Dioscope - Saúde materna Flashcards

1
Q

Programa Nacional da Gravidez de Baixo Risco - visão global

A

Gravidez
-
Parto
-
Puérpera e RN

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2
Q

Definição de morte materna (MM)

A

Morte de uma mulher enquanto grávida ou até 42 dias após o
termo da gravidez, independentemente da duração ou da localização da gravidez, que seja devida a causa relacionada ou agravada pela gravidez ou por medidas tomadas em relação a ela, mas não devida a causas acidentais ou fortuitas

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3
Q

Definição de rácio de mortalidade materna (RMM)

A

É o número de mortes maternas durante um período de tempo, dividido por 100 000 nados-vivos no mesmo período

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4
Q

Definição de taxa de mortalidade materna (TMM)

A

É o número de mortes maternas durante um determinado período de tempo, dividido por 100 000 mulheres em idade reprodutiva durante o mesmo período

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5
Q

Consulta pré-concecional - eficácia

A

Os cuidados pré-concecionais contribuem para a redução da mortalidade e morbilidade
materna, neonatal e infantil e promovem a saúde de mães e crianças

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6
Q

3 objetivos da consulta pré-concecional

A
  • Contribuir para o sucesso da gravidez através da identificação precoce de fatores de risco
    modificáveis e promoção da sua correção
  • Estabelecer o risco de anomalia reprodutiva, e propor medidas tendentes à sua
    minimização ou eliminação. Se necessário referenciar para aconselhamento especializado
  • Promover a participação ativa de ambos os elementos do casal nas questões de saúde sexual e reprodutiva
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7
Q

Consulta pré-concecional: história clínica

A
  • Estado geral de saúde da mulher/casal e respetivos antecedentes pessoais e familiares
  • Avaliação do consumo de tabaco, álcool
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8
Q

Consulta pré-concecional: exame objetivo

A
  • Peso, altura, IMC
  • Pressão arterial
  • Exame mamário
  • Exame ginecológico
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9
Q

Consulta pré-concecional: MCDTs

A
  • Grupo sanguíneo e fator RhD
  • Hemograma; glicémia jejum
  • Rastreio das hemoglobinopatias
  • DSTs: Sífilis, hepatite B (vacinação, se aplicável), VIH
  • Serologias da Rubéola (com respetiva vacinação, se aplicável), Toxoplamose e Citomegalovirus
  • Rastreio do cancro do colo do útero
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10
Q

Consulta pré-concecional: vacinação

A
  • Avaliação do estado vacinal e atualização do PNV (Td, VASPR)
  • VASPR ≥4 semanas antes de engravidar (recomendado 3M)
  • Recomendar a vacinação contra a gripe
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11
Q

Consulta pré-concecional: terapêutica

A
  • Ácido fólico 400µg/ dia
  • Risco acrescido de vir a ter uma criança com defeito do tubo neural -> dose diária 5mg/dia
  • Aporte diário de iodo de 150 µg/dia
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12
Q

Consulta pré-concecional - determinar/ efetuar

A

História clínica: determinar o estado geral de saúde da mulher/casal e respetivos antecedentes pessoais e familiares

Avaliação física: peso e altura (índice de massa corporal)/ pressão arterial/ exame mamário/ exame ginecológico (atenção à genitália externa para deteção de situações de mutilação genital feminina)

Avaliação laboratorial: determinar grupo sanguíneo e fator RhD/ hemograma/ glicemia em jejum/ rastreio das hemoglobinopatias/ rastreio da sífilis, hepatite B (vacinação, se aplicável), HIV/ serologias da rubéola (com respetiva vacinação, se aplicável), toxoplasmose e citomegalovírus (se aplicável)

Rastreio do cancro do colo do útero, se não foi efetuado há menos de 3 anos

Avaliação do estado vacinal e atualização do PNV (prioridade na vacinação contra o tétano, a difteria, a rubéola e o sarampo)

Avaliação do estado nutricional, peso adequado e distúrbios do comportamento alimentar

Avaliação do consumo de tabaco, álcool e outras SPA

Avaliação de fatores de risco social, tais como pobreza, imigração, desemprego, refugiados, condições habitacionais precárias

Rastreio da violência nas relações de intimidade através de perguntas tipo, como: “existem conflitos familiares que a estejam a preocupar? tem tido problemas de relacionamento com o seu companheiro? sente-se segura na sua relação?”

