Transtornos neurocognitivos Flashcards

1
Q

Elementos da cognição

A

memória, linguagem, orientação, julgamento, condução de relações interpessoais, comportamento costumeiro (práxis) e resolução de problemas

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2
Q

nomenclatura orgânico versus funcional é

A

obsoleta!!

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3
Q

delirium - definição

A

declínio agudo do nível de consciência e cognição, marcado principalmente por prejuízo da atenção

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4
Q

delirium epidemio

A

1% dos idosos a partir de 55 anos
5 a 10% dos idosos atendidos em PS
10 a 15% pctes cirurgicos
30% de pctes de cirurgia cardíaca aberta
50% daqueles ttdos para fratura de quadril
70 a 87% daqueles em UTI
83% de todos em fim de vida

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5
Q

fatores predisponentes delirium

A

idade > 65, sexo masc, prejuízo cognitivo, estado funcional reduzido, prejuízo de função sensorial (audição e visão), desidratação e desnutrição, uso de farmacos psicotrópicos e anticolinérgicos, abuso de álcool, condições clínicas pré-existentes, doenças neurológicas primárias, doenças intercorrentes, cirurgias e outros fatores ambientais (internação em UTI, uso de contenção, uso de cateter urinário, uso de procedimentos multiplos, dor, estresse emocional e privação do sono)

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6
Q

delirium diagnóstico

A

A. Perturbação da atenção (i.e., capacidade reduzida para direcionar, focalizar, manter e mudar a atenção) e da consciência (menor orientação para o
ambiente).
B. A perturbação se desenvolve em um período breve de tempo (normalmente de horas a poucos dias), representa uma mudança da atenção e da consciência
basais e tende a oscilar quanto à gravidade ao longo de um dia.
C. Perturbação adicional na cognição (p. ex., déficit de memória, desorientação, linguagem, capacidade visuoespacial ou percepção).
D. As perturbações dos Critérios A e C não são mais bem explicadas por outro transtorno neurocognitivo preexistente, estabelecido ou em desenvolvimento
e não ocorrem no contexto de um nível gravemente diminuído de estimulação, como no coma.
E. Há evidências a partir da história, do exame físico ou de achados laboratoriais de que a perturbação é uma consequência fisiológica direta de outra
condição médica, intoxicação ou abstinência de substância (i.e., devido a uma droga de abuso ou a um medicamento), de exposição a uma toxina ou
de que ela se deva a múltiplas etiologias.

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7
Q

Principal neurotrasmissor delirium

A

acetilcolina - formação reticular, mas tem ação tbm de serotonina e glutamato

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8
Q

principal via implicada delirium

A

via tegmentar dorsal

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9
Q

neurotrasm delirium por abstin alcool

A

hiperatividade do locus ceruleus e seus neuronios noradrenergicos

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10
Q

delirium exames

A

diagnóstico feito a beira do leito, pela história clínica e exame do estado mental
exames laboratoriais ajudam a identificar a etiologia

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11
Q

delirium versus demencia diferenças

A

tempo de desenvolvimento da condição e oscilação do quadro de atenção no delirium

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12
Q

delirium prognóstico

A

início repentino, dura menos de uma semana em geral, sintomas persistem enquanto o fator causal estiver presente

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13
Q

delirium às vezes é seguido de:

A

depressão ou transt de estresse pós traumático

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14
Q

delirium tto

A

tto da etiologia causadora

  • intoxicação por anticolinérgicos - salicilato de fisostigmina de 1 a 2mg
  • não ter privação sensorial nem estimulo em demasia
  • presença de relógio, calendario, prientações quanto ao tempo, lugar também ajudam
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15
Q

delirium de tapa olho

A

pctes mais velhos que fizeram cirurgia de catarata - pode ajudar se fizer furinhos no tapa olho

