Neurorradio III - Hemorragias Flashcards

1
Q

Hemorragia intra-craniana - Avaliação inicial: como e pq?

A

TC (alta sensibilidade - permite dx e localizar): serve pra detectar emergência do ponto de vista cirúrgico

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2
Q

Hemorragia intra-craniana - Função da TC

A

Detectar hemorragia + localização

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3
Q

Hemorragia intra-craniana - Tipos 2

A
  • Intraparenquimatosa
  • Subaracnoide
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4
Q

Hemorragia intra-craniana - Conduta após realização de TC e após estabilização do paciente

A

RM

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Q

Hemorragia intra-craniana - Função da RM

A

Detectar etiologia do sangramento

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6
Q

Hemorragia hiperaguda: Sinais e tempo

A

< 1 dia

T1: ISO
T2: ISO ou HIPER

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7
Q

Hemorragia aguda: Sinais e tempo

A

1 a 3 dias

Desoxihemoglobina

T1: ISO ou HIPO
T2: HIPO

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8
Q

Hemorragia subaguda precoce: Sinais e tempo

A

3 a 7 dias

Metahemoglobina intracelular

T1: HIPER
T2: HIPO

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9
Q

Hemorragia subaguda tardia: Sinais e tempo

A

7 a 14-28 dias

Metahemoglobina extracelular

T1: HIPER
T2: vai aumentando

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10
Q

Hemorragia crônica: Sinais e tempo

A

> 14-28 dias

Periferia: hemossiderina intracelular
T1 e T2 HIPO

Centro: T1 ISO e T2 HIPER

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11
Q

Hemorragia na sequência de suscetibilidade magnética (ponderada em gradiente)

A

Sinal das estruturas paramagnéticas (sangue, cálcio, ferro) fica muito baixo

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12
Q

FLAIR - Pra que serve?

A

T2, porém anula/satura/inverte o sinal do espaço liquórico (sulcos corticais ficam preto, praticamente sem sinais)

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13
Q

Característica mais sensível pra detectar HSA

A

Alto sinal dos sulcos corticais no FLAIR (pode nem aparecer na TC)

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14
Q

Como aparece HSA nas sequências gradiente-ECO

A

Baixo sinal nos sulcos corticais nas convexidades (conteúdo paramagnético)

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15
Q

Duas vantagens da RM sobre a TC na detecção de HSA

A

Detecta menor quantidade de sangue

Detecta HSA subaguda (que não é tão hiperdenso na TC)

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16
Q

Sulcos brancos no FLAIR - Dx diferenciais 4

A
  • HSA
  • Meningite
  • Disseminação tumoreal do espaço liquórico (carcinomatose leptomeníngea)
  • Exame sob anestesia (Fio2 no 100% causa alterações fisico-químicas no líquor, fazendo com que seu sinal não caia no FLAIR)

Ou seja, é sensível, mas não específico

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17
Q

Hemorragia intraparenquimatosa - Primária: grupo de acometimento e etiologias 2

A

Ocorre preferencialmente nos idosos

  • Hemorragia hipertensiva (HAS)
  • Angiopatia cerebral amiloide
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18
Q

Hemorragia intraparenquimatosa - Primária: hemorragia hipertensiva - local de acometimento em ordem 4

A

Regiões mais profundas

1) Putâmen
2)Tálamo
3) Ponte e cerebelo
4) Pode até ser lobar (mas quando lobar, atentar-se para outros dx, pois não é tão específico)

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19
Q

Hemorragia intraparenquimatosa - Primária: hemorragia hipertensiva - Pq sangram e =m regiões mais profundas (fisiopato)?

