Patologia dentária (terminado) Flashcards

1
Q

Considerações sobre as infeções dentárias

A

As infeções com origem dentária e periodontal são comuns e têm implicações locais e, em alguns casos, sistémicas

Além de provocarem dor e desconforto, podem resultar em complicações potencialmente fatais, como infeções dos
planos fasciais profundos da cabeça e pescoço, osteomielite da mandíbula ou disseminação hematogénica

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2
Q

Epidemiologia

A

As doenças orais são um problema de saúde pública, uma vez que afetam grande parte da população, influenciam os seus níveis de saúde, de bem-estar e de qualidade de vida

Segundo o Global Burden of Disease Study de 2015, quase
metade da população mundial apresenta cáries dentárias ou periodontite

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3
Q

Dor odontogénica aguda - intensidade: ligeira a moderada (ex: pulpite, abcesso periapical ou pericoronarite)

A

Dar paracetamol

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4
Q

Dor odontogénica aguda - intensidade: ligeira ou moderada, acompanhada de marcado componente inflamatório

A

Dar AINE: Ibuprofeno como 1ª linha

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5
Q

Dor odontogénica aguda - intensidade: moderada a intensa

A

Dar associação AINE + paracetamol

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6
Q

Dor odontogénica aguda - intensidade: moderada a intensa, se a associação AINE com paracetamol não for efetiva

A

Associar opióide, sendo a codeína a primeira escolha

Se contraindicação ou intolerância à codeína, substituir por tramadol

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7
Q

Dor odontogénica aguda - intensidade: muito intensa que não cede à associação paracetamol com AINE e com codeína

A

Opioides potentes

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8
Q

Dor pós-operatória

A

A dor pós cirurgia de terceiros molares inclusos constitui o paradigma da dor pós-operatória

No controlo da dor peri-operatória deve iniciar-se a analgesia antes da cirurgia

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9
Q

Dor pós-operatória de intensidade ligeira a moderada

A

Paracetamol

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10
Q

Dor pós-operatória de intensidade ligeira ou moderada, acompanhada de marcado componente inflamatório

A

AINE: Ibuprofeno como 1ª linha

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11
Q

Dor pós-operatória de intensidade moderada a intensa

A

Associação AINE + paracetamol

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12
Q

Dor pós-operatória de intensidade moderada a intensa, se a associação AINE com paracetamol não for efetiva

A

Associar opióide

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13
Q

Prescrição de antibióticos na patologia dentária

A

O uso de antibióticos na patologia infeciosa dentária e periodontal não substitui o tratamento dentário/cirúrgico

Em muitas situações o procedimento estritamente operatório (desbridamento radicular, drenagem) pode anular ou diminuir a necessidade de antibiótico

Existe indicação para antibioterapia sempre que o doente apresente um quadro de infeção odontogénica com
repercussão sistémica. O uso de antibióticos é igualmente justificado em indivíduos de risco sético acrescido

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14
Q

Infeções endodônticas de origem pulpar

A

Tratamento endodôntico é a primeira opção

Antibioterapia concomitante se repercussão sistémica ou se doente de risco sético acrescido

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15
Q

Abcesso periapical/dentoalveolar

A

Bem delimitado (doença “local”). Os sinais inflamatórios, além da tumefação, são praticamente inexistentes, encontrando-se geralmente uma área de flutuação; dor localizada e repercussão sistémica modesta

Tratamento: eliminação da causa («tratar o dente») e drenagem/ desbridamento cirúrgico – se instituída precocemente, esta abordagem é suficiente em muitos casos

Se necessária antibioterapia (por exemplo: febre ou prostração) esta é empírica – 1ª linha: amoxicilina

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15
Q

Periodontite

A

O tratamento operatório deve preceder a terapêutica antibiótica. O tempo até à antibioterapia deve ser reduzido ao mínimo

A antibioterapia sistémica só tem indicação como complemento da terapêutica mecânica

Não há consenso acerca da melhor antibioterapia. Considerar como 1ª linha o metronidazol (+/- amoxicilina).
Alternativas: clindamicina e tetraciclinas (se o agente etiológico for o Actinobacillus actinomycetemcomitans)

16
Q

Periodontite agressiva do adolescente ou pré pubertária

A

Agente etiológico predominante: Actinobacillus actinomycetemcomitans

Regime antibiótico: combinação de metronidazol com amoxicilina (resultados satisfatórios se instituído precocemente e associado a terapêutica operatória). Alternativa: tetraciclinas

17
Q

Abcesso periodontal

A

Indicação para anDbioterapia, se acompanhado de manifestações sistémicas, como mal-estar, febre ou linfadenopatia

A antibioterapia deve acompanhar a terapêutica operatória

18
Q

Gengivoestoma+te ulcera+va necrotizante aguda

A

Causada por anaeróbios, carateriza-se por úlceras da mucosa (tipicamente associadas a amputação das papilas),
hemorragia, halitose e linfadenopatia

Tratamento: eliminação de placa e cálculo supra e subgengival associada a desinfeção local de sulcos e bolsas periodontais + terapêutica antibiótica

19
Q

Pericoronarite

A

Infeção dos tecidos moles que envolvem um dente em erupção

Merece as mesmas
considerações que o abcesso dento-alveolar: incisão, desbridamento e drenagem, desinfeção local e eventualmente antibioterapia

Pode ser necessária a extração do dente envolvido

20
Q

Celulite

A

Doença sistémica, tumefação com limites e dor difusos, com rubor e calor na sua evolução e, geralmente, decorre com febre, leucocitose e PCR elevada;

A terapêutica antibiótica inicial é empírica; amoxicilina+ácido clavulânico ou clindamicina podem ser usadas em
situações em que ainda haja condições para iniciar o tratamento em ambulatório

No internamento, sugere-se, como antibioterapia de primeira linha, a associação penicilina G (ou ampicilina) e metronidazol. A clindamicina é uma alternativa válida

Nas celulites mais graves ou com complicações, considerar associar um aminoglicosideo, habitualmente a gentamicina. Os carbapenemes têm interesse em presença de infeções causadas por microrganismos
multirresistentes com suscetibilidade conhecida ou provável

Tempo mínimo de tratamento: 5 dias para além do ponto de melhoria substancial ou resolução dos sinais e sintomas

21
Q

Fasceíte necrotizante

A

Necrose das fáscias e tecido celular subcutâneo, com eventual formação de gás. Exige internamento prolongado, tem elevada mortalidade e é especialmente frequente no doente imunodeprimido.

Os exames direto e cultural são obrigatórios

Os fatores que influenciam o prognóstico são: desbridamento precoce, circunstância da doença associada, progressão da infeção para os espaços retro faríngeo, pré-traqueal, bainhas carotídeas e mediastino

A antibioterapia deve ser tripla: beta-lactâmico associado a metronidazol e aminoglicosideo

22
Q

Osteomielite supurada

A

Infeção do osso basal da maxila ou mandíbula, tendo indicação para antibioterapia orientada para o agente etiológico

23
Q

ATB se abcesso apical ou pericoronarite

A

Amoxicilina é 1ª linha

Associação amoxicilina + ácido clavulânico se:
* Toma de amoxicilina nos últimos 30 dias;
* > 72 h de evolução de doença sem terapêutica

24
Q
A