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16
Q

delirium farmacoterapia

A

manejo sintomático

  • psicose haldol IM 2 a 6 mg IM repetidos em 1h, se manutenção da agitação / Oral: dividir em 2 doses, sendo que 2/3 da dose devem ser administrados na hora de dormir; dose diária varia de 5 a 40mg
  • insonia: benzos de meia vida curta ou intermediária: lorazepam 1 a 2mg antes de dormir
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17
Q

delirium dça de parkinson

A

agentes antiparkinsonianos frequentemente estão implicados como causadores de delirium. Reduzir a dose deles deve ser muito bem avaliado por conta do agravamento dos sintomas motores
Caso não seja possível reduzir mais a dose desses agentes, considerar clozapina

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18
Q

demência definição

A

declínio cognitivo em relação ao funcionamento anterior, com clareza de consciência; pode ser progressivo ou estático; reversível ou irreversível

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19
Q

demencia - epidemio

A

enevelhecimento populacional aumenta prevalencia de demencia

idade > 65 = 5%

idade > 85 = 20 a 40

instalações para cuidados de casos crônicos = 50%

de todas as pessoas com demência 50 a 60% têm ALZHEIMER

, sendo que MULHERES têm maior prevalência da doença de alzheimer do que homens

segundo tipo mais comum é a demência vascular (15 a 30%) e ocorre com maior frequência em homens do que mulheres

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20
Q

causas mais comuns demência

A

1 - alzheimer
2 vascular
3 vascular com alzheimer
4 Outras: lewy, doença de pick, demencia frontotemmporal, hidrocefalia de pressão normal, demencia alcoolica, demencia infecciosa (HIV ou sificilis) e doença de parkinson

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21
Q

alzheimer - fatores genéticos

A

40% dos pacientes apresentam história familiar positiva
gene e4 -pessoas com esse gene apresentam frequência tres vezes maior para o desenvolvimento da doença de alzheimer

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22
Q

proteína precursora do amiloide

A

fica no braço longo do cromossomo 21

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23
Q

alzheimer neuropato

A

macroscopia - atrofia difusa com sulcos corticais achatados e ventrículos cerebrais
aumentados
microscopia - placas senis, emaranhados neurofibrilares, perda neuronal (em especial
no córtex e no hipocampo), perda sináptica (possivelmente até
50% no córtex) e degeneração granulovascular dos neurônios

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24
Q

alzheimer emaranhados neurofibrilares

A

compostos de elementso do citoesqueleto e principalmente por proteína tau fosforilada

