Bioquímica II: Ciclo Alimentado-Jejum Flashcards
1
Q
Estado absortivo/alimentado.
A
- Alta insulina, baixo glucagon.
- Ocorre durante e até 4h após a refeição.
- Abundância de glicose, aminoácidos e Triacilgliceróis.
- Nesse período, praticamente todos os tecidos usam glicose como combustível.
2
Q
Estado pós-absortivo.
A
- Período de jejum de 6 a 12 horas.
- Baixa insulina e alto glucagon.
3
Q
Jejum.
A
- O jejum de mais de 12h é o jejum prolongado ou inanição.
- Redução da insulina e aumento do glucagon.
- Estoques energéticos: Triacilgliceróis (grande quantidade), glicogênio e proteínas.
- Toda a glicose oxidada no corpo é sintetizada, através da gliconeogênese, a partir do glicerol e os aminoácidos glicogênicos.
- Consequências: liberação da glicose do glicogênio, aumento da gliconeogênese e da degradação de ácidos graxos.
4
Q
Fígado em estado absortivo.
A
- Capta e metaboliza os nutrientes.
- Atua como centro de distribuição de nutrientes no estado absortivo.
5
Q
Glicose em estado absortivo.
A
- Síntese de de glicogênio hepático transportada por GLUT 2, independentes de insulina.
- Usada no ciclo de Krebs para produzir acetil CoA.
- Deve ser fosforilada pela glicoquinase para entrar no fígado.
- Só será utilizada pelo fígado como nutriente preferencial quando a razão insulina/glucagon for suficientemente alta para ativar a via glicolítica.
6
Q
Lipídeos em estado absortivo.
A
- Utilizados para a síntese de ácidos graxos, principalmente quando o Acetil CoA está em excesso.
- A síntese de ácidos graxos é favorecida pela disponibilidade de substratos (acetil-CoA e NADPH do metabolismo da glicose).
- Fígado empacota triacilgliceróis, produzindo VLDL, que são secretadas no sangue e usadas por tecidos extra-hepáticos, como adiposo e muscular.
7
Q
Proteínas em estado absortivo.
A
- O fígado capta a maioria dos aminoácidos, ocorrendo a síntese de proteínas, de forma que o excesso é degradado.
- Catabolismo: os aminoácidos são quebrados em grupo amino e esqueleto carbônico. O grupo amino vai para o ciclo da uréia, enquanto que o esqueleto carbônico passa a integrar o ciclo de krebs ou vão para a síntese de ácidos graxos.
8
Q
Tecido adiposo em estado absortivo.
A
- Sintetiza os triacilglicerídeos (ácidos graxos sintetizados pelo fígado).
- Síntese de TG, a partir de moléculas de glicerol-3-fosfato e ácidos graxos ou a hidrólise da molécula de TG são processos regulados pela disponibilidade de glicose nas células do tecido adiposo.
- A entrada de glicose no tecido adiposo é feita pelos receptores GLUT 4 dependentes da ação da insulina.
9
Q
Tecido muscular em estado absortivo.
A
- Sintetiza glicogênio, mas só para uso próprio.
- A captação de glicose no músculo ocorre pelos transportadores GLUT4, dependente da ação da insulina.
10
Q
Cérebro em estado absortivo.
A
- Dependente da glicose circulante.
- Os transportadores de glicose, GLUT 1 e GLUT 3, trabalham independente da presença de insulina.
- Ácidos graxos não podem atravessar a barreira hematoencefálica, uma vez que eles são transportados ligados à albumina, e, portanto, não podem suprir a demanda energética do SNC.
11
Q
Estado pós-absortivo (jejum de curta duração).
A
- 6-12H após alimentação.
- O fígado começa a liberar glicogênio para a circulação.
- 65% a 75% da glicose circulante passa a vir do glicogênio hepático.
12
Q
Estado de jejum no fígado.
A
- Metabolismo de carboidratos: glicogênio acaba em menos de 12h (cerca de 80-100g).
- Oxidação aumentada de ácidos graxos e síntese de corpos cetônicos.
- Aumento da gliconeogênese: a síntese de glicose e sua subsequente liberação para a circulação são funções hepáticas essenciais durante o jejum.
- Acúmulo de acetil-CoA.
13
Q
Estado de jejum no tecido adiposo.
A
- Degradação de triacilgliceróis e liberação de ácidos graxos, se tornando os principais substratos energéticos.
- Os AG são direcionados para o processo de beta-oxidação, que ocorre no fígado.
- Corpos cetônicos torna mais lenta a perda de proteínas essenciais (por isso que, após a adaptação do encéfalo, o teor de nitrogênio na urina diminui)
14
Q
Estado de jejum no cérebro.
A
- Precisa de 600 kcal (ou 150g de glicose) para sua atividade.
- Em 2 semanas: troca a fonte energética para corpos cetônicos (jejum adaptado), reduzindo a necessidade de proteólise muscular.
- Glicogênio sintetizado nos músculos só pode ser usado por eles.
15
Q
Estado de jejum no tecido muscular.
A
- Nos primeiros dias de jejum, a proteólise muscular é intensa, cerca de 75 g/dia, e após 3 ou 4 dias de jejum, passa a ocorrer em menor escala, cerca de 20 g/dia.
- As proteínas musculares devem ser poupadas após alguns dias de jejum, pois a reserva protéica é limitada, com redução da taxa de nitrogênio na urina.