Avaliação de fatores de risco familiares/contexto de vida

Preenchimento do BSR/PF (avaliação pré-concecional)

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13
Q

Consulta pré-concecional: informar/ validar/ requisitar

A

Riscos inerentes a qualquer consumo de álcool ou outras SPA durante a pré-conceção e nos primeiros momentos da gravidez

Riscos do consumo de tabaco durante a gravidez

Risco de infeções de transmissão sexual e adoção de comportamento seguros

Estado nutricional, peso adequado, hábitos alimentares e estilos de vida saudável

Aspetos psicológicos, familiares, sociais e financeiros relacionados com a preparação da gravidez e da parentalidaed

Vantagens de um início precoce e continuado da vigilância pré-natal

Recomendar o registo da data das menstruações

Recomendar a vacinação contra a gripe

Prevenção de toxinfeções

Boletim de Saúde Reprodutiva/ Planeamento familair

Suplemento de ácido fólico e iodo (a iniciar antes de parar a contraceção)

Ponderar referenciação para consulta de cessação tabágica

Ponderar referenciação para consulta especializada as mulheres que não são capazes de abandonar os consumos de álcool ou outras SPA

Ponderar referenciação para consulta de psicologia, consulta com assistente social ou para Unidade de Cuidados na Comunidae

Ponderar referenciação para HAp ou HAPD (de acordo com protocolo de cada UCF)

Ponderar referenciação para as Equipas para a Prevenção da Violência em Adultos (EPVA) e Núcleos de Apoio às Crianças e Jovens em Risco

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14
Q

Cuidados pré-natais: O esquema de vigilância e conduta durante a gravidez dependem

A

O esquema de vigilância e conduta durante a gravidez dependem da existência ou não de patologia

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15
Q

Cuidados pré-natais: Avaliação do risco pré-natal

A

Escala de Goodwin modificada

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16
Q

Cuidados pré-natais: Avaliar o bem-estar materno e fetal através

A

Avaliar o bem-estar materno e fetal através da história clínica e dos dados dos exames
complementares de diagnóstico

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17
Q

Cuidados pré-natais: detetar precocemente

A

Detetar precocemente situações desviantes do normal curso da gravidez ou fatores de risco que
possam afetar a evolução da gravidez e o bem-estar materno e fetal, estabelecendo a sua
orientação

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18
Q

Cuidados pré-natais: promover

A

Promover a educação para a saúde, integrando o aconselhamento e o apoio psicossocial ao longo da
vigilância periódica da gravidez

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19
Q

Cuidados pré-natais: preparar

A

Preparar para o parto e parentalidade

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20
Q

Escala de Goodwin Modificada - 4 parâmetros a avaliar

A

História reprodutiva

História obstétrica anterior

Patologia associada

Gravidez atual

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21
Q

Escala de Goodwin Modificada - história reprodutiva

A

Idade
- inferior ou igual a 17 anos ou superior a 40 anos: 3 pontos
- 18 a 29 anos: 0 pontos
- 30 a 39 anos: 1 ponto

Paridade
- 0: 1 ponto
- 1 a 4: 0 pontos
- 5 ou mais: 3 pontos

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22
Q

Escala de Goodwin Modificada - história obstétrica anterior

A

Aborto habitual (3 ou mais consecutivos) - 1 ponto

Infertilidade - 1 ponto

Hemorragia pós-parto/ dequitadura manual - 1 ponto

RN >= 4000 g - 1 ponto

Pré-eclâmpsia ou eclâmpsia - 1 ponto

Cesariana anterior - 2 pontos

Feto morto/ morte neonatal - 3 pontos

Trabalho de parto prolongado ou difícil - 1 ponto

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23
Q

Escala de Goodwin Modificada - patologia associada

A

Cirurgia ginecológica anterior - 1 ponto

Doença renal crónica - 2 pontos

Diabetes gestacional - 1 ponto

Diabetes mellitus - 3 pontos

Doença cardíaca - 3 pontos

Outras (bronquite crónica, lúpus), índice de acordo com a gravidade - 1 a 3 pontos

