Dioscope - Alimentação em idade pediátrica Flashcards
Importância da alimentação
Existe uma importante relação entre a alimentação e o adequado crescimento e desenvolvimento na idade pediátrica, tal como na expressão do binómio saúde/ doença ao longo da vida
Período de maior importância da alimentação
O período entre o momento da conceção e o final dos 2 anos de idade especialmente vulnerável às influências ambientais e particularmente nutricionais, sendo denominado “janela dos primeiros 1000 dias”
O impacto que a alimentação nesta fase tem na saúde futura do indivíduo designa-se de “programação”, que é tanto metabólica como comportamental
Escola e alimentação
A escola desempenha um importante papel na prevenção, por ter uma vasta abrangência de intervenientes (crianças, educadores, cuidadores, família, membros da comunidade), pelo que são
locais estratégicos para a promoção de hábitos alimentares e de atividade física saudáveis
Papel dos profissionais de saúde
Compete aos profissionais de saúde promover e supervisionar a oferta de uma alimentação adequada e promover um estilo de vida ativo, visando a promoção da saúde para a vida
Linhas orientadoras para a promoção de uma alimentação saudável
DGS Alimentação Saudável dos 0 aos 6 anos – Linhas De Orientação Para Profissionais E Educadores: linhas orientadoras para a promoção de uma alimentação saudável para lactentes e crianças até aos 6 anos
5 mensagens gerais do crescimento e desenvolvimento
- As crianças não são todas iguais, nem na forma como crescem, pelo que não devem ser comparadas
- Cada criança tem o seu padrão de crescimento, tendo em conta a sua herança genética e o padrão de crescimento que registou na vida intrauterina
- Compete ao médico assistente proceder à avaliação periódica do crescimento, a um intervalo
mínimo temporal definido no BSIJ. Os valores encontrados devem ser registados e o seu
posicionamento interpretado individualmente, após registo nas curvas de percentis - Desvios não esperados na trajetória individual de crescimento (cruzamento de percentis) devem merecer atenção especial
- Uma alimentação e um estilo de vida adequados permitirão expressar ao máximo o potencial genético de crescimento e prevenir o desenvolvimento de doença, a breve e longo prazo
Particularidades do 1º ano de vida
1º ano é a fase em que mais se cresce durante toda a vida
A elevada velocidade de crescimento corporal é acompanhada por marcantes aquisições motoras, sensoriais e cognitivas, bem como endócrinas e metabólicas
Etapas do desenvolvimento - marco
Cada etapa do desenvolvimento nas diferentes áreas mencionadas é um marco de segurança
nutricional e de saúde
Importa respeitar o padrão maturativo de cada lactente para que o processo de alimentação decorra com segurança
1º semestre
No 1º semestre de vida o leite materno, rico em gordura, garante, em exclusivo, as
necessidades para o rápido crescimento somático e a acelerada maturação registada a nível do sistema nervoso central; a partir dos 5-6 meses a desaceleração da velocidade de crescimento
e o aumento da atividade motora obrigam a uma mudança no perfil da oferta alimentar, traduzida por uma menor necessidade em energia e gordura e uma maior necessidade em
hidratos de carbono, fonte de eleição para o trabalho muscular
A partir dos 6 meses…
A partir dos 6 meses, a par de uma grande evolução cognitiva, o lactente vai desenvolvendo
uma atividade física
exploratória do ambiente que o rodeia e uma sociabilização crescentes
Estas aquisições permitem-lhe ir descobrindo não apenas os novos alimentos que lhe são
progressivamente oferecidos (aprende a pegar e a levar à boca, depois a moer e finalmente a mastigar) mas também o ambiente que o rodeia
Janelas de treino
O conhecimento e respeito pelas “janelas de treino” (motor, sensorial e metabólico) das competências associadas à alimentação, é determinante para a segurança do lactente, bem como para a programação de um comportamento alimentar saudável para a vida
Características do crescimento no 1º ano de vida - peso
- Regista um aumento de 15 – 30 g/dia nos primeiros 3 meses
- O peso ao nascimento duplica cerca dos 4 meses e triplica cerca dos
12 meses - Nos primeiros meses de vida a curva de peso pode expressar o tipo de aleitamento (a alimentação com fórmula infantil poderá resultar numa curva defletida até ao 3º - 4º mês)
Características do crescimento no 1º ano de vida - comprimento
Aumenta cerca de 25 cm no 1º ano
Características do crescimento no 1º ano de vida - perímetro cefálico
