Fisiologia: Adrenal Flashcards

1
Q

Adrenal.

A
  • Também chamada de suprarrenal, uma vez que se localiza sobre os rins.
  • Hormônios das adrenais: papel fundamental nas respostas adaptativas do organismo ao estresse (reação de luta ou fuga), manutenção do equilíbrio da água/sal do corpo e da pressão arterial.
  • Principais hormônios: Catecolaminas, Glicocorticóides, Aldosterona e Di-idroepiandrostenidiona (DHEA).
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2
Q

Córtex da adrenal.

A
  • Zona glomerulosa: rica em retículo endoplasmático liso e constitui a única fonte do mineralocorticóide aldosterona.
  • Zona fasciculada: possui quantidades abundantes de gotículas lipídicas e produz os glicocorticóides (cortisol e corticosterona), bem como os androgênios (di-idroepiandrostenidiona (DHEA) e sulfato de DHEA (DHEAS)).
  • Zona reticular: desenvolve-se na vida pós-natal e já pode ser identificada com cerca de três anos. Também produz glicocorticóides e androgênios.
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3
Q

Esteroidogênese.

A
  • Da molécula de colesterol derivam todos os hormônios esteróides.
  • As enzimas esteroidogênicas residem no interior da membrana mitocondrial ou da membrana do retículo endoplasmático liso.
  • Células contêm gotículas de lipídio, que contém um estoque de ésteres de colesterol.
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4
Q

Proteína StAR.

A
  • Proteína reguladora que controla a produção dos hormônios esteróides.
  • Deixa colesterol entrar na mitocôndria.
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5
Q

CYP11A1.

A
  • Enzima que faz a primeira conversão do colesterol em pregnenolona estimulada por ACTH.
  • Sem ela, não tem síntese dos hormônios da adrenal.
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6
Q

Cortisol.

A
  • Cortisol é o principal glicocorticoide encontrado nos líquidos biológicos.
  • No sangue encontra-se conjugado à globulina de ligação do cortisol (CBG, cortisol-binding globulin), carreador específico do cortisol: 90% ligada.
  • 7% ligado à albumina.
  • Essa ligação é importante para que não haja flutuações na concentração desses hormônios no plasma ao longo do tempo.
  • A síntese hepática da CBG é estimulada pelos estrógenos e inibida na cirrose hepática.
  • A meia-vida do cortisol de 60 minutos (longa para um hormônio).
  • A conversão do cortisol em cortisona (forma inativada do hormônio) é de importância crítica para prevenir a atividade mineralocorticoide excessiva que resulta da ligação do cortisol ao receptor de mineralocorticóides.
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7
Q

Uso crônico de cortisol.

A
  • Supressão do eixo endócrino e atrofia córtex da adrenal (principalmente da zona fasciculada).
  • Síndrome Adrenal Aguda: produção de cortisol endógena ainda está muito baixa (choque hipoglicêmico).
  • Para parar tem que fazer desmame do cortisol exógeno.
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8
Q

Controle da secreção de cortisol.

A
  • O cortisol faz feedback negativo, inibindo o ACTH e CRH (principal regulador do eixo).
  • Liberação de CRH: estresse físico e emocional, hipoglicemia, etc.
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9
Q

Efeitos do ACTH.

A
  • Desencadeia um aumento dos níveis de AMPc intracelular, resultando em respostas fisiológicas.
  • Efeitos imediatos: aumento dos níveis de colesterolesterase, transporte de colesterol para mitocôndria, aumento da proteína StAR, aumento de pregnenolona, etc.
  • Efeitos a curto prazo: transcrição gênica de enzimas das esteroidogênese, como P450scc, além de aumentar receptores que colocam colesterol para dentro da célula.
  • Efeitos a longo prazo: aumento do tamanho e da complexidade funcional das organelas e aumento do tamanho e número de células.
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10
Q

Acantose negricans.

A
  • ACTH é um hormônio protéico e sintetizado na sua forma pré-pró-hormônio derivado da proteína POMC (pro-opiomelanocortina), o qual poderá ser clivado em vários pontos, podendo gerar diferentes hormônios (ACTH, MSH (hormônio estimulador da produção de melanina), endorfina, beta endorfina).
  • Sabe-se que o principal componente da formação de melanina é os raios ultravioletas agindo em queratinócitos.
  • Em níveis elevados de ACTH, observa-se também de MSH, atuando em diferentes receptores e possibilitando a síntese e dispersão da melanina e escurecimento da pele.
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11
Q

ACTH e aldosterona.

