MGF1 - Urgência Ortopédica (terminado) Flashcards

1
Q

Fratura de Colles - epidemiologia

A

As fraturas da extremidade distal do antebraço correspondem a 1/6 de todas as fraturas do corpo
▪ Dessas 90% são fraturas de Colles

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2
Q

Fratura de Colles - idades e sexo

A

São mais frequentes em 3 picos de idade (mas mais frequente nas mulheres)

▪ Entre os 5-14 anos

▪ Em homens <50 anos (acidentes de viação, laborais ou desportivos) → Intraarticulares

▪ Em mulheres >40 anos (Osteoporose – baixa energia; FOOSH (fall on an outstretched hand) → extraarticulares

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3
Q

Fratura de Colles - fatores de risco

A

Osteoporose (aconselhável realizar DEXA após #Colles)

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4
Q

Fratura de Colles - 3 lesões associadas

A

o Lesões da articulação radio-cubital

o Fraturas da estiloide radial

o Lesões de tecidos moles (ligamentos; mais frequente rotura do tendão do longo extensor do polegar)

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5
Q

Existem várias classificações para as # distais do rádio - classificação por epónimos

A

Fratura de Colles: deslocamento dorsal e encurtamento radial

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6
Q

Fratura de Colles - clínica

A

o Normalmente, história de queda com a mão estendida – FOOSH

o Dor e edema do punho

o Deformidade do punho

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7
Q

Fratura de Colles - exame físico

A

o Inspeção
▪ Equimose e edema
▪ Dor difusa no punho
▪ Deformidade visível, se desvio

o Mobilidade → limitada por dor

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8
Q

Fratura de Colles - MCDTs

A

o Raio-X do punho (incidências AP, lateral e oblíqua)

o TC punho: se suspeita de fratura intraarticular ou para planeamento cirúrgico

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9
Q

Fratura de Colles - tratamento

A

o Não cirúrgico
▪ Redução fechada com imobilização com tala/gesso, durante 3-6 semanas (depende da gravidade/idade)
▪ Extra-articular
▪ <5mm de encurtamento
▪ Angulação dorsal <5º ou dentro de 20º do radio distal contralateral
▪ Desvio articular <2mm

o Cirúrgico

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10
Q

Fratura de Colles - tratamento não cirúrgico

A

Redução fechada com imobilização com tala/gesso, durante 3-6 semanas (depende da gravidade/idade)
▪ Extra-articular
▪ <5mm de encurtamento
▪ Angulação dorsal <5º ou dentro de 20º do radio distal contralateral
▪ Desvio articular <2mm

Nota: necessidade de Rx precoce
dentro de 1-2 semanas, para
avaliar se não perde redução; se perder, pode haver necessidade de cirurgia

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11
Q

Fratura de Colles - 5 complicações

A

o Neuropatia do nervo mediano – complicação neurológica mais frequente

o Neuropatia do nervo cubital

o Roturas ligamentares

o Artrose radio-cárpica

o Síndrome de compartimento

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12
Q

Fraturas da Extremidade Superior do Fémur - epidemiologia

A

o Problema com grande impacto social e económico

o Prevê-se que a incidência global vá aumentando com o envelhecimento da população

o Mais frequente em mulheres (relação mulher/homem 4:1)

o Mortalidade: 30% mortalidade ao ano (5% intra-hospitalar)

o Morbilidade
▪ Cerca de 50% não recuperam a capacidade funcional prévia à fratura
▪ Aumento das comorbilidades associadas (descompensação de patologias de base)

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13
Q

Fraturas da Extremidade Superior do Fémur - classificação

A

(a mais importante do ponto de vista da terapêutica e prognóstico)

  • intracapsulares
  • extracapsulares
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14
Q

Fraturas da Extremidade Superior do Fémur intracapsulares

A

▪ Afetam o colo femoral anatómico

▪ O principal problema é biológico (fratura interrompe a vascularização da cabeça femoral)

▪ O mais importante é decidir se estão alinhadas ou não

▪ Responsáveis por 50% das fraturas da anca

▪ Acontecem 3-10 anos antes das extracapsulares → associadas a OP pós-menopausica

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15
Q

Fraturas da Extremidade Superior do Fémur extracapsulares

A

▪ Afetam os maciços trocantéricos

▪ O principal problema é mecânico (submetidos a grandes forças musculares que tendem a desalinhar os fragmentos)

▪ O mais importante é decidir se são estáveis ou não

▪ Associadas a OP senil

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16
Q

Fraturas da Extremidade Superior do Fémur - clínica

A

Fraturas de stress e impactadas (intracapsulares)
▪ Dor ligeira na virilha ou dor referida à região medial da coxa e joelho
▪ Por vezes, claudicação da marcha
▪ Mais relacionadas com adulto desportista (dor repetitiva)

Nota: as fraturas de stress e impactadas (intracapsulares) são menos frequentes e podem passar despercebidas (fraturas ocultas)

Fraturas desviada (intra ou extracapsulares)
▪ Dor intensa em toda a região da anca; incapacidade funcional

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17
Q

Fraturas da Extremidade Superior do Fémur - exame objetivo

A

Fraturas de stress e impactadas
▪ Sem deformidade clínica óbvia
▪ Desconforto ligeiro com mobilidade passiva ou ativa da anca; espasmo muscular nos extremos do movimento
▪ Dor com percussão do grande trocanter

Fraturas desviada
▪ Perna com rotação externa e abdução com encurtamento (mais marcado nas extracapsulares)

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18
Q

Fraturas da Extremidade Superior do Fémur - MCDTs

A

Fraturas de stress e impactadas
▪ Rx bacia AP + perfil da anca (para ver algumas intracapsulares +
caracterização das extracapsulares)
▪ Podem não ser vistas no Rx → Repetir Rx em 10-15 dias
▪ RMN é o gold-standard (para as fraturas de stress)

Fraturas deslocadas
▪ Rx faz o diagnóstico!

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19
Q

Fraturas da Extremidade Superior do Fémur (intracapsulares + extracapsulares) - tratamento

A

Tratamento cirúrgico (nas primeiras 24-48horas)

▪ Intracapsulares
- Osteossíntese: doentes jovens, fraturas agudas e não desviadas;
- Artroplastia: restantes

▪ Extracapsulares:
- Osteossíntese

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20
Q

Fraturas da Extremidade Superior do Fémur (intracapsulares + extracapsulares) - tratamento: complicações

A

▪ Mortalidade (14-63% em 1 ano)
▪ Tromboembolismo (40%)
▪ Infeção
▪ Desorientação/delirium

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21
Q

Fraturas do Tornozelo - 2 tipos

A

Existem dois grandes grupos, segundo o mecanismo lesional:

o Torsão: Fraturas maleolares ou lesões ligamentares por rotação do astrágalo dentro da art. Tibio-peroneal

o Compressão axial: fraturas do pilão tibial

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22
Q

Fraturas do Tornozelo - fratura maleolar: mecanismo da lesão

A

Rotação do corpo sobre o pé fixo no chão

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23
Q

Fraturas do Tornozelo - fratura maleolar: classificação

A

Classificação AO/ASIF (Danis-Weber)
▪ É a mais utilizada atualmente

Descreve a localização do traço de fratura no peróneo relativamente à sindesmose.

A. Infrasindesmótica (estáveis)

B. Transsindesmóticas (50% são estáveis)

C. Suprasindesmótica (100% instáveis)
▪ Fratura simples
▪ Fratura completa
▪ Fratura de Maissoneuve (mais proximal)

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24
Q

Fraturas do Tornozelo - fratura maleolar: epidemiologia

A

Representam ~10% de todas as fraturas e é a2ª mais comum do MI (a seguir à anca)

Dois picos de incidência:
▪ homens jovens (desporto); mulheres mais velhas (quedas de baixa energia)

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25
Q

Fraturas do Tornozelo - fratura maleolar: MCDTs

A

REGRAS DE OTTAWA:
- Dita necessidade de estudo Radiográfico

Raio x do tornozelo se:
▪ Dor na região maleolar +
o Dor à palpação do bordo posterior ou
porção distal do maléolo lateral ou
o Incapacidade de apoio do pé

Raio x do pé se:
▪ Dor no zona do médio-pé +
o Dor à palpação da base do 5º metatarso ou
o Dor à palpação do osso navicular ou
o Incapacidade de apoio do pé

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26
Q

Fraturas do Tornozelo - fratura maleolar: MCDTs (tipos de MCDTs)

A

▪ Radiografia do tornozelo (AP, lateral, de stress)

▪ TC: indicado em fratura articulares ou planeamento pré-op

▪ RMN: diagnóstico de lesões duvidosas da sindesmose e lesões osteocondrais)

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27
Q

Fraturas do Tornozelo - fratura maleolar: tratamento

A

▪ O tratamento mais usado é cirúrgico – deve ser realizado de forma urgente (antes das 6-8horas)

▪ Sem carga até às 6-8semanas

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28
Q

Fraturas do Tornozelo - fratura maleolar: 5 complicações

A

▪ Pseudoartrose

▪ Consolidação viciosa

▪ Necrose do bordo da ferida cirúrgica

▪ Infeção

▪ Artrose

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29
Q

Fraturas do Tornozelo - fratura maleolar: diabéticos

A

Aumento do risco de infeção, osteoporose, pseudoartrose, desenvolvimento de neuropatias!

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30
Q

Fraturas do Tornozelo - fratura do pilão tibial: 2 caraterísticas

A

Fratura grave, que exige técnica apurada

Alto risco de sequelas e maus resultados

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31
Q

Fraturas do Tornozelo - fratura do pilão tibial: tipo de lesão

A

Lesão traumática do extremo distal da tíbia que afeta a epífise e metáfise

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32
Q

Fraturas do Tornozelo - fratura do pilão tibial: mecanismo

A

Mecanismo: carga axial (mais frequente); dorsiflexão forçada
▪ Quedas (> 2 metros); acidentes de viação ou desportivos

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33
Q

Fraturas do Tornozelo - fratura do pilão tibial: epidemiologia

A

▪ Representam ~7-10% de todas as fraturas da tíbia e ~1% das fraturas da extremidade inferior

▪ Predomínio em homens <50anos e mulheres >50 anos

▪ Bilateral em 5-10% dos casos; fratura aberta em 20-25%

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34
Q

Fraturas do tornozelo - diferenças entre faturas maleolares e do pilão tibial

A

Fraturas maleolares:
- mecanismo: rotação
- velocidade de sobrecarga: lenta
- traumatismo: baixa energia
- rotação do astrágalo: lateral
- cominuição: pouca
- lesão de partes moles: escassa

Fraturas do pilão tibial:
- mecanismo: sobrecarga axial
- velocidade de sobrecarga: rápida
- traumatismo: alta energia
- rotação do astrágalo: proximal
- cominuição: muita (articular e metafisária)
- lesão de partes moles: escassa (importante)

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35
Q

Fraturas do Tornozelo - fratura do pilão tibial: clínica

A

Realizar avaliação sistematizada:

▪ Pesquisar lesões associadas, que são muito frequentes (atingimento contralateral, ráquis)

▪ Partes moles: edema; feridas

▪ Hiperpressão e necrose cutânea (#fechadas)

▪ Abrasões, contusões,hematomas

▪ Flictenas: claras (epidérmicas superficias) – surgem >12h; hemáticas (toda a espessura da derme) – antes das 12h

▪ Estado neurovascular (pulsos)

▪ Síndrome compartimental (mais frequente em # com extensão diafisária)

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36
Q

Fraturas do Tornozelo - fratura do pilão tibial: MCDTs

A

▪ RX simples: AP, lateral + contralateral

▪ TC: planeamento da cirurgia

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37
Q

Fraturas do Tornozelo - fratura do pilão tibial: tratamento

A

Cirúrgico

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38
Q

Fraturas do Tornozelo - fratura do pilão tibial: clínica (síndrome compartimental)

A

Síndrome compartimental → EMERGÊNCIA CIRÚRGICA!!!

▪ Aumento da pressão no compartimento por edema das partes moles

▪ Dor (desproporcional ao trauma)

▪ Edema (equimose e flictenas podem estar presentes)

▪ Parestesia

▪ Palidez

▪ Ausência de pulso

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39
Q

Fraturas do Tornozelo - fratura do pilão tibial: complicação emergente

A

Síndrome compartimental

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40
Q

Doença reumática é uma doença de tipo…

A

Inflamatório

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41
Q

Características clínicas das doenças reumáticas vs mecânicas

A

Doença Inflamatória (reumática)
- rigidez matinal: >30min
- fadiga: +++
- atividade: diminui dor
- repouso: aumenta dor
- tumefação: + (derrame e hipertrofia sinovial)
- crepitações: finas

Doença mecânica
- rigidez matinal: <30min
- fadiga: não
- atividade: aumenta dor
- repouso: diminui dor
- tumefação: + (óssea)
- crepitações: grosseiras

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42
Q

Caracterização do ritmo da dor articular - ritmo inflamatório (doença reumática)

A

Dor mais intensa de manhã, diminuindo ao longo do dia, mas agravando-se ao meio da tarde

Durante a noite, dor exacerba – acorda o doente

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43
Q

Caracterização do ritmo da dor articular - ritmo mecânico

A

A dor intensifica-se durante o dia e com a realização de atividades de sobrecarga articular

Melhora com o repouso

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44
Q

Constituição da coifa dos rotadores

A

Coifa composta por 4 músculos:
▪ Supraespinhoso
▪ Infraespinhoso
▪ Redondo menor
▪ Subescapular

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45
Q

Tendinopatia/Rotura da Coifa dos Rotadores - músculo mais afetado

A

Supraespinhoso

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46
Q

Tendinopatia/Rotura da Coifa dos Rotadores - fisiopatologia

A

A maioria das lesões são consequência de um trauma ou de um processo degenerativo por overuse

▪ Existe também relação entre patologia da coifa e conflito subacromial

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47
Q

Tendinopatia/Rotura da Coifa dos Rotadores - 3 patologias mais frequentes

A

▪ Roturas parciais ou totais
▪ Tendinopatia simples
▪ Tendinopatia calcificante (deposição de cristais de fosfato de cálcio)

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48
Q

Tendinopatia/Rotura da Coifa dos Rotadores - evolução

A

Tendinopatia pode evoluir para rotura completa

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49
Q

Tendinopatia/Rotura da Coifa dos Rotadores - pode ser precipitada por…

A

▪ Atividades desportivas (natação, ténis, basebol, remo e levantamento de pesos)

▪ Profissões que impliquem movimentos repetidos do membro superior, particularmente acima do
nível da cabeça (pintores, carpinteiros, costureiras)

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50
Q

Tendinopatia/Rotura da Coifa dos Rotadores - tendinite

A

“Tendinite” -> inflamação aguda do tendão -> tendinopatia aguda

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51
Q

Tendinopatia/Rotura da Coifa dos Rotadores - tendinose

A

“Tendinose” -> cronicidade (degeneração do tendão) -> tendinopatia crónica

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52
Q

Tendinopatia do ombro (da coifa dos rotadores) - clínica

A

▪ Tipicamente, idade >40 anos

▪ Dor de ritmo mecânico, inflamatório ou misto

▪ Dor pode surgir apenas associada ao esforço ou mesmo em repouso, com agravamento noturno (++ em decúbito homolateral)

▪ Dor referida à região lateral do braço, podendo irradiar para o cotovelo

▪ Dor mais evidente com a elevação lateral

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53
Q

Rotura da coifa dos rotadores - quadro clínico: pode ocorrer de 2 formas

A

▪ De forma repentina, associada a um trauma ou movimento brusco → dor intensa e défice de força muscular imediata

▪ De forma insidiosa, na sequência de fenómenos degenerativos → surgem pequenas lacerações
que geram queixas semelhantes às tendinopatias ou bursites (ocorrendo muitas vezes esses
diagnósticos, simultaneamente)

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54
Q

Rotura da coifa dos rotadores - quadro clínico: podem ser de 2 tipos

A

▪ Completas → dão mais diminuição da força muscular. Muitas ruturas completas são assintomáticas!!

