Doppler I - Doppler de Carótidas e Vertebrais I Flashcards
O que é fluxo laminar e quais vasos tem?
Fluxo em que o centro é mais rápido que a periferia
Artérias mais longas, que não são tortuosas
Pq ocorre fluxo laminar?
Pois o atrito das hemácias com a parede diminui a velocidade do fluxo
Como começa
Modo B
Modo B - Oq avaliar
- Fazer a varredura da carótida
- Presença de placa
- Estimativa morfológica da estenose
Oq fazer após o modo B?
Doppler colorido
Doppler colorido - Oq avaliar 4
- Demonstra fluxo no vaso de interesse
- Presença de aliasing, turbulência pós-estenótica
- Melhor definição das placas (principalmente as muito hipoecogênicas)
- DIFERENCIA A OCLUSÃO E QUASE OCLUSÃO
Oq fazer após o doppler colorido?
Doppler pulsado
Doppler pulsado - Oq avaliar? 4
- Padrão de onda de uma pequena área (volume de amostra)
- Quantificação hemodinâmica (como funciona o fluxo naquele ponto)
- Medidas de velocidade
- Quantifica o grau de estenose
Doppler espectral (pulsado) - Estenose de carótida interna: Onde colocar o volume de amostra?
- Na carótida comum, o mais distal possível (perto do bulbo, mais próximo possível da bifurcação)
- Na carótida interna, utilizamos a maior medida de velocidade que obtermos durante a mensuração
Doppler espectral (pulsado) - Ângulo Doppler: Oq é
Linha Doppler (insonação do feixe de usg) e eixo do fluxo arterial
Doppler espectral (pulsado) - Ângulo Doppler: Valor e pq?
Deve ser menor que 60º
Pois influencia a velocidade, principalmente se maior de 60º
Doppler espectral (pulsado) - Ângulo Doppler: como ajustar no vaso normal?
- Centro da luz
- O mais paralelo possível à parede do vaso (linha do fluxo)
Doppler espectral (pulsado) - Ângulo Doppler: como ajustar no vaso patológico?
Paralelo à direção do fluxo
Pq colocar o volume de amostra no centro da artéria?
Pois as artérias normais têm fluxo laminar, ou seja, no centro é mais rápido e próximos às paredes são mais lentos
Oq representa as partes preenchidas por “riscos” no gráfico da velocidade? Como chama?
São as hemácias com velocidades semelhantes
Banda espectral
Oq é a janela sistólica?
É a área de ausência de sinal abaixo do gráfico
Como é a janela sistólica num fluxo laminar normal?
Limpa (pretinha)
Como é a janela sistólica e a banda espectral num fluxo turbulento?
Borramento da janela sistólica, pois existem hemácias com velocidades diferentes e indo pra lados diferentes
+
Alargamento da banda espectral
Situações em que artificialmente ocorre o borramento da janela sistólica 2
- Aumento grande do ganho do PW
- Comprime muito o transdutor (mão mais pesada, desarranja o fluxo)
Escala de Doppler - Oq é e oq fazer
PRF
Ajustar para aquele vaso
PRF - Como ajustar?
Quanto maior a velocidade, maior deve ser o PRF
O PRF deve ter pelo menos a metade da velocidade do sangue que estou estudando
- Veias: PRF menores
- Artérias: PRF maiores
PRF - Artéria tireoideana
20-30 cm/s
PRF - Artéria carótida
30-40 cm/s
Oq acontece se usar um PRF muito baixo?
Todo o vaso fica com aliasing
Oq acontece se usar um PRF muito alto?
Toda a artéria se colore igual, então onde se esperaria um aliasing (estenose ex) continua normal, da mesma cor
OU
Pode não aparecer fluxo numa semi-oclusão (e confundir com oclusão total)
Importância do PRF ajustado na carótida
Dá aliasing se tiver turbilhonamento do fluxo (nas estenoses)
Valor adequado do PRF na carótida
30-40 cm/s ou 0,3-0,4 m/s
Carótida interna x Carótida externa: Calibre
Carótida interna: MAIOR
Carótida externa: menor
Carótida interna x Carótida externa: Ramos
Carótida interna: Raramente
Carótida externa: Sim
Carótida interna x Carótida externa: Orientação
Carótida interna: Lateral
Carótida externa: Medial
Carótida interna x Carótida externa: Resistência vascular
Carótida interna: baixa
Carótida externa: ALTA
Carótida interna x Carótida externa: Percussão temporal (explicar oq é e diferença)
Percute a artéria temporal e transmite a percussão pra artéria carótida externa
Carótida interna: Negativa
Carótida externa: Pequenas deflexões no gráfico (no mesmo ritmo da percussão), mais facilmente vistas na diástole
Espectros de onda - ACI
Circulação cerebral
- Baixa resistência: fluxo sempre anterógrado, na diástole e na sístole + sístole alta e diástole cheia
Espectros de onda - ACE
- Alta resistência: Pico sistólico é mais agudo e mais alto + diástole é baixa (menor que da ACI), ausente ou até componente reverso
Espectros de onda - ACC
- Resistência intermediária: com fluxo diastólico SEMPRE anterógrado, porém, resistência intermediária (não tão alta como na ACE nem tão baixa como na ACI)
Características do fluxo da ACC
Afetados pelo coração (ICC, arritmia: altera o fluxo na carótida. EX ICC tem fluxo de menor amplitude, insuficiência aórtica pode ter refluxo na diástole)
Achados normais da carótida comum - Modo B 3
Paredes regulares e lisas
Luz anecoica
Ausência de espessamento da íntima ou placas visíveis
Achados normais da carótida comum do doppler colorido
Anatômico, sem aliasing, sem turbilhonamento
Achados normais da carótida comum - Valores Doppler pulsado
- Velocidade do pico sistólico (VPS) < 125 cm/s
- Velocidade do pico diastólico (VPD) < 40-45 cm/s
- Relação VPS ACI/ VPS ACC < 2
Avaliação da camada médio intimal - Pq espessamento é importante?