A

ACTH estimula uma maior liberação de glicocorticóides e andrógenos, entretanto possui pouco efeito na zona glomerulosa (aldosterona).

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12
Q

Fatores estressantes.

A
  • Aumento do tônus simpático, o que leva à secreção de adrenalina e noradrenalina.
  • Interagem com receptores beta adrenérgicos presentes nas células justaglomerulares do rim, levando à secreção de renina.
  • Com isso, haverá a produção de Ang I e, consequentemente, de Ang 2, a qual atua como secretagogo de aldosterona.
  • Além disso, fatores estressantes, como desafio agudo do sistema imune, levam à ativação do núcleo do trato solitário, o qual se comunica com a região do hipotálamo produtora de CRH (neurônios parvocelulares), que estimula a produção de cortisol.
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13
Q

Ciclo do cortisol.

A
  • Perfil pulsátil de liberação e circadiano.
  • Proteínas do relógio (CLOCK e BMAL1) observada em células do nosso organismo agem como fatores de transcrição gênica, transcrevendo a StAR, aumentando a disponibilidade de colesterol para a formação de hormônios esteroidais.
  • Essas proteínas estão aumentadas nas primeiras horas do dia, o que explica o perfil circadiano do cortisol.
  • Também contribui para o ritmo circadiano o fato do Núcleo supraquiasmático do hipotálamo, que recebe informações da retina, inervar o Núcleo paraventricular hipotalâmico que secreta o CRH (controlador do ACTH).
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14
Q

Mecanismo de ação do cortisol.

A
  • Translocação rápida do complexo cortisol-GR (complexo receptor-cortisol) para o núcleo.
  • Receptores intracelulares: ficam na região citoplasmática, associado a complexo de proteínas (não no núcleo, como para os hormônios tireoidianos).
  • Receptores dimerizam ou heterodimerizam, podem regular transcrição positiva ou negativa.
  • Dimerização e ligação aos elementos de resposta glicocorticóides (GREs), próximos aos promotores basais de genes regulados pelo cortisol.
  • Recrutamento de proteínas coativadoras e associação de fatores gerais de transcrição levando a aumento da transcrição dos genes-alvo.
  • Genes estimulados: enzima que converte noradrenalina em adrenalina.
  • Genes inibidos: genes de citocinas pró-inflamatórias, ACTH, e CRH. Por isso que dizemos que o cortisol é imunossupressor.
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15
Q

Ações do cortisol.

A
  • Integra ações GH, Glucagon e Adrenalina.
  • Antagoniza ações da insulina: aumenta receptores para glucagon.
  • Aumento de gliconeogênese hepática.
  • Aumento de proteólise (efeito catabólico).
  • Aumento da lipólise, cetogênese (hidrólise triglicerídeos).
  • Aumento da glicemia: redução da utilização glicose músculos e tecido adiposo e sensibilidade à insulina.
  • Aumento do apetite e ingestão calórica: aumento da síntese NPY e receptores no hipotálamo.
  • Diminuição da formação óssea: apoptose de osteoblastos e osteócitos; redução da absorção de cálcio (vitamina D).
  • Ações anti-inflamatórias e imunossupressoras do cortisol.
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16
Q

Ações do cortisol quando feto.

A
  • Diferenciação e maturação das células alveolares tipo II: produção de surfactantes: impede colapso dos alvéolos. Tratamento da deficiência: cortisol exógeno (corticoide).
  • Importante para o desenvolvimento fetal normal: SNC, retina, pele, TGI, pulmões.
17
Q

Ações anti-inflamatórias e imunossupressoras do cortisol.

A
  • Inibição síntese de PG, NO, LT, TX, devido à inibição síntese ácido araquidônico.
  • Redução da expressão gene COX-2 e gene NO sintase.
  • Estabilização lisossomas: menor liberação enzimas proteolíticas.
  • Inibição quimiotaxia e proliferação de leucócitos.
  • Redução taxa linfócitos T: inibe imunidade celular.
  • Inibição IL-1, IL-2, IL-6, INFg.
  • Redução resposta febril à infecções: inibição IL-1.
18
Q

Aldosterona.