Aumenta cerca de 1 cm / mês no 1º ano
Metas motoras durante o 1º ano de vida e momento de aquisição de outras capacidades - 2 meses
Ri ao som de vozes conhecidas e segue com os olhos os movimentos e as pessoas
Metas motoras durante o 1º ano de vida e momento de aquisição de outras capacidades - 3 meses
Eleva a cabeça e o tronco quando deitado sobre a barriga (tummy time)
Agarra objetos; ri para as pessoas
Metas motoras durante o 1º ano de vida e momento de aquisição de outras capacidades - 4 meses
Balbucia, ri e tenta imitar sons; segura a cabeça
Metas motoras durante o 1º ano de vida e momento de aquisição de outras capacidades - 6 meses
Senta com suporte; rola no chão; muda objetos de mão
Metas motoras durante o 1º ano de vida e momento de aquisição de outras capacidades - 7 meses
Senta sem suporte; responde ao seu nome; encontra objetos parcialmente escondidos
Inicia movimentos de vaivém com a boca para moer alimentos (“báscula”); leva alimentos à boca, sozinho (controle oculomotor)
Metas motoras durante o 1º ano de vida e momento de aquisição de outras capacidades - 9 meses
Arrasta-se; balbucia “mamã” e “papá”
Metas motoras durante o 1º ano de vida e momento de aquisição de outras capacidades - 12 meses
Anda com ou sem suporte; diz pelo menos uma palavra; gosta de imitar pessoas; mastiga alimentos
O 2º e 3º anos de vida são caraterizados por…
O 2º e 3º anos de vida são caraterizados por uma desaceleração da velocidade de crescimento acompanhada de menores necessidades nutricionais e, consequentemente, menos apetite
Anorexia fisiológica
A “anorexia fisiológica” do 2º ano, bem como alguns padrões comportamentais muito próprios, espelham esta característica do padrão de crescimento
- Deve ser respeitado o apetite da criança tendo como lema “Importa que os cuidadores ofereçam variedade e qualidade. A criança gere a quantidade”
Crescimento no 2º e 3º anos de vida
O crescimento ocorre “em degraus”, pelo que, numa criança saudável, a monitorização dos seus
marcadores somáticos deve ocorrer em intervalos de 6 meses e não menores
2º e 3º anos de vida - IMC
O IMC é um importante parâmetro para monitorizar o risco nutricional (usar curvas de percentis da OMS), nomeadamente de excesso de peso – obesidade
Um IMC elevado aumenta a probabilidade de a obesidade pediátrica persistir na idade adulta, sendo a preditividade mais baixa na idade pré-escolar e aumentando significativamente até à adolescência
2º e 3º anos de idade - personalidade
Nesta faixa etária há um crescente desejo de afirmação e a estruturação da personalidade
O ato normal de alimentar depende da integração bem-sucedida das funções fisiológicas, mas também
das relações interpessoais, numa fase muito precoce do desenvolvimento
A alimentação é um ato
complexo e não apenas uma mera reposição calórica
Crescimento no 1º ano de vida - peso (kg/ano)
7
Crescimento no 2º ano de vida - peso (kg/ano)
2,3
Crescimento no 3-5º ano de vida - peso (kg/ano)
1-2
Crescimento no 1º ano de vida - comprimento/ altura (cm/ano)
25
Crescimento no 2º ano de vida - comprimento/ altura (cm/ano)
12
Crescimento no 3-5º ano de vida - comprimento/ altura (cm/ano)
6-8
Crescimento no 1º ano de vida - perímetro cefálico
1 cm/ mês
Crescimento no 2º ano de vida - perímetro cefálico
2 cm / ano
Crescimento entre 3-6 anos
A idade entre os 3-6 anos é caraterizada por uma velocidade de crescimento constante, mas lenta
Dos 3 aos 6 anos - figura da criança saudável
A figura da criança saudável é carateristicamente longilínea, com reduzida gordura corporal (criança “seca”)
Dos 3 aos 6 anos - criança obesa
A criança obesa é mais volumosa e habitualmente mais alta (embora a estatura inflacionada nesta idade seja resultante de sobrenutrição e não se confirme no final da adolescência)
Dos 3 aos 6 anos - criança com malnutrição aguda
A criança com malnutrição aguda corresponde a um défice de peso para a estatura, ou seja, alta
mas emagrecida
Dos 3 aos 6 anos - criança com malnutrição crónica
A criança com malnutrição crónica reflete um défice de estatura para a idade, isto é, pode até ser proporcionada, mas tem baixa estatura
Ressalto adipocitário fisiológico
Aos 5-6 anos ocorre o “ressalto adipocitário” fisiológico, caraterizado por um aumento do IMC e início das diferenças corporais entre sexos (dimorfismo sexual)
Aceleração precoce do IMC
A aceleração precoce (antes dos 5-6 anos) do IMC, está associada a maior risco futuro de obesidade e outras comorbilidades cardio-metabólicas (diabetes, hipertensão arterial, doença
coronária, etc.)