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24
Q

Escala de Goodwin Modificada - gravidez atual (1ª visita e 36ª semana)

A

Hemorragias <= 20 semanas - 1 ponto

Hemorragias > 20 semanas - 3 pontos

Anemia (<= 10 g) - 1 ponto

Gravidez prolongada >= 42 semanas - 1 ponto

Hipertensão - 2 pontos

Rotura prematura de membranas - 2 pontos

Hidrâmnios - 2 pontos

ACIU (atraso de crescimento intrauterino) - 3 pontos

Apresentação pélvica - 3 pontos

Isoimunização Rh - 3 pontos

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25
Q

Escala de Goodwin Modificada - classificação da gravidade

A

Baixo risco 0 – 2

Médio risco 3 – 6

Alto risco ≥ 7

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26
Q

Idade gestacional cronológica

A

A partir da data da última menstruação

Deve ser revista com os dados da ecografia do 1º Trimestre

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27
Q

Idade gestacional definitiva

A

Definida pelo comprimento crânio-caudal, na ecografia das
11-13 semanas e seis dias

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28
Q

Idade gestacional - PMA

A

Quando a gravidez resulta de técnicas de Procriação Medicamente Assistidas, a idade
gestacional deve ser calculada utilizando a idade do embrião no dia da transferência e a data
da transferência intrauterina

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29
Q

Esquema de consultas

A

Realizar a 1ª consulta, o mais precocemente possível e até às 12 semanas de gravidez (1º trimestre de gravidez)

Realizar as consultas de vigilância pré-natal, após a 1ª consulta:
- a cada 4-6 semanas até às 30 semanas
- a cada 2-3 semanas entre as 30 e as 36 semanas
- a cada 1-2 semanas após as 36 semanas até ao parto

Todas as grávidas, entre as 36 e as 40 semanas, devem ter acesso a uma consulta no hospital onde se prevê que venha a ocorrer a parto, programada de acordo com as especificidades estabelecidas em cada Unidade Coordenadora Funcional (UCF)

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30
Q

Suplementação

A

Ácido fólico

Iodo

Ferro

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31
Q

Suplementação - ácido fólico

A

Deve ser iniciada o mais precocemente possível a toma de 400 ug por dia

As grávidas com filho anterior com defeito do tubo neural ou com história familiar desta situação devem realizar diariamente uma dose superior (5 mg/dia)
Esta dose também está indicada em mulheres com doenças ou sob terapêutica associadas a diminuição da biodisponibilidade de ácido fólico

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32
Q

Suplementação - iodo

A

Deve ser iniciada o mais precocemente possível a toma de iodeto de potássio - 150-200 ug/dia (desde que não existam contraindicações para o fazer)

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33
Q

Suplementação - ferro

A

Deve ser iniciada a suplementação com 30-60 mg/dia de ferro elementar (na ausência de CIs para o fazer)

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34
Q

Rastreios analíticos - 1º trimestre (11)

A

Inferior a 13 semanas

  • citologia cervical - conforme recomendações do Plano Nacional de Prevenção e Controlo das Doenças Oncológicas 2007-2010 para as mulheres não grávidas
  • tipagem ABO e fator Rh D
  • pesquisa de aglutininas irregulares (teste de Coombs indireto)
  • hemograma completo
  • glicemia em jejum
  • VDRL
  • serologia rubéola - IgG e IgM (se desconhecido ou não imune em consulta pré-concecional)
  • serologia toxoplasmose - IgG e IgM (se desconhecido ou não imune em consulta pré-concecional)
  • Ac VIH 1 e 2
  • AgHBs
  • urocultura com eventual TSA
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35
Q

