Dioscope - Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil Flashcards

1
Q

7 objetivos do programa

A
  • Calendarização das consultas para idades-chave, correspondentes a acontecimentos importantes na vida do bebé, da criança ou do adolescente (etapas do desenvolvimento físico, psicomotor, cognitivo e emocional, a socialização, a alimentação e a escolaridade)
  • Harmonização com o Programa Nacional de Vacinação à redução do número de deslocações aos serviços de saúde
  • Valorização dos cuidados antecipatórios como fator de promoção da saúde e de prevenção da doença
    (nomeadamente promoção e proteção dos direitos da criança, exercício da parentalidade, …)
  • Prevenção das perturbações emocionais e do comportamento
  • Deteção precoce, acompanhamento e encaminhamento de situações que possam afetar negativamente a saúde da criança e que sejam passíveis de correção
  • Apoio à responsabilização progressiva e à autodeterminação em questões de saúde das crianças e dos jovens
  • Trabalho em equipa e articulação com outras estruturas
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2
Q

12 objetivos dos exames de saúde

A

Avaliar o crescimento e desenvolvimento

Estimular comportamentos promotores de saúde:
* nutrição,
* exercício físico,
* brincar, e outras atividades de lazer em espaços livres e ambientes despoluídos,
* gestão do stress,
* prevenção de consumos nocivos,
* adoção de medidas de segurança, reduzindo o risco de acidentes.

Promover:
* A imunização contra doenças transmissíveis, conforme o PNV;
* A saúde oral;
* A prevenção das perturbações emocionais e do comportamento;
* A prevenção dos acidentes e intoxicações;
* A prevenção dos maus tratos;
* A prevenção dos riscos decorrentes da exposição solar inadequada;
* O aleitamento materno

Detetar precocemente e encaminhar situações como: malformações congénitas – luxação congénita da anca, cardiopatias congénitas, testículo(s) não-descido(s), perturbações da visão, audição e linguagem,
perturbações do desenvolvimento estaturo-ponderal e psicomotor, problemas dentários, alterações neurológicas, alterações do comportamento e do foro emocional e relacional

Prevenir, identificar e saber como abordar as doenças comuns nas várias idades à capacitação dos pais

Sinalizar e dar apoio continuado às crianças com doença crónica/deficiência e às suas famílias, bem como
promover a eficaz articulação comos vários intervenientes na prestação de cuidados a estas crianças

Assegurar a realização do aconselhamento genético, sempre que tal esteja indicado, quer para os progenitores, quer para os adolescentes, se necessário, através da referenciação para serviços especializados

Identificar, apoiar e orientar as crianças e famílias vítimas de maus tratos e de violência, tais como: negligência,
maus tratos físicos, psicológicos, abuso sexual, bullying, práticas tradicionais lesivas, nomeadamente a mutilação genital feminina

Promover o desenvolvimento pessoal e social e a autodeterminação das crianças e dos jovens, com progressiva responsabilização pelas escolhas relativas à saúde, prevenindo situações disruptivas ou de risco acrescido e promovendo a equidade de género

Apoiar e estimular o exercício adequado das responsabilidades parentais e promover o bem-estar familiar e em outros ambientes específicos

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3
Q

Visitação domiciliária

A

É importante desenvolver os meios que possibilitem a visitação domiciliária - fundamental na vigilância e
promoção da saúde, em particular nos dias seguintes à alta da maternidade, nas situações de doença prolongada ou crónica e nos casos de crianças, famílias ou situações identificadas como de risco

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4
Q

Exames de saúde oportunistas

A

As idades referidas não são rígidas – se uma criança ou jovem se deslocar à consulta por outros motivos, pouco antes ou pouco depois da idade-chave, deverá, se a situação clínica o permitir, ser
efetuado o exame indicado para essa idade!

De igual modo, a periodicidade recomendada deverá adequar-se a casos particulares, podendo ser introduzidas, ou eliminadas, algumas consultas em momentos especiais do ciclo de vida das famílias, como, por exemplo, em situações de doença grave, luto, separações ou aumento da fratria

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5
Q

Idades

A

Primeiro ano de vida
* 1ª semana de vida
* 1 M
* 2 M
* 4M
* 6M
* 9M

1-3 anos
* 12M
* 15M
* 18M
* 2A
* 3A

4-9 anos
* 4A
* 5A – Exame global de saúde
* 6 ou 7 A (final 1º ano de escolaridade)
* 8 A

10-18 anos
* 10 A (ano do início do 2º ciclo do ensino básico)
* 12 /13 A – Exame global de saúde
* 15 /18 A

