Transtornos da comunicação Flashcards
Competência linguística refere-se a
4 domínios fonologia, gramática, semântica pragmática
Fonologia
capacidade de produzir os sons que constituem as palavras em um determinado idioma e à habilidade de distinguir vários fonemas
(sons correspondentes a uma letra ou a um grupo de letras em um
idioma)
Gramática
organização de palavras
e das regras que permitem colocá-las em uma ordem que faça sentido em um determinado idioma
Semântica
organização de conceitos e à aquisição das palavras propriamente ditas
Pragmática
tem a ver com o uso real da
linguagem e de “regras” de conversação, como a pausa, de modo
que o ouvinte possa responder a uma pergunta, sabendo o momento
exato de mudar de tópico sempre que houver uma pausa na conversação.
1 ano - desenvolvimento da fala e da linguagem
Reconhece o próprio nome. Fica em pé com ajuda.
Segue orientações simples acompanhadas de gestos (p. ex., dar
tchau).
Dá os primeiros passos com apoio.
Pronuncia uma ou duas palavras. Usa objetos comuns (p. ex., colher, xícara).
Mistura palavras e sons de jargões. Solta objetos sem protestar.
Utiliza gestos comunicativos (p. ex., mostrando, apontando).
2 anos - desenvolvimento da fala e da linguagem
Usa até 300 palavras.
Identifica e atribui nomes aos objetos mais comuns.
Usa duas palavras ou frases um pouco mais longas.
Usa algumas preposições (p. ex., em, sobre), pronomes (p. ex., você,
eu), flexões verbais (p. ex., no passado, no gerúndio) e plurais (s),
porém nem sempre na forma correta.
Adora brincar com brinquedos de ação.
3 anos - desenvolvimento da fala e da linguagem
Usa até 1.000 palavras.
Cria frases de 3 a 4 palavras, em geral com o sujeito e o verbo, porém
com estruturas simples.
Obedece aos comandos de duas etapas.
Repete frases com 5 a 7 sílabas.
Via de regra a fala é compreendida pelos membros da família.
4 anos - desenvolvimento da fala e da linguagem
Usa até 1.600 palavras.
Repete histórias e eventos do passado recente.
Compreende a maior parte das questões sobre o ambiente imediato.
Usa conjunções (p. ex., se, mas, porque).
Via de regra, a fala é compreendida por pessoas estranhas.
5 anos - desenvolvimento da fala e da linguagem
Usa até 2.300 palavras. Consegue se vestir sem ajuda.
Discute sentimentos.
Compreende a maior parte das preposições que se referem ao espaço
(p. ex., acima, ao lado, na direção de) e ao tempo (p. ex., antes,
depois, até).
Obedece aos comandos de três etapas. Reconhece parcial ou totalmente os relacionamentos.
Escreve o próprio nome.
6 anos - desenvolvimento da fala e da linguagem
Define as palavras por função e atributos.
Usa uma grande variedade de frases complexas bem estruturadas. Consegue atirar uma bola satisfatoriamente.
Usa todos os componentes de uma frase (p. ex., verbos, sujeitos,
advérbios, adjetivos, conjunções, preposições).
Compreende as associações entre letras e sons na leitura.
Transtorno da linguagem diagnóstico
A. Dificuldades persistentes na aquisição e no uso da linguagem em suas diversas modalidades
(i.e., falada, escrita, linguagem de sinais ou outra) devido a déficits na compreensão ou na produção,
inclusive:
1. Vocabulário reduzido (conhecimento e uso de palavras).
2. Estrutura limitada de frases (capacidade de unir palavras e terminações de palavras de modo
a formar frases, com base nas regras gramaticais e morfológicas).
3. Prejuízos no discurso (capacidade de usar vocabulário e unir frases para explicar ou descrever
um tópico ou uma série de eventos, ou ter uma conversa).
B. As capacidades linguísticas estão, de forma substancial e quantificável, abaixo do esperado para
a idade, resultando em limitações funcionais na comunicação efetiva, na participação social, no
sucesso acadêmico ou no desempenho profissional, individualmente ou em qualquer combinação.
C. O início dos sintomas ocorre precocemente no período do desenvolvimento.
D. As dificuldades não são atribuíveis a deficiência auditiva ou outro prejuízo sensorial, a disfunção
motora ou a outra condição médica ou neurológica, não sendo mais bem explicadas por deficiência
intelectual (transtorno do desenvolvimento intelectual) ou por atraso global do desenvolvimento.
Diagnóstico diferencial transtornos da linguagem
Variações normais na linguagem.
Deficiência auditiva ou outra deficiência sensorial. (deve ser excluida)
Deficiência intelectual (transtorno do desenvolvimento intelectual).
Distúrbios neurológicos.
Regressão da linguagem.
Subtipos transtornos da linguagem
expressiva: diz respeito a dificuldade de a criança produzir linguagem
receptiva: é a criança que tem dificuldades no entendimento de alguem falando com ela
Quando é misto, geralmente tem algum outro déficit adicional
Transtornos da fala diagnóstico
A. Dificuldade persistente para produção da fala que interfere na inteligibilidade da fala ou impede
a comunicação verbal de mensagens.