Rastreios analíticos - 2º trimestre (5)

A

18-20 semanas:
- serologia da rubéola: IgG e IgM, nas mulheres não imunes

24-28 semanas:
- hemograma completo
- PTGO com 75 gramas (colheita às 0h, 1h e 2 horas)
- serologia toxoplasmose - IgG e IgM (nas mulheres não imunes)
- pesquisa de aglutininas irregulares (teste de Coombs indireto)

36
Q

Rastreios analíticos - 3º trimestre (6)

A

32-34 semanas:
- hemograma completo
- VDRL
- serologia toxoplasmose: IgG e IgM (nas mulheres não imunes)
- Ac VIH 1 e 2
- AgHBs (nas grávidas não vacinadas e cujo rastreio foi negativo no 1º trimestre)

35-37 semanas:
- colheita (1/3 externo da vagina e ano-retal) para pesquisa de streptococcus beta hemolítico do grupo B

37
Q

Ecografias obstétricas

A

1º trimestre: entre as 11 e 13 semanas e 6 dias

2º trimestre: entre as 20 e 22 semanas e 6 dias

3º trimestre: entre as 30 e as 32 semanas e 6 dias

38
Q

Ecografia do 1º trimestre - 5 objetivos

A

Confirmar a viabilidade fetal

Determinar o número de fetos e corionicidade

Datar a gravidez
Diagnosticar malformações major e contribuir para a avaliação do risco de
aneuploidias

Rastreio combinado do 1ºT - Quantificar risco de trissomias (medida da translucência da nuca + idade materna + determinação da fração livre da
gonadotrofina coriónica humana (ß-hCG) + proteína A plasmática associada à
gravidez (PAPP-A))

39
Q

Ecografia do 2º trimestre - objetivo

A

Identificação de malformações fetais

40
Q

Ecografia do 3º trimestre - 2 objetivos

A

Avaliar o desenvolvimento fetal e o diagnóstico de anomalias tardias

Apresentação fetal, perímetro cefálico e abdominal; comprimento do fémur;
estimativa ponderal e parâmetros biofísicos de avaliação do bem-estar fetal

41
Q

Vacina contra a Tosse Convulsa

A

Entre as 20-36 semanas, idealmente até às 32 semanas

42
Q

Vacinas CIs na gravidez

A

Vacinas vivas

43
Q

4 vacinas que podem ser administradas, se necessário, na gravidez

A
  • Tétano e difteria (Td)
  • Hepatite B (VHB)
  • Vacina contra a gripe sazonal
  • Vacina contra Covid19
44
Q

3 rastreios na gravidez

A

Rastreio da neoplasia do colo do útero

Rastreio da violência doméstica
* Abordar na primeira consulta de vigilância pré-natal e nas consultas subsequentes,
sempre que julgado oportuno

Rastreio de grávidas com mutilação genital feminina
* Prevalências desta prática: Costa do Marfim, Egipto, Gâmbia, Guiné–Bissau, Guiné
Conacri, Nigéria, Senegal, …

45
Q

Violência por parceiro íntimo durante a gravidez

A

Desenlace fatal:
- homicídio
- suicídio

Impacto negativo na saúde:
- comportamentos prejudiciais à saúde
- saúde reprodutiva
- saúde física e mental

46
Q

Violência por parceiro íntimo durante a gravidez: comportamentos prejudiciais à saúde

A

Maior consumo de álcool e drogas

Maior consumo de tabaco

Maior atraso e/ou insuficiência na vigilância da gravidez

47
Q

Violência por parceiro íntimo durante a gravidez: saúde reprodutiva

A

Baixo peso ao nascer

Parto pré-termo

Insuficiente ganho de peso

Aborto espontâneo

Interrupção da gravidez

48
Q

Violência por parceiro íntimo durante a gravidez: saúde física e mental

A

Traumatismos e lesões

Incapacidades físicas

Sintomas físicos

Depressão

Dificuldade ou ausência de vinculação ao recém-nascido

Efeitos na criança

49
Q

Progressão ponderal - IMC antes de engravidar: baixo peso (IMC < 18,5)

