Microbiologia: Infecções Fungícas Sistêmicas Flashcards

1
Q

Características da Candidíase.

A
  • Levedura comensal: faz parte da nossa microbiota (C. albicans a mais prevalente).
  • Polimórfica: encontrada na forma leveduriforme, pseudo-hifa e hifa verdadeira (leveduriforme em humanos).
  • Formação de tubo digestivo é exclusiva de Candida albicans.
  • Maior parte dos casos é de etiologia secundária, comum em indivíduos imunodeprimidos.
  • Aumento da colonização fúngica por fatores extrínsecos pode ocorrer devido a anti-bioticoterapia prolongada, quebra da barreira normal da pele ou mucosas devido a cirurgias, uso de sondas e cateteres.
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2
Q

Candidíase cutânea.

A
  • Lesão eritematosa, descamativa e com prurido (vários pontinhos vermelhos).
  • Associada principalmente ao uso de fraldas (comum em idosos e crianças).
  • Acúmulo de urina altera o pH da pele, favorecendo a proliferação do patógeno.
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3
Q

Candidíase periungueal/onicomicose.

A
  • Lesões eritematosas e discreto edema no local.
  • A medida que há avanço da resposta inflamatória, podem haver secreções purulentas.
  • Pode levar ao acometimento das unhas.
  • Etiologia principalmente endógena.
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4
Q

Candidíase oral.

A
  • Pseudomembranosa: apresenta placas raspáveis brancas ou amarelas na mucosa oral.
  • Hálito fétido com sensação de ardência e queimação.
  • Placas são mais fáceis de serem removidas.
  • Eritematosa: O palato e o dorso da língua são os locais mais comuns e geralmente se apresentam como áreas atrofiadas da mucosa oral que se caracterizam como manchas eritematosas.
  • Hiperplásica: Características da pseudomembranosa e eritematosa (placas de difícil remoção).
  • Queilite angular: caracterizada por fissuras eritematosas nas áreas comissurais.
  • Infecção pode ser polimicrobiana.
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5
Q

Candidíase vulvovaginal.

A
  • Acomete tanto o canal vaginal quanto o cólon do útero.
  • Etiologia principalmente endógena.
  • Lesão com placas brancas e prurido intenso.
  • Fatores predisponentes: antibióticos de amplo espectro, flutuações hormonais, baixo pH vaginal, diabetes mellitus.
  • Sinais e sintomas: prurido, queimação, secreção branca cremosa, com aspecto de coalhada.
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6
Q

Candidíase balanopostite.

A
  • Eritema e prurido intenso na glande, podendo haver a formação de lesões vesico-pustulares (vesículas contendo pus, o que leva ao aparecimento de pontinhos brancos).
  • Fatores predisponentes: antibióticos de amplo espectro, diabetes mellitus, higienização inadequada.
  • Sinais e sintomas: prurido, queimação e lesão vesiculopustular.
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7
Q

Candidíase invasiva.

A
  • Candidemia: presença de candida na corrente sanguínea.
  • Fatores predisponentes: antibióticos de amplo espectro, violação das barreiras gastrointestinais e cutâneas, imunossupressão.
  • Principal fungo associado às IRAS.
  • Emergência de Candida auris (resistente a várias drogas antimicrobianas).
  • Diagnóstico: clínico (lesões e suas características comuns), microbiológico (coleta do sítio onde está a lesão) e cultura (tubo germinativo sugestivo de C. albicans).
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8
Q

Tratamento de Candidíase.

A
  • Candidíase Oral, vulvovaginal e balanopostite: suspensões orais, como nistatina e azólicos (período de tratamento varia de acordo com a gravidade das lesões).
  • Candidíase invasiva: equinocandinas
  • Nem todas as equinocandinas estão disponíveis no SUS: nesses casos, pôde-se utilizar fluconazol e anfotericina B.
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9
Q

Características da Criptococose.

A
  • Encontrado na fórmula leveduriforme , disperso no meio ambiente (não é dimórfico).
  • Associado à madeiras em decomposição e fezes de pombos (“doença do pombo”).
  • Uma vez inalados, o fungo se instala no parênquima pulmonar: colonização dos pulmões, a qual, no primeiro momento, é assintomática.
  • À medida que a colonização avança, tem-se o desenvolvimento de resposta inflamatória, levando à manifestações clínicas (tosse e febre (sintomas gripais)).
  • Com o avanço da resposta inflamatória, tem-se a formação de granulomas chamados de cirptococconas (pneumunite).
  • Pode acometer o SNC, causando meningite (capazes de atravessar a BHE por cavalo de Troia).
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10
Q

Epidemiologia da Criptococose.

A
  • Comum em pacientes com HIV (não trata ambas as doenças ao mesmo tempo).
  • Presença de cápsula polissacarídeo (manas e melanina).
  • Diagnóstico: microbiológico, microscópico, sorodiagnóstico (detecção de antígenos presentes na cápsula (soro, líquor e urina)).
  • Tratamento: fluconazol, e em caso de meningite, primeiro trata-se com anfotericina B, isolada ou combinada com 5-flucitosina e depois muda o tratamento para fluconazol.
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11
Q

Paracoccidioidomicose (PCM)

A
  • Micose sistêmica crônica, com foco primário pulmonar.
  • Carácter ocupacional.
  • Fungo dimórfico (forma leveduriforme nos humanos).
  • Adquira-se via inalação dos esporos (conídios).
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12
Q

Manifestações clínicas da Paracoccidioidomicose (PCM).

A
  • Forma latente: pode ser assintomática, de forma que o fungo fica latente por anos (foco primário sofre cicatrização).
  • Forma juvenil (aguda/subaguda): em crianças/ jovens e imunossuprimidos, causando emagrecimento, hepatoesplenomegalia, linfadenomegalia, lesões cutâneas.
  • Forma adulta crônica: em adultos acima de 40 anos, com acometimento de pulmão e mucosa oral, gerando lesões uni ou multifocais (estomatite moriforme), dispnéia, tosse com expectoração mucóide.
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13
Q

Epidemiologia da Paracoccidioidomicose (PCM).

A
  • Regiões endêmicas no BR: sudeste, sul e centro-oeste.
  • Acomete principalmente homens 30 a 50 anos (estrogênio inibe a morfogênese).
  • Associada a trabalhadores rurais.
  • Diagnóstico: exame microscópico (direto, com ou sem KOH 10%) e cultura (olhando o temperatura para o tipo de morfologia).
  • Tratamento: Itraconazol, Sulfametoxazol/ trimetropim (mais barato mas demora mais).
  • Falhas no tratamento podem deixar o fungo no estado de latência.
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