Fisiologia: Eixo Hipotálamo-Hipófise e GH Flashcards

1
Q

Hipófise ou Pituitária.

A
  • Fica na sela túrcica.
  • Se conecta ao hipotálamo por meio do pedúnculo hipofisário.
  • É dividida fisiologicamente em hipófise anterior ou adeno-hipófise e em hipófise posterior ou neuro-hipófise.
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2
Q

Adeno-hipófise.

A
  • Formada por células glandulares produtoras de hormônios.
  • Depende de estímulos do hipotálamo.
  • Secreta seis hormônios peptídeos importantes e diversos outros hormônios de menor importância.
  • Hormônio do crescimento (GH): somatotropos.
  • Adrenocorticotropina ou corticotropina ou ACTH: corticotropos.
  • Hormônio estimulante da tireoide ou tireotropina (TSH): tireotropos
  • Prolactina: lactotropos.
  • Hormônio folículo-estimulante (FSH): gonadotropos.
  • Hormônio luteinizante (LH): gonadotropos.
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3
Q

Neuro-hipófise.

A
  • Os corpos celulares dos neurônios que sintetizam os hormônios secretados pela neuro-hipófise se situam no hipotálamo, não na hipófise em si.
  • Composta por terminações nervosas de células neurais secretoras.
  • Secreta Hormônio antidiurético (ADH) e Ocitocina.
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4
Q

Ocitocina.

A
  • Estímulos para secreção pela neuro-hipófise: ativação de mecanorreceptores (estriamento do colo uterino/canal vaginal; relação sexual e sucção do mamilo) e estímulos sociais.
  • Função: durante o parto, causa expulsão do feto e contração da musculatura uterina. Durante lactação, ejeção do leite, com contração das células mioepiteliais do alvéolo mamário.
  • Formação de relações sociais e casais.
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5
Q

Sexo durante gestação.

A
  • Sêmem fornece prostaglandinas que ajudam a maturar o colo uterino.
  • Bloqueio da ocitocina pela ocitocinase para impedir um parto prematuro.
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6
Q

Vasopressina (ADH).

A
  • Liberada pela neuro-hipófise.
  • Aumenta reabsorção de H20 no néfron distal e aumenta vasoconstrição (ação muito pequena).
  • Mecanismo de sede: ativado por osmorreceptores e barorreceptores.
  • Álcool inibe liberação de ADH.
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7
Q

Diabetes insípidus.

A
  • Diabetes insípidos central: destruição dos neurônios neurohipofisários ou mutações em ADH (reduz liberação de ADH, reduz absorção de água, aumenta diurese).
  • Diabetes insípidos neurogênica: mutações em ADH-R2 ou AQP2. Receptores para vasopressina mutáveis ou mutação no gene das aquaporinas, que não são formadas.
  • Diabetes insípidos gestacional: atividade excessiva da ocitocinase. Ocitocinase em grande quantidade também degrada vasopressina. Diurese, poliúria, desidratação, sede, LEC hiperosmótico.
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8
Q

Síndrome da antidiurese inapropriada (SAID).

A
  • Descontrole na síntese de ADH, secreção e tumores.
  • Aumento excessivo de ADH, aumenta reabsorção de H20 e diminui diurese.
  • Carcinomas de pulmão aumenta vasopressina.
  • Mutação no gene ADH-R2: receptores ativos independente do ADH.
  • Inibição inapropriada da diurese, LEC hiposmótico. Edema sistêmico, no cérebro pode ser fatal.
  • Hipervolemia.
  • Hiponatremia.
  • Aumento da TFG.
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9
Q

Hipotálamo.

A
  • Praticamente toda a secreção hipofisária é controlada por sinais hormonais e nervosos do hipotálamo.
  • Hipotálamo produz hormônios que atuam na hipófise, que por sua vez irão produzir outros hormônios que irão atuar em uma glândula periférica, produzindo os hormônios finais.
  • Dopamina, PRH, TRH, CRH, GHRH, GHIH e GnRH.
  • O hipotálamo integra sinais recebidos por diversos receptores, como baroceptores, osmorreceptores, etc.
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10
Q

Secreção do hormônio do crescimento (GH).