A

Ganho de peso total: 12,5 - 18 kg

Ganho de peso médio por semana para o 2º e 3º trimestres - cerca de 0,5 kg por semana

50
Q

Progressão ponderal - IMC antes de engravidar: peso normal (18,5 <= IMC >= 24,9)

A

Ganho de peso total: 11,5 - 16 kg

Ganho de peso médio por semana para o 2º e 3º trimestres - cerca de 0,4 kg por semana

51
Q

Progressão ponderal - IMC antes de engravidar: excesso de peso (25 <= IMC >= 29,9)

A

Ganho de peso total: 7 - 11,5 kg

Ganho de peso médio por semana para o 2º e 3º trimestres - cerca de 0,3 kg por semana

52
Q

Progressão ponderal - IMC antes de engravidar: obesidade (IMC >= 30)

A

Ganho de peso total: 5 - 9 kg

Ganho de peso médio por semana para o 2º e 3º trimestres - cerca de 0,2 kg por semana

53
Q

Alimentação na gravidez - 3 conselhos gerais

A
  • Realizar entre 5 a 6 refeições diárias, para que a grávida não esteja mais do que 3 horas
    sem comer
  • Devem existir duas a três refeições principais e dois a três lanches
  • Ingestão de pelo menos litro e meio de água por dia
54
Q

Alimentação na gravidez - dietas vegan

A

Especial atenção a carências nutricionais, nomeadamente de ferro e vit. B12

55
Q

Toxinfeções alimentares

A

As grávidas estão mais vulneráveis a toxinfeções alimentares devido às alterações do sistema imunitário

56
Q

Toxoplasmose - recomendações

A

Especial cuidado de higiene das mãos e utensílios de cozinha depois de manusear carne crua

Consumir fruta e vegetais crus só depois de bem lavados; não consumir carne mal passada

57
Q

Listeriose - recomendações

A

Alimentos infetados frequentemente: leite e produtos lácteos não pasteurizados; peixe e carne crus e mal cozinhados; refeições pré-preparadas; frutas e vegetais crus, não lavados ou não cozinhados

Especial cuidado de higiene das mãos, utensílios e frigorífico

58
Q

Salmonelose - recomendações

A

Comum em aves e ovos, sendo transmitida pela ingestão de alimentos contaminados com fezes de animais, por isso, a importância de cozinhar muito bem os alimentos

Evitar pratos com ovos que não sejam cozinhados - maionese, mousses, … Cozinhar muito bem as aves e os ovos de maneira a que a gema e a clara fiquem sólidos

59
Q

Brucelose - recomendações

A

Contaminação por ingestão de carne mal cozinhada ou pelo consumo de produtos lácteos não pasteurizados tais como o leite, queijo e gelado

60
Q

Atividade física - 4 práticas recomendadas

A
  • Natação
  • Caminhadas
  • Yoga
  • Exercícios de aeróbica de baixo impacto
61
Q

Atividade física - 2 práticas não recomendadas

A
  • Desporto de contacto físico ou com risco de trauma abdominal
  • Se risco de parto pré-termo, placenta prévia, hemorragia vaginal ou rutura prematura de membranas
62
Q

Benefícios da atividade física

A

Melhora o tónus muscular, a força, a resistência e a postura

Ajuda a reduzir os edemas, a aliviar as lombalgias e a obstipação

63
Q

Saúde oral - cheque dentista

A

3 cheques-dentista por gravidez até 60 dias após o parto

64
Q

Saúde oral - 2 recomendações

A
  • Escovagem dos dentes deve-se efetuar diariamente (duas ou mais vezes), sendo uma
    delas antes de dormir e usando um dentífrico com flúor
  • O uso do fio dentário e/ou do escovilhão é suficiente uma vez por dia, de preferência
    antes da escovagem da noite
65
Q

Sexualidade

A

Quando não existem contraindicações, manter relações sexuais na gravidez não está associado a
qualquer resultado adverso

Se sangramento vaginal, rutura prematura de membranas ou risco de parto pré-termo, deve ser desaconselhado

