Microbiologia: Micobactérias Flashcards

1
Q

Características das micobactérias.

A
  • Bacilos.
  • Aeróbicos obrigatórios.
  • Imóveis.
  • Não formadores de endósporos.
  • Capsulados ou não.
  • Crescimento lento.
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2
Q

Parede celular de micobactérias.

A
  • Camada mais externa feita por ácidos micólicos, que formam uma camada serosa e resistente àágua.
  • Glicolipídeos: (lipoarabinomanosídeo LAM): relacionado com o LPS, associado à resposta inflamatória.
  • Alta hidrofobicidade.
  • Coradas de vermelho pela fuccina na coloração de Ziehl-Neelsen.
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3
Q

Características da tuberculose.

A
  • Mycobacterium tuberculosis
  • Acomete humanos e animais, sendo a doença infecciosa isolada que mais mata no mundo.
  • Principal fator de virulência é a capacidade de ser um patógeno intracelular facultativo.
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4
Q

Transmissão da tuberculose.

A
  • Principal via é a respiratória (perdigotos eliminados por meio da tosse, fala, espirro).
  • Outras fontes: sangue, urina, líquor, etc.
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5
Q

Patogenia da tuberculose.

A
  • Ácidos micólicos da parede celular estimulam fortemente uma resposta inflamatória no hospedeiro.
  • Células de defesa presentes não conseguem matar a bactéria, atraindo mais leucócitos, formando um granuloma, estrutura de contenção bacteriana, na qual diversas células do sistema imune circundam o microrganismo (granuloma latente).
  • Imunossupressão pode romper granuloma, liberando e ativando a bactéria novamente. Se o granuloma cai na corrente sanguínea ou linfática, a bactéria pode se disseminar para o corpo.
  • Como há uma certa deficiência de nutrientes dentro dessa massa celular, pode haver a necrose desse granuloma, formando uma cicatriz.
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6
Q

Forma latente/primária da tuberculose.

A
  • Tem a doença, mas não a manifestação ativa dela devido à presença do granuloma.
  • Ausência de sintomas.
  • Não ocorre a transmissão do bacilo.
  • Deve ser tratada, uma vez que, caso haja o rompimento do granuloma, o indivíduo pode desenvolver tuberculose secundária.
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7
Q

Forma secundária/ativa da tuberculose.

A
  • Ocorre transmissão do bacilo.
  • Manifestação de sintomas decorrentes da inflamação.
  • Decorrente da liberação do bacilo continuado no granuloma.
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8
Q

Sintomas da tuberculose.

A
  • Tuberculose pulmonar: a doença se manifesta nos pulmões, gerando emagrecimento rápido, tosse insistente (seca ou produtiva, que pode ter sangue ou não) e sudorese noturna.
  • Tuberculose extrapulmonar: ocorre quando a bactéria atinge outros tecidos, além do pulmonar, como pleura, ossos, SNC, trato genito-urinário.
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9
Q

Diagnóstico da tuberculose.

A
  • Exame clínico: tosse, febre, perda de peso,etc.
  • Exame específico: baciloscopia direta do escarro (sensibilidade de 60% a 70%).
  • Cultura: mínimo de 15 dias.
  • Radiológico: raio X do pulmão mostra cavitações na parte superior deste órgão.
  • Anátomo-patológico: biópsia.
  • Biologia Molecular (Gene Xpert): identifica fragmentos de DNA no escarro.
  • Teste da tuberculina (Mantoux): reatividade cruzada com a vacina BCG ou com outras micobactérias ambientais.
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10
Q

Tratamento e resistência da tuberculose.

A
  • Alto nível de resistência aos antimicrobianos
  • Requer adesão do paciente a uma terapia de no mínimo 6 meses (resistência natural, resistência adquirida, lenta multiplicação, formação de granulomas e ocupação intracelular).
  • Antimicrobianos de primeira linha: são menos tóxicos e/ou mais eficazes (Isoniazida, Rifampicina, Pirazinamida e Etambutol).
  • Antimicrobianos de segunda linha: fármacos mais tóxicos e/ou menos eficazes.
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11
Q

Tratamento bifásico da tuberculose.