▪ Parciais/tendinopatia → dão mais dor!!

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55
Q

Rotura da coifa dos rotadores - quadro clínico: agudas

A
  • Geralmente pós-traumáticas
  • Dor intensa
  • ↓ súbita da força muscular
  • Amplitudes passivas intactas
  • Amplitudes ativas diminuídas
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56
Q

Rotura da coifa dos rotadores - quadro clínico: crónicas

A
  • > 50 anos
  • Sem história de trauma
  • Dor intermitente, difusa, aumento
    progressivo
  • Deterioração tendinosa progressiva
  • Amplitudes passivas e ativas
    normalmente diminuídas
  • Atrofia muscular (Fossa SE e IE)
  • Diminuição progressiva da força
    muscular
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57
Q

Tendinopatia/Rotura da Coifa dos Rotadores - exame objetivo

A

Inspeção
o Postura
o Atrofias musculares
o Omoplata alada

Palpação
o Troquiter
o Art. Acromio-clavicular
o Bursa subacromial
o Longa porção do bicípite

Avaliação das Amplitudes PASSIVAS e ATIVAS → SIMETRIA!!!

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58
Q

Exame objetivo - testes específicos para a coifa dos rotadores

A

▪ Testes desenhados para avaliar roturas, portanto dizem-se positivos se o utente não for capaz de
realizar o movimento de contra-resistência

▪ Testes da coifa descritos como álgicos → utente realiza o movimento, mas refere dor → pensar em conflito subacromial ou em tendinopatia inflamatória sem rotura

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59
Q

Exame objetivo - testes específicos para a coifa dos rotadores: 4 testes principais

A

▪ Teste de Jobe
▪ Teste de Patte
▪ Teste de Lift-off
▪ Drop Arm Test

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60
Q

Exame objetivo - testes específicos para a coifa dos rotadores: teste de Jobe

A

Teste de Jobe → Supraespinhoso

o Elevação do ombro a 90º + angulação a 30º no plano frontal + rotação medial do ombro +
polegar a apontar para baixo; contra-resistência

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61
Q

Exame objetivo - testes específicos para a coifa dos rotadores: teste de Patte

A

Teste de Patte→ Rotadores externos (Infra-espinhoso; redondo menor)
▪ MS elevado a 90º + flexão do cotovelo a 90º

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62
Q

Exame objetivo - testes específicos para a coifa dos rotadores: teste de Lift-Off

A

Teste de Lift-Off→ Subescapular
▪ Colocar mão atrás das costas com o dorso para a frente → afastar a mão das costas → contra-resistência

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63
Q

Exame objetivo - testes específicos para a coifa dos rotadores: Drop Arm Test

A

Drop Arm Test→ sugestivo de rotura completa da coifa

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64
Q

Exame objetivo - testes específicos para a coifa dos rotadores: Palm-Up Test (Speed test)

A

Palm-Up Test (Speed test) → Longa porção do bicípite (embora não seja específico para a coifa!!!)

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65
Q

Tendinopatia/Rotura da Coifa dos Rotadores - MCDTs

A

Estudo radiológico simples
▪ Face e em Y de Lamy (calcificações dos músculos supra ou infraespinhoso)
▪ Lesões agudas: fraturas e luxações
▪ Lesões crónicas (sinais indiretos de patologia da coifa): esclerose subcondral da cabeça umeral;
formação de geodes; esclerose acromial; osteófitos

Ecografia
▪ Calcificações e microcalcificações do supra-espinhoso.
▪ Diagnostica corretamente roturas completas; menos útil para roturas parciais - subjetividade

RMN
▪ Exame Gold-standard para avaliar a coifa
▪ Interesse particular na avaliação do infra-espinhoso (tendinopatias evoluem rapidamente com
dor e limitação da rotação lateral → amiotrofia grave → rotura maciça da coifa

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66
Q

Tendinopatia/Rotura da Coifa dos Rotadores - MCDTs: estudo radiológico simples

A

▪ Face e em Y de Lamy (calcificações dos músculos supra ou infraespinhoso)

▪ Lesões agudas: fraturas e luxações

▪ Lesões crónicas (sinais indiretos de patologia da coifa): esclerose subcondral da cabeça umeral;
formação de geodes; esclerose acromial; osteófitos

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67
Q

Tendinopatia/Rotura da Coifa dos Rotadores - MCDTs: ecografia

A

▪ Calcificações e microcalcificações do supra-espinhoso

▪ Diagnostica corretamente roturas completas; menos útil para roturas parciais - subjetividade

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68
Q

Tendinopatia/Rotura da Coifa dos Rotadores - MCDTs: RMN

A

▪ Exame Gold-standard para avaliar a coifa

▪ Interesse particular na avaliação do infra-espinhoso (tendinopatias evoluem rapidamente com dor e limitação da rotação lateral → amiotrofia grave → rotura maciça da coifa

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69
Q

Tendinopatia/Rotura da Coifa dos Rotadores - tratamento

A

Tratamento conservador: é a 1ª opção na maioria dos casos
▪ Promove alívio da sintomatologia em ~2/3 dos casos
▪ Se não se obter melhoria (período de tratamento muito variável entre autores) → ponderar cirurgia

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70
Q

Tendinopatia/Rotura da Coifa dos Rotadores - tratamento conservador

A

Controlo da Dor (é fundamental)

Tratamentos de Medicina Física e de Reabilitação

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71
Q

Tendinopatia/Rotura da Coifa dos Rotadores - tratamento conservador: controlo da dor

A

▪ AINE’s; analgésicos; corticoides orais
▪ AINE’s locais: gel; emplastros transdérmicos
▪ Infiltração subacromial de corticoides e/ou anestésico
▪ Agentes físicos: gelo; calor húmido no início e gelo no final

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72
Q

Tendinopatia/Rotura da Coifa dos Rotadores - tratamento conservador: controlo da dor (AINE’s orais)

A

Escolha do AINE mais adequado

Se risco CV baixo e risco GI baixo: anti-inflamatório clássico

Se risco CV baixo e risco GI alto ou aparecimento de sintomas GI após introdução do AINE:
- 1ª opção AINE clássico associado a gastro-proteção
ou
- 2ª opção inibidor seletivo da COX-2

Se risco CV alto ou prevenção secundária e risco GI baixo: naproxeno

Se risco CV alto ou prevenção secundária e risco GI alto ou aparecimento de sintomas GI após introdução do AINE:
- deve ser evitado qualquer AINE (clássico ou inibidor da COX-2)

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73
Q

Tendinopatia/Rotura da Coifa dos Rotadores - tratamento conservador: controlo da dor (AINE’s orais) - definição de alto risco CV

A

Doentes com doença vascular estabelecida
- aqueles que tiverem indicação para antiagregação com ácido acetilsalicílico em dose baixa, deverão mantê-la

6 fatores de alto risco cardiovascular:
- antecedentes pessoais de acidente vascular cerebral
- antecedentes pessoais de acidente isquémico transitório
- antecedentes pessoais de síndrome coronário agudo
- angina estável
- antecedentes pessoais de revascularização arterial
- doença arterial periférica

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74
Q

Tendinopatia/Rotura da Coifa dos Rotadores - tratamento conservador: controlo da dor (AINE’s orais) - 6 fatores de alto risco para hemorragia gastrointestinal

A

Doentes idosos

Antecedentes pessoais de úlcera péptica

Utilização de corticosteroides sistémicos

Utilização de anticoagulantes (varfarina ou outros)

Utilização concomitante de ácido acetilsalicílico

Infeção por Helicobacter pylori

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75
Q

Tendinopatia/Rotura da Coifa dos Rotadores - tratamento cirúrgico: 3 indicações

A

Quando há insucesso do tratamento conservador (período de tempo variável)

Roturas agudas:
▪ Sobretudo jovens (20-30 anos) → avulsão aguda e maciça
▪ Idosos → limitação funcional severa

Atletas de alta competição com atividade profissional exigente

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76
Q

Tendinopatia/Rotura da Coifa dos Rotadores - tratamento cirúrgico: 3 objetivos

A
  • Diminuir a dor
  • Aumentar amplitudes
  • Recuperar a funcionalidade
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77
Q

Patologia da longa porção do bicípite - tendinopatia: fisiopatologia

A

▪ Na maioria dos casos secundária a instabilidade e rotura parcial ou total dos músculos da coifa

▪ É o distúrbio mais comum da longa porção do bicípite

▪ Das causas mais frequentes de dor ao nível do ombro em adultos e idosos

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78
Q

Patologia da longa porção do bicípite - rotura: fisiopatologia

A

▪ Na maioria dos casos, resulta de processo degenerativo associado a instabilidade do tendão ou
conflito subacromial

▪ Pode resultar de evento traumático, geralmente durante o desporto, em indivíduos mais jovens

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79
Q

Patologia da longa porção do bicípite - tendinopatia: quadro clínico

A

▪ Dor vaga na face anterior do ombro, +++ intensa com a flexão do ombro

▪ Geralmente, surge em indivíduos mais velhos (pelo uso excessivo do tendão)

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80
Q

Patologia da longa porção do bicípite - rotura: quadro clínico

A

▪ Rotura parcial: dor e disfunção do ombro

▪ Rotura completa: dor pode ser quase inexistente, mas com retração do bicípite → deformidade de Popeye

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81
Q

Patologia da longa porção do bicípite - instabilidade do bicípite: quadro clínico

A

Varia entre subluxação e luxação

Muito associada a patologia da coifa dos rotadores (em especial o subescapular)
▪ Subluxação → +++ dor
▪ Luxação → “paralisia” do ombro, embora possam conseguir fazer movimentos por compensação
(uso do deltóide)

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82
Q

Patologia da longa porção do bicípite - exame objetivo

A

O exame objetivo não é específico e não faz diagnóstico, na maioria das vezes!

Dor na goteira bicipital é agravada pela flexão anterior

Dor à palpação da região anterior do ombro (inserção do tendão da longa porção do bicípite)

Testes específicos (não é necessário fazer os dois):
o Palm-up test (Speed test)
o Teste de Yergason (++clássico; não tão útil)

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83
Q

Patologia da longa porção do bicípite - MCDTs

A

Ecografia:
▪ Tendinopatia (halo de edema ou líquido característico de tecido inflamatório)
▪ Avalia roturas completas/parciais

RMN:
▪ Mais eficaz na deteção de roturas parciais

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84
Q

Patologia da longa porção do bicípite - MCDTs: ecografia

A

▪ Tendinopatia (halo de edema ou líquido característico de tecido inflamatório)

▪ Avalia roturas completas/parciais

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85
Q

Patologia da longa porção do bicípite - MCDTs: RMN

A

Mais eficaz na deteção de roturas parciais

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86
Q

Patologia da longa porção do bicípite - tratamento

A

Tratamento conservador: é a 1ª opção na maioria dos casos
▪ Lesões da longa porção do bicípite isoladas são raras
▪ Reforço muscular peri-articular (estabilizadores da cintura escapular)

Tratamento cirúrgico:
▪ Quando falha o tratamento conservador
▪ Idade e nível de atividade → fatores determinantes para definir procedimento mais apropriado!

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87
Q

Patologia da longa porção do bicípite - tratamento conservador

A

Tratamento conservador: é a 1ª opção na maioria dos casos
▪ Lesões da longa porção do bicípite isoladas são raras.
▪ Reforço muscular peri-articular (estabilizadores da cintura escapular)

Controlo da Dor (é fundamental)
&
Tratamentos de Medicina Física e de Reabilitação

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88
Q

Patologia da longa porção do bicípite - tratamento conservador: controlo da dor

A

▪ AINE’s; analgésicos; corticoides orais

▪ AINE’s locais: gel; emplastros transdérmicos

▪ Infiltração subacromial de coerticoiedes e/ou antesésico

▪ Agentes físicos: gelo; calor húmido no ínicio e gelo no final

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89
Q

Patologia da longa porção do bicípite - tratamento cirúrgico

A

▪ Quando falha o tratamento conservador

▪ Idade e nível de atividade → fatores determinantes para definir procedimento mais apropriado!!

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90
Q

Capsulite Adesiva - fisiopatologia

A

“Ombro congelado”

Situação muito incapacitante → pode deixar sequelas importantes

Processo inflamatório e fibrosante que atinge a cápsula articular → limita a sua mobilidade

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91
Q

Capsulite Adesiva - 4 principais fatores de risco

A

▪ Sexo feminino
▪ Idade entre os 40-65 anos
▪ Depressão
▪ Diabetes mellitus

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92
Q

Capsulite Adesiva - situações associadas a capsulite adesiva

A

▪ Hipotiroidismo; doença de Parkinson; EAM

▪ Causas de imobilização prolongada do ombro (ex: pós-cirurgias)

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93
Q

Capsulite Adesiva - 3 fases da doença

A

Classicamente, estão descritas 3 fases da doença:

Fase dolorosa (3-6meses)
▪ Período de maior inflamação da articulação
▪ Predomina a dor e há redução progressiva da mobilidade
▪ Diagnóstico difícil de estabelecer

Fase congelada (adesiva) (3-18 meses)
▪ Diminui a dor, mas a mobilidade fica comprometida; diminuição das amplitudes em todos os planos
▪ Limitação funcional
▪ Fácil estabelecer o diagnóstico

Fase de resolução (“descongelamento”) (3-6 meses)
▪ Recuperação lenta das amplitudes e resolução da dor

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94
Q

Capsulite Adesiva - fase dolorosa

A

Fase dolorosa (3-6meses)
▪ Período de maior inflamação da articulação
▪ Predomina a dor e há redução progressiva da mobilidade
▪ Diagnóstico difícil de estabelecer

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95
Q

Capsulite Adesiva - fase congelada (adesiva)

A

Fase congelada (adesiva) (3-18 meses)
▪ Diminui a dor, mas a mobilidade fica comprometida; diminuição das amplitudes em todos os planos
▪ Limitação funcional
▪ Fácil estabelecer o diagnóstico

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96
Q

Capsulite Adesiva - fase de resolução (“descongelamento”)

A

Fase de resolução (“descongelamento”) (3-6 meses)
▪ Recuperação lenta das amplitudes e resolução da dor

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97
Q

Capsulite Adesiva - quadro clínico

A

Início insidioso de dor e limitação da mobilidade ativa e passiva do ombro

A maioria dos doentes encontra-se na fase dolorosa

Limitação marcada das mobilidades ativas e passivas

Grande impacto nas atividades diárias

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98
Q

Capsulite Adesiva - exame objetivo

A

Limitação significativa das mobilidades passiva e ativa

Perda da rotação externa passiva é muito sugestiva

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99
Q

Capsulite Adesiva - MCDTs

A

Rx ombro – normal

Ecografia
▪ Útil para excluir outras patologias

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100
Q

Capsulite Adesiva - tratamento: objetivos

A

Objetivos: diminuição da dor e evitar imobilização!!
▪ Ensinos imediatos de mobilização (pendulares de Codman e Wall-walking)