A

Regiões mais profundas, pois a pressão de um vaso calibroso vai ser transmitida abruptamente para um vaso muito fino, lesionando os vasos perfurantes (mais fragilidade) > formando aneurismas de sarcot buchat > hemorragias profundas

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20
Q

Hemorragia intraparenquimatosa - Primária: angiopatia cerebral amiloide - local de acometimento

A

Mais periférica, nos lobos/região cortical

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21
Q

Hemorragia intra-parenquimatosa - Secundária: subdivisão 2

A
  • Causa estrutural
  • Causa sistêmica
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22
Q

Hemorragia intraparenquimatosa - Secundária de causa estrutural: exemplos 4

A

Neoplasia
Mal formação vascular
Transformação de isquemia em hemorragia
Trombose que transforma em hemorragia

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23
Q

Hemorragia intra-parenquimatosa - Secundária de causa sistêmica

A

Plaquetopenia, diátase hemorrágica

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24
Q

Hemorragia intraparenquimatosa no jovem - causa principal

A

Secundária

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25
Q

Hemorragia intraparenquimatosa primária - Emergência hipertensiva: aspecto típico na TC

A

Lesão hiperdensa, elíptico, nas regiões profundas já citadas

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26
Q

Hemorragia intraparenquimatosa primária - Hipertensão: Sempre fazer RM?

A

Se QC clássico de emergência hipertensiva + achado clássico na TC (muitas vezes nem precisa de RM)

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27
Q

Hemorragia intraparenquimatosa primária - Angiopatia amiloide: Acometimento

A

Vasos periféricos, pequenos vasos corticais com HEMORRAGIA LOBAR

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28
Q

Hemorragia intraparenquimatosa primária - Angiopatia amiloide: Fisiopato

A

Deposição da proteína beta-amiloide na parede de vasos finos (capilares) periféricos e corticais > hemorragias

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29
Q

Hemorragia intraparenquimatosa primária - Angiopatia amiloide: QC

A

Geralmente idosos normotensos + déficit neurológico súbito (> 55 anos)

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30
Q

Hemorragia intraparenquimatosa primária - Angiopatia amiloide: Achado na TC

A
  • Hematoma periférico próximo ao córtex
  • Edema em volta
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31
Q

Hemorragia intraparenquimatosa primária - Angiopatia amiloide: Achados típicos na RM 3

A
  • Hematoma periférico
  • Microhemorragias (no gradiente, vários focos hipo de micro-sangramentos antigos bilateralmente)
  • Siderose cortical superficial (no gradiente, linhas hipointensas que delimitam superfície dos giros
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32
Q

O que é siderose cortical superficial?

A

Depósito de hemossiderina na superfície dos giros da convexidade do parênquima encefálico > denotam hemorragias subaracnoides crônicas

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33
Q

Mecanismo de HSA na siderose cortical superficial

A

Hemorragias periféricas > rompem pia-máter > HSA

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34
Q

Sinal da siderose cortical superficial

A

Sinal do trilho de trem: 2 linhas pretas paralelas

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35
Q

Microhemorragias: angiopatia cerebral amiloide x HAS crônica - Diferença na distribuição

A

Angiopatia cerebral amiloide: microhemorragias periféricas

HAS crônica: microhemorragias profundas

36
Q

QC principal das microhemorragias

A

Assintomáticas

37
Q

Sinais de mal prognóstico das hemorragias intraparenquimatosas primárias 4

A
  • Grande volume ( > 30ml)
  • Morfologia irregular, atenuação heterogênea (significa que ainda tá crescendo, não atingiu tamanho máximo)
  • Extensão intraventricular
  • Foco de realce pelo meio de contraste que não tem contato com o vaso (sangramento ativo - Spot Sign)
38
Q

Diferença de sinal do sangue coagulado e não coagulado

A

Hiperdenso: coagulado

Hipodenso: não coagulado

39
Q

Hemorragia intraparenquimatosa primária - Evolução mais comum x menos comum

A

Evolução mais comum: hemorragia permanecer estável nas primeiras 48h

Mas, alguns hematomas podem continuar crescendo (os de sinais de pior prognóstico tem mais chance)

40
Q

Hemorragia intraparenquimatosa primária - Pq extensão intraventricular é de pior prognóstico?

