Dioscope - Alimentação em idade pediátrica Flashcards

1
Q

Importância da alimentação

A

Existe uma importante relação entre a alimentação e o adequado crescimento e desenvolvimento na idade pediátrica, tal como na expressão do binómio saúde/ doença ao longo da vida

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2
Q

Período de maior importância da alimentação

A

O período entre o momento da conceção e o final dos 2 anos de idade especialmente vulnerável às influências ambientais e particularmente nutricionais, sendo denominado “janela dos primeiros 1000 dias”

O impacto que a alimentação nesta fase tem na saúde futura do indivíduo designa-se de “programação”, que é tanto metabólica como comportamental

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3
Q

Escola e alimentação

A

A escola desempenha um importante papel na prevenção, por ter uma vasta abrangência de intervenientes (crianças, educadores, cuidadores, família, membros da comunidade), pelo que são
locais estratégicos para a promoção de hábitos alimentares e de atividade física saudáveis

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4
Q

Papel dos profissionais de saúde

A

Compete aos profissionais de saúde promover e supervisionar a oferta de uma alimentação adequada e promover um estilo de vida ativo, visando a promoção da saúde para a vida

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5
Q

Linhas orientadoras para a promoção de uma alimentação saudável

A

DGS Alimentação Saudável dos 0 aos 6 anos – Linhas De Orientação Para Profissionais E Educadores: linhas orientadoras para a promoção de uma alimentação saudável para lactentes e crianças até aos 6 anos

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6
Q

5 mensagens gerais do crescimento e desenvolvimento

A
  • As crianças não são todas iguais, nem na forma como crescem, pelo que não devem ser comparadas
  • Cada criança tem o seu padrão de crescimento, tendo em conta a sua herança genética e o padrão de crescimento que registou na vida intrauterina
  • Compete ao médico assistente proceder à avaliação periódica do crescimento, a um intervalo
    mínimo temporal definido no BSIJ. Os valores encontrados devem ser registados e o seu
    posicionamento interpretado individualmente, após registo nas curvas de percentis
  • Desvios não esperados na trajetória individual de crescimento (cruzamento de percentis) devem merecer atenção especial
  • Uma alimentação e um estilo de vida adequados permitirão expressar ao máximo o potencial genético de crescimento e prevenir o desenvolvimento de doença, a breve e longo prazo
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7
Q

Particularidades do 1º ano de vida

A

1º ano é a fase em que mais se cresce durante toda a vida

A elevada velocidade de crescimento corporal é acompanhada por marcantes aquisições motoras, sensoriais e cognitivas, bem como endócrinas e metabólicas

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8
Q

Etapas do desenvolvimento - marco

A

Cada etapa do desenvolvimento nas diferentes áreas mencionadas é um marco de segurança
nutricional e de saúde

Importa respeitar o padrão maturativo de cada lactente para que o processo de alimentação decorra com segurança

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9
Q

1º semestre

A

No 1º semestre de vida o leite materno, rico em gordura, garante, em exclusivo, as
necessidades para o rápido crescimento somático e a acelerada maturação registada a nível do sistema nervoso central; a partir dos 5-6 meses a desaceleração da velocidade de crescimento
e o aumento da atividade motora obrigam a uma mudança no perfil da oferta alimentar, traduzida por uma menor necessidade em energia e gordura e uma maior necessidade em
hidratos de carbono, fonte de eleição para o trabalho muscular

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10
Q

A partir dos 6 meses…

A

A partir dos 6 meses, a par de uma grande evolução cognitiva, o lactente vai desenvolvendo
uma atividade física
exploratória do ambiente que o rodeia e uma sociabilização crescentes

Estas aquisições permitem-lhe ir descobrindo não apenas os novos alimentos que lhe são
progressivamente oferecidos (aprende a pegar e a levar à boca, depois a moer e finalmente a mastigar) mas também o ambiente que o rodeia

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11
Q

Janelas de treino

A

O conhecimento e respeito pelas “janelas de treino” (motor, sensorial e metabólico) das competências associadas à alimentação, é determinante para a segurança do lactente, bem como para a programação de um comportamento alimentar saudável para a vida

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12
Q

Características do crescimento no 1º ano de vida - peso

A
  • Regista um aumento de 15 – 30 g/dia nos primeiros 3 meses
  • O peso ao nascimento duplica cerca dos 4 meses e triplica cerca dos
    12 meses
  • Nos primeiros meses de vida a curva de peso pode expressar o tipo de aleitamento (a alimentação com fórmula infantil poderá resultar numa curva defletida até ao 3º - 4º mês)
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13
Q