As “necessidades nutricionais” compreendem, por definição
As “necessidades nutricionais” compreendem, por definição, o aporte suficiente de nutrientes para suprir as necessidades fisiológicas, ou seja, a quantidade de nutrientes sistematicamente
necessários para assegurar o melhor crescimento e composição corporal esperados para o grupo
etário, tendo em conta a atividade física e social
Nutrientes vs alimentos
Não ingerimos nutrientes, mas sim alimentos. A utilização pelo organismo dos diferentes nutrientes de cada alimento depende de múltiplos fatores
Estimativa das necessidades nutricionais
As necessidades nutricionais são estimadas numa base populacional e não individual e são suportadas por consensos de comissões de peritos
Têm como objetivo indicar intervalos de segurança relativamente ao aporte dos diferentes nutrientes, visando a prevenção de défices,
excessos ou ainda desequilíbrios nutricionais que possam comprometer a saúde e o pleno desenvolvimento das populações pediátricas
As recomendações nutricionais…
As recomendações nutricionais são um conjunto de valores de referência para a energia e os nutrientes, estimados para populações de indivíduos saudáveis
As recomendações da EFSA (Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos) são as mais atuais e as mais adequadas à população pediátrica portuguesa
Necessidades nutricionais - 1º ano de vida
- O leite materno, em exclusivo, é o alimento ideal para suprir as necessidades nutricionais do lactente nos primeiros seis meses de vida, pelo que não estão disponíveis recomendações da EFSA para esta faixa etária
- A partir dos seis meses de vida é essencial a introdução progressiva de outros alimentos, além do leite materno, estando já disponíveis recomendações
- As necessidades em proteína variam entre 9 – 12 g/dia, entre os 6-12 meses. 4. A ingestão de lípidos deve corresponder a 40% do valor energético total diário, uma vez que estes são constituintes fundamentais das membranas celulares, da retina e do sistema nervoso central
- Não existem recomendações relativas aos hidratos de carbono e à fibra, mas a adição de açúcar está contraindicada até aos 12 meses
- A ingestão de sal (de adição) está contraindicada no 1º ano de vida
- Deve ser feita a suplementação com vitamina D (40UIi/dia) pelo menos durante o 1º ano de vida
Necessidades nutricionais - 1º ano de vida: leite materno
O leite materno, em exclusivo, é o alimento ideal para suprir as necessidades nutricionais do lactente nos primeiros seis meses de vida, pelo que não estão disponíveis recomendações da EFSA
para esta faixa etária
Necessidades nutricionais - 1º ano de vida: introdução de outros alimentos
A partir dos seis meses de vida é essencial a introdução progressiva de outros alimentos, além do leite materno, estando já disponíveis recomendações
Necessidades nutricionais - 1º ano de vida: quantidade
As necessidades em proteína variam entre 9 – 12 g/dia, entre os 6-12 meses
A ingestão de lípidos deve corresponder a 40% do valor energético total diário, uma vez que estes são constituintes fundamentais das membranas celulares, da retina e do sistema nervoso central
Necessidades nutricionais - 1º ano de vida: hidratos de carbono
Não existem recomendações relativas aos hidratos de carbono e à fibra, mas a adição de açúcar está contraindicada até aos 12 meses
Necessidades nutricionais - 1º ano de vida: sal
A ingestão de sal (de adição) está contraindicada no 1º ano de vida
Necessidades nutricionais - 1º ano de vida: vitamina D
Deve ser feita a suplementação com vitamina D (40UIi/dia) pelo menos durante o 1º ano de vida
Necessidades nutricionais - 2º e 3º anos de vida
- A identidade cultural deverá ser respeitada, pelo que o cumprimento das necessidades nutricionais