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101
Q

Capsulite Adesiva - tratamento

A

Tratamento conservador
▪ Analgesia: AINE’s, analgésicos, corticoides
▪ Tratamento de Medicina Física e de Reabilitação
- É fundamental!!
- Promover o aumento das amplitudes articulares
- Controlo da dor

Nota: tratamento prolongado; raramente é necessária cirurgia

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102
Q

Luxação Acromio-Clavicular - fisiopatologia

A

É das lesões mais frequentes no ombro do desportista (cerca de 40-50%)
▪ Mais nos desportos de combate, ciclismo e futebol

Mais frequente no sexo masculino

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103
Q

Luxação Acromio-Clavicular - mecanismo de lesão

A

O mecanismo de lesão é geralmente um trauma direto sobre a região supero-lateral do ombro com o braço junto ao corpo
- Menos frequente: trauma indireto
▪ Traumas ascendentes (queda sobre a mão com cotovelo em extensão)
▪ Traumas descendentes (força de tração violenta ao longo do eixo do MS ou queda de um objeto sobre o
ombro

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104
Q

Luxação Acromio-Clavicular - classificação

A

▪ TIPO I → rotura parcial dos lig. acromioclaviculares (os coracoclaviculares estão intactos); há estabilidade

▪ TIPO II → rotura completa dos lig. Acromioclaviculares, com rotura parcial dos lig. Coracoclaviculares)

▪ TIPO III → rotura completa de ambos os complexos ligamentares;
Instabilidade vertical e horizontal com deslocamento superior da clavícula

▪ TIPO IV → luxação posterior através do musc.trapézio

▪ TIPO V→ idêntico ao tipo III, mas com aumento do espaço
coracoclavicular entre 100-300%

▪ Tipo VI → muito rara; luxação inferior da clavícula sob o acrómio ou coracoide

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105
Q

Luxação Acromio-Clavicular de tipo I

A

TIPO I → rotura parcial dos lig. acromioclaviculares (os coracoclaviculares estão intactos); há estabilidade

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106
Q

Luxação Acromio-Clavicular de tipo II

A

TIPO II → rotura completa dos lig. Acromioclaviculares, com rotura parcial dos lig. Coracoclaviculares)

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107
Q

Luxação Acromio-Clavicular de tipo III

A

TIPO III → rotura completa de ambos os complexos ligamentares;
Instabilidade vertical e horizontal com deslocamento superior da clavícula

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108
Q

Luxação Acromio-Clavicular de tipo IV

A

TIPO IV → luxação posterior através do musc.trapézio

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109
Q

Luxação Acromio-Clavicular de tipo V

A

TIPO V→ idêntico ao tipo III, mas com aumento do espaço
coracoclavicular entre 100-300%

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110
Q

Luxação Acromio-Clavicular de tipo VI

A

Tipo VI → muito rara; luxação inferior da clavícula sob o acrómio ou coracoide

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111
Q

Luxação Acromio-Clavicular - exame objetivo na luxação de tipo III

A

A ascensão da clavícula em relação ao acrómio é redutível por simples pressão de cima para baixo, reaparecendo ao deixar de fazer pressão → MOBILIDADE EM TECLA DE PIANO

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112
Q

Luxação Acromio-Clavicular - exame físico

A

O exame físico é variável segundo o tipo de lesão:
▪ Deformidade discreta (nas lesões tipo I e II)
▪ Deformidade acentuada (nas lesões tipo III-V)
▪ Deformação marcada e característica (lesão tipo VI)

Dor
▪ Palpação local
▪ À mobilização, especialmente na abdução

Cross-arm test
▪ Pode ajudar a distinguir das lesões da gleno-umeral

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113
Q

Luxação Acromio-Clavicular - exame objetivo: teste de Cross Arm

A

Teste Cross Arm: positivo
▪ Cotovelo em extensão → faz-se adução do ombro a 90º de elevação
▪ Dor exatamente no local da art. Acromioclavicular

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114
Q

Luxação Acromio-Clavicular - MCDTs

A

Raio-X da art. Acromio-clavicular em AP e transaxilar

RMN: útil para avaliar com detalhe as lesões ligamentares

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115
Q

Luxação Acromio-Clavicular - tratamento

A

Conservador (tx sintomático + suspensão braquial 2-12semanas)
▪ Tipo I e II

Cirúrgico
▪ Tipo III, IV, V e VI

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116
Q

Causa mais frequente de dor no cotovelo

A

Epicondilite

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117
Q

Epicondilite - fisiopatologia

A

Representa uma tendinopatia da junção miotendinosa, por falência de uma cicatrização correta da
unidade músculo-tendão, com fibrodisplasia resultante

Habitualmente, não consiste num processo inflamatório agudo

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118
Q

Epicôndilo lateral - músculos

A

Epicôndilo lateral → tem origem os músculos extensores do punho

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119
Q

Epicôndilo medial/tróclea - músculos

A

Epicôndilo medial/tróclea → tem origem os músculos flexores do punho

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120
Q

Epicondilite mais prevalente

A

Epicondilite lateral

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121
Q

Epicondilite - causas

A

Relacionadas com stress repetitivo
▪ Gestos laborais (doença profissional!!)/ atividades de vida diária
▪ Movimentos repetitivos de prono-supinação, durante pelo menos 2horas/dia
▪ Manusear cargas físicas com mais de 20kg

Também relacionadas com overuse ou má técnica em desportos.
o Ténis → epicondilite lateral (cotovelo de tenista)
o Golfe → epicondilite medial /epitrocleite (cotovelo de golfista)

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122
Q

Epicondilite - 3 outros fatores de risco

A

▪ Tabagismo
▪ Obesidade
▪ 45-54 anos

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123
Q

Epicondilite - diagnóstico

A

Diagnóstico clínico

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124
Q

Epicondilite - quadro clínico

A

Dor de ritmo mecânico ou misto na área imediatamente distal ao epicôndilo (lateral ou medial)

Irradiação proximal ou distal

A dor surge com:
▪ Aperto de mãos; rodar a maçaneta; transportar mala de mão; segurar num livro; manusear teclado ou rato do computador

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125
Q

Epicondilite - exame objetivo

A

Dor intensa à palpação das inserções musculares dos respetivos epicôndilos + estiramento + contração resistida
- A ausência de aumento de dor no EO não exclui o diagnóstico!!!

Mobilidades ativa e passivas não se encontram afetadas

Epicondilite lateral: Teste de Cozen e teste de Mill podem ajudar no diagnóstico

Epicondilite medial/epitrocleíte: Teste de Cozen invertido

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126
Q

Epicondilite - exame objetivo: testes na epicondilite lateral

A

Epicondilite lateral: Teste de Cozen e teste de Mill podem ajudar no diagnóstico

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127
Q

Epicondilite - exame objetivo: teste na epicondilite medial/epitrocleíte

A

Teste de Cozen invertido

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128
Q

Epicondilite - 2 MCDTs

A

Radiografia do cotovelo

Ecografia do cotovelo

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129
Q

Epicondilite - MCDTs: objetivo

A

Úteis para excluir causas de epicondilite recalcitrante (sintomas que persistem mais de 6-12meses)

Importante excluir:
* lesão de ligamentos colaterais
* fratura oculta
* osteoartrose
* corpos livres osteocondrais

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130
Q

Epicondilite - tratamento conservador

A

▪ Repouso + Gelo (durante 6 semanas)

▪ Modificação da atividade do cotovelo e antebraço (durante 6 semanas)

▪ AINE’s + analgésicos + transdérmicos → durante 10-21 dias

▪ Ortótese epicondiliana, não articular, colocada no antebraço (na fase inicial, ++ na lateral)

▪ Fortalecimento em excêntrico (ex: garrafa de água)

▪ Fisiatria
- Se em 6 semanas não obtiver melhoria, após reavaliação de EO + exclusão de outras patologias

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131
Q

Epicondilite - tratamento: infiltração com corticoide

A

Em casos mais graves

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132
Q

Epicondilite - tratamento: acupuntura

A

Benefícios a curto prazo

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133
Q

Epicondilite - tratamento cirúrgico

A

Descompressão tendinosa

Sintomas graves, que não respondem a tx fisiátrico ao fim de ~6 meses

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134
Q

Bursite Olecraniana - fisiopatologia

A

A bursa olecraniana situa-se no tecido subcutâneo

Funciona como plano de deslizamento e amortecedor entre a pele e o olecrâneo

Se inflamação ou degeneração em efusão da bursa → bursite

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135
Q

Bursite Olecraniana - causas mais prováveis

A

▪ Trauma agudo

▪ Lesão bursal por movimentos repetitivos (pequenos traumas repetitivos)

▪ Doenças infeciosas (~20% dos casos)
- Origem em pequenas soluções de continuidade transcutâneas
- Staphylococcus aureus é o agente mais frequente
- Maioria apresenta periodicidade sazonal (++ no verão)

▪ Doenças sistémicas
- Artrite Reumatóide; gota; condrocalcinose; Hemodiálise (7%)

▪ Idiopática (~25%)

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136
Q

Bursite Olecraniana - atividades de risco

A

Mecânico; jardineiros; canalizadores; ginastas; posicionamentos prolongados

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137
Q

Bursite Olecraniana - quadro clínico

A

Dor durante o movimento e em repouso

Tumefação sobre o olecrâneo

Nas bursites crónicas:
▪ A dor e sinais inflamatórios podem estar ausentes

Se dor intensa + calor + rubor + febre + mal-estar → Bursite sética ou por deposição de cristais

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138
Q

Bursite Olecraniana - diagnóstico

A

Na maior parte dos casos, a história clínica + exame objetivo fazem o diagnóstico!!

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139
Q

Bursite Olecraniana - exame objetivo

A

Palpação de massa indolor flutuante sobre o olecrâneo

Desconforto ou dor na flexão acima dos 90º

Bursites crónicas
- Massa não é flutuante (bursa espessada)
- Crepitações na mobilização

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140
Q

Bursite Olecraniana - MCDTs

A

Aspiração de fluído bursal com respetiva avaliação laboratorial
- Nos casos de suspeita de bursite inflamatória ou infeciosa

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141
Q

Bursite Olecranianas Traumáticas Não-inflamatórias e Não-infeciosas - tratamento

A

Educação do doente
▪ Repouso da articulação e reconhecimento dos fatores de agravamento
▪ Evitar qualquer tipo de trauma

Proteção e compressão com cotoveleira elástica

Uso de AINE’s
▪ Indometacina 75mg 2x/Dia; naproxeno 500 2x/dia

Aspiração do conteúdo líquido nas bursites traumáticas e volumosas

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142
Q

Bursite Olecranianas crónica e persistente - tratamento

A

Considerar intervenção cirúrgica com exérese da bursa olecraniana

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143
Q

Bursite infeciosa - tratamento

A

Aspiração do conteúdo da bursa e respetiva avaliação laboratorial com teste de sensibilidade aos antibióticos

Caso não haja flutuação
▪ Iniciar antibioterapia com cefalosporinas, durante 10 dias, pelo menos
▪ O estado geral do doente determina a via de administração (oral ou ev)

Imobilizar em 60º de flexão sem pressão no olecrâneo

Analgesia + AINE’s

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144
Q

Bursite Olecraniana - tratamento: infiltração com corticóides

A

Infiltração com corticoides não está recomendada!

(risco de infeção, atrofia da pele, dor local crónica)

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145
Q

Bursite Olecraniana - tratamento: tratamento de eleição

A

O tratamento conservador é o de eleição!

A reabsorção é lenta (cerca de 6-12meses)

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146
Q

Bursite Olecraniana - tratamento: tratamento fisiátrico

A

Tratamento fisiátrico destina-se apenas aos casos em que existe limitação após um período de imobilização

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147
Q

Síndrome do Túnel Cárpico - prevalência

A

É a neuropatia compressiva mais comum!

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148
Q

Síndrome do Túnel Cárpico - fisiopatologia

A

Compressão do nervo mediano na passagem pelo retináculo flexor do punho

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149
Q

Síndrome do Túnel Cárpico - epidemiologia

A

> 3/4 dos doentes são do sexo feminino

Idade 40-60 anos

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150
Q

Síndrome do Túnel Cárpico - mão afetada

A

Pode cursar bilateralmente, mais comum na mão dominante

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151
Q

Síndrome do Túnel Cárpico - 5 causas

A

▪ Idiopáticos (maioria)

▪ Associação a: DM, hipotiroidismo, obesidade; gravidez

▪ Trauma (fraturas distais do rádio)

▪ Quistos ganglionares

▪ Artrose/artropatias inflamatórias

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152
Q

Síndrome do Túnel Cárpico - quadro clínico

A

Queixas de queimadura, formigueiro, picadas, choques e perda de sensibilidade no território do mediano.

Inicialmente, pior à noite.

Nos casos mais graves, a dor pode irradiar para o antebraço

Sintomas agravam com a mobilização do punho

Nos casos graves: pode haver fraqueza e amiotrofia dos músculos da eminência tenar

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153
Q

Síndrome do Túnel Cárpico - exame objetivo

A

Pesquisar sensibilidade palmar dos 1º,2º, 3º e metade lateral do 4º dedos.

Avaliar força muscular

Testes específicos:
▪ Teste de Tinel
▪ Teste de Phalen / Teste de Phalen invertido (útil nos idosos, “pôr a rezar”)
▪ Teste de Durkan

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154
Q

Síndrome do Túnel Cárpico - testes específicos

A

▪ Teste de Tinel

▪ Teste de Phalen / Teste de Phalen invertido (útil nos idosos, “pôr a rezar”)

▪ Teste de Durkan

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155
Q

Síndrome do Túnel Cárpico - MCDTs

A

Electromiografia dos MS’s → exame gold-standard

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156
Q

Síndrome do Túnel Cárpico - tratamento

A

Cirurgia → tratamento de 1ª linha, ++ mais quando há défice motor

Tratamento MFR + analgesia devem ser considerados
▪ Infiltração ecoguiada
▪ Neuromodeladores (gabapentina, pregabalina)
▪ Anti-depressivos tricíclicos (Amitriptilina)
▪ Patchs de lidocaína

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157
Q

Tenossinovite de Quervain - fisiopatologia

A

Tenossinovite estenosante do primeiro compartimento dorsal, que inclui 2 tendões:
▪ Longo abdutor do polegar
▪ Curto extensor do polegar

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158
Q

Tenossinovite de Quervain - epidemiologia

A

Afeta mais sexo feminino, idade 30-50 anos

Atinge mais o punho dominante

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159
Q

Tenossinovite de Quervain - 4 FRs

A

▪ Uso excessivo dos constituintes do compartimento
▪ Trauma local

▪ Gravidez

▪ AR

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160
Q

Tenossinovite de Quervain - quadro clínico

A

Início insidioso de dor localizada no lado radial do punho (sintoma dominante)

Dor agrava com movimentos tipo apanhar e elevar objetos

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161
Q

Tenossinovite de Quervain - exame objetivo

A

Inspeção: edema do 1º compartimento dorsal ao nível da estiloide radial

Sem limitação da mobilidade do punho

Testes específicos:
▪ Teste de Finkelstein: examinador agarra o polegar do doente → movimento repentino de desvio
cubital do punho e mão
▪ Teste de Eichoff: doente fecha o polegar num punho cerrado e seguidamente é realizado movimento
súbito de desvio cubital do punho e mão

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162
Q

Tenossinovite de Quervain - testes específicos

A

▪ Teste de Finkelstein: examinador agarra o polegar do doente → movimento repentino de desvio
cubital do punho e mão

▪ Teste de Eichoff: doente fecha o polegar num punho cerrado e seguidamente é realizado movimento
súbito de desvio cubital do punho e mão