A
  • Padrão de secreção circadiano (pulsátil).
  • Padrão de secreção circadiana (maior liberação durante a noite).
  • Produzido pelos somatotrofos adenohipofisários.
  • Durante gestação, adeno-hipófise aumenta para ter maior concentração de GH e melhor crescimento do feto.
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11
Q

Regulação neuroendócrino positivo da secreção de GH.

A
  • Fator hipotalâmico: GHRH (peptídeo liberador de GH).
  • Efeito sinérgico da testosterona e leptina sobre a secreção de GH no hipotálamo.
  • Jejum, hipoglicemia, glucagon, arginina, leucina e leptina estimulam a hipófise a liberar GH.
  • A grelina liberada pelo estômago também participa da regulação do GH, estimulando tanto a hipófise quanto o hipotálamo a produzir o GH.
  • A grelina aumenta o apetite e pode agir como um sinal que coordena a aquisição de nutrientes necessários para o crescimento.
  • Exercício, estresse.
  • No sono de ondas lentas, ocorre um estímulo para produção de GH.
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12
Q

Regulação neuroendócrino negativo da secreção de GH.

A
  • O próprio GH realiza retroalimentação negativa no hipotálamo (GHIH) e hipófise.
  • Ácidos graxos livres e esteróides sexuais no hipotálamo.
  • Hiperglicemia exerce inibição na hipófise.
  • Somastostatina.
  • IGF1 produzido pelo fígado faz feedback negativo.
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13
Q

Outros mecanismos de regulação da secreção de GH.

A
  • Hormônios da Tireóide (T3 e T4): T4 converte em T3 para ter essas ações, aumentando a síntese de GH e sua ação.
  • Cortisol: inibe o crescimento, diminuindo a proliferação e aumentando a apoptose dos condrócitos e diminuindo a expressão de receptores para GH.
  • Estradiol: inibe o crescimento e antagoniza as ações do GH.
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14
Q

Ações do GH.

A
  • GH exerce sua influência diretamente sobre os tecidos do organismo, não sobre glândulas-alvo.
  • O GH exerce ações em praticamente em todas as células do organismo.
  • Aumento da transcrição nuclear do DNA para formar RNA: disponibiliza maior quantidade de ferramentas para a síntese proteica, associando-se a grandes quantidades de substratos (aminoácidos, vitaminas e outros).
  • Redução da utilização de glicose pelos tecidos, de forma que ela fica disponível para tecidos que dependem apenas da glicose, como SNC, hemácias, retina e células germinativas.
  • O GH por si só não consegue atuar para promover o crescimento do organismo, necessitando de substâncias produzidas pelo fígado denominadas somatomedinas.
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15
Q

Somatomedinas.

A
  • Apresentam papel semelhante ao da insulina no estímulo ao crescimento, por isso também são denominadas fatores de crescimento semelhantes à insulina ou IGFs.
  • A somatomedina mais importante é conhecida como somatomedina-C, também denominada IGF-I.
  • O GH estimula a produção de IGF-1 no fígado e da IGFBP (proteína ligante), e nos ossos e músculos, onde tem efeito parácrino.
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16
Q

Ações específicas do GH nos tecidos.

A
  • Músculos: produção de IGF 1 (ação parácrina, promovendo crescimento tecidual), menor captação de glicose, maior captação de aminoácidos e maior síntese proteica.
  • Tecido Adiposo: menor captação de glicose e lipólise.
  • Ossos: produção de IGF 1 (ação parácrina promovendo crescimento tecidual), maior síntese de proteínas e RNA, maior captação de aminoácidos, aumento do colágeno e maior crescimento linear.
  • Fígado: aumento da síntese de proteínas e RNA, aumento da gliconeogênese, aumento de IGFBP (transportadora de IGF) e ação nos hepatócitos de aumentar os IGFs.
17
Q

Efeitos anabolizantes do GH.