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25
emaranhados neurofibrilares tbm estão presentes em
síndrome de down, na demência pugilística (síndrome do boxeador), no complexo parkinsonismo-demência de Guam, na doença de Hallervorden- Spatz e no cérebro de indivíduos normais durante o processo de envelhecimento
26
placas amiloides
placas senis ou neuríticas são fortes indicadores de doença de alzheimer, mas não patognomonicos podem estar presentes na síndrome de down e no envelhecimento normal compostas por proteína β/A4, e astrócitos, processos neuronais distróficos e micróglia
27
alzheimer neurotransmissores
hipoatividade de acetilcolina e norepinefrina
28
alzheimer - diagnóstico
1. Evidência de uma mutação genética causadora de doença de Alzheimer a partir de história familiar ou teste genético. 2. Todos os três a seguir estão presentes: a. Evidências claras de declínio na memória e na aprendizagem e em pelo menos outro domínio cognitivo (com base em história detalhada ou testes neuropsicológicos em série). b. Declínio constantemente progressivo e gradual na cognição, sem platôs prolongados. c. Ausência de evidências de etiologia mista (i.e., ausência de outra doença neurodegenerativa ou cerebrovascular ou de outra doença ou condição neurológica, mental ou sistêmica provavelmente contribuindo para o declínio cognitivo).
29
alzheimer tto
Donepezila, rivastigmina, galantamina e tacrina são inibidores da colinesterase usados para tratar prejuízos cognitivos de leve a moderados - potencialização do transmissor colinérgico memantina protege de quantidades excessivas de glutamato
30
D. vascular - definição
causa: múltiplas áreas de doença vascular cerebral
31
Dem. vascular - epidemio
mais frequente em homens, com hipertensão ou outros fatores de risco cardiovascular pré-existente
32
dem. vascular - etiologia
oclusão de pequenos e médios vasos cerebrais por placas arterioscleróticas ou tromboembolias de origens distantes
33
doença de binswanger
encefalopatia arteriosclerótica subcortical
34
dem frontotemporal eponimo
doença de pick
35
dem frontotemporal etiologia
causa desconhecida em corpos post mortem podem ser achados os corpos de pick
36
dem. frontotemporal epidemio
5 de todas as demencias irreversiveis mais comuns em homens, princiaplmente aqueles com parente de primeiro grau com a doença surge na sexta década de vida
37
dem. frontotemporal - diagnóstico
A. São atendidos os critérios para transtorno neurocognitivo maior ou leve. B. A perturbação tem surgimento insidioso e progressão gradual. C. Qualquer um entre (1) e (2): 1. Variante comportamental: a. Três ou mais dos sintomas comportamentais a seguir: i. Desinibição comportamental. ii. Apatia ou inércia. iii. Perda de simpatia ou empatia. iv. Comportamento perseverante, estereotipado ou compulsivo/ritualístico. v. Hiperoralidade e mudanças na dieta. b. Declínio proeminente na cognição social e/ou nas capacidades executivas. 2. Variante linguística: a. Declínio proeminente na capacidade linguística, na forma de produção da fala, no encontro de palavras, na nomeação de objetos, na gramática ou na compreensão de palavras. D. Preservação relativa da aprendizagem e da memória e da função perceptomotora. E. A perturbação não é mais bem explicada por doença cerebrovascular, outra doença neurodegenerativa, efeitos de uma substância ou outro transtorno mental, neurológico ou sistêmico.
38
dem. frontotemporal variantes
comportamental linguística - (afasia progressiva nãofluente, demência semântica e afasia logopénica progressiva)
39
dem frontotemporal caract. variantes
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40
síndrome de kluver bucy
Síndrome neurocomportamental associada com disfunção do lobo temporal médio bilateral. As manifestações clínicas incluem comportamento exploratório oral, comportamento exploratório tátil, hipersexualidade, BULIMIA, TRANSTORNOS DE MEMÓRIA, placidade e inabilidade em reconhecer objetos ou rostos. COMUM NA DEMENCIA FRONTOTEMPORAL, VARIANTE COMPORTAMENTAL
41
Dem. corpos lewy
tríade: alucinações visuais recorrentes (complexas e bem formadas), aspectos parkinsonianos espontâneos e cognição oscilante associada a síndrome de capgras pode haver quedas e síncopes, além de disfunção autonômica
42
doença de huntington
demencia **SUBCORTICAL,** com lentidão psicomotora e dificuldade em executar tarefas complexas, com preservação de linguagem, memória e insight nos estágios iniciais elevada incidência de **DEPRESSÃO** e **PSICOSE** junto com o clássico **MOVIMENTO COREOATETOIDE**