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163
Q

Tenossinovite de Quervain - tratamento conservador

A

▪ AINE’s

▪ Repouso

▪ Imobilização com ortótese

▪ Infiltração com corticoide (em casos refratários)

▪ MFR

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164
Q

Tenossinovite de Quervain - tratamento: cirurgia

A

▪ Refratário a tratamento conservador após 6 meses

▪ Sintomatologia severa que interfira com as AVD’s

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165
Q

2 principais queixas da coluna

A
  • Cervicalgia
  • Lombalgia
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166
Q

Patologia da coluna - 3 FRs não modificáveis

A

▪ Idade
▪ Género
▪ Genética

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167
Q

Patologia da coluna - 5 FRs modificáveis

A

▪ Tabagismo

▪ Sedentarismo

▪ Erros posturais

▪ Perturbações depressivas ou ansiosas

▪ Episódios prévios de raquialgia

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168
Q

Patologia da coluna - 5 fatores de risco associados a atividade laboral

A

Trabalho exigente

Pouco suporte social

Insegurança e insatisfação laboral

Má postura no local de trabalho em termos
ergonómicos

Trabalho sedentário/repetitivo

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169
Q

Radiculopatia vs Mielopatia

A

Radiculopatia:
- Compressão de raiz nervosa (doença 2º neurónio)

Mielopatia:
- Compressão da medula (doença de 1º neurónio)

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170
Q

Radiculopatia - 4 caraterísticas

A

Compressão de raiz nervosa (doença 2º neurónio)

Clínica:
▪ Dor irradiada unilateral
▪ Défices sensitivos e/ou motores unilaterais

RM mais útil para avaliação imagiológica

Tratamento de MFR pode resolver a sintomatologia

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171
Q

Mielopatia - caraterísticas

A

Compressão da medula (doença de 1º neurónio)

Causa degenerativa, principalmente

Clínica:
▪ Dor não é o sintoma principal
▪ Parestesias nas extremidades
▪ Instabilidade da marcha
▪ Espasticidade

TC pode ser útil para avaliação da etiologia

RM

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172
Q

Cervicalgia - anamnese

A

Excluir causas secundárias

Caraterização da dor

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173
Q

Cervicalgia - 7 sinais de alarme

A

Trauma significativo (queda em doente com OP; acidente de viação)

História de Doença Inflamatória (AR)

Sintomas de infeção (febre, meningismo, imunossupressão)

Sintomas constitucionais

Sintomas neurológicos

Sensação de dor tipo “rasgadura” cervical

Concomitante dor torácica, dispneia ou diaforese

174
Q

Cervicalgia - patologia potencial se trauma significativo (queda em doente com OP; acidente de viação)

A

Rotura ligamentar

Fratura/luxação da coluna cervical

175
Q

Cervicalgia - patologia potencial se história de doença inflamatória (AR)

A

Subluxação atlanto-axial

176
Q

Cervicalgia - patologia potencial se sintomas de infeção (febre, meningismo, imunossupressão)

A

Infeção (abcesso epidural; discite; Hemorragia subaracnoide; aneurisma micótico)

177
Q

Cervicalgia - patologia potencial se sintomas constitucionais

A

Processo maligno/infiltrativo; Polimialgia reumática;
Artrite de células gigantes

178
Q

Cervicalgia - patologia potencial se sintomas neurológicos

A

Mielopatia

Radiculopatia

179
Q

Cervicalgia - patologia potencial se sensação de dor tipo “rasgadura” cervical

A

Disseção arterial (carótida, vertebral)

180
Q

Cervicalgia - patologia potencial se concomitante dor torácica, dispneia ou diaforese

A

EAM

181
Q

Cervicalgia - caraterização da dor

A

Início

Duração: → melhor preditor de prognóstico
▪ Aguda (<6semanas)
▪ Subaguda (6-12semanas)
▪ Crónica (>12semanas)

Ritmo
▪ Mecânica
▪ Inflamatória (agrava com repouso; rigidez >30min;
sintomas constitucionais)
▪ Mista

Dor neurogénica
▪ “choque elétrico”, “formigueiro” → sugere lesão nervosa

Intensidade

Fatores de alívio/agravamento

Irradiação

182
Q

Cervicalgia - exame objetivo

A

Inspeção
▪ Postura; assimetrias; massas; deformidades; cicatrizes prévias

Amplitudes articulares
▪ Avaliar em todos os planos;
▪ Variabilidade individual –valorizar em caso de diminuição marcada

Palpação
▪ Anomalias extra-esqueléticas (adenopatias, bócio)
▪ Palpação pouco informativa quanto a dor músculo-esquelética→ pode existir dor em múltiplos pontos musculares sem patologia local evidente

Exame neurológico
▪ Deve ser realizado sempre que exista suspeição de patologia medular/radicular
- força muscular, sensibilidade e reflexos OT

Manobras específicas

183
Q

Cervicalgia - exame objetivo: inspeção

A

Postura; assimetrias; massas; deformidades; cicatrizes prévias

184
Q

Cervicalgia - exame objetivo: amplitudes articulares

A

Avaliar em todos os planos;

Variabilidade individual –valorizar em caso de diminuição marcada

185
Q

Cervicalgia - exame objetivo: palpação

A

Anomalias extra-esqueléticas (adenopatias, bócio)

Palpação pouco informativa quanto a dor músculo-esquelética→ pode existir dor em múltiplos pontos musculares sem patologia local evidente

186
Q

Cervicalgia - exame objetivo: exame neurológico

A

Deve ser realizado sempre que exista suspeição de patologia medular/radicular

Avaliar:
- força muscular
- sensibilidade
- reflexos OT

187
Q

Cervicalgia - 2 manobras específicas

A

Sinal de Lhermitte (mais para mielopatia)

Manobra de Spurling (mais para radiculopatia)

188
Q

Cervicalgia - manobras específicas: Sinal de Lhermitte

A

Sinal de Lhermitte (mais para mielopatia)
▪ Sensação de choque-elétrico ao longo da coluna ou nos membros

189
Q

Cervicalgia - manobras específicas: Manobra de Spurling

A

Manobra de Spurling (mais para radiculopatia)
▪ Positivo: exacerbação dos sintomas radiculares na extremidade, devido à radiculopatia ipsilateral à lesão

190
Q

Cervicalgia - MCDTs

A

Estudo analítico (Hemograma, VS, PCR)
▪ Se suspeita de etiologia inflamatória/infeciosa ou neoplásica

Radiografia simples (ortostatismo; pelo menos 2 incidências: AP + perfil; em flexão e extensão)
▪ 1º exame de imagem a ser realizado.
▪ Alterações degenerativas são comuns e têm pouca correlação com a dor.
▪ Avalia fraturas, luxações, espondilisteses; alterações degenerativas; lesões osteolíticas

TC cervical (mais útil se suspeita clínica de mielopatia; menos útil de clínica de radiculopatia)
▪ Preferível na patologia óssea; consegue identificar alterações no disco intervertebral

RM cervical
▪ Preferível nas alterações dos tecidos moles (principalmente disco intervertebral) e na avaliação de
compromisso neurológico

EMG MS’s
▪ Permite dx diferencial entre neuropatia periférica e sofrimento de raiz nervosa por compressão radicular
▪ Na prática, mais usado para distinguir lesões irreversíveis de reversíveis

191
Q

Cervicalgia - MCDTs: estudo analítico

A

Estudo analítico (Hemograma, VS, PCR)
▪ Se suspeita de etiologia inflamatória/infeciosa ou neoplásica

192
Q

Cervicalgia - MCDTs: radiografia simples

A

Radiografia simples (ortostatismo; pelo menos 2 incidências: AP + perfil; em flexão e extensão)

▪ 1º exame de imagem a ser realizado

▪ Alterações degenerativas são comuns e têm pouca correlação com a dor

▪ Avalia fraturas, luxações, espondilisteses; alterações degenerativas; lesões osteolíticas

193
Q

Cervicalgia - MCDTs: TC cervical

A

TC cervical (mais útil se suspeita clínica de mielopatia; menos útil de clínica de radiculopatia)
▪ Preferível na patologia óssea; consegue identificar alterações no disco intervertebral

194
Q

Cervicalgia - MCDTs: RM cervical

A

RM cervical
▪ Preferível nas alterações dos tecidos moles (principalmente disco intervertebral) e na avaliação de compromisso neurológico

195
Q

Cervicalgia - MCDTs: EMG MS’s

A

EMG MS’s
▪ Permite dx diferencial entre neuropatia periférica e sofrimento de raiz nervosa por compressão radicular
▪ Na prática, mais usado para distinguir lesões irreversíveis de reversíveis

196
Q

Cervicalgia - indicações para TC cervical

A

Cervicalgia acompanhada de défice neurológico radial e braquialgia, independentemente da duração

Cervicalgia progressiva com duração >4semanas, acompanhada de défice motor ou sensitivo radicular, OU
crises recorrentes (>3x/ano)

Cervicalgia persistente e braquialgia com duração >4semanas, refratária a tratamento médico e sem défices motores/sensitivos

Cervicalgia com suspeita de neoplasia
▪ >4semanas; > 50anos; emagrecimento acentuado; hx pessoal e familiar de neoplasia

Cervicalgia com suspeita de fratura
▪ >65anos; osteoporose; corticoterapia prolongada

197
Q

Cervicalgia - 4 síndromes clínicos

A

Cervicalgia Aguda Específica

Cervicalgia Crónica Específica

Radiculopatia Cervical

Mielopatia Espondilótica Cervical

198
Q

Cervicalgia Aguda Específica - contexto

A

Pode ocorrer em qualquer idade, mas +++ nos jovens sem patologia prévia

Causa mais frequente: contratura muscular

199
Q

Cervicalgia Aguda Específica - quadro clínico

A

Dor unilateral, muitas vezes bilateral, que irradia para as regiões escapulares

Surge em contexto de esforço físico, tensão psicológica ou posturas incorretas

200
Q

Cervicalgia Aguda Específica - exame objetivo

A

Contratura muscular palpável, com ou sem presença de pontos dolorosos específicos (trigger points miofasciais)

201
Q

Cervicalgia Aguda Específica - MCDTs

A

Não são necessários

202
Q

Cervicalgia Aguda Específica - tratamento

A

Analgesia + AINE’s + relaxantes musculares

203
Q

Cervicalgia Crónica Inespecífica - contexto

A

Frequente nos idosos.

Causa mais frequente: alterações degenerativas OA

204
Q

Cervicalgia Crónica Inespecífica - quadro clínico

A

Dor de evolução insidiosa, com agudizações frequentes

205
Q

Cervicalgia Crónica Inespecífica - exame objetivo

A

Amplitudes articulares geralmente diminuídas, especialmente as rotações e a inclinação lateral

206
Q

Cervicalgia Crónica Inespecífica - MCDTs

A

Rx cervical

207
Q

Cervicartrose só deve ser considerada responsável pela dor…

A

Cervicartrose só deve ser considerada responsável pela dor, APÓS exclusão de outras causas; sem paralelismo entre sinais radiológicos e sintomatologia

208
Q

Cervicalgia Crónica Inespecífica - tratamento

A

Analgesia + AINE’s + relaxantes musculares

Evitar esforços

Tratamento fisiátrico (controlo álgico + melhoria da mobilidade + correção postural)

209
Q

Radiculopatia cervical - contexto

A

Envolve as raízes nervosas cervicais, sendo resultado da compressão e inflamação de uma ou mais raízes

Geralmente causada por hérnias discais (idades jovens); patologia degenerativa (idades avançadas)

Locais mais frequentemente atingidos: C5-C6 e C6-C7

210
Q

Radiculopatia cervical - quadro clínico/ exame objetivo

A

Dor cervical que irradia para o braço ao longo percurso da raiz
nervosa,unilateral

Cefaleia occipital é comum

Dor interescapular ou nos trapézios

Estadios avançados:
▪ alterações sensitivas (hipostesia, parestesia) num dermátomo;
▪ diminuição da força muscular;
▪ hiporreflexia do reflexo bicipital, tricipital ou radial

Manobra de Spurling pode ser positiva

211
Q

Radiculopatia cervical - MCDTs

A

RM cervical

EMG MS’s

212
Q

Radiculopatia cervical - tratamento

A

Conservador, inicialmente
▪ Tratamento fisiátrico (reduz dor e melhora funcionalidade do doente)
▪ Analgesia + AINEs +/- neurolépticos

Tratamento cirúrgico
▪ Dor refratária >6semanas
▪ Presença de défices motores

213
Q

Mielopatia Espondilótica Cervical - contexto

A

Lesão medular cervical provocada por alterações degenerativas

Causa mais frequente de disfunção cervical >50-60 anos

214
Q

Mielopatia Espondilótica Cervical - quadro clínico/ exame objetivo

A

Paraparésia espástica associada a alterações sensitivas nos MS’s (e/ou MI’s) com distribuição polirradicular bilateral

A dor não é, habitualmente, o sintoma principal; podem ter parestesias nas extremidades; cefaleia é comum

Instabilidade da marcha; Hiperrreflexia; fraqueza muscular

Sinal de Lhermitte pode ser positivo

215
Q

Mielopatia Espondilótica Cervical - MCDTs

A

TC e RM são essenciais!!

216
Q

Mielopatia Espondilótica Cervical - tratamento

A

Conservador

Cirúrgico

Prognóstico depende da severidade e duração dos sintomas neurológicos

217
Q

Lombalgia - contexto

A

Queixa músculo-esquelética mais comum nos CSP

Principal causa de inatividade física em indivíduos com idade <40 anos

218
Q

Lombalgia - anamnese

A

Idade

Antecedentes pessoais (trauma, neoplasia, OP, imunossupressão, depressão)

Antecedentes familiares (espondiloartropatias)

Atividade profissional e ocupacional (stress lombar, sedentarismo, posturas incorretas)

Sintomas sistémicos (febre, anorexia…)

Caracterização da dor

Red-flags

Caracterização da dor
▪ Duração:
- Aguda: <6 semanas
- Subaguda: 6-12 semanas
- Crónica: >12 semanas
▪ Irradiação
▪ Défices neurológicos associados

219
Q

Lombalgia - dor: ritmo mecânica

A

Relacionada com movimento/esforço; alivia com repouso

Sem défices neurológicos

Espondiloartrose, alterações posturais, musculares e
ligamentares

90% das lombalgias

220
Q

Lombalgia - dor: ritmo inflamatória

A

Dor noturna e +++ de manhã

Rigidez matinal

Alivia com exercício/movimento

Espondiloartropatias

221
Q

Lombalgia - red-flags

A

▪ Idade<20 anos ou >55 anos
▪ Dor não mecânica
▪ Hx recente de trauma
▪ Hx prévia de neoplasia
▪ Emagrecimento inexplicado
▪ Febre
▪ Uso crónico de corticoides, drogas ev ou imunossupressão
▪ Sintomas sistémicos
▪ Deformação raquidiana
▪ Alterações no exame neurológico (alterações da marcha; fraqueza
muscular)
▪ Perda neurológica progressiva ou significativa

Nota: indicam possível gravidade/ necessidade de intervenção rápida

222
Q

Lombalgia - exame objetivo

A

Inspeção

Mobilidade

Palpação

Exame neurológico

Manobras específicas

223
Q

Lombalgia - exame objetivo: inspeção

A

Avaliação de assimetrias
▪ Escoliose (postural; estrutural)
▪ Avaliação através de Teste de Adams

Avaliação da presença de dismetria dos MI’s

Avaliação da presença de hiperlordose

Avaliar presença de desiquilíbrios sagitais (ex: idoso que se inclina para a frente