A
  • Captação celular de aminoácidos e sua incorporação na forma de proteína, além de inibir a proteólise, promovendo aumento de massa magra.
  • Aumento do transporte de aminoácidos através das membranas celulares.
  • Aumento da tradução do RNA para provocar a síntese de proteínas pelos ribossomos.
  • Aumento da transcrição nuclear de DNA para formar RNA (pode ter efeito teratogênico).
  • Redução do catabolismo das proteínas e dos aminoácidos devido à grande mobilização de AG usados como fonte de energia, agindo como potente “poupador de proteínas”.
18
Q

Efeitos lipolíticos do GH.

A
  • Estimula a lipase sensível aos hormônios, aumentando a beta oxidação de lipídeos no tecido adiposo.
  • Aumenta a captação e oxidação de AGL na musculatura esquelética e no fígado.
19
Q

Efeitos cetogênicos do GH.

A
  • Estado em que o corpo produz corpos cetônicos, através da quebra de gorduras no fígado
  • Ocorre como resultado do aumento da oxidação dos AGs.
20
Q

Efeitos hiperglicêmicos do GH.

A
  • Redução da utilização de carboidratos.
  • O GH possui a capacidade de provocar uma resistência à insulina no corpo, que resulta nos processos de redução no consumo de glicose pelos tecidos.
  • Efeitos diabetogênicos, pois são similares às alterações metabólicas que ocorrem nos indivíduos com diabetes do tipo II.
  • Normalmente evolui para diabetes tipo I em virtude da resistência à ação insulina e a hiperglicemia estimularem ainda mais as células beta pancreáticas, levando-as à exaustão ou mesmo à morte, o que provoca uma queda drástica dos níveis de insulina por falta de células secretoras.
21
Q

GH no crescimento.

A
  • O crescimento destes ossos acontecerá por um processo de ossificação denominado de ossificação endocondral da epífise.
  • O crescimento humano não é contínuo ao longo da vida: possuí diferentes estágios de crescimento.
  • GH não atua no desenvolvimento do feto (na hiperplasia: aumento do número de células).
  • Papel do IGF-I: é o principal responsável pelo crescimento do feto.
  • Na vida adulta, temos a menor taxa de crescimento: fechamento das cartilagens da zona endocondral dos ossos longos.
22
Q

Nanismo.

A
  • Falta ou resistência ao GH na infância.
  • Pigmeus africanos: baixa expressão do receptor de GH.
  • População de Itabaianinha: mutação no receptor do GH.
23
Q

Síndrome de Laron.

A
  • Mutação no gene do receptor de GH (autossômica recessiva).
  • Trata com IGF.
  • Nesse caso, tem GH mas esse não exerce efeito, pois não há receptor. Assim, IGF está baixo.
24
Q

Gigantismo.

A
  • Excesso de GH na infância.
  • Problema é o efeito diabetogênico, além de deficiências na regulação do sistema imune.
25
Q

Acromegalia.

A
  • Excesso de secreção de GH após a puberdade.
  • Crescimento das extremidades: face, mãos, língua e órgãos internos.
  • Problema: diabetes mellitus.
  • Exaustão das células beta; aumento da glicose, dos triglicérides e diminuição do HDL.
  • Aumento da gliconeogênese, da VLDL e do IGF-1.
  • Aumenta lipólise, diferenciação de adipócitos, diminui captação de glicose.
  • Aumenta oxidação de AGL, síntese proteica, diminui proteólise.
  • Depois da exaustão, não tem como mais recuperar a célula beta.
26
Q

Síndrome de Sheehan.

A
  • Necrose da adeno-hipófise secundária à hipotensão ou choque hipovolêmico durante o parto.
  • Causa insuficiência hipofisária: falha na lactação (prolactina), hipotireoidismo (TSH), insuficiência adrenal (ACTH), hipogonadismo (LH e FSH) e efeitos metabólicos (GH).
  • Feto não tem desenvolvimento adequado (baixo IGF).
  • Reposição hormonal pode ajudar na reversão de alguns problemas.
27
Q

Prolactina e anti-depressivos.

A
  • Anti-depressivos podem bloquear receptores dopaminérgicos no hipotálamo, reduzindo inibição da dopamina sobre a secreção de prolactina pela adeno-hipófise.
  • Aumento da prolactina interfere no eixo hipotálamo-hipófise-gonadal, inibindo a liberação de GnRH e, consequentemente, de FSH e LH.
  • Causa galactorreia e amenorreia.