A

Pois pode formar aderências, fazendo com que o epêndima grude, obstruindo a circulação livre do líquor (maior morbidade)

41
Q

Sinal do foco/”Spot sign” - O que é e o que significa? E oq tomar cuidado?

A

Quando injeta contraste na hemorragia intraparenquimatosa e o contraste extravasa por um ponto (ponto mais denso ainda que o hematoma), significa sangramento ativo e que ainda vai crescer provavelmente

Foco hiperdenso tem que estar SEM contato com vaso, pq se não é um pseudoaneurisma e é a causa de extravazamento

42
Q

Hemorragia intraparenquimatosa primária - O que significa linhas hipodensas dentro do hematoma?

A

Significa que ainda há sangue não coagulado dentro do hematoma (quando há a formação do coágulo, a água sai e o coágulo fica hiperdenso), então significa sangramento mais recente ainda

43
Q

Hemorragia intraparenquimatosa primária - Sinal do redemoinho

A

Linhas hipodensas dentro do hematoma (sangue não coagulado), sangramento mais recente

44
Q

Hemorragia intraparenquimatosa primária - Sinal do buraco negro

A

Área hipodensa dentro do hematoma (sangue não coagulado), sangramento mais recente

45
Q

Como calcula volume da hemorragia intra-parenquimatosa?

A

Mede os maiores eixos ortogonais do hematoma (crânio-caudal, ântero-posterior e látero-lateral), multiplica e x 0,52

46
Q

Spot sign - Características e prognóstico 3

A

Quanto mais numerosos, quanto maior e quanto mais denso, pior é o prognóstico

47
Q

2 principais causas de HSA

A

1- Trauma
2- Rotura de aneurisma sacular

48
Q

Fases do hematoma na TC - Primeiros segundos

A

Ainda não tá denso, pois não coagulou

49
Q

Fases do hematoma na TC - Aguda: tempo e como aparece?

A

0 a 3 dias

Densidade cresce (coágulo vai expulsando a água): 50 a 100 UH

50
Q

Fases do hematoma na TC - Subaguda: tempo e como aparece?

A

3 a 15 dias

Densidade vai voltando pro que era antes: 100 a 50 UH (próximo dos 15 dias, vai ficando parecido com o parênquima)

51
Q

Fases do hematoma na TC - Subaguda: próximo de 15 dias, como fica?

A

Densidade tende a ficar parecido com o parênquima

52
Q

Fases do hematoma na TC - Subaguda tardia/crônica: tempo e como aparece?

A

> 20 a 30 dias

Densidade fica hipodensa, mais próxima do líquor, mais hipodensa que o parênquima: < 30 UH

53
Q

Fases do hematoma na TC - Avaliar fases a partir de quando?

A

A partir do início dos sintomas

54
Q

Fases do hematoma na RM - Hiperaguda: tempo e como aparece?

A

Primeiras horas (difícil de pegar nessa fase)

T1: Iso
T2: Brilha

55
Q

Fases do hematoma na RM - Aguda: tempo e como aparece e pq?

A

Até 3 dias (mais comum de fazer a RM nessa fase)

T1: Isointenso
T2: Dark (hipo)

Aparece assim por conta da desoxi-hemoglobina (T2)

56
Q

Fases do hematoma na RM - Subaguda precoce: tempo e como aparece?

A

3 dias a 1 semana

T1: Brilha
T2: Dark (hipo)

57
Q

Hematoma ficou branco no T1, o que significa?

A

Já passou de 3 dias

58
Q

Fases do hematoma na RM - Subaguda tardia: tempo e como aparece e pq?

A

1 semana à 1 mês

T1: Brilha
T2: Brilha

Pois tem a fase da meta-hemoglobina extracelular (T2)

59
Q

Hematoma ficou branco no T2, o que significa?

A

Passou de 1 semana

60
Q

Fases do hematoma na RM - Crônica: tempo e como aparece e pq?

A

Após 1 mês

T1: Dark
T2: Dark

Hemossiderina

61
Q

Hematoma preto no T1 e T2, o que significa?