Avaliar presença de cicatrizes, amiotrofias

224
Q

Lombalgia - exame objetivo: mobilidade

A

Testar todos os movimentos da coluna lombar

Detetar dor ou limitações

225
Q

Lombalgia - exame objetivo: palpação

A

Em decúbito ventral

Apófises espinhosas

Interapofisárias posteriores

Músc. Paravertebrais

Sacroilíacas

226
Q

Lombalgia - exame objetivo: exame neurológico

A

Sensibilidade
▪ Térmica
▪ Tátil
▪ Dolorosa

Força muscular

ROT’s

227
Q

Lombalgia - exame objetivo: exame neurológico - força muscular

A

Dorsiflexores da articulação tibio-társica: L4, L5

Longo extensor do hálux: L5

Flexores da anca: L2, L3

Extensores do joelho: L3, L4

Flexores plantares: S1

Sinal das pontas:
- Marcha em pontas → S1
- Marcha em calcanhares → L5

228
Q

Lombalgia - exame objetivo: exame neurológico - ROT’s

A

Rotuliano (L3, L4)

Aquiliano (S1)

229
Q

Lombalgia - exame objetivo: manobras específicas

A

Manobra de Laségue (radiculopatia)

Manobra de Bragard (radiculopatia)

Sinal do arco da corda

Teste de Schober

230
Q

Lombalgia - exame objetivo: manobras específicas - manobra de Laségue

A

Manobra de Laségue (radiculopatia)
▪ Positivo se dor despoletada/agravada a nível do trajeto do dermátomo L4-L5, L5-S1 (30-60º)

231
Q

Lombalgia - exame objetivo: manobras específicas - manobra de Bragard

A

Manobra de Bragard (radiculopatia)
▪ Com o membro em elevação após aplicação da manobra de Lasegue, provoca-se dorsiflexão
do pé. Positivo se despoleta dor (++ L5-S1)

232
Q

Lombalgia - exame objetivo: manobras específicas - sinal do arco da corda

A

Sinal do arco da corda
▪ Após manobra de Lasegue positiva, eleva-se o MI até aparecimento da dor e depois flete-se o joelho. Positivo se alívio da dor → sugere radiculopatia (hérnia discal)

233
Q

Lombalgia - exame objetivo: manobras específicas - teste de Schober

A

Teste de Schober
▪ Mede a mobilidade do segmento lombossagrado
▪ Posição ortostática, pés juntos: traça-se uma linha entre as 2 espinhas ilíacas posterosuperiores e outra linha 10cm acima.
▪ Após flexão do tronco deverá aumentar pelo menos 5cm. Teste positivo se aumento <5cm (ex: Espondilite Anquilosante)

234
Q

Lombalgia - MCDTs

A

Estudo analítico (Hemograma, VS, PCR)
▪ Se suspeita de etiologia inflamatória/infeciosa ou neoplásica

Radiografia simples (ortostatismo; pelo menos 2 incidências: AP + perfil; flexão/extensão (espondilolisteses);
inclinações laterais (para suspeita de escoliose degenerativa)
▪ 1º exame de imagem a ser realizado

TC lombar (mais útil se suspeita clínica de mielopatia; menos útil de clínica de radiculopatia)
▪ Preferível na patologia óssea; consegue identificar alterações no disco intervertebral

RM lombar
▪ Preferível nas alterações dos tecidos moles (principalmente disco intervertebral) e na avaliação de compromisso neurológico

EMG MI’s
▪ Permite dx diferencial entre neuropatia periférica e sofrimento de raiz nervosa por compressão radicular
▪ Na prática, mais usado para distinguir lesões irreversíveis de reversíveis

235
Q

Lombalgia - MCDTs: estudo analítico

A

Estudo analítico (Hemograma, VS, PCR)
▪ Se suspeita de etiologia inflamatória/infeciosa ou neoplásica

236
Q

Lombalgia - MCDTs: radiografia simples

A

Radiografia simples (ortostatismo; pelo menos 2 incidências: AP + perfil; flexão/extensão (espondilolisteses);
inclinações laterais (para suspeita de escoliose degenerativa)
▪ 1º exame de imagem a ser realizado

237
Q

Lombalgia - MCDTs: TC lombar

A

TC lombar (mais útil se suspeita clínica de mielopatia; menos útil de clínica de radiculopatia)
▪ Preferível na patologia óssea; consegue identificar alterações no disco intervertebral

238
Q

Lombalgia - MCDTs: RM lombar

A

RM lombar
▪ Preferível nas alterações dos tecidos moles (principalmente disco intervertebral) e na avaliação de compromisso neurológico

239
Q

Lombalgia - MCDTs: EMG MI’s

A

Permite dx diferencial entre neuropatia periférica e sofrimento de raiz nervosa por compressão radicular

Na prática, mais usado para distinguir lesões irreversíveis de reversíveis

240
Q

Lombalgia - 4 indicações para TC lombar

A

Lombalgia e défice neurológico radicular acompanhada, ou não, de ciatalgia, independentemente da duração dos sintomas;

Lombalgia persistente acompanhada de ciatalgia, com duração >4semanas, refratária ao tratamento médico e
sem de défices motores/sensitivos

Lombalgia e suspeita de neoplasia, com duração >4semanas
▪ Idade >50 anos; hx pessoal de neoplasia; emagrecimento recente acentuado

Lombalgia e suspeita de fratura, documentada por Rx
▪ Idade>65 anos; osteoporose; exposição a corticoterapia prolongada

241
Q

Lombalgia - necessidade de MCDTs

A

90% dos doentes com lombalgia simples (sem ciática ou sintomas sistémicos) melhoram em poucas semanas (4-6semanas)

Exames imagiológicos desnecessários!

RX coluna lombar em doentes com lombalgia mecânica sem relação com melhoria da função ou da dor

Alterações radiográficas podem não ter correlação clínica

Exames imagiológicos podem levar a terapêuticas e intervenções desnecessárias e a investigação com exames
dispendiosos

242
Q

Lombalgia - 3 síndromes clínicos

A

Lombalgia Inespecífica

Lombalgia com radiculopatia e/ou Mielopatia

Raquialgia associada a causas específicas

243
Q

Lombalgia: síndromes clínicos - lombalgia inespecífica (5 causas)

A

▪ Espondiloartrose
▪ Perturbações da estática (hiperlordose; escoliose)
▪ Espondilolistese
▪ Espondilolise
▪ Síndromes miofasciais

244
Q

Lombalgia: síndromes clínicos - lombalgia com radiculopatia e/ou mielopatia (4 causas)

A

▪ Hérnia discal
▪ Canal lombar estreito
▪ Síndrome da Cauda Equina
▪ Etiologia específica (abcesso, tumor, fratura, EA)

245
Q

Lombalgia: síndromes clínicos - raquialgia associada a causas específicas (5 causas)

A

▪ Etiologia Inflamatória (EA)
▪ Etiologia Neoplásica (metástase; Mieloma múltiplo)
▪ Etiologia Metabólica (OP)
▪ Etiologia infeciosa (abcesso; espondilodiscite)
▪ Etiologia visceral ou extra-raquis

246
Q

Lombalgia Inespecífica/ Lombalgia Comum - contexto

A

A lombalgia mecânica corresponde a ~90% das lombalgias

Resulta de uma anomalia estrutural, trauma, abuso ou degenerescência de uma estrutura normal sem
componente inflamatório considerável

247
Q

Lombalgia Inespecífica/ Lombalgia Comum - causa

A

Na maioria das lombalgias mecânicas não é possível identificar uma causa específica. Dor atribuída a:
▪ Lesões osteodegenerativas
▪ Anomalias da curvatura da coluna vertebral
▪ Perturbações musculo-ligamentares

248
Q

Lombalgia Inespecífica/ Lombalgia Comum - alterações

A

Na lombalgia Comum identificam-se alterações clínicas e imagiológicas:
▪ Artrose das articulações interapofisárias posteriores
▪ Alterações da curvatura: cifose e hiperlordose

249
Q

Lombalgia Inespecífica/Lombalgia Comum - etiologia específica

A

Apenas em 20% dos casos é definida uma etiologia específica para a lombalgia mecânica
▪ Causa mais frequente: Hérnia discal
▪ Outras causas possíveis:
- Espondilolise
- Espondilolistese

250
Q

Lombalgia Inespecífica/Lombalgia Comum - causa mais frequente

A

Hérnia discal

251
Q

Lombalgia Inespecífica/Lombalgia Comum - outras 2 causas possíveis

A

Espondilolise (defeito da pars interarticularis)

Espondilolistese

252
Q

Lombalgia Inespecífica/Lombalgia Comum - causa: espondilolise

A

Espondilolise (defeito da pars interarticularis) – causa rara de lombalgia no adolescente; indicação para cx quando identificada)

253
Q

Lombalgia Inespecífica/Lombalgia Comum - causa: espondilolistese

A

Deslizamento anterior do corpo vertebral em relação à vertebra imediatamente inferior. Pode ser:
▪ Congénita
▪ Secundária à espondilólise
▪ Degenerativa
▪ Patológica (ex: neoplasia)

Pode ocorrer radiculopatia e/ou mielopatia

254
Q

Lombalgia Inespecífica/ Lombalgia Comum - quadro clínico

A

Dor agrava com o movimento e alivia em repouso

255
Q

Lombalgia Inespecífica/ Lombalgia Comum - quadro clínico, se espondilolise/ espondilolistese

A

▪ Pode ser assintomática

▪ A dor é de ritmo mecânico

▪ Doentes com retração dos musc. Flexores da coxa → postura característica de flexão dos joelhos, pelve inclinada posteriormente e retificação da lordose lombar

▪ A magnitude destes sinais relaciona-se com o grau de deslizamento

256
Q

Lombalgia Inespecífica/ Lombalgia Comum - quadro clínico, se espondiloartrose

A

Dor agravada por hiperextensão do tronco ou inclinação lateral

Exacerbada ao final do dia, com eventual irradiação para a face posterior das coxas

Palpação paravertebral dolorosa

257
Q

Lombalgia Inespecífica/ Lombalgia Comum - quadro clínico, se síndrome miofascial

A

Trigger-points dolorosos; dor à rotação ipsilateral e flexão contralateral

258
Q

Lombalgia Inespecífica/ Lombalgia Comum - MCDTs

A

Indicados se lombalgia persistente apesar de terapêutica conservadora e/ou sinais de alarme

Radiografia da coluna lombar
▪ Espondilolistese
▪ Espondiloartrose

TC lombar

RM lombo-sagrada

259
Q

Lombalgia Inespecífica/ Lombalgia Comum - tratamento: medidas gerais e educação do doente

A

▪ Disponibilizar informação acerca do quadro clínico e sua benignidade

▪ Repouso absoluto é desaconselhado! (mesmo na fratura, deve ser repouso relativo)

▪ Medidas posturais + adaptação do local de trabalho

▪ Prática de atividade física + perda ponderal

260
Q

Lombalgia Inespecífica/ Lombalgia Comum - tratamento: tratamento farmacológico

A

(o uso de fármacos deve estar restrito a um curto período de tempo - situações hiperálgicas)

▪ 1ª linha: paracetamol

▪ 2ª linha: AINE’s

▪ Outros: relaxantes musculares (se contratura muscular); opióides; anti-depressivos

▪ Uso de corticoides orais NÃO demonstrou benefício

261
Q

Lombalgia Inespecífica/ Lombalgia Comum - tratamento: tratamento fisiátrico

A

▪ Na ausência de resposta ao tratamento farmacológico e educacional

▪ Após exclusão de causa específica de lombalgia

▪ Controlo álgico + reforço músculos abdominais + extensores do dorso

262
Q

Lombalgia Inespecífica/ Lombalgia Comum - tratamento: tratamento cirúrgico

A

▪ É raro em casos de lombalgia inespecífica

▪ O sucesso da cirurgia depende da identificação de uma anomalia anatómica específica e fonte de dor

263
Q

Lombalgia Inespecífica/ Lombalgia Comum - tratamento: psicoterapia

A

▪ Terapia cognitivo-comportamental

▪ Anti-depressivos; ansiolíticos → casos de lombalgia crónica somatizada

264
Q

Lombalgia Inespecífica/ Lombalgia Comum - tratamento: psicoterapia (“yellow-flags”)

A

As “yellow-flags” são fatores psicológicos que poderão aumentar o risco de evolução para lombalgia crónica, com persistência dos sintomas para além do expectável, manutenção da incapacidade e prolongamento do absentismo laboral

“yellow-flags”:
▪ Baixa perspetiva de recuperação do doente;
▪ Ausência de confiança no tratamento;
▪ Crença na gravidade da raquialgia;
▪ Medo da dor, movimento ou nova lesão com adoção de atitude evitante de esforço;
▪ Mecanismos de coping insuficientes;
▪ Antecedentes de depressão ou perturbação da ansiedade
▪ Atitude passiva perante o tratamento

265
Q

Lombalgia com radiculopatia e/ou Estenose do Canal Lombar - hérnia discal: contexto

A

Prolapso do núcleo pulposo ao longo do anel fibroso para além das margens normais do espaço do disco
intervertebral

Protusão discal ≠ Hérnia discal
▪ Protusão discal → sem necessidade de referenciar para cirurgia; R/ MFR
▪ Hérnia com evidência de compromisso radicular → referenciar para cx, se sintomatologia
▪ Hérnia extrusa→ referenciar para cx, se sintomas ou défices neurológicos

Pode ser central, postero-lateral ou foraminal

266
Q

Lombalgia com radiculopatia e/ou Estenose do Canal Lombar - hérnia discal: quadro clínico

A

Pode ser assintomática; lombalgia com ou sem irradiação

Diagnóstico clínico → Hx clínico + exame objetivo definem diagnóstico e localizam nível da hérnia

267
Q

Lombalgia com radiculopatia e/ou Estenose do Canal Lombar - hérnia discal: se raiz envolvida de L4

A

Dor e disestesia: face postero-lateral da coxa e anterior medial da perna

Diminuição da força muscular: quadricípite (extensão da perna)

Reflexos: diminuição do rotuliano

Teste: dorsiflexão e inversão do pé

268
Q

Lombalgia com radiculopatia e/ou Estenose do Canal Lombar - hérnia discal: se raiz envolvida de L5

A

Dor e disestesia: face posterior da coxa; face antero-externa da perna, dorso e bordo interno do pé e hálux

Diminuição da força muscular: tibial anterior e longo extensor do hálux (flexor do joelho e dorsiflexão do pé)

Reflexos: nenhum ou reflexo aquiliano

Teste: dorsiflexão do hálux; dificuldade em andar de calcanhares

269
Q

Lombalgia com radiculopatia e/ou Estenose do Canal Lombar - hérnia discal: se raiz envolvida de S1

A

Dor e disestesia: face posterior da coxa e perna; bordo postero-externo e planta do pé

Diminuição da força muscular: flexão do joelho e flexão plantar do pé

Reflexos: diminuição do aquiliano

Teste: flexão plantar e
eversão do pé; dificuldade em andar em pontas

270
Q

Lombalgia com radiculopatia e/ou Estenose do Canal Lombar - hérnia discal: MCDTs

A

TC (mais dispensável)

RM lombar → Gold-standard

Eletromiografia MI’s

271
Q

Lombalgia com radiculopatia e/ou Estenose do Canal Lombar - hérnia discal: tratamento

A

Sobreponível ao descrito para Lombalgia Inespecífica

272
Q

Lombalgia com radiculopatia e/ou Estenose do Canal Lombar - hérnia discal: tratamento: 3 indicações para cirurgia

A
  • Radiculopatias hiperálgicas
  • Ausência de resposta ao tratamento conservador superior a 6semanas
  • Lesão neurológica severa ou rapidamente progressiva
273
Q

Lombalgia com radiculopatia e/ou Estenose do Canal Lombar - canal lombar estreito: contexto

A

Diminuição do diâmetro do canal vertebral.