43
doença de parkinson
bradicinecia, instabilidade postural, tremor de repouso e rigidez
44
dem. relacionada ao HIV
está associada a encefalopatia na infecção por HIV padrão subcortical 75% dos pacientes com aids apresentam envolvimento do snc no momento da necrópsia pelo menos dois deficits cognitivos, anormalidades motoras e alteração de personalidade escala de demencia de hiv modificada
45
demencia pugilística
labilidade emocional, disartria e impulsividade
46
síndrome de confusão noturna (sundowning)
sonolência, confusão, ataxia e quedas acidentais. idosos sedados em demasia e em pacientes com demência que reagem de modo adverso mesmo a uma pequena dose de fármaco psicoativo
47
Transt. amenésticos - definição
definidos no dsm como trasntornos neurocognitivos devido a outras condições médicas condições clínicas em que o sintoma mais evidente é a alteração de memória
48
neuroanato formação de memórias
estruturas diencefálicas específicas, como os núcleos dorsomedial e da linha média do tálamo, e estruturas do lobo temporal médio, como o hipocampo, os corpos mamilares e a amígdala.
49
transt. amnésticos - causas
Deficiência de tiamina, hipoglicemia, hipoxia (incluindo envenenamento por monóxido de carbono) e encefalite por herpes, convulsões, procedimentos no cérebro, tumores, ect, esclerose múltipla, trasntorno por uso de alcool, benzo, toxinas
50
transt. amnéstico aiagnóstico
quando há prejuízo na capacidade de aprender novas informações ou incapacidade de evocar informações aprendidas anteriormente
51
amnésia anterógrada
capacidade de assimilar novas informações
52
amnésia retrógrada
incapacidade de evocar conhecimento anteriormente lembrado
53
síndrome de korsakoff
síndrome amnéstica causada por deficiência de tiamina associada frequentemente a desnutrição dos abusadores de álcool. pode ocorrer também em cancer gastrico, hemodialise, hiperemese gravidica, hiperalimentação prolongada e plicatura gástrica geralmente acompanhada da encefalopatia de wernicke mudanças comportamentais do tipo apatia e redução das funções executivas confabulação é muito presente um quartp dos pacientes não apresenta melhora mesmo depois do tratamento com reposição de tiamina
54
neurossífilis
surge 10 a 15 anos após infecção primária pelo treponema pallidum raro hoje em dia por causa da penicilina os sintomas incluem alterações da personalidade, baixo discernimento, irritabilidade e redução dos cuidados consigo mesmo. Delírios de grandeza estão presentes em 10 a 20%. A doença avança com o desenvolvimento de demência e tremor até que o indivíduo fique paralisado. Os sintomas neurológicos incluem pupilas de Argyll-Robertson, que são pequenas, irregulares, desiguais e sem reflexo fotomotor, tremor, disartria e hiper-reflexia. O exame do líquido cerebrospinal (LCS) exibe linfocitose, aumento de proteína e resultado positivo no teste de VDRL
55
doenças de Lyme
causada pela espiroqueta Borrelia Burgdorferi, transmitida pela mordida do carrapato do veado vacina profilática nem sempre é eficaz tto = 14 a 21 dias de doxiciclina
56
doença de creutzfeldt-jakob
condição letal, de progressão rápida começa com uns sintomas parecidos com gripe e prejuízo cognitivo. A medida que evolui, vai apresentando achados neurológicos focais e outros sintomas neuropsiquiátricos até chegar a morte agente infeccioso é o príon transmissão se dá por meio de inoculação de tecido infectado não tem tto que salve
57
Kuru
doença priônica epidemica da nova guiné causada por rituais canibalescos, nos quais cérebros eram ingeridos mulheres são mais afetadas que homens Sinais e sintomas neuropsiquiátricos consistem em ataxia, coreia, estrabismo, delirium e demência.
58
doença de gertsmann straussler scheinker
doença hereditária, de caráter autossômico dominante mutação do gene PrP síndrome neurodegenerativa caracterizada por ataxia, coreia e declínio cognitivo que conduz a demência
59
insônia familiar fatal
doença do príon hereditária que afeta principalmente o tálamo sintomas consistem em febre, sudorese, pressão arterial lábil e taquicardia
60
síndrome do chapeleiro maluco
intoxicação por mercúrio depressão, irritabilidade e psicose, cefaleia, tremores e fraqueza
61
intoxicação por chumbo
Quando os níveis ultrapassam 200 mg/L, ocorrem sintomas de encefalopatia por chumbo grave, com tontura, incoordenação, ataxia, irritabilidade, inquietação, cefaleia e insônia. Mais tarde, surge delirium agitado, acompanhado por vômitos e perturbações visuais, que progridem para convulsões, letargia e coma tratamento preferido para facilitar a excreção de chumbo é a administração intravenosa de edetato de cálcio dissódico (versenato de cálcio dissódico) diariamente durante cinco dias.
