o nó AV não consegue acompanhar.
- Metade dos impulsos conseguem atravessar.
- Flutter ventricular pode ser letal, matando em poucos minutos.
- São identificadas várias ondas P no ECG em caso de FA.
Bloqueio AV de primeiro grau.
- Dificuldade de condução do nó AV, mas toda a ativação atrial é conduzida para os ventrículos.
- Intervalo PR aumenta.
Bloqueio AV de segundo grau.
- Parte das ativações atriais não serão conduzidas.
- Nem toda onda P da origem a um complexo QRS, mas todo QRS é precedido por uma P.
- Registradas mais ondas P do que complexos QRS (2 ou 3 ondas P para 1 complexo QRS).
Mobitz do tipo 1 (wenckebach) e do tipo 2.
- Tipo 1: ocorre um aumento progressivo do intervalo PR.
- Tipo 2: relação constante entre a quantidade de ondas P e complexos QRS (2:1 ou de 3:1).
Bloqueio AV de terceiro grau (total).
- Impulso é completamente incapaz de atravessar a via de condução AV dos átrios para os ventrículos.
- Não há sincronia entre ambas as ondas (independentes).
- QRS deixa de seguir o ritmo do nó SA passa a ser determinado pelo marca-passo ventricular (His ou purkinje).
Bloqueio AV com escape ventricular (síndrome de Stokes-Adams).
- Bloqueio total vem e vai.
- Supressão por sobremarcha (overdrive): ventrículos frequentemente não iniciam seus próprios batimentos.
- Escape ventricular: parte do sistema de Purkinje, além do nó AV, começa a gerar descargas rítmicas.
- Desmaios pela baixa irrigação sanguínea.
Ritmo Nodal Médio.
- Nó SA não funciona, fazendo com que a despolarização atrial seja gerada pelo nó AV.
- Onda P camuflada pelo complexo QRS (átrio e ventrículo se despolarizam ao mesmo tempo).
Ritmo Nodal Superior.
- Onda P aparece invertida (ou seja, com polaridade negativa), mas continua precedendo o complexo QRS.
- Como o PA foi gerado em um ponto mais próximo do ventrículo, o vetor de despolarização segue retrogradamente.
Ritmo Nodal Inferior.
Onda P aparece invertida e após o complexo QRS.
Eixo Elétrico Médio (desvios de eixo).
- Normal: D1 e D2 positivo (entre -30° e 90°).
- Desvio de eixo para a esquerda: D1 positivo e D2 negativo.
- Desvio de eixo para a direita: D1 negativo e aVF positivo.
- Desvio de eixo para extrema direita: D1 negativo e aVF negativo.
Anormalidades de Onda P.
Comumente se tem hipertrofia do átrio (direito e esquerdo) ou bloqueio de condução.
Anormalidades do complexo QRS.
- Complexo alargado: duração maior que 0,11 segundos (onda R’, com ventrículo que despolariza primeiro que o outro).
- Complexo estreito: duração inferior a 0,06 segundos.