Dioscope - Principais urgências da área orto-traumatológica (terminado) Flashcards
Definição de entorse
Lesão de estruturas ligamentares que contribuem para a união de dois ossos
Quando ocorrem mais as entorses?
Durante a prática desportiva
Entorses - 2 principais locais
++ joelhos e tornozelos
Entorse - classificação
De acordo com gravidade:
* Grau I: rotura de algumas fibras
* Grau II: rotura parcial do ligamento
* Grau III: rotura completa
Entorse - clínica
- Dor, edema, hematoma e limitação funcional
- Instabilidade articular nos casos + graves
Entorse de grau 1 - clínica
Rotura mínima de um ligamento
- edema ligeiro
- pequena perda funcional
- sem instabilidade mecânica
- dor ligeira e equimoses raras
Entorse de grau 2 - clínica
Rotura incompleta de um ligamento
- edema moderado
- alguma perda funcional
- instabilidade mecânica ligeira
- dor moderada e equimoses frequentes
Entorse de grau 3 - clínica
Rotura completa de um ligamento
- edema severo
- grande perda funcional
- instabilidade mecânica
- dor e equimoses severas
Entorse - MCDTs
- Radiografia – exclusão de fratura
- Ecografia – avaliação de estruturas extra-articulares
Entorse - tratamento
- RICE – Repouso, Gelo, Compressão e Elevação
- MFR
Lesão músculo-esquelética mais frequente da população ativa
Entorse do tornozelo
Entorse no tornozelo - 5 FRs
- Descondicionamento físico
- Atletas sexo feminino > 30 anos e sexo masculino entre 15-24 anos
- Piso irregular
- História prévia de entorses
- Calçado inapropriado
Entorse do tornozelo - 3 tipos de lesão
Inversão - tornozelo para fora
Rotação - alta
Eversão - tornozelo para dentro
3 tipos de entorse do tornozelo
- Lateral -> equinovaro ou inversão/varo puro
- Medial -> eversão forçada do pé
- Sindesmótica -> dorsiflexão e eversão do tornozelo associadas à rotação interna da perna ou externa do pé
Entorse lateral do tornozelo
Equinovaro ou inversão/varo puro
Entorse medial do tornozelo
Eversão forçada do pé
Entorse sindesmótica do tornozelo
Dorisflexão e eversão do tornozelo associadas à rotação interna da perna ou
externa do pé
Entorse no tornozelo - exame objetivo
- Inspeção: edema e equimose
- Mobilidade articular
- Capacidade de suportar carga
- Palpação
Entorse no tornozelo - testes específicos
Squeeze test -> dor na compressão
* Compressão de ambas as diáfises que provoca dor na região do ligamento tibioperoneal anterior nas entorses sindesmóticas
Entorse no tornozelo - regras de Ottawa
Indicam necessidade de realização de radiografia, para
excluir/confirmar fraturas
Dor na zona do médio-pé +
* Dor à palpação da base do 5º metatarso OU
* Dor à palpação do osso navicular OU
* Incapacidade de apoio do pé
Dor na região maleolar +
* Dor à palpação do bordo posterior ou porção distal do maléolo lateral
OU
* Incapacidade de apoio do pé
Entorse no tornozelo - tratamento
RICE
* Repouso - recurso a auxiliares da marcha
* Gelo - 15-20minutos, de 3/3h durante as primeiras 48h ou até que edema melhore
* Compressão com banda elástica
* Elevação do MI para diminuir edema
Analgesia
Luxação - definição
Perda de congruência articular causada por trauma ou impacto súbito por queda ou acidente
Luxação - 2 tipos
Total vs parcial (subluxação)
Luxação - principais articulações
++ ombro e articulações interfalângicas dos dedos das mãos
Luxação - sintomas
- Deformidade óssea
- Dor a mobilização ativa
Luxação - MCDTs
Radiografia
Luxação - tratamento
Redução + imobilização + AINEs + MFR
Luxação acromioclavicular - definição
Lesão traumática da articulação acromioclavicular com disrupção dos ligamentos
acromioclaviculares ou coracoclaviculares
Luxação acromioclavicular - epidemiologia
Até 9% das lesões do ombro
++ homens, atletas
Traumatismo direto do ombro
Luxação acromioclavicular - exame objetivo
- Dor à palpação
- Contorno anormal do ombro
- Cross-body abduction -> avaliar estabilidade horizontal
Luxação acromioclavicular - classificação
Classificação de Rockwood:
* Tipo I: entorse da articulação acromioclavicular
* Tipo II: rotura dos ligamentos acromioclaviculares e entorse dos ligamentos
coracoclaviculares
* Tipo III: rotura de ambos os ligamentos
* Tipo IV: Tipo III + desvio posterior da clavícula
* Tipo V: Tipo III + desinserção trapézio e deltoide
* Tipo VI: Tipo III + clavícula subacromial ou subcoracoide
Luxação acromioclavicular - tratamento
Conservador: Tipo I, II e III -> suspensão braquial
Cirúrgico:
* Tipo III -> lesões agudas em atletas ou lesões cronicas refratárias ao tratamento
* Tipo IV e V
Fratura - incidência
- Adultos jovens, sexo masculino -> fraturas de alta energia
- Idosos, sexo feminino -> fraturas de baixa energia
Fratura - classificação
Causa:
* Traumáticas: Diretas, indiretas, por tração muscular
* Fraturas de stress
* Patológicas
Simples ou fechadas, expostas, complicadas
Fraturas incompletas (“fratura em ramo verde”), completas ou cominutivas
Fratura - sintomas
Dor, edema, hematoma, deformação, incapacidade funcional
Fratura - MCDTs
- Radiografia
- TC/RMN
Fratura - tratamento
- Redução da fratura + estabilização por imobilização