Características do crescimento no 1º ano de vida - comprimento

A

Aumenta cerca de 25 cm no 1º ano

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14
Q

Características do crescimento no 1º ano de vida - perímetro cefálico

A

Aumenta cerca de 1 cm / mês no 1º ano

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15
Q

Metas motoras durante o 1º ano de vida e momento de aquisição de outras capacidades - 2 meses

A

Ri ao som de vozes conhecidas e segue com os olhos os movimentos e as pessoas

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16
Q

Metas motoras durante o 1º ano de vida e momento de aquisição de outras capacidades - 3 meses

A

Eleva a cabeça e o tronco quando deitado sobre a barriga (tummy time)

Agarra objetos; ri para as pessoas

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17
Q

Metas motoras durante o 1º ano de vida e momento de aquisição de outras capacidades - 4 meses

A

Balbucia, ri e tenta imitar sons; segura a cabeça

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18
Q

Metas motoras durante o 1º ano de vida e momento de aquisição de outras capacidades - 6 meses

A

Senta com suporte; rola no chão; muda objetos de mão

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19
Q

Metas motoras durante o 1º ano de vida e momento de aquisição de outras capacidades - 7 meses

A

Senta sem suporte; responde ao seu nome; encontra objetos parcialmente escondidos

Inicia movimentos de vaivém com a boca para moer alimentos (“báscula”); leva alimentos à boca, sozinho (controle oculomotor)

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20
Q

Metas motoras durante o 1º ano de vida e momento de aquisição de outras capacidades - 9 meses

A

Arrasta-se; balbucia “mamã” e “papá”

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21
Q

Metas motoras durante o 1º ano de vida e momento de aquisição de outras capacidades - 12 meses

A

Anda com ou sem suporte; diz pelo menos uma palavra; gosta de imitar pessoas; mastiga alimentos

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22
Q

O 2º e 3º anos de vida são caraterizados por…

A

O 2º e 3º anos de vida são caraterizados por uma desaceleração da velocidade de crescimento acompanhada de menores necessidades nutricionais e, consequentemente, menos apetite

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23
Q

Anorexia fisiológica

A

A “anorexia fisiológica” do 2º ano, bem como alguns padrões comportamentais muito próprios, espelham esta característica do padrão de crescimento

  • Deve ser respeitado o apetite da criança tendo como lema “Importa que os cuidadores ofereçam variedade e qualidade. A criança gere a quantidade”
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24
Q

Crescimento no 2º e 3º anos de vida

A

O crescimento ocorre “em degraus”, pelo que, numa criança saudável, a monitorização dos seus
marcadores somáticos deve ocorrer em intervalos de 6 meses e não menores

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25
Q

2º e 3º anos de vida - IMC

A

O IMC é um importante parâmetro para monitorizar o risco nutricional (usar curvas de percentis da OMS), nomeadamente de excesso de peso – obesidade

Um IMC elevado aumenta a probabilidade de a obesidade pediátrica persistir na idade adulta, sendo a preditividade mais baixa na idade pré-escolar e aumentando significativamente até à adolescência

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26
Q

2º e 3º anos de idade - personalidade

A

Nesta faixa etária há um crescente desejo de afirmação e a estruturação da personalidade

O ato normal de alimentar depende da integração bem-sucedida das funções fisiológicas, mas também
das relações interpessoais, numa fase muito precoce do desenvolvimento

A alimentação é um ato
complexo e não apenas uma mera reposição calórica

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27
Q

Crescimento no 1º ano de vida - peso (kg/ano)

A

7

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28
Q

Crescimento no 2º ano de vida - peso (kg/ano)

A

2,3

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29
Q

Crescimento no 3-5º ano de vida - peso (kg/ano)

A

1-2

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30
Q

Crescimento no 1º ano de vida - comprimento/ altura (cm/ano)

A

25

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31
Q

Crescimento no 2º ano de vida - comprimento/ altura (cm/ano)

A

12

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32
Q

Crescimento no 3-5º ano de vida - comprimento/ altura (cm/ano)

A

6-8

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33
Q

Crescimento no 1º ano de vida - perímetro cefálico

A

1 cm/ mês

34
Q

Crescimento no 2º ano de vida - perímetro cefálico

A

2 cm / ano

35
Q

Crescimento entre 3-6 anos

A

A idade entre os 3-6 anos é caraterizada por uma velocidade de crescimento constante, mas lenta