Maior risco de eventos isquêmicos agudos coronarianos e AVC
É obrigatório medir a camada médio intimal?
Hoje em dia todos fazem (antigamente o médico tinha que pedir, mas hoje deve-se fazer)
Avaliação da camada médio intimal - Como medir? 9
- Imagem na longitudinal da carótida (pegar a ACC, o bulbo, a bifurcação e o começo das ACI e ACE na imagem)
- Paredes devem estar o mais paralelas possíveis à superfície do transdutor
- Medida na parede posterior
- 1,0 cm antes do bulbo
- Incluir uma amostra de pelo menos 1 cm
- Manual ou automática (maioria dos aparelhos tem a medida automática, se tiver é o melhor)
- Se for manual, fazer a média de 3 medidas
- Sem zoom ou harmônica
- NÃO incluir a adventícia (só íntima e muscular)
Avaliação da camada médio intimal - Valor normal
Até 0,10 mm é normal
Avaliação da camada médio intimal - Como é a cor no usg
É a linha mais branquinha na interface com a luz até o final da camada hipoecogênica (que é a camada muscular), ADVENTÍCIA NÃO ENTRA (adventícia é a branquinha atrás)
Principal indicação do Doppler de carótidas
Ateromatose
Ateromatose - Oq é
Doença de grandes e médias artérias, caracterizadas por acúmulo progressivo de lipídeos, proteína e colesterol na camada íntima das artérias
Ateromatose - Distribuição preferencial
Bifurcações e angulações vasculares
Ateromatose - Fatores predisponentes 5
- HAS
- Tabagismo
- Obesidade
- Hipercolesterolemia
- Nefropatia crônica
ETC
Oq é uma placa ateromatosa? (Diferença do espessamento medio intimal) 3
- Espessura total > 1,5 mm
OU - Protrusão > 0,5 mm para a luz
OU - Espessura 1,5 x > espessura mediointimal adjacente
Caracterização da placa 6
- Localização (ACC, bulbo, ACI, ACE)
- Dimensões (extensão e espessura)
- Ecotextura (iso, hipo ou hiper)
- Homogênea ou heterogênea
- Superfície regular ou irregular (tem ulceração?)
- Presença de calcificações
Como medir a espessura da placa?
No plano transversal (local de maior espessura)
Como é a placa heterogênea e oq significa?
Áreas hipoecoicas ou anecoicas
Representam hemorragia, tem maior risco embólico
Toda placa de superfície irregular tem úlcera - V ou F
F
Nem toda irregularidade na superfície é úlcera
Ecogenicidade da placa - Como avaliar?
Comparação com o músculo (esternocleido)
Placas hipoecogênicas - Significado 4
- Maior conteúdo lipídico
- Área de hemorragia
- Instáveis
- Muitas vezes não se identificam (necessário modo doppler ou PW caracteriza ou faz p dx)
Placas isoecogênicas - Significado
Placas fibrosas
Placas hiperecogênicas (presença de calcificações) - Significado
Cronicidade e estabilidade (mais difíceis de romper)
Placa ulcerada - Como vemos no modo B? 2 E no modo colorido? 1
- Cavidade no interior da placa
- Limites bem definidos
- Fluxo no interior da cavidade (fluxo turbulento)
Oq é placa culpada?
Placa que já causou um evento vascular (termo retrospectivo)
Oq é placa instável/vulnerável? 2
- Superfície ulcerada (fluxo no interior da cavidade ao doppler colorido)
- Hipo/anecogênica, não calcificada, heterogênea, áreas hipoecogênicas ou císticas (hemorragia)
Qual o melhor jeito de não deixar passar uma placa vulnerável e deve-se colocar no laudo?
Modo doppler (as vezes no modo B deixa passar, por ser muito hipoecogênica)
SIM, deve ser colocada no laudo (risco maior), mesmo não dando estenose significativa
Como diferenciar irregularidade na superfície da placa e placa ulcerada?
Irregularidade não tem fluxo
Placa ulcerada tem fluxo na ulceração
Importância da placa instável/vulnerável
Maior risco embólico
Fatores que levam à ruptura de uma placa vulnerável causando AVC 2
- Principalmente aumento da pressão sanguínea (pico pressórico)
- Vasoespasmo
Pq modo colorido é importante na avaliação da placa?
Pois as vezes não vemos a ulceração no modo B, apenas com o modo colorido vê-se o fluxo no interior da placa (cuidado)
Conduta do radiologista ao ver placa instável
Colocar no laudo (pois deve ser tratada antes de ter o AVC)