66
Q

10 sinais de alerta

A

Hemorragia vaginal

Perda de líquido pela vagina

Corrimento vaginal com prurido/ardor

Dores abdominais/ pélvicas

Arrepios ou febre

Dor/ardor quando urina

Vómitos persistentes

Dores de cabeça fortes ou contínuas

Perturbações da visão

Diminuição dos movimentos fetais

67
Q

Consumo de tabaco, álcool e substâncias psicoativas (SPA)

A
  • Inquirir todas as grávidas relativamente ao consumo de tabaco, álcool e substancias
    psicoativas e à exposição ao fumo ambiental, o mais cedo possível na gravidez e em cada
    consulta
  • Disponibilizar intervenções psicossociais para a cessação do consumo de tabaco, álcool e SPA e referenciar para ajuda especializada, caso necessário
68
Q

Segurança Rodoviária

A
  • Todas as grávidas devem usar o cinto de segurança
  • Não deixar que o cinto de segurança exerça pressão sobre o abdómen -> faixa transversal do cinto de segurança será colocada sobre os ossos da bacia, de modo a ficar apoiada em baixo, e a faixa longitudinal, sobre o ombro, passando pelo esterno
  • No ultimo trimestre da gravidez, a grávida deve evitar usar os lugares com airbag frontal
  • Pode ser desaconselhável conduzir no final da gravidez, devido à proximidade do airbag
69
Q

Preparação para o parto

A
  • Cursos de Preparação para o Parto, constituem uma modalidade de intervenção a que todas as grávidas/casais devem ter acesso no decorrer da gravidez
  • Abordagem teórica e pratica
  • Permite às mulheres/casais a partilha, a expressão e o esclarecimento de medos, dúvidas e angústias decorrentes destas fases, num ambiente de grupo e de suporte mútuo
70
Q

Total de consultas

A

1ª consulta – antes das 12 semanas

2ª consulta – entre as 14 e as 16 semanas + 6 dias

3ª consulta – antes das 24 semanas

4ª consulta – entre as 27 e as 30 semanas + 6 dias

5ª consulta – entre as 34 e as 35 semanas + 6 dias

6ª consulta – entre as 36 e as 38 semanas + 6 dias

7ª consulta – Após as 40 semanas

71
Q

Profilaxia da isoimunização Rh

A
  • Administração de imunoglobulina Anti-D (300 mcg)
  • Indicado em todas as grávidas RhD negativo e com Coombs indirecto negativo
  • Realizada às 28 semanas
  • Resultado negativo de teste de Coombs realizado entre as 24-26 semanas
72
Q

Doença Hemolítica Perinatal (DHPN)

A

A partir da 6ª semana de gravidez, o feto Rh + começa a ter antigénio Rh em circulação
- sem profilaxia:

Passagem placentária de eritrócitos fetais para a circulação materna, portadores de
antigénios de superfície diferentes dos maternos
-
Destruição dos eritrócitos fetais e do recém-nascido por anticorpos maternos dirigidos especificamente contra os antigénios de membrana dessas células

73
Q

Profilaxia da isoimunização Rh - outras indicações

A

Pós parto com recém nascido do grupo Rh +, preferencialmente antes das 72h

Abortos:
* Interrupção médica da gravidez por métodos cirúrgicos, independentemente da idade
gestacional
* Aborto espontâneo completo ou qualquer tipo de aborto que necessite de curetagem uterina
após as 6 semanas de gestação
* Gravidez ectópica ou gravidez molar
* Ameaça de aborto com metrorragia
* Após as 12 semanas
* No caso de metrorragia intermitente, repetir anti-D de 6 em 6 semanas

Hemorragia da 2ª metade da gravidez (descolamento da placenta, placenta prévia)

Técnicas invasivas de diagnostico/terapêutica fetal

Cirurgia/trauma abdominal (inclui a versão externa)

