Microbiologia: Cocos Gram-positivos Flashcards
Identificação de Gram-positivos.
- Coloração de gram.
- Avalia-se como tais bactérias metabolizam a glicose (fermentação e oxidação).
- Teste da catalase: bactérias fermentadoras (Staphylococcus), que conseguem degradar radicais livres de oxigênio (ROS), como o H2O2.
- Staphylococcus spp.: catalase positiva.
- Streptococcus Spp.: catalase negativo.
- Enterococcus spp.: catalase negativo.
Cocos gram-positivos: esquema de identificação.
- Prova DNAse: serve para diferenciar as espécies de estafilococos, que clivam cadeia de DNA.
- DNAse permite evasão imune: destruição das ‘nets’ dos neutrófilos.
- Prova de Coagulase: converte fibrinogênio em fibrina.
Bactérias gram-positivas DNAse-positivas: Gênero Staphylococcus.
- Cocos gram-positivos.
- Fazem parte da microbiota normal, mas são patógenos oportunistas.
- S. aureus: nasofaringe (50-75% indivíduos) e pele (axila, umbigo e períneo).
- S. saprophyticus: trato genital (feminino), trato gastrointestinal, períneo.
- S. epidermidis: pele e trato respiratório superior.
Morfologia das bactérias gram-positivas DNAse-positivas: Gênero Staphylococcus.
- São imóveis.
- Mesofilo (30° C).
- Não formam esporos.
- Maioria é anaeróbio facultativo.
- Podem ser encapsulados ou não.
- São Halotolerantes: tolerantes ao sal (NaCl) (Ágar Hipertônico-Manitol).
Enzimas das bactérias gram-positivas DNAse-positivas: Gênero Staphylococcus.
- Coagulase: converte fibrinogênio em fibrina, induzindo a coagulação e impedindo sua fagocitose. Pode gerar microtromboses.
- Quinase/estafiloquinase: quebra a rede de fibrina do coágulo (trabalho análogo à plasmina) para que a bactéria passe para outro sítios anatômicos.
- Hialuronidase: degrada o ácido hialurônico presente na matriz do tecido conjuntivo (coesão).
- Colagenase: degrada o colágeno
- Proteases: degrada proteínas.
Toxinas das bactérias gram-positivas DNAse-positivas: Gênero Staphylococcus.
- Leucocidina: forma poro na membrana das células do hospedeiro, lisando-as. Pode gerar pus.
- Toxinas esfoliativas: levam à síndrome da pele escaldada, muito comum em RN e crianças pequenas.
- Superantígenos: são toxinas que superestimulam o sistema imune, que pode levar ao choque tóxico.
Principais doenças causadas por S. aureus.
- SÍndrome da pele escaldada.
- Intoxicações alimentares: enterotoxinas que provocam maciça secreção de fluidos para o lúmen intestinal (vômitos e diarreia).
- Infecções superficiais supurativas (com pus).
- Síndrome do choque tóxico: um superantígeno, podem colonizar feridas ou crescer em tampões absorventes e liberar a toxina no sangue.
Principais doenças causadas por S. Epidermidis.
- Coco gram-positivo coagulase negativo.
- Endocardite: colonizam válvulas cardíacas nativas ou artificiais (biofilme).
- Infecção de cateteres e outros dispositivos: biofilme.
Principais doenças causadas por S. Saprophyticus.
Infecções do trato urinário.
Cocos gram-positivos catalase-negativos.
- Cultivo das bactérias em Ágar-sangue.
- Alfa-hemólise: causam hemólise parcial das hemácias (Streptococcus sp.).
- Beta-hemólise: causam hemólise completa das hemácias (Streptococcus sp.).
- Gama-hemólise: ausência de hemólise (Enterococcus sp.).
Gênero Streptococcus.
- Muitas espécies fazem parte da microbiota normal (pele, mucosas, nasofaringe) e outras são patogênicas.
- Não formam esporos, anaeróbios facultativos, imóveis, capsulados ou não e possuem um único plano de divisão celular.
- Classificação sorológica: carboidrato lancefield, que produz diferentes antígenos (A a V).
Fatores de patogenicidade do gênero Streptococcus.
- Parede celular, toxinas, cápsula.
- Estreptolisina: exotoxinas hemolíticas que se oligomeriza na membrana plasmática de células alvo, formando poros.
- Estreptolisina S (SLS): estável na presença de oxigênio.
- Estreptolisina O (SLO): lábil na presença de oxigênio.
- Causam faringite e amigdalite.
Gênero Enterococcus.
- “Antigos” Streptococcus do grupo D.
- Gama-hemolíticos.
- Tolerância NaCl e sais biliares.
- Coloniza a microbiota gastrointestinal, mucosas oral, vaginal e uretra.
- Patógenos oportunistas
- Espécies mais importantes clinicamente: E. faecalis, E. faecium.
- Muito comum em infecções hospitalares.
- Fatores de patogenicidade: moléculas de adesão, biofilme, e genes de resistência.