poderá ser obtido através de diversos padrões alimentares - Deverão ser respeitados os sinais de autorregulação do apetite de cada criança, competindo aos educadores a aposta na diversidade
- Os hidratos de carbono devem ocupar 45-60% e os açúcares livres não devem exceder os 5% do valor energético total. São açúcares livres todos os adicionados aos alimentos e/ou bebidas e os açúcares naturalmente presentes em alimentos como mel, xaropes e sumos de fruta. O consumo excessivo de frutose (que não a da fruta fresca inteira) está associado a doença hepática não alcoólica, já em idade pediátrica
- Os lípidos devem corresponder a 35-40% do valor energético total, com um valor máximo de 8% para
a gordura saturada e de 1% para os ácidos gordos trans (presentes em alimentos processados). Os
LC-PUFA não deverão ultrapassar os 10%, sendo a dose de EPA/DHA (ácidos gordos ómega 3) assegurada com a ingestão bissemanal de peixe gordo. É relevante manter uma razão adequada dos ácidos gordos ómega-6/ómega-3 pelo que para além dos ómega -3 provenientes do peixe devemos ingerir os que provem de frutos gordos (amêndoas, nozes, avelãs…) - A ingestão proteica recomendada oscila entre os 0,8-1,2g/kg/dia, devendo ser privilegiada a proteína de alto valor biológico (carne, ovo, peixe, leite), sem descurar a oferta de proteína vegetal
- Deverá ser tida em especial atenção a adequação do aporte de ferro, de cálcio e de vitamina D, devendo ser evitada a adição de sódio (sal) aos alimentos
Necessidades nutricionais - 2º e 3º anos de vida: 2 aspetos que devem ser respeitados
- A identidade cultural deverá ser respeitada, pelo que o cumprimento das necessidades nutricionais
poderá ser obtido através de diversos padrões alimentares - Deverão ser respeitados os sinais de autorregulação do apetite de cada criança, competindo aos educadores a aposta na diversidade
Necessidades nutricionais - 2º e 3º anos de vida: hidratos de carbono
Os hidratos de carbono devem ocupar 45-60% e os açúcares livres não devem exceder os 5% do valor energético total
São açúcares livres todos os adicionados aos alimentos e/ou bebidas e os açúcares naturalmente presentes em alimentos como mel, xaropes e sumos de fruta
O consumo excessivo de frutose (que não a da fruta fresca inteira) está associado a doença hepática não alcoólica, já em idade pediátrica
Necessidades nutricionais - 2º e 3º anos de vida: lípidos
Os lípidos devem corresponder a 35-40% do valor energético total, com um valor máximo de 8% para
a gordura saturada e de 1% para os ácidos gordos trans (presentes em alimentos processados)
Os LC-PUFA não deverão ultrapassar os 10%, sendo a dose de EPA/DHA (ácidos gordos ómega 3) assegurada com a ingestão bissemanal de peixe gordo
É relevante manter uma razão adequada dos ácidos gordos ómega-6/ómega-3 pelo que para além dos ómega -3 provenientes do peixe devemos ingerir os que provem de frutos gordos (amêndoas, nozes, avelãs…)
Necessidades nutricionais - 2º e 3º anos de vida: ingestão proteica
A ingestão proteica recomendada oscila entre os 0,8-1,2g/kg/dia, devendo ser privilegiada a proteína de alto valor biológico (carne, ovo, peixe, leite), sem descurar a oferta de proteína vegetal
Necessidades nutricionais - 2º e 3º anos de vida: outros aspetos a ter em conta
Deverá ser tida em especial atenção a adequação do aporte de ferro, de cálcio e de vitamina D, devendo ser evitada a adição de sódio (sal) aos alimentos
Necessidades nutricionais - dos 3 aos 6 anos
- Entre os 3-6 anos (idade pré-escolar) as crianças necessitam dos mesmos nutrientes, mas em quantidades menores por kg de peso corporal do que as crianças nos primeiros 2 anos de vida
- As necessidades de energia baseiam-se nas necessidades médias, para evitar uma ingestão excessiva
o É muito importante ter em consideração a energia gasta com a atividade física. É recomendada a prática de pelo menos 60 minutos diários de atividade física de intensidade moderada, para
