Parasitologia: Amebíase Flashcards

1
Q

Definição de amebíase.

A
  • Ocorre apenas nos humanos (não é zoonose).
  • Principal ameba comensal (não patogênica): Entamoeba dispar (crescimento excessivo pode desequilibrar a microbiota indígena e causar a forma mais branda da amebíase).
  • Ameba patogênica: E. Histolytica, com infecção sintomática ou assintomática no homem, que apresenta semelhanças morfológicas com a E. Díspar.
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2
Q

Epidemiologia da amebíase.

A
  • Possui alta mortalidade (segunda causa de mortes por parasitoses), mas também há muitos casos de infecções assintomáticas registrados.
  • Diferenciava-se duas entamoebas por meio do traçado do perfil de enzimas produzidas, chamada de zimodema (sofreu mudanças).
  • Diferencia agora por meio do DNA.
  • Há casos de amebíase sintomática causada pela E. dispar (colite não disentérica (ausência de invasão da mucosa)).
  • Divíde-se em invasiva e não invasiva.
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3
Q

Formas de vida das entamoebas.

A
  • Cisto: forma de resistência e que é responsável pela transmissão da doença (forma infectante, esféricos ou ovais).
  • Metacisto: forma multinucleada que emerge do cisto no intestino delgado (sofre divisões e dá origem aos trofozoítos).
  • Trofozoíto: forma ativa e que causa doença nos humanos (forma não infectante que se reproduz e locomove por pseudópodes).
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4
Q

Ciclo patogênico da entamoeba (monoxênico).

A
  • Ciclo se inicia pela ingestão de cistos maduros, junto de alimentos e água contaminados, que passam pelo estômago, resistindo à ação do suco gástrico.
  • Mudança de pH do estômago para intestino é sinal para a ameba começar a infectar.
  • Chegam no final do intestino delgado ou início do intestino grosso, onde ocorre o desencistamento (saída do metacisto através de uma pequena fenda na parede do cisto).
  • Várias divisões que originam alguns trofozoítos, chamados trofozoítos metacísticos, que vão para o intestino grosso e colonizam essa região (aderidos à mucosa do intestino, vivendo como um comensal, ingerindo bactérias, grãos de amido e detritos).
  • Caso haja falta de nutrientes, trofozoítos podem se desprender da mucosa e ir para a luz do intestino grosso, principalmente cólon, onde sofrem ação da desidratação e se transformam em cistos, que são eliminados com as fezes normais.
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5
Q

Ciclo patogênico da entamoeba.

A
  • Em condições de desequilíbrio, trofozoítos invadem a submucosa intestinal e se multiplicam ativamente no interior das úlceras, podendo alcançar outros órgãos (amebíase extra intestinal) através da circulação porta, sendo o fígado o primeiro e principal a ser lesionado.
  • No fígado, podem formar abscessos.
  • O trofozoíto nas úlceras é chamado de forma invasiva ou virulenta: não forma cistos, hematófagos e muito ativos
  • Início da invasão amebiana é resultante da quebra do equilíbrio parasito-hospedeiro.
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6
Q

Patogenia e virulência da amebíase.

A
  • Fatores próprios do hospedeiro: idade, sexo, hábitos sexuais, estado nutricional e imune e localização geográfica.
  • Fatores próprios do meio: flora intestinal e integridade do epitélio intestinal.
  • Fatores próprios do parasita: proteases, hialuronidases, tripsina, pepsina, gelatinase, colagenase, fosfolipase, amoebapore (formadora de poro celular), ameboma (grande nódulo que comumente causa obstrução intestinal).
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7
Q

Manifestações clínicas da amebíase.

A
  • Forma assintomática: vivem em comensalismo.
  • Forma sintomática diarreica: amebíase intestinal (sem febre, 2 a 4 evacuações/ dia, fezes pastosas sem sangue).
  • Forma sintomática disentérica: forma mais severa da diarreia, acompanhada de muco ou sangue, cólicas intensas, tenesmo, náuseas, vômitos, podendo haver calafrios e febre (lesões maiores, que favorecem infecções bacterianas secundárias).
  • Amebíase extra-intestinal: amebíase hepática (aguda não supurativa, abscesso hepático ou necrose coliquativa, dor,
    febre e hepatomegalia), amebíase cutânea e em outros órgãos (pulmão, cérebro, baço, rim, etc).
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8
Q

Transmissão da amebíase.

A
  • Contaminação oral fecal: Ingestão de água ou alimentos contaminados com cistos maduros.
  • Alimentos também podem ser contaminados por cistos veiculados por moscas e baratas.
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9
Q

Diagnóstico da amebíase.

A
  • Clínico: confundível, já que sintomas são comuns a várias doenças intestinais.
  • Laboratorial: exame parasitológico das fezes, colonoscopia com histopatologia, exames de imagem (fezes diarreicas com presença de trofozoítos e fezes normais com presença de cistos).
  • Sorologia: negativa quando não há invasão de tecidos (quando a pessoa já teve amebíase invasiva na vida, a sorologia também é positiva).
  • Coproantígenos: teste que identifica antígenos da ameba feito por meio de ELISA (não diferencia entre a forma invasiva e não invasiva).
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10
Q

Profilaxia da amebìase.

A
  • Lavar bem as mãos e alimentos.
  • Não adubar com excrementos humanos.
  • Saneamento básico.
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11
Q

Tratamento da amebíase.

A
  • Independente de qual seja a espécie, o paciente deve ser tratado.
  • Amebíase luminal (presente no epitélio/luz intestinal): tratar com derivados dicloroacetamidíacos.
  • Amebíase tecidual: tratar com derivados imidazólicos (associado a medicamentos para amebíase luminal).
  • Assintomático com Entamoeba histolytica deve ser tratado, pois pode mudar a microbiota.
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