A
  • Fase intensiva: visa reduzir a sintomatologia, morbidade e transmissividade bacteriana.
  • Fase de manutenção: eliminar os bacilos latentes e proporcionar uma cura efetiva e duradoura da doença.
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12
Q

Profilaxia da tuberculose: BCG.

A
  • Formada por bacilos de mycobacterium bovis atenuados.
  • Obrigatória para menores de 1 ano.
  • Deixa uma marca no braço da criança, ocasionado pela formação do granuloma
  • Não confere proteção total contra a doença, apenas evita formas mais graves da tuberculose.
  • Pessoas que receberam a vacina apresentam uma reação positiva aos testes de tuberculina.
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13
Q

Características da Hanseniase/Lepra.

A
  • Mycobacterium leprae.
  • Patógeno intracelular obrigatório.
  • Infecta células cutâneas, do sistema nervoso periférico (Células de Schwann) e macrófagos (importante veículos de disseminação dentro do hospedeiro).
  • Preferência por tecidos frios e de multiplicação lenta, não sendo cultivável.
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14
Q

Sintomas da hanseniase.

A
  • Infecção progressiva e lenta.
  • Afeta os nervos periféricos, provocando a perda de sensibilidade superficial.
  • Leva à formação de reações inflamatórias granulomatosas, tal qual ocorre na tuberculose.
  • Devido à formação do granuloma, poucos indivíduos desenvolvem a doença.
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15
Q

Transmissão da hanseniase.

A
  • Não se sabe muito sobre as formas de transmissão, justamente pela dificuldade de cultivo e estudo dessas bactérias.
  • Via respiratória e contato direto (prolongado para que a contaminação seja efetiva).
  • Fatores de risco: precariedade de condições de vida, aglomeração domiciliar e suscetibilidade genética (pretos).
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16
Q

Forma tuberculóide da hanseniase.

A
  • Mais branda. A resposta imune é mediada por células, que é a mais adequada, já que a infecção por essa bactéria é intracelular.
  • Caracteriza-se pela evolução benigna, na qual pode haver cura espontânea devido à integridade da resposta imune celular. Lesões são poucas e bem delimitadas.
  • Poucos bacilos são encontrados afetando regiões neurogênicas e pouca anestesia é percebida (paucibacilar).
  • Teste de lepromina positivo.
17
Q

Forma lepromatosa/Virchowiana da hanseniase.

A
  • Apresenta progressão lenta, maligna e pode ser fatal. Se deve ao fato de o indivíduo não desenvolver uma resposta imune celular, ou desenvolvê-la de forma muito branda.
  • Quase não serão detectados anticorpos no teste da lepromina.
  • São observados muitos bacilos associados às lesões de pele, membranas mucosas e dano progressivo aos nervos.
  • Lesões de pele são comuns gerando destruição do septo nasal e outras áreas da face, resultando em desfiguração.
  • Teste de lepromina negativo.
18
Q

Diagnóstico da hanseniase.

A
  • Clínico: lesões com alteração de sensibilidade.
  • Teste de lepromina: teste cutâneo para determinar a presença de anticorpos contra Mycobacterium leprae (apenas forma tuberculóide).
  • Raspados de lesões da pele e baciloscopia.
  • Biópsias: avaliação da presença de lesões granulomatosas.
19
Q

Tratamento da hanseniase.

A
  • 1 a 2 anos de tratamento: metabolismo baixo, formação de granulomas e resistência natural.
  • Questões relacionadas à efeitos adversos provocados pelos fármacos gera abandono do tratamento.
  • Podem haver sequelas e dano nos dos nervos irreversíveis.
  • Terapia multidões.
  • Forma paucibacilar (tuberculóide): Dapsona (inibe a síntese de ácido fólico) e Rifampicina (inibe a síntese de ácidos nucleicos).
  • Forma multibacilar: Dapsona + rifampicina + clofazimina (liga-se ao DNA bacteriano, inibindo o seu crescimento).