além da limitação do tempo em frente a um ecrã (televisão, computador ou jogos), que não deve
exceder 1-2 horas/dia. - Deve ser limitada a ingestão de açúcares de adição ou de açúcares presentes em alimentos como
mel, xaropes, sumos e concentrados de fruta. O consumo de frutose (que não a presente naturalmente na fruta fresca inteira) está associado a doença hepática grave, já em idade pediátrica - A ingestão diária de fibra para crianças em idade pré-escolar é menor do que a recomendada para adultos, oscilando entre 9,2g/dia e 15,2 g/dia
- A partir desta idade, as recomendações relativas a lípidos já são menores (20 a 35% do total energético diário) comparativamente às observadas para os 1º e 2º anos de vida
- A ingestão de ácidos gordos trans deve ser tão baixa quanto possível e a de ácidos gordos saturados deve ser inferior a 8% do valor energético total
- A ingestão de proteína não deve ser nem insuficiente nem excessiva, devendo ser próxima das 0,9 g/kg/dia. Deve privilegiar-se a proteína de alto valor biológico (carne, ovo, peixe, lacticínios), sem
esquecer a oferta de proteína vegetal - As necessidades em micronutrientes por kg de peso corporal são mais elevadas do que as do adulto
(para fazer face ao crescimento) mas em valor absoluto diário são inferiores
Necessidades nutricionais - dos 3 aos 6 anos: quantidades de nutrientes
Entre os 3-6 anos (idade pré-escolar) as crianças necessitam dos mesmos nutrientes, mas em quantidades menores por kg de peso corporal do que as crianças nos primeiros 2 anos de vida
Necessidades nutricionais - dos 3 aos 6 anos: necessidades de energia
As necessidades de energia baseiam-se nas necessidades médias, para evitar uma ingestão excessiva
o É muito importante ter em consideração a energia gasta com a atividade física. É recomendada a prática de pelo menos 60 minutos diários de atividade física de intensidade moderada, para
além da limitação do tempo em frente a um ecrã (televisão, computador ou jogos), que não deve exceder 1-2 horas/dia
Necessidades nutricionais - dos 3 aos 6 anos: açúcares
Deve ser limitada a ingestão de açúcares de adição ou de açúcares presentes em alimentos como mel, xaropes, sumos e concentrados de fruta
O consumo de frutose (que não a presente naturalmente na fruta fresca inteira) está associado a doença hepática grave, já em idade pediátrica
Necessidades nutricionais - dos 3 aos 6 anos: fibra
A ingestão diária de fibra para crianças em idade pré-escolar é menor do que a recomendada para adultos, oscilando entre 9,2g/dia e 15,2 g/dia
Necessidades nutricionais - dos 3 aos 6 anos: lípidos
A partir desta idade, as recomendações relativas a lípidos já são menores (20 a 35% do total energético diário) comparativamente às observadas para os 1º e 2º anos de vida
Necessidades nutricionais - dos 3 aos 6 anos: ácidos gordos
A ingestão de ácidos gordos trans deve ser tão baixa quanto possível e a de ácidos gordos saturados deve ser inferior a 8% do valor energético total
Necessidades nutricionais - dos 3 aos 6 anos: proteínas
A ingestão de proteína não deve ser nem insuficiente nem excessiva, devendo ser próxima das 0,9 g/kg/dia
Deve privilegiar-se a proteína de alto valor biológico (carne, ovo, peixe, lacticínios), sem
esquecer a oferta de proteína vegetal
Necessidades nutricionais - dos 3 aos 6 anos: micronutrientes
As necessidades em micronutrientes por kg de peso corporal são mais elevadas do que as do adulto
(para fazer face ao crescimento) mas em valor absoluto diário são inferiores
Lactente - definição
A criança durante o 1º ano de vida recebe a designação de “lactente” atendendo à importância que o leite, preferencialmente materno, adquire na sua alimentação
Este deverá ser o alimento
exclusivo até cerca dos 6 meses, continuando a ocupar um lugar de destaque na oferta alimentar até aos 12 meses de idade