36
Q

Dos 3 aos 6 anos - figura da criança saudável

A

A figura da criança saudável é carateristicamente longilínea, com reduzida gordura corporal (criança “seca”)

37
Q

Dos 3 aos 6 anos - criança obesa

A

A criança obesa é mais volumosa e habitualmente mais alta (embora a estatura inflacionada nesta idade seja resultante de sobrenutrição e não se confirme no final da adolescência)

38
Q

Dos 3 aos 6 anos - criança com malnutrição aguda

A

A criança com malnutrição aguda corresponde a um défice de peso para a estatura, ou seja, alta
mas emagrecida

39
Q

Dos 3 aos 6 anos - criança com malnutrição crónica

A

A criança com malnutrição crónica reflete um défice de estatura para a idade, isto é, pode até ser proporcionada, mas tem baixa estatura

40
Q

Ressalto adipocitário fisiológico

A

Aos 5-6 anos ocorre o “ressalto adipocitário” fisiológico, caraterizado por um aumento do IMC e início das diferenças corporais entre sexos (dimorfismo sexual)

41
Q

Aceleração precoce do IMC

A

A aceleração precoce (antes dos 5-6 anos) do IMC, está associada a maior risco futuro de obesidade e outras comorbilidades cardio-metabólicas (diabetes, hipertensão arterial, doença
coronária, etc.)

42
Q

As “necessidades nutricionais” compreendem, por definição

A

As “necessidades nutricionais” compreendem, por definição, o aporte suficiente de nutrientes para suprir as necessidades fisiológicas, ou seja, a quantidade de nutrientes sistematicamente
necessários para assegurar o melhor crescimento e composição corporal esperados para o grupo
etário, tendo em conta a atividade física e social

43
Q

Nutrientes vs alimentos

A

Não ingerimos nutrientes, mas sim alimentos. A utilização pelo organismo dos diferentes nutrientes de cada alimento depende de múltiplos fatores

44
Q

Estimativa das necessidades nutricionais

A

As necessidades nutricionais são estimadas numa base populacional e não individual e são suportadas por consensos de comissões de peritos

Têm como objetivo indicar intervalos de segurança relativamente ao aporte dos diferentes nutrientes, visando a prevenção de défices,
excessos ou ainda desequilíbrios nutricionais que possam comprometer a saúde e o pleno desenvolvimento das populações pediátricas

45
Q

As recomendações nutricionais…

A

As recomendações nutricionais são um conjunto de valores de referência para a energia e os nutrientes, estimados para populações de indivíduos saudáveis

As recomendações da EFSA (Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos) são as mais atuais e as mais adequadas à população pediátrica portuguesa

46
Q

Necessidades nutricionais - 1º ano de vida

A
  • O leite materno, em exclusivo, é o alimento ideal para suprir as necessidades nutricionais do lactente nos primeiros seis meses de vida, pelo que não estão disponíveis recomendações da EFSA para esta faixa etária
  • A partir dos seis meses de vida é essencial a introdução progressiva de outros alimentos, além do leite materno, estando já disponíveis recomendações
  • As necessidades em proteína variam entre 9 – 12 g/dia, entre os 6-12 meses. 4. A ingestão de lípidos deve corresponder a 40% do valor energético total diário, uma vez que estes são constituintes fundamentais das membranas celulares, da retina e do sistema nervoso central
  • Não existem recomendações relativas aos hidratos de carbono e à fibra, mas a adição de açúcar está contraindicada até aos 12 meses
  • A ingestão de sal (de adição) está contraindicada no 1º ano de vida
  • Deve ser feita a suplementação com vitamina D (40UIi/dia) pelo menos durante o 1º ano de vida
47
Q

Necessidades nutricionais - 1º ano de vida: leite materno

A

O leite materno, em exclusivo, é o alimento ideal para suprir as necessidades nutricionais do lactente nos primeiros seis meses de vida, pelo que não estão disponíveis recomendações da EFSA
para esta faixa etária

48
Q

Necessidades nutricionais - 1º ano de vida: introdução de outros alimentos

A

A partir dos seis meses de vida é essencial a introdução progressiva de outros alimentos, além do leite materno, estando já disponíveis recomendações

49
Q

Necessidades nutricionais - 1º ano de vida: quantidade

A

As necessidades em proteína variam entre 9 – 12 g/dia, entre os 6-12 meses

A ingestão de lípidos deve corresponder a 40% do valor energético total diário, uma vez que estes são constituintes fundamentais das membranas celulares, da retina e do sistema nervoso central