62
loucura mangânica
envenenamento por manganês cefaleia, irritabilidade, dores articulares e sonolência. Um quadro final surge de labilidade emocional, riso patológico, pesadelos, alucinações e atos compulsivos e impulsivos associados a períodos de confusão e agressividade
63
delirium especificadores
Especificar se: * *Agudo:** Duração de poucas horas a dias. * *Persistente:** Duração de semanas ou meses. Especificar se: **Hiperativo:** O indivíduo tem um nível hiperativo de atividade psicomotora que pode ser acompanhado de oscilação de humor, agitação e/ou recusa a cooperar com os cuidados médicos. **Hipoativo**: O indivíduo tem um nível hipoativo de atividade psicomotora que pode estar acompanhado de lentidão e letargia que se aproxima do estupor. **Nível misto de atividade:** O indivíduo tem um nível normal de atividade psicomotora mesmo com perturbação da atenção e da percepção. Inclui ainda pessoas cujo nível de atividade oscila rapidamente.
64
transtorno neurocognitivo maior
A. Evidências de declínio cognitivo importante a partir de nível anterior de desempenho em um ou mais domínios cognitivos (atenção complexa, função executiva, aprendizagem e memória, linguagem, perceptomotor ou cognição social), com base em: 1. Preocupação do indivíduo, de um informante com conhecimento ou do clínico de que há declínio significativo na função cognitiva; e 2. Prejuízo substancial no desempenho cognitivo, de preferência documentado por teste neuropsicológico padronizado ou, em sua falta, por outra investigação clínica quantificada. B. Os déficits cognitivos interferem na independência em atividades da vida diária (i.e., no mínimo, necessita de assistência em atividades instrumentais complexas da vida diária, tais como pagamento de contas ou controle medicamentoso). C. Os déficits cognitivos não ocorrem exclusivamente no contexto de delirium. D. Os déficits cognitivos não são mais bem explicados por outro transtorno mental (p. ex., transtorno depressivo maior, esquizofrenia).
65
Transtorno neurocognitivo leve
A. Evidências de declínio cognitivo pequeno a partir de nível anterior de desempenho em um ou mais domínios cognitivos (atenção complexa, função executiva, aprendizagem e memória, linguagem, perceptomotor ou cognição social) com base em: 1. Preocupação do indivíduo, de um informante com conhecimento ou do clínico de que ocorreu declínio na função cognitiva; e 2. Prejuízo pequeno no desempenho cognitivo, de preferência documentado por teste neuropsicológico padronizado ou, em sua falta, outra avaliação quantificada. B. Os déficits cognitivos não interferem na capacidade de ser independente nas atividades cotidianas (i.e., estão preservadas atividades instrumentais complexas da vida diária, como pagar contas ou controlar medicamentos, mas pode haver necessidade de mais esforço, estratégias compensatórias ou acomodação). C. Os déficits cognitivos não ocorrem exclusivamente no contexto de delirium. D. Os déficits cognitivos não são mais bem explicados por outro transtorno mental (p. ex., transtorno depressivo maior, esquizofrenia).
66
alzheimer diagnóstico dsm
Provável doença de Alzheimer é diagnosticada se qualquer um dos seguintes está presente; caso contrário, deve ser diagnosticada possível doença de Alzheimer. 1. Evidência de uma mutação genética causadora de doença de Alzheimer a partir de história familiar ou teste genético. 2. Todos os três a seguir estão presentes: a. Evidências claras de declínio na memória e na aprendizagem e em pelo menos outro domínio cognitivo (com base em história detalhada ou testes neuropsicológicos em série). b. Declínio constantemente progressivo e gradual na cognição, sem platôs prolongados. c. Ausência de evidências de etiologia mista (i.e., ausência de outra doença neurodegenerativa ou cerebrovascular ou de outra doença ou condição neurológica, mental ou sistêmica provavelmente contribuindo para o declínio cognitivo).
67
demência frontotemporal diagnóstico dsm