Diversificação alimentar
A introdução de outros alimentos, para além do leite, a partir dos 6 meses constitui o período de diversificação alimentar, importante para o treino de paladares, texturas e modulação comportamental
Tradições culturais
As características do lactente e as tradições culturais do agregado familiar devem ser tidas em conta
Dieta da família
Após o 1º ano de vida a criança é inserida na dieta da família, o que só por si denota a grande importância que os hábitos alimentares do agregado familiar têm na estruturação/modelação e na
sedimentação do comportamento
Alimentação láctea exclusiva - 6 considerações sobre o aleitamento materno
- O ato de amamentar e o leite materno de per si têm vantagens que ultrapassam a mera alimentação/nutrição
- O recém-nascido deve iniciar a amamentação na primeira meia hora de vida, e manter o aleitamento materno exclusivo, sempre que possível, até ao mais próximo possível do 6º mês
- O colostro, mais fluido e transparente que o leite maduro, tem vantagens nutricionais, tróficas e
imunoprotetoras - A lactante deve adotar uma alimentação variada e equilibrada, ajustada às suas necessidades, sem evicção de qualquer alimento
- Pretende-se com esta atitude a otimização do estado nutricional da lactante e a promoção do treino do paladar do recém-nascido/ lactente, desde os primeiros dias de vida
- A dinâmica da amamentação deve respeitar as solicitações do recém-nascido / lactente, ou seja, em livre demanda
Quando deve ser iniciada a amamentação?
O recém-nascido deve iniciar a amamentação na primeira meia hora de vida, e manter o aleitamento materno exclusivo, sempre que possível, até ao mais próximo possível do 6º mês
Colostro
O colostro, mais fluido e transparente que o leite maduro, tem vantagens nutricionais, tróficas e imunoprotetoras
Lactente e evição de alimentos
O lactante deve adotar uma alimentação variada e equilibrada, ajustada às suas necessidades, sem
evicção de qualquer alimento
- pretende-se com esta atitude a otimização do estado nutricional da lactante e a promoção do treino
do paladar do recém-nascido/ lactente, desde os primeiros dias de vida
Amamentação - quantas vezes?
A dinâmica da amamentação deve respeitar as solicitações do recém-nascido / lactente, ou seja, em livre demanda
Dinâmica da amamentação
- A dinâmica da amamentação deve respeitar as solicitações do recém-nascido/ lactente, ou seja, em
livre demanda - Devem ser respeitadas as regras de segurança relativas à extração e conservação do leite materno
- O leite humano tem uma composição única e exclusiva, adaptada às necessidades do crescimento e desenvolvimento do recém-nascido/ lactente
- A composição do leite humano varia entre mulheres, durante a mamada, no próprio dia e ao longo
dos meses. Contém compostos nutricionais e funcionais exclusivos da espécie, com efeitos benéficos no crescimento e na saúde - A amamentação garante uma oferta nutricional ideal, sendo além disso responsável por vantagens
imunológicas, neurocognitivas e para a saúde futura - A decisão de amamentar compete à mulher e, caso não o deseje após explicadas as vantagens para
a saúde do seu filho inerentes ao aleitamento materno, não há lugar à culpabilização, mas sim ao auxílio na procura da melhor alternativa. As decisões individuais, desde que apoiadas por informação esclarecida, devem ser respeitadas
O leite humano tem uma composição…
O leite humano tem uma composição única e exclusiva, adaptada às necessidades do crescimento e desenvolvimento do recém-nascido/ lactente
Variação da composição do leite humano
A composição do leite humano varia entre mulheres, durante a mamada, no próprio dia e ao longo
dos meses
Contém compostos nutricionais e funcionais exclusivos da espécie, com efeitos benéficos no crescimento e na saúde