50
Q

Necessidades nutricionais - 1º ano de vida: hidratos de carbono

A

Não existem recomendações relativas aos hidratos de carbono e à fibra, mas a adição de açúcar está contraindicada até aos 12 meses

51
Q

Necessidades nutricionais - 1º ano de vida: sal

A

A ingestão de sal (de adição) está contraindicada no 1º ano de vida

52
Q

Necessidades nutricionais - 1º ano de vida: vitamina D

A

Deve ser feita a suplementação com vitamina D (40UIi/dia) pelo menos durante o 1º ano de vida

53
Q

Necessidades nutricionais - 2º e 3º anos de vida

A
  • A identidade cultural deverá ser respeitada, pelo que o cumprimento das necessidades nutricionais
    poderá ser obtido através de diversos padrões alimentares
  • Deverão ser respeitados os sinais de autorregulação do apetite de cada criança, competindo aos educadores a aposta na diversidade
  • Os hidratos de carbono devem ocupar 45-60% e os açúcares livres não devem exceder os 5% do valor energético total. São açúcares livres todos os adicionados aos alimentos e/ou bebidas e os açúcares naturalmente presentes em alimentos como mel, xaropes e sumos de fruta. O consumo excessivo de frutose (que não a da fruta fresca inteira) está associado a doença hepática não alcoólica, já em idade pediátrica
  • Os lípidos devem corresponder a 35-40% do valor energético total, com um valor máximo de 8% para
    a gordura saturada e de 1% para os ácidos gordos trans (presentes em alimentos processados). Os
    LC-PUFA não deverão ultrapassar os 10%, sendo a dose de EPA/DHA (ácidos gordos ómega 3) assegurada com a ingestão bissemanal de peixe gordo. É relevante manter uma razão adequada dos ácidos gordos ómega-6/ómega-3 pelo que para além dos ómega -3 provenientes do peixe devemos ingerir os que provem de frutos gordos (amêndoas, nozes, avelãs…)
  • A ingestão proteica recomendada oscila entre os 0,8-1,2g/kg/dia, devendo ser privilegiada a proteína de alto valor biológico (carne, ovo, peixe, leite), sem descurar a oferta de proteína vegetal
  • Deverá ser tida em especial atenção a adequação do aporte de ferro, de cálcio e de vitamina D, devendo ser evitada a adição de sódio (sal) aos alimentos
54
Q

Necessidades nutricionais - 2º e 3º anos de vida: 2 aspetos que devem ser respeitados

A
  • A identidade cultural deverá ser respeitada, pelo que o cumprimento das necessidades nutricionais
    poderá ser obtido através de diversos padrões alimentares
  • Deverão ser respeitados os sinais de autorregulação do apetite de cada criança, competindo aos educadores a aposta na diversidade
55
Q

Necessidades nutricionais - 2º e 3º anos de vida: hidratos de carbono

A

Os hidratos de carbono devem ocupar 45-60% e os açúcares livres não devem exceder os 5% do valor energético total

São açúcares livres todos os adicionados aos alimentos e/ou bebidas e os açúcares naturalmente presentes em alimentos como mel, xaropes e sumos de fruta

O consumo excessivo de frutose (que não a da fruta fresca inteira) está associado a doença hepática não alcoólica, já em idade pediátrica

56
Q

Necessidades nutricionais - 2º e 3º anos de vida: lípidos

A

Os lípidos devem corresponder a 35-40% do valor energético total, com um valor máximo de 8% para
a gordura saturada e de 1% para os ácidos gordos trans (presentes em alimentos processados)

Os LC-PUFA não deverão ultrapassar os 10%, sendo a dose de EPA/DHA (ácidos gordos ómega 3) assegurada com a ingestão bissemanal de peixe gordo

É relevante manter uma razão adequada dos ácidos gordos ómega-6/ómega-3 pelo que para além dos ómega -3 provenientes do peixe devemos ingerir os que provem de frutos gordos (amêndoas, nozes, avelãs…)

57
Q

Necessidades nutricionais - 2º e 3º anos de vida: ingestão proteica

A

A ingestão proteica recomendada oscila entre os 0,8-1,2g/kg/dia, devendo ser privilegiada a proteína de alto valor biológico (carne, ovo, peixe, leite), sem descurar a oferta de proteína vegetal