Congénita, adquirida (estadios finais da doença degenerativa do disco) ou mista

Prevalência aumentada: >55 anos; sexo feminino

L4-L5 → nível mais atingido

274
Q

Lombalgia com radiculopatia e/ou Estenose do Canal Lombar - canal lombar estreito: quadro clínico

A

Lombalgia é o sintoma mais comum

Claudicação neurogénica intermitente (desencadeada ou agravada pela marcha ou hiperextensão lombar)

Parestesias ou défices motores; apenas cede com doente sentada ou agachado
▪ Hiperflexão lombar → aumenta volume intracanalar

275
Q

Lombalgia com radiculopatia e/ou Estenose do Canal Lombar - canal lombar estreito: MCDTs

A

TC + RM lombar

276
Q

Lombalgia com radiculopatia e/ou Estenose do Canal Lombar - canal lombar estreito: tratamento

A

SE sintomático
* Conservador
* Cirurgia
- Descompressão das estruturas neurológicas

277
Q

Lombalgia com radiculopatia e/ou Estenose do Canal Lombar - síndrome da cauda equina: contexto

A

Situação rara; pode ocorrer em qualquer faixa etária

278
Q

Lombalgia com radiculopatia e/ou Estenose do Canal Lombar - síndrome da cauda equina: fisiopatologia

A

Compressão das raízes nervosas lombares, sagradas e coccígeas distais ao término do cone medular a nível das vértebras L1 e L2

279
Q

Lombalgia com radiculopatia e/ou Estenose do Canal Lombar - síndrome da cauda equina: causa

A

Causa traumática ou não traumática
▪ Hérnia discal (mais frequente); lesões tumorais; fraturas vertebrais; infeções; pós-manipulação cirúrgica

280
Q

Lombalgia com radiculopatia e/ou Estenose do Canal Lombar - síndrome da cauda equina: quadro clínico

A

Lombalgia aguda intensa

EMERGÊNCIA CIRÚRGICA!!

281
Q

Lombalgia com radiculopatia e/ou Estenose do Canal Lombar - síndrome da cauda equina: sinais de alarme

A

Sinais de alarme para Síndrome da Cauda Equina:
Quadro de instalação súbita e rapidamente progressiva de:
▪ Anestesia em sela
▪ Perturbação do sistema urinário (retenção urinária; IU) ou do sistema GI (incontinência fecal)
▪ Défices sensitivos e motores

282
Q

Raquialgia associada a causas específicas - sinais de alarme para espondilite anquilosante

A

Quadro de instalação súbita, progressivo:
▪ Rigidez matinal
▪ Agravamento noturno
▪ Idade <20 anos ou >50anos
▪ Melhoria da dor com movimentos
▪ Episódios de dor na região nadegueira (sacroilíacas)

283
Q

Raquialgia associada a causas específicas - sinais de alarme para neoplasia

A

Dor persistente, presente durante a noite

Idade >50 anos

Antecedentes de neoplasia

Ausência de melhoria clínica com tx conservador e
repouso

Perda de peso inexplicada

284
Q

Raquialgia associada a causas específicas - sinais de alarme para etiologia metabólica

A

História de trauma

Idade >50 anos

Osteoporose

Uso prolongado de corticoides

Dor aumenta quando coluna sob stress (carregar pesos)

Ponto doloroso sobre vértebra

285
Q

Raquialgia associada a causas específicas - sinais de alarme para etiologia infeciosa

A

Imunossupressão

Infeção recente (ITU, infeção cutânea)

Dor constante

Uso de drogas ev

Febre, hipersudorese

Rigidez do raquis

286
Q

Ciatalgia – Diagnósticos Diferenciais

A

Síndrome do Piriforme
- Apresentação clínica e EO podem ser sobreponíveis a ciatalgia

Diagnósticos Diferenciais para lombociatalgia
- Síndrome da Banda Iliotibial
- Bursite Trocantérica

287
Q

Raquialgia - algoritmo de abordagem

A

. se sem compromisso medular agudo: avaliar presença de sinais de alarme
. se síndrome da cauda equina ou mielopatia cervical espondilótica: SU

288
Q

Raquialgia SEM sinais de alarme - algoritmo de abordagem

A

Mecânica - tx sintomático
- resolução do quadro clínico
- persistência dos sintomas: raio X/ TC/ RM

289
Q

Raquialgia COM sinais de alarme - algoritmo de abordagem

A

Febre/ suspeita de infeção/ abcesso - SU

Suspeita de neoplasia - raio x / TC - consulta hospitalar

Trauma recente do ráquis - SU ou raio x

Suspeita de doença inflamatória - raio x + análises - consulta hospitalar

Perda neurológica progressiva - raio x / TC / EMG

290
Q

5 possíveis patologias do joelho

A
  • Tendinopatia da pata de ganso
  • Gonartrose
  • Doença de Osgood-Schlatter
  • Lesões ligamentares
  • Lesões meniscais
291
Q

História Clínica – Joelho

A

Idade

Localização e características da dor

História de trauma (sequência exata)

Mecanismo da lesão

Sintomas mecânicos: bloqueio; estalido; instabilidade

Presença de edema das partes moles

Presença de derrame articular (choque rótula)

Posição preferencial

Comprometimento da mobilidade

Consegue ou não fazer carga

Antecedentes

292
Q

Características do derrame articular

A

Início súbito (~2h): volumoso e sob-tensão (rutura LCA ou #prato tibial)

Início insidioso (~24-36h): ligeiro-moderado (lesão menisco; estiramento ligamentar)

Recorrente após atividade: lesão do menisco

293
Q

4 causas de dor no joelho – localização anterior

A

Subluxação da rótula

Doença Osgood-Schlatter

Joelho do Saltador

Condromalácia da rótula

294
Q

3 causas de dor no joelho – localização medial

A

Estiramento LLI

Rotura menisco medial

Bursite pata da ganso

295
Q

3 causas de dor no joelho – localização lateral

A

Estiramento LLE

Rotura menisco lateral

Tendinite trato ilio-tibial

296
Q

Causa de dor no joelho – localização posterior

A

Quisto de Baker

297
Q

Tendinopatia da pata de ganso/Tendinite anserina - fisiopatologia

A

Inflamação da bursa anserina (situada entre os tendões da “pata de ganso” e o prato tibial interno) e das estruturas tendinosas adjacentes

298
Q

Tendinopatia da pata de ganso/Tendinite anserina - epidemiologia

A

Patologia periarticular mais frequente do joelho

299
Q

Tendinopatia da pata de ganso/Tendinite anserina - 6 FRs

A

Fatores de risco:
▪ Sexo feminino
▪ Excesso de peso
▪ Menopausa
▪ Gonartrose
▪ Joelho em varo
▪ AR

300
Q

Tendinopatia da pata de ganso/Tendinite anserina - diagnóstico

A

Clínico

301
Q

Tendinopatia da pata de ganso/Tendinite anserina - quadro clínico

A

Dor na face interna da tíbia/face medial do joelho

Padrão misto (++ mecânico)

Típico agravamento noturno (decúbito lateral pelo contacto entre os joelhos)

302
Q

Tendinopatia da pata de ganso/Tendinite anserina - exame objetivo

A

Inspeção:
▪ ligeiro edema; tumefação na região medial do joelho (raro)
▪ Atrofia do quadricípite (quando há cronificação)

Palpação:
▪ Dor intensa à palpação da face antero-interna da tíbia no terço inferior da face postero-interna da coxa

Mobilização: indolor, por normal

303
Q

Tendinopatia da pata de ganso/Tendinite anserina - diagnóstico diferencial

A

Lesões do menisco medial

Osteoartrose do compartimento medial do joelho

Radiculopatia L3-L4

Lesões do LCM

304
Q

Tendinopatia da pata de ganso/Tendinite anserina - MCDTs

A

Ecografia é normal, frequentemente!!!!

305
Q

Tendinopatia da pata de ganso/Tendinite anserina - tratamento

A

Fase aguda: repouso + crioterapia + AINE’s (orais e tópicos), 2-3 semanas

Tratamento com MFR é o que apresenta melhores resultados

Infiltração com corticoide deve ser criteriosa e se área pouco extensa

306
Q

Gonartrose - epidemiologia

A

Muito frequente >60 anos

307
Q

Gonartrose - fisiopatologia

A

Instalação insidiosa e agravamento progressivo

308
Q

Gonartrose - componentes mais afetados

A

Componentes mais afetados: compartimento femoro-tibial interno e faceta articular externa da rótula
▪ Relação com valgus fisiológico prevalente na população

309
Q

Gonartrose - 4 FRs

A

▪ Excesso de peso
▪ Traumatismo
▪ Trabalho físico intenso
▪ Instabilidade ligamentar do joelho

310
Q

Gonartrose - quadro clínico

A

Dor tipicamente mecânica (agrava com carga e alivia com o repouso)

Períodos de exacerbação inflamatória (episódios de sinovite aguda)

311
Q

Gonartrose - exame objetivo

A

Crepitação

Diminuição das amplitudes→ Limitação dolorosa da mobilidade

Por vezes, edema das partes moles e derrame articular ligeiro

312
Q

Gonartrose - MCDTs

A

Radiografia, em carga, AP, com perfil com 30º flexão, axial da rótula (classificação Kellgreen and Lawrence) + extra-longo AP MI’s
▪ Diminuição da interlinha
▪ Esclerose subcondral
▪ Osteofitose
▪ Afilamento das espinhas tibiais → um dos sinais mais precoces

313
Q

Gonartrose - tratamento

A

Educação do doente + controlo peso corporal + exercício físico (baixo impacto, natação)
▪ Aconselhamento quanto ao tipo de exercício!!!

MFR (fortalecimento muscular)

Controlo álgico tópico:
▪ Diclofenac, piroxicam, cetoprofeno
▪ Útil em doentes com múltiplas comorbilidades

Controlo álgico via oral/ev/IM
▪ Paracetamol – 1ª linha
▪ AINE’s: usados quando paracetamol é insuficiente; quando apresentação clínica é, predominantemente, inflamatória
▪ Opióides: dor não controlada; quando doentes recusam ou não têm indicação para cirurgia

Condroprotetores (glucosamina; condroitina)
▪ Alívio sintomático em alguns doentes
▪ Sem evidência científica robusta

Intra-articulares
▪ Corticoides – alívio eficaz da dor durante 4-6semanas
▪ Sem consenso quanto frequência e nº máximo de doses
▪ Segurança/ risco de dano na cartilagem
▪ Viscosuplementação (ácido hialurónico)

Cirurgia – Prótese do joelho
▪ Referenciar quando restantes tratamentos não foram eficazes
▪ Decisão clínica baseada na idade, sintomatologia, gravidade da artrose/rigidez articular

314
Q

Gonartrose - tratamento: mudança de estilo de vida

A

Educação do doente + controlo peso corporal + exercício físico (baixo impacto, natação)
▪ Aconselhamento quanto ao tipo de exercício!!!

315
Q

Gonartrose - tratamento: MFR

A

Fortalecimento muscular

316
Q

Gonartrose - tratamento: controlo álgico tópico

A

▪ Diclofenac, piroxicam, cetoprofeno

▪ Útil em doentes com múltiplas comorbilidades

317
Q

Gonartrose - tratamento: controlo álgico via oral/ev/IM

A

▪ Paracetamol – 1ª linha

▪ AINE’s: usados quando paracetamol é insuficiente; quando apresentação clínica é, predominantemente, inflamatória

▪ Opióides: dor não controlada; quando doentes recusam ou não têm indicação para cirurgia

318
Q

Gonartrose - tratamento: condroprotetores (glucosamina; condroitina)

A

▪ Alívio sintomático em alguns doentes

▪ Sem evidência científica robusta

319
Q

Gonartrose - tratamento: intra-articulares

A

Corticoides – alívio eficaz da dor durante 4-6semanas
▪ Sem consenso quanto frequência e nº máximo de doses
▪ Segurança/ risco de dano na cartilagem

Viscosuplementação (ácido hialurónico)

320
Q

Gonartrose - tratamento: cirurgia (prótese do joelho)

A

▪ Referenciar quando restantes tratamentos não foram eficazes

▪ Decisão clínica baseada na idade, sintomatologia, gravidade da artrose/rigidez articular

321
Q

Doença de Osgood-Schlatter - fisiopatologia

A

Resulta de lesões causadas por esforço repetido e na junção ou inserção do tendão rotuliano no núcleo de
ossificação secundário da tuberosidade anterior da tíbia

322
Q

Doença de Osgood-Schlatter - epidemiologia

A

Mais frequente em rapazes (13-14anos), após surto de crescimento

Frequente em desportistas ( ++ salto e corrida)

323
Q

Doença de Osgood-Schlatter - quadro clínico

A

Dor anterior do joelho, recorrente, durante meses

Agrava com: agachamento, subir e descer escadas, saltos

Alivia com repouso

É bilateral em 25-50% dos casos, com envolvimento assimétrico

324
Q

Doença de Osgood-Schlatter - diagnóstico

A

Diagnóstico clínico

325
Q

Doença de Osgood-Schlatter - exame objetivo

A

Inspeção: tuberosidade tibial proeminente, que é dolorosa à palpação

Dor com extensão ativa-resistida do joelho e com hiperflexão passiva

Teste de Ely:
▪ Deteta contratura do músculo reto-femoral
▪ Não muito usado

326
Q

Doença de Osgood-Schlatter - exame objetivo: teste

A

Teste de Ely:
▪ Deteta contratura do músculo reto-femoral
▪ Não muito usado

327
Q

Doença de Osgood-Schlatter - MCDTs

A

Exames de imagem podem ser necessários se queixas atípicas:
▪ Dor noturna ou em repouso
▪ Dor de início agudo
▪ Queixas sistémicas associadas
▪ Dor que não se encontra diretamente sobre a tuberosidade tibial

328
Q

Doença de Osgood-Schlatter - tratamento

A

Doença benigna e auto-limitada (esclarecimento aos pais)

Sintomas geralmente resolvem com ossificação da placa de crescimento

Recomendada a aplicação de gelo local após atividade e AINE’s em sos

MFR
▪ Fortalecimento/flexibilização do QT
▪ Ensinos ao utente (alongamentos)

Cirurgia (raríssima)
▪ Casos refratários
▪ Após ossificação da placa

329
Q

Lesões ligamentares - epidemiologia

A

Mais frequentes em grupos etários mais jovens

Muito associado a prática desportiva

330
Q

Lesões ligamentares - causas

A

Mecanismo desencadeante vai condicionar a lesão de determinado ligamento:
▪ LCA → torção sobre o pé fixo, enquanto o corpo faz rotação sobre a tíbia fixa
▪ LCP → raras; praticamente nunca ocorrem isoladamente, requerem aplicação de força considerável
▪ LCM → aplicação de forças em valgo, repetidas ou associadas a torção
▪ LCL → trauma a nível da face lateral do joelho; movimentos forçados em varo

331
Q

Lesões ligamentares - causas: LCA

A

Mecanismo desencadeante vai condicionar a lesão de determinado ligamento:
▪ LCA → torção sobre o pé fixo, enquanto o corpo faz rotação sobre a tíbia fixa