A

Passou de 1 mês

62
Q

Mnemônico das fases do hematoma na RM

A

T1 / T2
I B
I D
B D
B B
D D

Obs: Hiperaguda, aguda, subaguda precoce, subaguda tardia e crônica

Obs: D = Dark / B = Brilha / I = Iso

63
Q

O que indica o início da fase subaguda precoce?

A

Brilha no T1 (meta-hemoglobina)

64
Q

O que indica o início da fase subaguda tardia?

A

Brilha no T2 (meta-hemoglobina extra-celular)

65
Q

Hematoma fase aguda - Qual substância?

A

Desoxihemoglobina

66
Q

Hematoma fase subaguda tardia - Qual substância

A

Metaemoglobina extra-celular

67
Q

Hematoma fase crônica - Qual substância

A

Hemossiderina

68
Q

Artefato de Bluming - Oq é e oq significa

A

Bem preto na sequência SWI e na sequência gradiente, um preto que extravaza a borda do hematoma

Hematoma agudo ou crônico (desoxihemoglobina ou hemossiderina)

69
Q

Qual método de imagem mais sensível pra HSA?

A

RM

70
Q

RM é específica pra HSA? E pq?

A

NÃO
Exame com anestesia usando FiO2 100% (não há supressão do líquor), meningite, etc tbm aumenta sinal dos sulcos e fissuras no FLAIR

71
Q

Padrões da HSA - 4

A
  • Cisternal difuso ou aneurismático (principal causa do cisternal difuso é rotura de aneurisma)
  • Convexidade
  • Cisternal limitado
  • TC negativa
72
Q

Padrões da HSA - Padrão cisternal difuso: como é 3

A

Preenche:
- Cisternas
- Fissura silviana
- Fissura inter-hemisféricas

73
Q

Padrões da HSA - Covexidade: como é

A
  • Ocorre na alta convexidade (nos sulcos)
74
Q

Padrões da HSA - Cisternal limitado: como é

A
  • Hemorragia restrita nas cisternas peri-mesencefálicas e desce pras cisternas pré-pontinas
75
Q

Padrões da HSA - TC negativa

A

TC vem normal, só sendo detectada na punção do líquor (hemácia)

76
Q

Ou seja, EXAME mais sensível pra HSA

A

Líquor

77
Q

Padrões da HSA não traumática - Padrão cisternal difuso: Epidemio

A

85% das HAS

78
Q

Padrões da HSA não traumática - Padrão cisternal difuso: Causas 2 e conduta

A
  • Rotura de aneurisma
  • Dissecção de artérias intracranianas

Angio TC procurando aneurisma sacular

79
Q

Aneurisma em “calo de sangue”: Características

A
  • Mais difícil de ver pelo exame de imagem
  • Não ficam nas bifurcações
  • Localizam-se mais na porção superior da carótida interna supraclinoide
80
Q

Padrões da HSA não traumática - Cisternal limitado: Epidemio

A

10%

81
Q

Padrões da HSA não traumática - Cisternal limitado: Causas e características

A

Geralmente origem venosa (hemorragia perimesencefálica benigna)

Benigna pois não evoluem com vasoespasmo e não tem um prognóstico ruim

82
Q

Padrões da HSA não traumática - Covexidade: Causas

A

Depende da faixa etária

83
Q

Padrões da HSA não traumática - Covexidade: Causas > 50 anos

A

Angiopatia cerebral amiloide

84
Q

Padrões da HSA não traumática - Covexidade: Causas < 50 anos 2

A
  • Trombose venosa
  • Vasoconstrição cerebral reversível
85
Q

Padrões da HSA não traumática - Covexidade: Causas mais incomuns 2

A

Embolia séptica (origem cardíaca)
Vasculites sistêmicas

86
Q

Adulto jovem com hemorragia intracerebral espontânea (hematoma) - Etiologia mais frequente

A

Malformação arteriovenosa OU cavernoma