58
Q

Necessidades nutricionais - 2º e 3º anos de vida: outros aspetos a ter em conta

A

Deverá ser tida em especial atenção a adequação do aporte de ferro, de cálcio e de vitamina D, devendo ser evitada a adição de sódio (sal) aos alimentos

59
Q

Necessidades nutricionais - dos 3 aos 6 anos

A
  • Entre os 3-6 anos (idade pré-escolar) as crianças necessitam dos mesmos nutrientes, mas em quantidades menores por kg de peso corporal do que as crianças nos primeiros 2 anos de vida
  • As necessidades de energia baseiam-se nas necessidades médias, para evitar uma ingestão excessiva
    o É muito importante ter em consideração a energia gasta com a atividade física. É recomendada a prática de pelo menos 60 minutos diários de atividade física de intensidade moderada, para
    além da limitação do tempo em frente a um ecrã (televisão, computador ou jogos), que não deve
    exceder 1-2 horas/dia.
  • Deve ser limitada a ingestão de açúcares de adição ou de açúcares presentes em alimentos como
    mel, xaropes, sumos e concentrados de fruta. O consumo de frutose (que não a presente naturalmente na fruta fresca inteira) está associado a doença hepática grave, já em idade pediátrica
  • A ingestão diária de fibra para crianças em idade pré-escolar é menor do que a recomendada para adultos, oscilando entre 9,2g/dia e 15,2 g/dia
  • A partir desta idade, as recomendações relativas a lípidos já são menores (20 a 35% do total energético diário) comparativamente às observadas para os 1º e 2º anos de vida
  • A ingestão de ácidos gordos trans deve ser tão baixa quanto possível e a de ácidos gordos saturados deve ser inferior a 8% do valor energético total
  • A ingestão de proteína não deve ser nem insuficiente nem excessiva, devendo ser próxima das 0,9 g/kg/dia. Deve privilegiar-se a proteína de alto valor biológico (carne, ovo, peixe, lacticínios), sem
    esquecer a oferta de proteína vegetal
  • As necessidades em micronutrientes por kg de peso corporal são mais elevadas do que as do adulto
    (para fazer face ao crescimento) mas em valor absoluto diário são inferiores
60
Q

Necessidades nutricionais - dos 3 aos 6 anos: quantidades de nutrientes

A

Entre os 3-6 anos (idade pré-escolar) as crianças necessitam dos mesmos nutrientes, mas em quantidades menores por kg de peso corporal do que as crianças nos primeiros 2 anos de vida

61
Q

Necessidades nutricionais - dos 3 aos 6 anos: necessidades de energia

A

As necessidades de energia baseiam-se nas necessidades médias, para evitar uma ingestão excessiva

o É muito importante ter em consideração a energia gasta com a atividade física. É recomendada a prática de pelo menos 60 minutos diários de atividade física de intensidade moderada, para
além da limitação do tempo em frente a um ecrã (televisão, computador ou jogos), que não deve exceder 1-2 horas/dia

62
Q

Necessidades nutricionais - dos 3 aos 6 anos: açúcares

A

Deve ser limitada a ingestão de açúcares de adição ou de açúcares presentes em alimentos como mel, xaropes, sumos e concentrados de fruta

O consumo de frutose (que não a presente naturalmente na fruta fresca inteira) está associado a doença hepática grave, já em idade pediátrica

63
Q

Necessidades nutricionais - dos 3 aos 6 anos: fibra

A

A ingestão diária de fibra para crianças em idade pré-escolar é menor do que a recomendada para adultos, oscilando entre 9,2g/dia e 15,2 g/dia

64
Q

Necessidades nutricionais - dos 3 aos 6 anos: lípidos

A

A partir desta idade, as recomendações relativas a lípidos já são menores (20 a 35% do total energético diário) comparativamente às observadas para os 1º e 2º anos de vida

65
Q

Necessidades nutricionais - dos 3 aos 6 anos: ácidos gordos

A

A ingestão de ácidos gordos trans deve ser tão baixa quanto possível e a de ácidos gordos saturados deve ser inferior a 8% do valor energético total

66
Q

Necessidades nutricionais - dos 3 aos 6 anos: proteínas

A

A ingestão de proteína não deve ser nem insuficiente nem excessiva, devendo ser próxima das 0,9 g/kg/dia

Deve privilegiar-se a proteína de alto valor biológico (carne, ovo, peixe, lacticínios), sem
esquecer a oferta de proteína vegetal