B. A perturbação causa limitações na comunicação eficaz, que interferem na participação social, no
sucesso acadêmico ou no desempenho profissional, individualmente ou em qualquer combinação.
C. O início dos sintomas ocorre precocemente no período do desenvolvimento.
D. As dificuldades não são atribuíveis a condições congênitas ou adquiridas, como paralisia cerebral,
fenda palatina, surdez ou perda auditiva, lesão cerebral traumática ou outras condições
médicas ou neurológicas.
transtorno da fala, caracteristicas clínicas
dificuldade aqui é em produzir os sons relacionados a fala
dificuldade para pronunciar
de modo correto os sons da fala em decorrência da omissão
de sons, de distorções nos sons ou de pronúncia atípica
impressão de conversa de bebê
Transtornos da fala diagnóstico
A. Dificuldade persistente para produção da fala que interfere na inteligibilidade da fala ou impede
a comunicação verbal de mensagens.
B. A perturbação causa limitações na comunicação eficaz, que interferem na participação social, no
sucesso acadêmico ou no desempenho profissional, individualmente ou em qualquer combinação.
C. O início dos sintomas ocorre precocemente no período do desenvolvimento.
D. As dificuldades não são atribuíveis a condições congênitas ou adquiridas, como paralisia cerebral,
fenda palatina, surdez ou perda auditiva, lesão cerebral traumática ou outras condições
médicas ou neurológicas.
Transtorno da Fluência com
Início na Infância (Gagueira)
A. Perturbações na fluência normal e no padrão temporal da fala inapropriadas para a idade e para
as habilidades linguísticas do indivíduo persistentes e caracterizadas por ocorrências frequentes
e marcantes de um (ou mais) entre os seguintes:
1. Repetições de som e sílabas.
2. Prolongamentos sonoros das consoantes e das vogais.
3. Palavras interrompidas (p. ex., pausas em uma palavra).
4. Bloqueio audível ou silencioso (pausas preenchidas ou não preenchidas na fala).
5. Circunlocuções (substituições de palavras para evitar palavras problemáticas).
6. Palavras produzidas com excesso de tensão física.
7. Repetições de palavras monossilábicas (p. ex., “Eu-eu-eu-eu vejo”).
B. A perturbação causa ansiedade em relação à fala ou limitações na comunicação efetiva, na participação
social ou no desempenho acadêmico ou profissional, individualmente ou em qualquer
combinação.
C. O início dos sintomas ocorre precocemente no período do desenvolvimento. (Nota: Casos de início
tardio são diagnosticados como 307.0 [F98.5] transtorno da fluência com início na idade adulta.)
D. A perturbação não é passível de ser atribuída a um déficit motor da fala ou sensorial, a disfluência
associada a lesão neurológica (p. ex., acidente vascular cerebral, tumor, trauma) ou a outra
condição médica, não sendo mais bem explicada por outro transtorno mental.
Gagueira com inicio na infancia aparece até
os 6 anos de idade em 80 a 90% dos casos
transtorno da comunicação social pragmática
A. Dificuldades persistentes no uso social da comunicação verbal e não verbal como manifestado
por todos os elementos a seguir:
1. Déficits no uso da comunicação com fins sociais, como em saudações e compartilhamento
de informações, de forma adequada ao contexto social.
2. Prejuízo da capacidade de adaptar a comunicação para se adequar ao contexto ou às necessidades
do ouvinte, tal como falar de forma diferente em uma sala de aula do que em
uma pracinha, falar de forma diferente a uma criança do que a um adulto e evitar o uso de
linguagem excessivamente formal.
3. Dificuldades de seguir regras para conversar e contar histórias, tais como aguardar a vez, reconstituir
o que foi dito quando não entendido e saber como usar sinais verbais e não verbais
para regular a interação.
4. Dificuldades para compreender o que não é dito de forma explícita (p. ex., fazer inferências)
e sentidos não literais ou ambíguos da linguagem (p. ex., expressões idiomáticas, humor,
metáforas, múltiplos significados que dependem do contexto para interpretação).
B. Os déficits resultam em limitações funcionais na comunicação efetiva, na participação social,
nas relações sociais, no sucesso acadêmico ou no desempenho profissional, individualmente ou
em combinação.
C. O início dos sintomas ocorre precocemente no período inicial do desenvolvimento (embora os
déficits possam não se tornar plenamente manifestos até que as demandas de comunicação
social excedam as capacidades limitadas).
D. Os sintomas não são atribuíveis a outra condição médica ou neurológica ou a baixas capacidades
nos domínios da estrutura da palavra e da gramática, não sendo mais bem explicados por
transtorno do espectro autista, deficiência intelectual (transtorno do desenvolvimento intelectual),
atraso global do desenvolvimento ou outro transtorno mental.
transtorno da comunicação social pragmática X autismo
foi incluído no DSM para atender às crianças que tinham um deficit na comunicação verbal e não verbal com fins sociais, mas que não tinham padrões de interesses restritos