332
Q

Lesões ligamentares - causas: LCP

A

Mecanismo desencadeante vai condicionar a lesão de determinado ligamento:
▪ LCP → raras; praticamente nunca ocorrem isoladamente, requerem aplicação de força considerável

333
Q

Lesões ligamentares - causas: LCM

A

Mecanismo desencadeante vai condicionar a lesão de determinado ligamento:
▪ LCM → aplicação de forças em valgo, repetidas ou associadas a torção

334
Q

Lesões ligamentares - causas: LCL

A

Mecanismo desencadeante vai condicionar a lesão de determinado ligamento:
▪ LCL → trauma a nível da face lateral do joelho; movimentos forçados em varo

335
Q

Lesões ligamentares - classificação de roturas ligamentares

A

Roturas ligamentares podem classificar-se em :
▪ Grau I (leve): distensão. Estiramento que condiciona lesões microscópicas
▪ Grau II (moderada): rotura parcial do ligamento
▪ Grau III (grave): rotura ligamentar total

336
Q

Lesões ligamentares - a mais frequente

A

Lesão do LCA – a mais frequente

337
Q

Lesões ligamentares - lesão do LCA: fisiopatologia

A

▪ Forças de desaceleração (hiperextensão); pé fixo e MI “roda” para o lado contrário (stress em valgo)

▪ Estalido, incapacidade (suspende atividade); dor

▪ Derrame (moderado)-grave em 2horas → rutura de LCA e hemartrose

338
Q

Lesões ligamentares - lesão do LCA: 2 tipos de mecanismo

A

Não Contacto (70-75%)

Contacto (20-25%)

339
Q

Lesões ligamentares - lesão do LCA: provocada por não contacto

A

Não Contacto (70-75%)
▪ Sem contacto, de desaceleração e baixa velocidade (rematar)
▪ Geralmente ocorre nas tentativas de mudança rápida de direção
▪ Vários mecanismos possíveis (impacto pós-salto; hiperextensão, valgo e rotação externa)

340
Q

Lesões ligamentares - lesão do LCA: provocada por contacto

A

Contacto (20-25%)
▪ Traumáticas (acidentes de viação )
- LCP é lesão específica de trauma contra tabliet
▪ Geralmente associado a lesão de outras estruturas

341
Q

Lesões ligamentares - quadro clínico

A

Dor (maior ou menor intensidade)

Tumefação articular (+ patologia intra-articular)

Limitação da mobilidade normal do joelho

Frequentemente, o doente é capaz de relatar o momento da lesão (estalido ou ressalto)

342
Q

Lesões ligamentares - exame objetivo

A

▪ Sensibilidade dolorosa em determinados pontos

▪ Se exame objetivo limitado, em
fase aguda, pela dor, pode não ser
possível realizar as manobras.
Se mecanismo lesional compatível
lesão ligamentar → R/ SU

Se exame objetivo limitado, em
fase aguda, pela dor, pode não ser
possível realizar as manobras

Se mecanismo lesional compatível
lesão ligamentar → R/ SU

343
Q

Lesões ligamentares - exame objetivo: testes específicos

A

▪ LCA → Gaveta anterior; Teste de Lachamn; Teste de Pivot-Shift

▪ LCP → Gaveta posterior

▪ LCL → testes Stress valgo e varo

▪ LCM → Teste de Apley; teste de lateralidade em valgo (0º e 30º)

344
Q

Lesões ligamentares - exame objetivo: testes específicos (gaveta anterior/ gaveta posterior)

A

Gaveta anterior/ Gaveta posterior → Para avaliar integridade de ligamentos Cruzados

▪ Movimentos anormais de descolamento antero-posterior da tíbia em relação ao fémur

▪ Gaveta anterior (deslocamento para a frente da tíbia sob o fémur) → Rotura do LCA

▪ Gaveta posterior (deslocamento da tíbia sob o fémur para trás) → Rotura do LCP

345
Q

Lesões ligamentares - exame objetivo: testes específicos (teste de Lachman)

A

Teste de Lachman → Para ligamentos Cruzados

▪ Tração para a frente da perna com coxa imobilizada e joelho a 10-20º flexão

▪ Mão esquerda segura a coxa e a mão direita a extremidade proximal da tíbia; aplicar força sobre
a face posterior de modo a avançar

▪ Lesão LCA: translação anterior da tíbia

▪ Teste mais sensível para avaliação da rotura do LCA

346
Q

Lesões ligamentares - exame objetivo: testes específicos (teste de Pivot-Shift)

A

Teste de Pivot-Shift → Para ligamentos Cruzados

▪ Decúbito dorsal e joelho em extensão

▪ Mão esq na face postero-externa do joelho; mão direita no pé

▪ Faz-se ligeiro valgo, rotação interna e flexão

▪ Ressalto aos 30-40º de flexão →rutura de LCA

347
Q

Lesões ligamentares - exame objetivo: testes específicos (stress em varo)

A

Stress em varo → Ligamento colateral lateral

348
Q

Lesões ligamentares - exame objetivo: testes específicos (stress em valgo)

A

Stress em valgo → Ligamento colateral medial

349
Q

Lesões ligamentares - MCDTs

A

Radiografia (para excluir fraturas)

RM

350
Q

Lesões ligamentares - tratamento

A

Fase inicial
▪ Repouso + crioterapia + compressão elástica suave + elevação do membro + analgesia
▪ Descarga com canadianas, dependendo do grau de lesão

Após alívio sintomático
▪ Iniciar exercícios para restaurar força muscular e amplitudes articulares, progredindo de acordo com tolerância álgica e músculo-esquelética

Cirurgia
▪ Indicação cirúrgica ponderada individualmente (rutura completa em doente jovem, sempre para cirurgia)
▪ Instabilidade persistente; avulsão; lesões multi-ligamentares

351
Q

Lesões meniscais - 2 tipos

A

Lesões meniscais podem ser:

▪ Traumáticas → associadas a prática desportiva
- Doente identifica o movimento/momento que despertou os sintomas
- Menisco medial menos móvel → mais lesões

▪ Degenerativas
- Processos degenerativos articulares relacionados com a idade avançada e episódios traumáticos
anteriores → espetro da gonartrose

352
Q

Lesões meniscais - quadro clínico

A

Dor localizada na interlinha articular (ou região interna ou externa, depende do menisco afetado)

Sintomas surgem com carga/atividade física + sensação de instabilidade/falência do joelho em atividades que implicam mudanças de direção, subir/descer escadas, pisos inclinados…

Pode existir sensação de bloqueio (por ex: dificuldade em esticar o joelho na sua totalidade)

353
Q

Lesões meniscais - exame objetivo

A

Derrame articular muito rara em lesões degenerativas ao contrário das traumáticas (++++ se associada a lesão ligamentar)

Limitação da extensão

Testes específicos
▪ Teste de McMurray
▪ Teste de Apley

354
Q

Lesões meniscais - exame objetivo: teste de McMurray

A

Decúbito dorsal com joelho totalmente fletido

Mão examinador palpa interlinhas, outra segura o pé

Rotação interna/externa da tíbia + extensão do joelho

Positivo, se estalido e/ou dor

355
Q

Lesões meniscais - exame objetivo: teste de Apley

A

Decúbito ventral, com joelho em flexão a 90º; joelho do examinador prenda coxa do doente

Examinador roda a tíbia interna e externamente combinando com distração (com foco nos
ligamentos colaterais)

Repetir o processo usando compressão em vez de distração → para meniscos
▪ Notar restrição, movimento excessivo ou dor

356
Q

Lesões meniscais - MCDTs

A

Radiografia joelho – usado para diagnóstico diferencial ou se trauma direto agudo

RM – gold-standard, visualiza tecidos moles

357
Q

Lesões meniscais - tratamento

A

Conservador
▪ Idade avançada e/ou sedentários
▪ Analgesia; repouso; reabilitação (estabilidade articular, reforço muscular e proprioceção)

Cirúrgico
▪ Cada vez se fazem menos meniscectomias (fazem-se mais suturas meniscais)→ progressão mais rápida para
artrose
▪ Sintomatologia persistente ou recorrente que interfere com as AVD’s da utente
▪ Lesões meniscais instáveis (ex: lesão em asa de cesto)

358
Q

Tendinopatia Rotuliana (jumper’s knee) - diagnóstico

A

Diagnóstico clínico de dor e disfunção do tendão rotuliano

359
Q

Tendinopatia Rotuliana (jumper’s knee) - epidemiologia

A

Mais frequente no sexo masculino; da adolescência até à 4ª década de vida

360
Q

Tendinopatia Rotuliana (jumper’s knee) - quadro clínico

A

Dor na região anterior do joelho, início insidioso e gradual, agravada após determinadas atividades físicas (subir e descer escadas, correr, movimentos de agachamento)

Dor quando estão muito tempo sentados (especialmente, no automóvel)

361
Q

Tendinopatia Rotuliana (jumper’s knee) - exame físico

A

Dor à palpação da região inferior da rótula (achado mais consistente)

Atrofia do músculo quadricípite (++ em quadro clínico crónico)

Teste de diagnóstico
▪ “single leg decline squat”→ positivo, se dor exclusivamente localizada à junção óssea do tendão

362
Q

Tendinopatia Rotuliana (jumper’s knee) - exame físico: teste de diagnóstico

A

Teste de diagnóstico
▪ “single leg decline squat”→ positivo, se dor exclusivamente localizada à junção óssea
do tendão

363
Q

Tendinopatia Rotuliana (jumper’s knee) - MCDT

A

Sem relevância diagnóstica

364
Q

Tendinopatia Rotuliana (jumper’s knee) - tratamento

A

Suspensão de atividades que condicionam sobrecarga sobre o aparelho extensor do joelho

Gelo local

Analgesia

Ortótese de descarga

MFR → altamente recomendado

Casos refratários
▪ Intervenção cirúrgica

365
Q

Tendinite do trato ilio-tibial (fáscia lata) - fisiopatologia

A

Lesão inflamatória aguda do trato ilio-tibial

366
Q

Tendinite do trato ilio-tibial (fáscia lata) - epidemiologia

A

Mais frequente em ciclistas e corredores (devido aos movimentos repetidos de flexão do joelho)

367
Q

Tendinite do trato ilio-tibial (fáscia lata) - quadro clínico

A

Dor na região lateral da coxa, início insidioso, agravada pela atividade física repetida

Surge, muitas vezes, contratura do tensor da fáscia lata

368
Q

Tendinite do trato ilio-tibial (fáscia lata) - exame físico

A

Dor à palpação do epicôndilo lateral do fémur

Teste de Noble:
▪ Dor à palpação do epicôndilo lateral no s movimentos de flexão/extensão do joelho, evidenciando dor aos 30º de flexão com o doente em decúbito dorsal

Dor no movimento de flexão/extensão do joelho com apoio monopodálico, evidenciando dor aos 30º de
flexão com doente em ortostatismo

Dor ou incapacidade na realização de um salto monopodálico

369
Q

Tendinite do trato ilio-tibial (fáscia lata) - MCDTs

A

Diagnóstico é clínico

Exames para excluir outros dx diferenciais (lesão meniscal lateral; doença articular degenerativa; dor miofascial;
dor irradiada da coluna)

370
Q

Tendinite do trato ilio-tibial (fáscia lata) - tratamento

A

FASE AGUDA:
▪ Gelo + AINE’s

MFR
▪ Estiramento do tensor da fáscia lata + fortalecimento da cadeia anterior, posterior e glutes médio e mínimo

Infiltração com corticoide → casos mais resistentes aos tratamentos anteriores

Cirurgia (casos refratários)

371
Q

Trauma do joelho – regras de Ottawa

A

A radiografia do joelho só deve ser solicitado na presença de uma ou mais das seguintes:
▪ > 55 anos
▪ Dor à palpação da cabeça do peróneo ou da patela
▪ Incapacidade de dar 4 passos sem apoio
▪ Incapacidade de fletir o joelho a 90º

Qualquer trauma direto do joelho deve fazer Radiografia

372
Q

3 exemplos de patologia do tornozelo e pé

A
  • Entorses do tornozelo
  • Hallux valo/ Tarso varo
  • Fasceíte plantar /esporão calcâneo
373
Q

Entorses do Tornozelo - epidemiologia

A

Representa a lesão músculo-esquelética mais frequente da população ativa

374
Q

Entorses do Tornozelo - 8 FRs

A

▪ Descondicionamento físico (instabilidade/défice propriocetivo)

▪ Fadiga muscular e ligamentar

▪ Ausência de aquecimento prévio a exercício físico

▪ Atletas de sexo feminino com idade >30anos

▪ Atletas de sexo masculino em idades jovens (15-24 anos)

▪ Calçado inapropriado

▪ Piso irregular

▪ História prévia de entorses

375
Q

3 tipos de entorses do tornozelo

A

Lateral

Medial

Sindesmótica/”Alta”

376
Q

Entorse d tornozelo lateral - mecanismo principal

A

▪ Equinovaro → expõe o ligamento peroneo-astragalino (ou taloperoneal) anterior – LPPA

▪ Inversão/varo puro → expõe ligamento peroneocalcaneo → LPC

377
Q

Entorse d tornozelo lateral - graus de gravidade

A

Grau I

Grau II

Grau III

378
Q

Entorse d tornozelo lateral - graus de gravidade: grau I

A
  • Estiramento ligeiro dos
    ligamentos (rutura microscópias)
  • Dor e edema ligeiro
  • Sem instabilidade articular
  • Suporta o peso
  • Lesão isolada LPPA
379
Q

Entorse d tornozelo lateral - graus de gravidade: grau II

A
  • Rutura parcial do ligamento
  • Dor moderada, edema,
    equimose
  • Instabilidade ligeira –moderada
  • Alguma restrição do movimento
  • Suporte do peso doloroso
  • Rutura completa do LPAA e
    parcial do LPC
380
Q

Entorse d tornozelo lateral - graus de gravidade: grau III

A
  • Rutura completa do LPAA e LPC, com ou sem rutura do LPAP
  • Dor severa, edema e equimose
  • Instabilidade significativa
  • Perda de função e movimento
  • Incapacidade de suportar peso
381
Q

Entorses do Tornozelo - medial

A

Movimento lesional típico: eversão forçada do pé

Ligamento deltoide é o complexo ligamentar mais forte do tornozelo e, por isso, mais
frequentemente ocorre fratura-avulsão do maléolo medial

382
Q

Entorses do Tornozelo - Sindesmótica/”Alta”

A

▪ É a 2ª entorse do tornozelo mais frequente (+++ em atletas de desporto em piso relvado)

▪ Movimento lesional típico: dorsiflexão e eversão do tornozelo associadas às rotações interna da perna ou externa do pé

▪ Ligamentos afetados: tibiperoneal anterior e posterior e a sindesmose tibioperoneal

▪ Fratura de Maisonneuve (sempre de tratamento cirúrgico)

383
Q

Entorses do Tornozelo - história clínica

A

Circunstâncias do traumatismo (de forma a perceber o mecanismo lesional)
▪ Entorse externa → inversão; entorse medial → eversão; entorse sindesmótica→ dorsiflexão + eversão + rotação
interna da tíbia

Sintomas iniciais
▪ Dor sincopal, sensação de rutura
▪ Tumefação e equimose nos minutos iniciais → sinais de gravidade

Evolução nas primeiras horas:
▪ Impossibilidade de carga; aparecimento de equimose extensa; dificuldade de dormir na 1ª noite → sinais de
gravidade