- Conservador ou Cirúrgico
Fratura da clavícula - epidemiologia
4% de todas as fraturas no adulto
Doentes jovens e ativos, ++ sexo masculino
Fratura da clavícula - fisiopatologia
Queda sobre o membro em extensão ou trauma direto do ombro
Fratura da clavícula - exame objetivo
Deformidade, tenting da pele
Fratura da clavícula - tratamento
- Conservador – suspensão braquial, MFR às 6-8 semanas
- Cirúrgico – indicação absoluta: fraturas expostas ou com exposição iminente, fraturas com lesão neurovascular associada
Fratura do rádio distal - epidemiologia
18% de todas as fraturas
++ mulheres
Fratura do rádio distal - fisiopatologia
Traumatismo de alta energia em jovens e baixa energia em idosos com osteopenia
Fratura do rádio distal - fator de risco
Osteoporose (aconselhável realizar DEXA após #Colles)
Fratura do rádio distal - sintomas
Dor e deformidade do punho, diminuição do arco de mobilidade
Fratura do rádio distal - classificação
Classificação por Epónimos:
- Die-punch – depressão da fossa semilunar
- Barton – fratura-luxação da articulação radiocárpica com envolvimento articular
- Chauffer – fratura estiloide radial
- Colles – baixa energia, extra articular, com desvio dorsal + radial
- FOOSH (fall on an outstretched hand)
- Smith – baixa energia, extra-articular, com desvio volar
Fratura do rádio distal - tratamento
- Conservador com tala gessada após redução fechada durante 3-6 semanas
- Cirúrgico
Luxação acromioclavicular - classificação de Rockwood: tipo 1
Tipo I: entorse da articulação acromioclavicular
Luxação acromioclavicular - classificação de Rockwood: tipo 2
Tipo II: rotura dos ligamentos acromioclaviculares e entorse dos ligamentos coracoclaviculares
Luxação acromioclavicular - classificação de Rockwood: tipo 3
Tipo III: rotura de ambos os ligamentos
Luxação acromioclavicular - classificação de Rockwood: tipo 4
Tipo IV: Tipo III + desvio posterior da clavícula
Luxação acromioclavicular - classificação de Rockwood: tipo 5
Tipo V: Tipo III + desinserção trapézio e deltoide
Luxação acromioclavicular - classificação de Rockwood: tipo 6
Tipo VI: Tipo III + clavícula subacromial ou subcoracoide
Fratura do colo do fémur - epidemiologia
Incidência crescente pelo envelhecimento da população
++ mulheres
Fratura do colo do fémur - prognóstico
Apresenta baixo potencial de consolidação
25-30% de mortalidade ao final do primeiro ano
Fratura do colo do fémur - sintomas
- Fratura impactada e fratura de stress: dor ligeira na região inguinal e/ou dor referida
na vertente medial da coxa e joelho - Fratura desviada: dor generalizada na região da anca
Fratura do colo do fémur - exame objetivo
- Fratura impactada e fratura de stress: sem deformidade, desconforto com mobilidade da articulação da anca
- Fratura desviada: encurtamento do membro, rotação externa e abdução
Fratura do colo do fémur - tratamento
Tx cirúrgico
Síndrome compartimental - definição
Aumento de pressão tecidular num compartimento fascial
* Emergência médica
Síndrome compartimental - epidemiologia
++ sexo masculino, adultos jovens
Síndrome compartimental - etiologia
Etiologia: traumática, imobilizações excessivamente apertadas, uso de esteroides, lesão por queimadura, lesão arterial, edema após isquémia
Síndrome compartimental - sintomas
- 1º sinal clínico: dor desproporcional à gravidade aparente da lesão
- Dor marcada à mobilização passiva dos dedos
- Parestesia/hipostesia
- Paralisia
- Achado tardio: palidez e cianose dos dedos e ausência de pulso periférico
Síndrome compartimental - MCDTs
Medição de pressão intracompartimental -> se pressão intracompartimental exceder 30mmHg ou se o diferencial entre a pressão arterial diastólica e a pressão
intracompartimental <30mmHg
Síndrome compartimental - tratamento
Fasciotomias emergentes para descompressão
Artrite séptica - definição
Infeção bacteriana de uma articulação
Artrite séptica - agente mais frequente
++ Staphylococcus aureus
Artrite séptica - sintomas
- Dor à mobilização da articulação
- Febre
- Monoarticular
- Claudicação ou incapacidade de carga sobre o membro afetado
- Derrame articular
- Articulação “bloqueada”
- Sinais inflamatórios
Artrite séptica - MCDTs
- Artrocentese
- PCR
Artrite séptica - tratamento
- Drenagem e remoção do tecido infetado
- Antibioterapia
- Repouso articular
Síndrome da Cauda Equina - definição
Compressão das raízes nervosas lombares, sagradas e coccígeas distais ao término do cone medular a nível das vértebras L1 e L2
Emergência médica!
Síndrome da Cauda Equina - causa
Causa: traumática ou não traumática
* Hérnia discal (mais frequente); lesões tumorais; fraturas vertebrais; infeções; pósmanipulação cirúrgica
Síndrome da Cauda Equina - sintomas
Lombalgia aguda intensa
Síndrome da Cauda Equina - sinais de alarme
Sinais de alarme para Síndrome da Cauda Equina:
- Quadro de instalação súbita e rapidamente progressiva de:
* Anestesia em sela
* Perturbação do sistema urinário (retenção urinária; IU) ou do sistema GI (incontinência fecal)
* Défices sensitivos e motores