A
  • Mineralocorticoide.
  • A ligação da aldosterona às proteínas plasmáticas é mínima, resultando em meia-vida plasmática curta de cerca de 15 a 20 minutos (relevante para os efeitos mediados pelos receptores de mineralocorticoides e de glicocorticóides e sua especificidade).
  • A aldosterona é metabolizada no fígado, e excretada na urina.
  • Principal secretagogo para a aldosterona é a Angiotensina II, além dos níveis de concentração de K+, Na+ e volume de água.
19
Q

Receptores de mineralocorticoides (MCs) e de glicocorticóides (GCs).

A
  • Compartilham 57% de homologia no domínio de ligação do ligante e 94% no domínio de ligação do DNA.
  • Importante pois, por exemplo, análogos de glicocorticóides terá efeitos práticos colaterais mineralocorticóides e vice-versa.
  • Receptores MCs tipo I: liga preferencialmente Aldosterona (receptor MR).
  • Receptores MCs tipo II: liga preferencialmente glicocorticoide (receptor GR).
20
Q

Síndrome do excesso aparente de mineralocorticóides (AME).

A

Caracterizado por sintomas típicos de pacientes com hiperaldosteronismo, mas com baixos níveis de aldosterona no plasma por deficiência genética da 11β-HSD2.

21
Q

Ações da aldosterona.

A
  • Aumento da expressão canais de Na+ e aumento do co-transportadores Na+-Cl-.
  • Aumento da atividade Na+-K+-ATPase.
  • Aumento da reabsorção de Na+.
  • Aumento do Volume LEC.
  • Aumento da pressão arterial.
  • Aumento do pH.
22
Q

Medula: secreção de catecolaminas (adrenalina/noradrenalina).

A
  • Composta pelas células cromafins.
  • Inervada pelos sistema nervoso simpático.
  • Acetilcolina estimula as células cromafins a liberar adrenalina (também chamada de epinefrina).
  • Síntese da adrenalina podem ser estimuladas não só pela estimulação simpática, mas também pelo ACTH e cortisol.
23
Q

Síntese de noradrenalina.

A
  • Precursor da síntese do neurotransmissor é a tirosina.
  • Dentro do neurônio, a tirosina-hidroxilase converte a tirosina em DOPA.
  • A DOPA, ainda no citoplasma, sofrerá a ação de uma enzima denominada DOPA-descarboxilase, formando o neurotransmissor dopamina.
  • Caso o neurônio seja um neurônio dopaminérgico, o processo se encerra nesta etapa. Mas, no caso de um neurônio noradrenérgico, a dopamina será introduzida em uma vesícula pela ação do transportador vesicular de monoaminas (TVMA).
  • Dentro da vesícula, a dopamina sofrerá a ação da dopamina-beta-hidroxilase, que a converterá em noradrenalina.
  • Assim, a noradrenalina permanecerá estocada nas vesículas até que sua exocitose seja solicitada.
24
Q

Síntese de adrenalina.

A
  • A rota sintética é basicamente a mesma da síntese de noradrenalina, no entanto a síntese do hormônio adrenalina acontece na medula da glândula adrenal.
  • As rotas de formação da dopamina são as mesmas.
  • Após a entrada da dopamina no grânulo cromafim (célula presente na adrenal), há a conversão de dopamina em noradrenalina.
  • A noradrenalina então sai do grânulo cromafim (por meio do mesmo transportador que transportou a dopamina para dentro da vesícula) e vai para o citoplasma, sofrendo a ação de uma metiltransferase que a converte em adrenalina (ou epinefrina).
  • Logo após, a epinefrina retorna ao grânulo cromafim formando estoques do hormônio.
25
Q

Ações das catecolaminas.