67
Q

Necessidades nutricionais - dos 3 aos 6 anos: micronutrientes

A

As necessidades em micronutrientes por kg de peso corporal são mais elevadas do que as do adulto
(para fazer face ao crescimento) mas em valor absoluto diário são inferiores

68
Q

Lactente - definição

A

A criança durante o 1º ano de vida recebe a designação de “lactente” atendendo à importância que o leite, preferencialmente materno, adquire na sua alimentação

Este deverá ser o alimento
exclusivo até cerca dos 6 meses, continuando a ocupar um lugar de destaque na oferta alimentar até aos 12 meses de idade

69
Q

Diversificação alimentar

A

A introdução de outros alimentos, para além do leite, a partir dos 6 meses constitui o período de diversificação alimentar, importante para o treino de paladares, texturas e modulação comportamental

70
Q

Tradições culturais

A

As características do lactente e as tradições culturais do agregado familiar devem ser tidas em conta

71
Q

Dieta da família

A

Após o 1º ano de vida a criança é inserida na dieta da família, o que só por si denota a grande importância que os hábitos alimentares do agregado familiar têm na estruturação/modelação e na
sedimentação do comportamento

72
Q

Alimentação láctea exclusiva - 6 considerações sobre o aleitamento materno

A
  • O ato de amamentar e o leite materno de per si têm vantagens que ultrapassam a mera alimentação/nutrição
  • O recém-nascido deve iniciar a amamentação na primeira meia hora de vida, e manter o aleitamento materno exclusivo, sempre que possível, até ao mais próximo possível do 6º mês
  • O colostro, mais fluido e transparente que o leite maduro, tem vantagens nutricionais, tróficas e
    imunoprotetoras
  • A lactante deve adotar uma alimentação variada e equilibrada, ajustada às suas necessidades, sem evicção de qualquer alimento
  • Pretende-se com esta atitude a otimização do estado nutricional da lactante e a promoção do treino do paladar do recém-nascido/ lactente, desde os primeiros dias de vida
  • A dinâmica da amamentação deve respeitar as solicitações do recém-nascido / lactente, ou seja, em livre demanda
73
Q

Quando deve ser iniciada a amamentação?

A

O recém-nascido deve iniciar a amamentação na primeira meia hora de vida, e manter o aleitamento materno exclusivo, sempre que possível, até ao mais próximo possível do 6º mês

74
Q

Colostro

A

O colostro, mais fluido e transparente que o leite maduro, tem vantagens nutricionais, tróficas e imunoprotetoras

75
Q

Lactente e evição de alimentos

A

O lactante deve adotar uma alimentação variada e equilibrada, ajustada às suas necessidades, sem
evicção de qualquer alimento
- pretende-se com esta atitude a otimização do estado nutricional da lactante e a promoção do treino
do paladar do recém-nascido/ lactente, desde os primeiros dias de vida

76
Q

Amamentação - quantas vezes?

A

A dinâmica da amamentação deve respeitar as solicitações do recém-nascido / lactente, ou seja, em livre demanda

77
Q

Dinâmica da amamentação

A
  • A dinâmica da amamentação deve respeitar as solicitações do recém-nascido/ lactente, ou seja, em
    livre demanda
  • Devem ser respeitadas as regras de segurança relativas à extração e conservação do leite materno
  • O leite humano tem uma composição única e exclusiva, adaptada às necessidades do crescimento e desenvolvimento do recém-nascido/ lactente
  • A composição do leite humano varia entre mulheres, durante a mamada, no próprio dia e ao longo
    dos meses. Contém compostos nutricionais e funcionais exclusivos da espécie, com efeitos benéficos no crescimento e na saúde
  • A amamentação garante uma oferta nutricional ideal, sendo além disso responsável por vantagens
    imunológicas, neurocognitivas e para a saúde futura
  • A decisão de amamentar compete à mulher e, caso não o deseje após explicadas as vantagens para
    a saúde do seu filho inerentes ao aleitamento materno, não há lugar à culpabilização, mas sim ao auxílio na procura da melhor alternativa. As decisões individuais, desde que apoiadas por informação esclarecida, devem ser respeitadas
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Q

O leite humano tem uma composição…

A

O leite humano tem uma composição única e exclusiva, adaptada às necessidades do crescimento e desenvolvimento do recém-nascido/ lactente

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Q

Variação da composição do leite humano

A

A composição do leite humano varia entre mulheres, durante a mamada, no próprio dia e ao longo
dos meses

Contém compostos nutricionais e funcionais exclusivos da espécie, com efeitos benéficos no crescimento e na saúde

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Q
A