A. São atendidos os critérios para transtorno neurocognitivo maior ou leve. B. A perturbação tem surgimento insidioso e progressão gradual. C. Qualquer um entre (1) e (2): 1. Variante comportamental: a. Três ou mais dos sintomas comportamentais a seguir: i. Desinibição comportamental. ii. Apatia ou inércia. iii. Perda de simpatia ou empatia. iv. Comportamento perseverante, estereotipado ou compulsivo/ritualístico. v. Hiperoralidade e mudanças na dieta. b. Declínio proeminente na cognição social e/ou nas capacidades executivas. 2. Variante linguística: a. Declínio proeminente na capacidade linguística, na forma de produção da fala, no encontro de palavras, na nomeação de objetos, na gramática ou na compreensão de palavras. D. Preservação relativa da aprendizagem e da memória e da função perceptomotora. E. A perturbação não é mais bem explicada por doença cerebrovascular, outra doença neurodegenerativa, efeitos de uma substância ou outro transtorno mental, neurológico ou sistêmico.
68
demência corpos de lewy dsm
o indivíduo tem apenas uma característica central ou um ou mais aspectos sugestivos. 1. Características diagnósticas centrais: a. Cognição oscilante, com variações acentuadas na atenção e no estado de alerta. b. Alucinações visuais recorrentes, bem formadas e detalhadas. c. Características espontâneas de parkinsonismo, com aparecimento subsequente ao desenvolvimento do declínio cognitivo. 2. Características diagnósticas sugestivas: a. Atende a critérios de transtorno comportamental do sono do movimento rápido dos olhos (ou sono REM – rapid eye movement). b. Sensibilidade neuroléptica grave. D. A perturbação não é mais bem explicada por doença vascular cerebral, outra doença neurodegenerativa, efeitos de uma substância ou outro transtorno mental, neurológico ou sistêmico.
69
demencia vascular dsm
A. São atendidos os critérios para transtorno neurocognitivo maior ou leve. B. Os aspectos clínicos são consistentes com uma etiologia vascular, conforme sugerido por um dos seguintes: 1. O surgimento de déficits cognitivos está temporariamente relacionado com um ou mais de um evento cerebrovascular. 2. Evidências de declínio são destacadas na atenção complexa (incluindo velocidade de processamento) e na função executiva frontal. C. Há evidências da presença de doença cerebrovascular a partir da história, do exame físico e/ou de neuroimagem consideradas suficientes para responder pelos déficits cognitivos. D. Os sintomas não são mais bem explicados por outra doença cerebral ou transtorno sistêmico.
70
Transtorno Neurocognitivo Maior ou Leve Devido a Lesão Cerebral Traumática diagnóstico
A. São atendidos os critérios para transtorno neurocognitivo maior ou leve. B. Há evidências de uma lesão cerebral traumática – isto é, um impacto na cabeça ou outros mecanismos de movimento rápido ou deslocamento do cérebro dentro do crânio, com um ou mais dos seguintes: 1. Perda de consciência. 2. Amnésia pós-traumática. 3. Desorientação e confusão. 4. Sinais neurológicos (p. ex., neuroimagem que mostra lesão; um novo início de convulsões; piora marcante de um transtorno convulsivo preexistente; cortes no campo visual; anosmia, hemiparesia). C. O transtorno neurocognitivo apresenta-se imediatamente após a ocorrência da lesão cerebral traumática ou imediatamente após a recuperação da consciência, persistindo após o período agudo pós-lesão.
71
Transtorno Neurocognitivo Maior ou Leve Devido a Infecção por HIV
A. São atendidos os critérios diagnósticos para transtorno neurocognitivo maior ou leve. B. Há infecção documentada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). C. O transtorno neurocognitivo não é mais bem explicado por condições não HIV, incluindo doenças cerebrais secundárias, como leucoencefalopatia multifocal progressiva ou meningite criptocócica. D. O transtorno neurocognitivo não é passível de atribuição a outra condição médica e não é mais bem explicado por um transtorno mental.
72
Transtorno Neurocognitivo Maior ou Leve Devido à Doença de Parkinson
A. São atendidos os critérios para transtorno neurocognitivo maior ou leve. B. A perturbação ocorre no cenário da doença de Parkinson estabelecida. C. Há surgimento insidioso e progressão gradual do prejuízo. D. O transtorno neurocognitivo não é atribuível a outra condição médica, não sendo mais bem explicado por outro transtorno mental.
73
Transtorno neurocognitivo devido a doença de huntington
A. São atendidos os critérios para transtorno neurocognitivo maior ou leve. B. Há surgimento insidioso e progressão gradual. C. Há a doença de Huntington clinicamente estabelecida ou o risco dessa doença com base na história familiar ou em teste genético. D. O transtorno neurocognitivo não pode ser atribuído a outra condição médica e não é mais bem explicado por outro transtorno mental.
74