A
  • Respostas adaptativas ao estresse e reações de luta ou fuga.
  • Aumento da glicemia: aumento da gliconeogênese, aumento da glicogenólise, diminuição da utilização de glicose músculo e tec. adiposo.
  • Diminui secreção de insulina.
  • Lipólise por ação da LHS (lipase hormônio sensível): libera AGL e glicerol.
  • Aumento da síntese protéica: no músculo, tem ação anabólica, protegendo a massa muscular, necessária para a luta ou fuga.
  • Aumento da sudorese e termogênese.
  • Dilatação das pupilas.
  • Broncodilatação (adrenalina).
  • Contração de esfíncteres.
  • Aumento da frequência e contratilidade cardíaca.
  • Aumento de vasoconstrição periférica.
  • Aumento da Pressão Arterial.
26
Q

Doença de Addison.

A
  • Insuficiência adrenocortical.
  • Causas: tumores, infecções, auto-imune.
  • Cortisol diminui, CRH aumenta e estimula POMC, aumentando ACTH e MSH.
  • Efeitos: redução do cortisol, redução da aldosterona.
  • Sintomas: hiponatremia, hipotensão, diminuição do volume sanguíneo, hiperpigmentação, acidose metabólica, fraqueza muscular.
  • Diagnóstico: níveis de ACTH elevados.
  • Acantose (manchas na pele): aumento da secreção de MSH (lembrar que esse hormonio é derivado do ACTH, o qual está aumentado nessa doença).
27
Q

Síndrome de Cushing.

A
  • Hipercortisolismo.
  • Pode ser causada por adenoma da hipófise anterior (aumento na secreção de ACTH), função anormal do hipotálamo (altos níveis de CRH), secreção ectópica de ACTH ou por adenoma na adrenal.
  • Na maioria dos casos, a condição se manifesta como doença de Cushing, sendo causada pelo excesso de ACTH.
  • Pode surgir com uso crônico de glicocorticóides por pacientes com condições inflamatórias persistentes.
  • Além disso, o excesso de cortisol leva a problemas imunológicos, osteoporose, fraqueza muscular e glicemia pós refeições elevada.
  • Origem adrenal: síndrome de Cushing (patologia primária).
  • Origem hipófise: doença de Cushing.
  • Sintomas: hiperglicemia, obesidade central, face “lua cheia”, braços e pernas finos, atrofia muscular, deficiência de cicatrização, pele fina, equimoses, estrias arroxeadas, acúmulo de gordura nas regiões torácica e epigástrica.
28
Q

Síndrome adrenogenital (hiperplasia adrenal congênita).

A
  • Principal causa são tumores secretores de andrógenos: deficiência enzimática (21-hidroxilase).
  • Deficiência impede a produção de cortisol fazendo com que não haja feedback negativo.
  • Altos níveis de ACTH.
  • Mulheres: características de masculinização.
  • Homens pré-púberes: desenvolvimento precoce dos órgãos genitais.
29
Q

Síndrome de Conn.

A
  • Hiperaldosteronismo primário.
  • Presença de um tumor benigno no córtex da adrenal, o que leva ao aumento na produção de aldosterona.
  • Maior reabsorção de sódio, estimulando a reabsorção de água, ocasionando no aumento da volemia e, assim, da PA.
  • Sintomas: hipertensão, hipocalemia e alcalose metabólica.
  • Tratamento: espironolactona (antagonista de aldosterona).
30
Q

Produção de testosterona e DHT na mulher e papel do DHEA/DHEAS.

A
  • Toda a testosterona na mulher vem da conversão dos hormônios DHEA e DHEAS. A conversão desses hormônios começa antes do nascimento.
  • Placenta materna: contém aromatase, que converte DHEA em estradiol.
31
Q

Adrenarca e desenvolvimento sexual.

A
  • Adrenarca: aumento dos hormônios adrenais (DHEA e DHEAS) ocorre quando feto para desenvovimento fetal e parto. Após uma queda temporária, os níveis voltam a subir entre 9 e 12 anos.
  • Esse processo inicia o desenvolvimento das características sexuais secundárias, antes da ativação das gônadas. As primeiras características sexuais não são resultado dos hormônios gonadais, mas sim da ação dos hormônios da adrenal.
  • O desenvolvimento das gônadas ocorre posteriormente.
32
Q

Diferenças dos DHEAS entre Homens e Mulheres.

A
  • Homens: o DHEA perde importância, pois a testosterona passa a ser produzida, principalmente nos testículos.
  • Mulheres: o DHEA continua essencial, pois a produção de testosterona não ocorre nas gônadas (desempenha um papel importante na manutenção da libido feminina).