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6
Q

Em todas as consultas deve avaliar-se (6)

A
  • Preocupações dos pais, ou do próprio, no que diz respeito à saúde
  • Intercorrências desde a consulta anterior, frequência de outras consultas e medicação em curso
  • Frequência e adaptação ao infantário, ama, ATL e escola
  • Hábitos alimentares, prática de atividades desportivas ou culturais e ocupação de tempos livres
  • Dinâmica do crescimento e desenvolvimento, comentando a evolução das curvas de crescimento e os
    aspetos do desenvolvimento psicossocial
  • Cumprimento do calendário vacinal, de acordo com o PNV
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7
Q

Curvas de crescimento da OMS

A

Prevêm a desaceleração do crescimento aos 3 – 4 M

Em ambos os sexos, as curvas a utilizar são:
* Comprimento/altura – do nascimento aos 5 anos (A);
* Peso – do nascimento aos 5 A;
* Índice de Massa Corporal (IMC) – do nascimento aos 5 A;
* Perímetro cefálico – do nascimento aos 2 A;
* Altura – dos 5 aos 19 A;
* Peso – dos 5 aos 10 A;
* IMC – dos 5 aos 19 A

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8
Q

Consulta do Recém-nascido - anamnese (7)

A
  • História obstétrica materna + parto + história familiar
  • Verificas a satisfação do principal cuidador com o seu bebé (enamoramento)
  • Adaptação da família às novas rotinas e reações dos irmãos se existirem
  • Sinal de alerta – falta de interesse no bebé, desespero, ideação suicida
  • Posição para dormir - Decúbito dorsal (tendo em conta a prevenção da síndrome da morte súbita do lactente).
    Posição quando acordado – decúbito ventral/colo
  • Sintomas ou sinais que justificam recorrer aos serviços de saúde (recusa alimentar, gemido, icterícia generalizada, prostração, febre, cor “acinzentada”, entre outros)
  • Averiguar dificuldades do principal cuidador na relação com o seu bebé e nas interações familiares
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9
Q

Consulta do Recém-nascido - suplementação

A

Vitamina D → 400 UI/dia a partir da primeira semana de vida
- Se recém-nascido pré-termo à 800-1000UI/dia até às 40 semanas de idade pós-menstrual e depois passar a 400 UI/dia
+
Ferro → 2-3 mg/kg/dia até 6 a 12 meses pós-natais, dependendo do grau de prematuridade, tipo de alimentação e indicadores hematológicos

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10
Q

Consulta do Recém-nascido - verificar

A

Verificar vacinação hep B e BCG e rastreio de doenças metabólicas

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11
Q

Rastreio neonatal (rastreio de doenças metabólicas)

A

Deve ser realizado entre o 3º e 6º dia de vida (após 48 de alimentação)

A colheita deverá, no entanto, ser sempre executada, mesmo que tardiamente

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12
Q

Rastreio neonatal – doenças pesquisadas

A

Hipotiroidismo Congénito

Fibrose Quística

Doenças Hereditárias do Metabolismo
- Aminoacidopatias
* Fenilcetonúria (PKU) / Hiperfenilalaninemias
* Tirosinemia Tipo I
* Tirosinemia Tipo II
* Leucinose (MSUD)
* Citrulinemia Tipo I
* Acidúria Arginino-Succínica
* Hiperargininemia
* Homocistinúria Clássica
* Hipermetioninemia (Déf. MAT)
- Acidúrias Orgânicas
* Acidúria Propiónica (PA)
* Acidúria Metilmalónica (MMA, Mut-)
* Acidúria Isovalérica (IVA)
* Acidúria 3-Hidroxi-3-Metilglutárica (3-HMG)
* Acidúria Glutárica Tipo I (GA I)
* 3-Metilcrotonilglicinúria (Déf. 3-MCC)
* Acidúria Malónica
- Doenças Hereditárias da ß-oxidação Mitocondrial dos Ácidos Gordos
* Def. da Desidrogenase dos Ácidos Gordos de Cadeia Média (MCADD)
* Def. da Desidrogenase dos Ácidos Gordos de Cadeia Muito Longa
(VLCADD)
* Def. da Desidrogenase de 3-Hidroxi-Acil-CoA de Cadeia Longa
(LCHADD)/TFP
* Def. em Carnitina-Palmitoil Transferase I (CPT I)
* Def. em Carnitina-Palmitoil Transferase II (CPT II)/CACT
* Def. Múltipla das Acil-CoA Desidrogenases dos Ácidos Gordos
(Acidúria Glutárica Tipo II)
* Def. Primária em Carnitina (CUD)

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13
Q

Consulta do Recém-nascido - amamentação

A

Promover amamentação até pelo menos aos 2 anos, em exclusivo até aos 6 meses

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14
Q

Contra-indicações temporárias à amamentação

A

Existem certas situações em que as mães não devem
amamentar os seus bebés, até essas mesmas situações estarem resolvidas. Mãe com:
- varicela,
- herpes com lesões mamárias,
- tuberculose não tratada ou ainda quando tenham de efetuar uma medicação imprescindível,
- brucelose
- necessidade de tomar certos fármacos

Durante este período de tempo, os bebés devem ser
alimentados com leite artificial por copo ou colher, e a
produção de leite materno deverá ser estimulada

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15
Q

Contra-indicações definitivas à amamentação

A

As contra-indicações definitivas do aleitamento
materno não são muito frequentes, mas existem
- mães infetadas pelo vírus da imunodeficiência
humana (VIH),
- mães infetadas pelo vírus HTLV 1ou 2
- mãe a utilizar drogas ilícitas
- bebé com com doenças metabólicas raras como a
fenilcetonúria e a galactosemia

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16
Q

Avaliação do recém-nascido - observação geral

A

Procurar traços dismórficos

Um recém-nascido de termo deve:
- Apresentar pele rosada
- Ter os braços e pernas em flexão no repouso
- Chorar vigorosamente quando estimulado
- Movimentar todas as extremidades igualmente

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17
Q

Avaliação do recém-nascido - sinais vitais normal

A

FC normal - 120 a 160 bpm (pode diminuir durante o sono)

FR normal - 40 a 60 cpm

PAS normal - 60 a 90 mmHg (varia com a IG)

Temperatura normal - 36,5 a 37,5ºC (muita roupa pode aumentar a temperatura, medir novamente depois; pouca roupa pode diminuir a temperatura, mas também pode significar infeção ou anormalidade metabólica ou de eletrólitos)

Peso normal
- feminino: 3,5 kg (2,8 a 4 kg)
- masculino: 3,6 kg (2,9 a 4,2 kg)

Comprimento normal
- 51 cm (48 a 53 cm)

Perímetro cefálico
- 35 cm (33 a 37 cm)

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18
Q

Avaliação do recém-nascido - peso: RN pequeno para a IG

A

RN pequeno para a idade gestacional - peso ao nascer estiver < percentil 10 (causas:
exposição crónica a drogas ou tabaco, infecção do grupo TORCH, doença metabólica ou
cromossómica (S. Turner, trissomias…) - podem ter dismorfias associadas ou só ser constitucionalmente pequenos

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19
Q

Avaliação do recém-nascido - peso: RN grande para a IG

A

RN grande para a idade gestacional - peso ao nascer estiver acima do percentil 90 (causas: diabetes gestacional, síndromes metabólicos ou genéticos, como síndrome de BeckwithWiedemann)

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20
Q

Avaliação do recém-nascido - peso: perda

A

É normal ocorrer perda ponderal de 7-10% do peso de nascimento - deve ser recuperado em 10 a 14 dias de vida

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21
Q

Avaliação do recém-nascido - cabeça: perímetro cefálico

A

RN de 40 semanas → perímetro cefálico (PC) médio de de 35 cm

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22
Q

Avaliação do recém-nascido - cabeça: microcefalia

A

Microcefalia (PC < percentil 2 ou < 2 desvios-padrão da média) - malformação do sistema nervoso central (por exemplo, holoprosencefalia, defeito do tubo neural); infeção (por exemplo, toxoplasmose, CMV); síndrome genética (por exemplo, trissomia 13 e síndrome 18, síndrome alcoólica fetal)

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23
Q

Avaliação do recém-nascido - cabeça: macrocefalia

A

Macrocefalia (PC > percentil 98 ou > 2 desvios padrão da média) – hereditário; distúrbio do sistema nervoso central (por exemplo, hidrocefalia, tumor cerebral) → pode ser necessário exame de imagem

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24
Q

Avaliação do recém-nascido - cabeça: fontanelas e suturas

A

Palpar com RN em posição ortostática! (em pé)

Fontanela anterior - 3 a 6 cm de diâmetro geralmente fecha entre os 10 e os 24 meses
- se estiver aumentada: aumento da pressão intra-craniana, S. Down, hipofosfatémia, hipotiroidismo congénito

Fontanela posterior - 1 a 1,5 cm de diâmetro
- encerramento por volta
dos 2 meses

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25
Q

Avaliação do recém-nascido - Cabeça: assimetrias

A

A maioria das assimetrias está relacionada com pressões pré-natais e resolvem espontaneamente nos primeiros meses de vida

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26
Q

Avaliação do recém-nascido - Cabeça: fusão prematura das suturas

A

Craniossinostose: 1 em cada
1.000 RN

Limitação do crescimento do crânio numa direção perpendicular à sutura, enquanto o crescimento pode continuar em outras direções

Cerca de 20% dos casos: mutações num gene específico ou anormalidades cromossómicas!

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27
Q

Novo Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil (PNSIJ)

A

O novo Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil (PNSIJ) entrou em vigor a 1 de Junho de 2013, substituindo o Programa-tipo de Actuação em Saúde Infantil e Juvenil, Orientação Técnica nº12, 2ª
edição de 2005

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28
Q

Principais alterações do novo Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil

A

Alteração na cronologia das consultas referentes a idades-chave da vigilância

Adoção das curvas de crescimento da Organização Mundial da Saúde (OMS)

Novo enfoque nas questões relacionadas com o desenvolvimento infantil, as perturbações emocionais e do comportamento e os maus tratos

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29
Q

Principais alterações do novo Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil - alteração na cronologia das consultas referentes a idades-chave da vigilância

A

Adequar a prestação de cuidados com o mínimo de deslocações aos serviços de saúde. Novas consultas introduzidas: 5 anos, com o objetivo de avaliar da existência de competências para o início da aprendizagem; 6/7 anos, para deteção precoce de dificuldades específicas de
aprendizagem; 10 anos, para preparar o início da puberdade e a entrada para o 5.º ano de
escolaridade

As idades referidas não são rígidas, fazendo exames de saúde oportunistas reduz-se o número de deslocações e alarga-se o número de crianças vigiadas com regularidade. Deverá adequar-se a casos particulares, podendo ser introduzidas, ou eliminadas, consultas em momentos
especiais do ciclo de vida das famílias (ex. doença grave, luto, separações, aumento da fratria)

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30
Q

Principais alterações do novo Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil - adoção das curvas de crescimento da Organização Mundial da Saúde (OMS)

A

Adoção das curvas da OMS do estudo multicêntrico World Health Organization (WHO)
Multicenter Growth Reference Study, realizado entre 1997 e 2003, atendendo à metodologia
utilizada na sua construção e à possibilidade de aplicação universal

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31
Q

Principais alterações do novo Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil - novo enfoque nas questões relacionadas com o desenvolvimento infantil, as perturbações emocionais e do comportamento e os maus tratos

A

O desenvolvimento psicomotor é um processo dinâmico e contínuo. A avaliação do
desenvolvimento permite identificar precocemente as perturbações psicomotoras, adequando as intervenções necessárias

Estima-se que 10 a 20% das crianças tenham um ou mais problemas de saúde mental. A
Consulta de Vigilância de Saúde Infantil e Juvenil é uma oportunidade privilegiada na atuação de triagem, avaliação, intervenção e orientação nestas situações problemáticas

Em situações de risco, ocorrência de maus tratos ou presença de necessidades de saúde especiais, os serviços de saúde devem desenvolver estratégias de intervenção, em articulação com a Acção de Saúde Crianças e Jovens em Risco, o Programa Nacional Saúde Escolar e o Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância, entre outros

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32
Q

9 linhas de atuação do PNSIJ

A
  • Calendarização das consultas para idades-chave, correspondentes a acontecimentos importantes
    na vida do bebé, da criança ou do adolescente, tais como as etapas do desenvolvimento físico, psicomotor, cognitivo e emocional, a socialização, a alimentação e a escolaridade
  • Harmonização destas consultas com o esquema cronológico preconizado no novo Programa Nacional de Vacinação (PNV), de modo a reduzir o número de deslocações aos serviços de saúde
  • Valorização dos cuidados antecipatórios como fator de promoção da saúde e de prevenção da doença, nomeadamente facultando aos pais e outros cuidadores, os conhecimentos necessários ao
    melhor desempenho, no que respeita à promoção e proteção dos direitos da criança e ao exercício da parentalidade, em particular no domínio dos novos desafios da saúde
  • Neste âmbito, e face aos movimentos antivacinais emergentes, o reincentivo ao cumprimento do PNV, preservando o adequado estado vacinal das crianças, jovens e população em geral, afigura-se crucial
  • Também o investimento na prevenção das perturbações emocionais e do comportamento constitui
    uma prioridade no mesmo domínio
  • Deteção precoce, acompanhamento e encaminhamento de situações que possam afetar negativamente a saúde da criança e que sejam passíveis de correção
  • Apoio à responsabilização progressiva e à autodeterminação em questões de saúde das crianças e dos jovens
  • