Parasitologia: Leishmaniose Flashcards
1
Q
Características da Leishmaniose.
A
- Agente etiológico: protozoários do gênero Leishmania.
- Transmitida pela picada de Plebotomus e/ou Lutzomyia (mosquito-palha).
- Formas clínicas das leishmanioses determinadas por resposta imune do hospedeiro e espécie do protozoário.
- Sinais clínicos na leishmaniose são consequência de processos necróticos e inflamatórios nos tecidos.
- Cerca de 20 espécies de Leishmania infectam o homem (maior parte causa a forma tegumentar da doença).
2
Q
Amastigota da Leishmaniose.
A
- Forma que parasita hospedeiro invertebrado.
- Presentes no interior de monócitos e macrófagos.
- Forma que parasita o hospedeiro vertebrado.
- Forma intracelular obrigatória.
- Sofrem sucessivas divisões binárias.
- Expressa proteínas que ajudam a sobreviver no interior dos macrófagos.
3
Q
Paramastigota da Leishmaniose.
A
Ficam aderidos ao trato digestivo do vetor.
4
Q
Promastigota da Leishmaniose.
A
- Encontradas livres no trato digestivo do hospedeiro invertebrado.
- Cinetoplasto anterior ao núcleo.
- A forma metacíclica é a infectante para os hospedeiros vertebrados.
- Alta mobilidade (flagelo grande e livre).
- A forma promastigota, em cortes histológicos, geralmente se aglomera em uma mesma região, formando uma estrutura chamada roseta dado semelhança a uma flor.
5
Q
Ciclo da Leishmaniose.
A
- Hospedeiros vertebrados infectados com forma promastigota metacáclica na telmofagia.
- Durante o processo de endocitose do parasito, a célula hospedeira aumenta intensamente a sua atividade respiratória, liberando substâncias altamente lesivas para as membranas celulares.
- A internalização de Leishmania se faz através da endocitose mediada por receptores na superfície do macrófago.
- Após internalização, o promastigota metacáclico é encontrado dentro do vacúolo parasitóforo.
- Promastigota rapidamente transforma-se em amastigota, capaz de desenvolver e multiplicar no meio ácido encontrado no vacúolo digestivo.
- Amastigota inicia o processo de sucessivas multiplicações (divisão binária (reprodução assexuada)).
- LTA: o ciclo ocorre nos macrófagos residentes na pele e/ou mucosas.
- LV: o ciclo ocorre em órgãos linfóides (medula óssea, baço, linfonodos) e nas vísceras.
- Célula se rompe as amastigotas liberadas são internalizadas por outros macrófagos.
- No repasto sanguíneo, formas amastigotas são inoculadas no mosquito.
- Parasitos se transformam em formas promastigotas procíclicas flageladas que se replicam intensamente e viram promastigotas metacíclicas.
6
Q
Formas de patogenia da Leishmaniose.
A
- Modificações estruturais no LPG, complexo lipofosfoglicano, presente na superfície do parasita: impede a ligação dos componentes C3 e C3b do sistema complemento ao parasita.
- gp63: protease de amastigota, que atua degradando as enzimas lisossomais para multiplicar no meio ácido encontrado no vacúolo digestivo.
7
Q
Interação parasito-célula hospedeira Leishmaniose.
A
- Principal célula hospedeira: macrófago.
- Capaz de promover a ativação do complemento, mas não permite a formação do complexo de ataque à membrana (MAC) (por meio da LPG).
8
Q
Leishmaniose tegumentar.
A
- Mais “democrática”, qualquer um pode pegar.
- Mais quantidade de casos que visceral por mais agentes etiológicos, vetores e reservatórios
- Maior número de casos rural, devido aos vetores não terem se adaptado bem ao meio urbano.
- Perfil epidemiológico silvestre, rural ou periurbana.
- Não mata, diferente da visceral.
9
Q
Formas clínicas da Leishmaniose tegumentar.
A
- Cutânea: lesão ulcerada com bordas delimitadas e indolor (úlcera de Bauru) por Leishmania braziliensis (mais frequente) e Leishmania amazonensis.
- Cutâneo-mucosa: inicia como forma cutânea, seguida, após cura ou não, de destruição de mucosa e até de cartilagem na nasofaringe (Leishmania braziliensis).
- Difusa: rara e causada por Leishmania amazonensis em pessoas que não montaram resposta celular inflamatória.
- Nódulos ricos em parasitos que se espalham pelo corpo.
- Disseminação hematogênica ou linfática.
10
Q
Diagnóstico da Leishmaniose tegumentar.
A
- Clínico/epidemiológico: avaliação da lesão associado aos dados epidemiológicos da região.
- Diagnóstico laboratorial: parasitológico, biópsia ou aspirado da borda da lesão (amastigota).
- Testes sorológicos: teste de Montenegro (inoculação de um antígeno intradermicamente e avaliação da resposta inflamatória local) e reação de imunoflorescencia direta.
- Diagnóstico diferencial para outras doenças.
11
Q
Sinais da Leishmaniose visceral.
A
- Associada à desnutrição, drogas imunossupressoras e HIV.
- Primeiro sinal é febre persistente, seguida de aumento de baço e fígado, além de hipertrofia dos linfonodos e emagrecimento.
- Hipergamaglobulinemia e hipoalbuminemia (distúrbios renais com presença de imunocomplexos circulantes).
12
Q
Formas clínicas da Leishmaniose visceral.
A
- Assintomática ou latente (sorologia +): sintomatologia pouco específica que se manifesta por febre baixa, tosse seca, diarréia, sudorese, prostração e cura espontânea.
- Aguda: período inicial da doença. Febre alta, palidez de mucosas, hepatoesplenomegalia discreta (sintomatologia confundida com outras enfermidades como febre tifóide, doença de chagas aguda, esquistossomose…).
- Crônica: febre irregular com agravamento de sintomas. Caquexia com apetite preservado.
13
Q
Diagnóstico de Leishmania visceral.
A
- Clínico-epidemiológico: febre intermitente e esplenomegalia
- No Nordeste é necessário realizar diagnóstico diferencial para esquistossomose.
- Parasitológico: direto (aspirado do baço, medula óssea, linfonodos, fígado) ou indireto (cultura).
- Bioquímico: aumento das proteínas totais.
- Sorologia: usada na prática clínica (busca de anticorpos).
- Em cães: presença de anticorpo (diagnóstico é conclusivo com a positividade de dois testes bioquímicos).
14
Q
Controle da Leishmaniose.
A
- Diagnóstico e tratamento precoce dos casos humanos.
- Eutanásia de cães com sorologia positiva.
- Combate às formas adultas do inseto vetor.
- Tratamento/eliminação da condição de reservatório dos caninos infectados (uso de coleiras)
- Atividades de informação e educação à população.
15
Q
Tratamento da Leishmaniose.
A
- Glucantime e Anfotericina B.
- Prognóstico na tegumentar melhor que a visceral.