Situação clínica na observação
▪ Avaliar limitação funcional, instabilidade articular, presença de marcha dolorosa
▪ Arrefecimento do pé e perda de sensibilidade/parestesias → avaliação urgente

Na fase não aguda, doente relata sensação de instabilidade, “falha no pé”, “medo de nova entorse”

384
Q

Entorses do Tornozelo - história clínica: circunstâncias do traumatismo

A

Circunstâncias do traumatismo (de forma a perceber o mecanismo lesional)
▪ Entorse externa → inversão; entorse medial → eversão; entorse sindesmótica→ dorsiflexão + eversão + rotação
interna da tíbia

385
Q

Entorses do Tornozelo - história clínica: sintomas iniciais

A

Sintomas iniciais
▪ Dor sincopal, sensação de rutura
▪ Tumefação e equimose nos minutos iniciais → sinais de gravidade

386
Q

Entorses do Tornozelo - história clínica: evolução nas primeiras horas

A

Evolução nas primeiras horas:
▪ Impossibilidade de carga; aparecimento de equimose extensa; dificuldade de dormir na 1ª noite → sinais de
gravidade

387
Q

Entorses do Tornozelo - história clínica: situação clínica na observação

A

Situação clínica na observação
▪ Avaliar limitação funcional, instabilidade articular, presença de marcha dolorosa
▪ Arrefecimento do pé e perda de sensibilidade/parestesias → avaliação urgente

388
Q

Entorses do Tornozelo - história clínica: na fase não aguda

A

Na fase não aguda, doente relata sensação de instabilidade, “falha no pé”, “medo de nova entorse”

389
Q

Entorses do Tornozelo - exame objetivo

A

Inspeção
▪ Avaliar presença e localização do edema e equimose

Capacidade de suportar carga

Mobilidade articular

Testes específicos (não é possível realizar nos entorses agudos; mais para instabilidades crónicas, pós-entorse)
▪ Squeeze test
▪ Teste de stress de rotação externa
▪ Teste de Gaveta astragalina anterior
▪ Teste de Tilt Talar

Exame neurológico

Palpação

390
Q

Entorses do Tornozelo - exame objetivo: testes específicos

A

Testes específicos (não é possível realizar nos entorses agudos; mais para instabilidades crónicas, pós-entorse)
▪ Squeeze test
▪ Teste de stress de rotação externa
▪ Teste de Gaveta astragalina anterior
▪ Teste de Tilt Talar

391
Q

Entorses do Tornozelo: exame objetivo - testes específicos (squeeze test)

A

Squeeze test → dor na compressão
▪ Compressão de ambas as diáfises que provoca dor na região do ligamento tibio-peroneal anterior nas
entorses sindesmóticas

392
Q

Entorses do Tornozelo: exame objetivo - testes específicos (Teste de stress de rotação externa)

A

Teste de stress de rotação externa → instabilidade
▪ Imobilizar a perna proximalmente ao tornozelo enquanto se induz rotação externa do pé relativamente à
tíbia ; Positivo → se dor na região do LPAA (taloperoneal anterior)

393
Q

Entorses do Tornozelo: exame objetivo - testes específicos (Teste de Gaveta astragalina anterior)

A

Teste de Gaveta astragalina anterior → instabilidade
▪ Pé em posição neutra imobiliza-se a perna com uma mão e com a mão contrária provoca um movimento
de tração anterior; grau de movimento deve ser comparado com o pé contralateral; pouco útil na fase aguda

394
Q

Entorses do Tornozelo: exame objetivo - testes específicos (Teste de Tilt Talar)

A

Teste de Tilt Talar → instabilidade
▪ Deteta inversão excessiva do tornozelo
▪ Tornozelo em posição neutra é exercida uma inversão passiva e é observado grau de inversão
▪ Avalia instabilidade lateral do tornozelo→ existe se ressalto astragalino durante o teste

395
Q

Entorses do Tornozelo - exame objetivo: exame neurológico

A

Exame neurológico
▪ Testes de sensibilidade
▪ Neuropraxia sequelar do nervo peroneal superficial é uma dor neuropática remanescente frequente

396
Q

Entorses do Tornozelo - exame objetivo: palpação

A

▪ Palpar toda a extensão do peróneo (excluir lesão sindesmótica), tíbia distal, pé e Tendão de Aquiles

▪ Pesquisar zonas mais dolorosas → para evidenciar ligamento mais afetado

▪ Regras de Ottawa
- Indicam necessidade de realização de Radiografia, para excluir/confirmar fraturas

397
Q

Entorses do Tornozelo - regras de OTTAWA

A
  • Rx do tornozelo:
    Dor na região maleolar +
    o Dor à palpação do bordo posterior ou
    porção distal do maléolo lateral ou
    o Incapacidade de apoio do pé
  • Rx do pé
    Dor no zona do médio-pé +
    o Dor à palpação da base do 5º metatarso ou
    o Dor à palpação do osso navicular ou
    o Incapacidade de apoio do pé
398
Q

Entorses do Tornozelo - MCDTs

A

Radiografia
▪ Regras de Ottawa
▪ Tornozelo: Incidências de perfil, face em rotação interna de 20º
▪ Perna: Face e perfil da perna

Ecografia:
▪ Importante na avaliação ligamentar
▪ Elevada sensibilidade e especificidade

TC: (Tem interesse apenas em
casos muito selecionados
(suspeita clínica levada com
RX normais))
▪ Deteta fraturas ocultas e presença de corpos livres intra-articulares

RM (Tem interesse apenas em
casos muito selecionados
(suspeita clínica levada com
RX normais))
▪ Alterações na superfície articular, lesões ligamentares e edema ósseo

399
Q

Entorses do Tornozelo - MCDTs: radiografia

A

Regras de Ottawa

▪ Tornozelo: Incidências de perfil, face em rotação interna de 20º

▪ Perna: Face e perfil da perna

400
Q

Entorses do Tornozelo - MCDTs: ecografia

A

▪ Importante na avaliação ligamentar

▪ Elevada sensibilidade e especificidade

401
Q

Entorses do Tornozelo - MCDTs: TC

A

Deteta fraturas ocultas e presença de corpos livres intra-articulares

(Tem interesse apenas em
casos muito selecionados
(suspeita clínica levada com
RX normais))

402
Q

Entorses do Tornozelo - MCDTs: RM

A

Alterações na superfície articular, lesões ligamentares e edema ósseo

Tem interesse apenas em
casos muito selecionados
(suspeita clínica levada com
RX normais)

403
Q

Entorses do Tornozelo - tratamento

A

P.R.I.C.E
▪ Protection → estabilização e drenagem do edema através do uso de ligadura/meia elástica/ortótese
▪ Rest → limitação da carga sobre o pé lesado (recurso a auxiliares da marcha)
▪ Ice → durante 15-20minutos, de 3/3h durante as primeiras 48h ou até que edema melhore
▪ Compression → banda elástica
▪ Elevation → elevação do MI acima do nível do coração (para diminuir edema)

Analgesia
▪ Paracetamol/tramadol
▪ AINE’s: uso deve ser protelado para a fase sub-aguda, pois bloqueiam o processo inflamatório de regeneração
tecidual e ligamentar

Exercícios funcionais:
▪ Deve ser iniciada o mais precocemente possível nas entorses de grau I (48-72h após lesão)
▪ Massagem com exercícios de mobilidade articular, fortalecimento muscular e treino propriocetivo
▪ Ex: bosu; plataformas instáveis; caminhar em esponjas

Tala gessada/ortótose funcional:
▪ Entorses mais graves (grau II-III)

Cirurgia:
▪ Entorses graves (grau III), +++ em desportistas
▪ Situações de instabilidade crónica do tornozelo
▪ Entorses recorrentes

404
Q

Entorses do Tornozelo - tratamento: P.R.I.C.E.

A

P.R.I.C.E
▪ Protection → estabilização e drenagem do edema através do uso de ligadura/meia elástica/ortótese
▪ Rest → limitação da carga sobre o pé lesado (recurso a auxiliares da marcha)
▪ Ice → durante 15-20minutos, de 3/3h durante as primeiras 48h ou até que edema melhore
▪ Compression → banda elástica
▪ Elevation → elevação do MI acima do nível do coração (para diminuir edema)

405
Q

Entorses do Tornozelo - tratamento: analgesia

A

Paracetamol/tramadol

AINE’s: uso deve ser protelado para a fase sub-aguda, pois bloqueiam o processo inflamatório de regeneração
tecidual e ligamentar

406
Q

Entorses do Tornozelo - tratamento: analgesia (uso indevido de AINEs)

A

Uso indevido de AINE’s é comum

Aumentam tempo natural de cicatrização

Alterações na qualidade de cicatrização

Diminuição da robustez e hiperlaxidez sequelar

Maior risco de recidiva da lesão

407
Q

Entorses do Tornozelo - tratamento: exercícios funcionais

A

Exercícios funcionais:
▪ Deve ser iniciada o mais precocemente possível nas entorses de grau I (48-72h após lesão)
▪ Massagem com exercícios de mobilidade articular, fortalecimento muscular e treino propriocetivo
- Ex: bosu; plataformas instáveis; caminhar em esponjas

408
Q

Entorses do Tornozelo - tratamento: Tala gessada/ortótose funcional

A

Tala gessada/ortótose funcional:
▪ Entorses mais graves (grau II-III)

409
Q

Entorses do Tornozelo - tratamento: cirurgia

A

Cirurgia:
▪ Entorses graves (grau III), +++ em desportistas
▪ Situações de instabilidade crónica do tornozelo
▪ Entorses recorrentes

410
Q

Entorses do Tornozelo - prevenção primária e secundária

A

PREVENÇÃO (primária e secundária):
* Uso de ortóteses
* Uso de taping (na fase aguda; mais que isso pode levar a descondicionamento)
* Alongamentos
* Fortalecimento muscular
* Treino propriocetivo

411
Q

Hallux valgus – “joanetes”: epidemiologia

A

Deformidade mais frequente do antepé

Atinge principalmente mulheres, meia idade (40-50 anos) e idosas

412
Q

Hallux valgus – “joanetes”: fisiopatologia

A

Caracterizada por um desvio lateral (valgo) da art metatarso-falângica e medial (aducto) do 1ºmetatarso

Muitas vezes associada à deformidade rotacional (pronação) do 1º dedo

Frequentemente, acompanha-se de bursite traumática crónica na face interna da articulação (“bunion”)

413
Q

Hallux valgus – “joanetes”: etiologia

A

Etiologia multifatorial:
▪ Fatores constitucionais (hereditários e congénitos)
▪ Fatores mecânicos (calçado apertado e caminhar em superfícies duras)

414
Q

Hallux valgus – “joanetes”: causas (fatores extrínsecos)

A

Calçado inadequado (saltos altos, calçado de ponta estreita)

415
Q

Hallux valgus – “joanetes”: causas (fatores intrínsecos)

A

▪ Género (++ em mulheres)
▪ Idade (mais em idosos)
▪ Fatores genéticos (pode haver agregação familiar)
▪ Aspetos morfológicos
- Pé plano valgo
- 1º metatarso curto ou em varo
- Hiperlaxidez ligamentar
- Largura do antepé

416
Q

Hallux valgus – “joanetes”: causas (doenças)

A

▪ AR

▪ Doenças neuromusculares

▪ Poliomielite

417
Q

Hallux valgus – “joanetes”: quadro clínico

A

Muitos são assintomáticos.

Sintomáticos
▪ Dor localizada, principalmente na eminência medial (inflamação da bursa medial) e com o movimento da 1ª articulação metatarso-falângica.
▪ Dor referida também à 2ª MTF, debaixo da cabeça do 2ª metatarso

418
Q

Hallux valgus – “joanetes”: exame objetivo

A

Avaliar eminência medial dorsal + mobilidade da 1ª MTF (pode ter ou não crepitação – artrose)

Avaliar hipermobilidade da 1ª tarso-metatársica

Avaliar 2ª metatarso-falângica → sinais sugestivos de sinovite ou deformidade

Marcha de padrão antálgico → dificuldade de apoio do antepé

419
Q

Hallux valgus – “joanetes”: MCDTs

A

Radiografia AP + perfil em carga dos dois pés
▪ Desvio do hallux valgus – ângulos de valgismo

420
Q

Hallux valgus – “joanetes”: tratamento

A

1ª linha: tratamento conservador → diminui dor e limitação
▪ Descarga com palmilhas desenhadas para o efeito
▪ Evitar calçado apertado (sapatos feitos por medida, para casos graves)
▪ Proteção medial no interior do calçado
▪ Ortóteses com contraapoio semirrígido sobre o arco medial do pé
▪ Analgesia: AINE’s + crioterapia

Cirurgia: quando medidas conservadoras falham

421
Q

Fasceíte plantar/esporão do calcâneo - epidemiologia

A

Causa mais frequente de dor na região plantar do calcâneo

422
Q

Fasceíte plantar/esporão do calcâneo - fisiopatologia

A

Fasceíte plantar é provocada pela tração repetida da fáscia plantar na inserção do calcâneo → microrroturas da aponevrose

Com o tempo, a fasceíte pode originar esporão do calcâneo MAS há teorias que advogam o oposto

423
Q

Fasceíte plantar/esporão do calcâneo - FRs

A

Afeta, principalmente, homens entre 40-60 anos e desportistas (++ desportos de corrida e de salto)

Fatores extrínsecos
- Erros de treino físico (falha de alongamentos)
- Calçado em más condições/não adequado
- Treino em piso inadequado

Fatores intrínsecos
- Alterações morfológicas do pé
- Diminuição da força de flexão plantar
- Retração ou redução da flexibilidade dos flexores plantares

424
Q

Fasceíte plantar/esporão do calcâneo - quadro clínico

A

Dor:
▪ Intensa de manhã ou após repouso prolongado, ao apoiar o pé no chão pela 1ª vez.
▪ Alivia progressivamente com a deambulação.
▪ Durante o repouso, há retração da fáscia plantar
▪ Mais intensas no ponto de inserção da fáscia no tubérculo medial do calcâneo, podendo irradiar distalmente

Edema e rubor ligeiro podem estar presentes, mas são raros

425
Q

Fasceíte plantar/esporão do calcâneo - exame físico

A

Dor à palpação ao longo da tuberosidade medial do calcâneo – MUITO característica

Podem, por vezes, palpar-se nódulos ao longo da fáscia

Dor mais intensa
▪ Pé em dorsiflexão ; “andar em calcanhares”

426
Q

Fasceíte plantar/esporão do calcâneo - dx

A

Diagnóstico essencialmente clínico

427
Q

Fasceíte plantar/esporão do calcâneo - MCDTs

A

Radiografia do calcâneo → muitas vezes é normal
▪ Sem utilidade para diagnóstico ou tratamento

Ecografia → mostra apenas sinais inflamatórios

428
Q

Fasceíte plantar/esporão do calcâneo - tratamento

A

Conservador:
▪ Programa de exercícios de alongamento da fáscia plantar e do tricípite sural (exercícios em “bicos de
pés” num degrau de escada)
▪ AINE’s (durante 4-6 semanas)
▪ Gelo local (estiramento com garrafa de água congelada)
▪ Ortóteses/palmilhas que reduzam pressão de apoio do calcanhar/calçado adequado
▪ MFR – infiltração ecoguiada de corticoide + analgésico
▪ Redução do nível de atividade física durante o período de tratamento conservador

Cirurgia → falha de tx conservador ao final de 6 meses + impacto nas AVD’s

429
Q

Fasceíte plantar/esporão do calcâneo - dor

A

Informar o utente que a dor pode persistir mesmo após a cirurgia

430
Q
A