Morte fetal

74
Q

Profilaxia da isoimunização Rh - se administração prévia

A

Profilaxia deve ser repetida 12 semanas após a primeira administração

MAS, não é necessário repetir antes das 28 semanas de gestação

75
Q

Profilaxia da isoimunização Rh - 2 condições sem indicação

A

Abortos anteriores às 6 semanas

Ameaça de aborto antes das 12 semanas

76
Q

Profilaxia da isoimunização Rh - 5 considerações

A

A imunoglobulina (Ig) anti-D (300mcg) deve ser disponibilizada, às 28 semanas de gestação, a todas as grávidas Rh – não sensibilizadas

As farmácias da ARS deve organizar-se de modo a poder responder às necessidades das grávidas seguidas nos serviços públicos de saúde da sua área de residência

Impresso modelo nº1804 deve ser sempre preenchido

É obrigatório o registo datado da administração da Ig anti-D no Boletim de Saúde da
Grávida

A administração é condicionada pelo prévio consentimento livre e esclarecido por
parte da grávida

77
Q

Profilaxia da isoimunização Rh - consulta das 22 semanas

A
  • Pedido do consentimento informado
  • Requisição da Ig anti-D à ARS
  • Preenchimento do impresso modelo nº1804
  • Pedido de teste de Coombs indirecto
78
Q

Profilaxia da isoimunização Rh - consulta das 28 semanas

A
  • Se Coombs negativo -> administração de Ig Anti-D
  • Preenchimento e devolução do impresso à farmácia
  • Registo no Boletim de Saúde da Grávida
79
Q

Hemoglobinopatias - exemplos

A

α e β Talassemias, Drepanocitose e outras variantes de hemoglobina

80
Q

Hemoglobinopatias - definição

A

São doenças hereditárias graves que apresentam maior prevalência em todo o mundo

81
Q

Hemoglobinopatias - epidemiologia

A

Zonas de maior prevalência em Portugal: Centro e Sul do País – Distritos de Beja, Évora,
Faro, Leiria, Lisboa, Santarém e Setúbal

Incidências mais elevadas na população de origem mediterrânica, africana e oriental

82
Q

Hemoglobinopatias - pesquisa

A

Pesquisa de Hemoglobinopatias a todas as mulheres em idade reprodutiva

Deteção de portadores de hemoglobinopatias
* Hemograma
* Estudo de hemoglobinas: eletroforese de
Hbs e a quantificação de HbA2 e F

Solicitar Hemograma

83
Q

Hemoglobinopatias - quando suspeitar?

A
  • Anemia e/ou microcitose e/ou hipocromia, após exclusão de sideropenia
    OU
  • Hemoglobina elevada
    OU
  • Parâmetros hematológicos normais mas a família da mulher ou do parceiro, oriunda dos distritos com maior prevalência de Hb S

-> Pedir estudo das hemoglobinas (electroforese de Hbs com quantificação de HbA2 e F)

84
Q

Quando suspeitar de hemoglobinopatias, na grávida…

A

Na grávida, não aguardar pela investigação de sideropenia,
solicitar, de imediato, a pesquisa de hemoglobinopatias nos dois
membros do casal

85
Q

Hemoglobinopatias - análise do resultado

A

Alteração da Hb e/ou VGM e/ou HGM com valores de HbA2, Hb F e eletroforese da
hemoglobina normais
o Não exclui hemoglobinopatia
o Se Hemoglobinopatia no outro elemento do casal -> indicado estudo molecular

Alterações no resultado do estudo de Hbs em ambos os membros do casal
- Gravidez em curso:
o Propor a realização do estudo do feto
o Contactar, de imediato, um Centro/Unidade de diagnóstico Pré-Natal, que
disponha de apoio em Geneticista Clínico e enviar o casal com urgência

86
Q

Hemoglobinopatias - consentimento informado

A

O estudo de hemoglobinas e testes moleculares são considerados exames preditivos

Deve ser previamente prestada informação adequada:
o Objetivo do rastreio
o Natureza do rastreio
o Consequências

Consentimento livre e esclarecido

Não deve ser realizado às crianças, salvo em situações clínicas que o justifiquem

87
Q
A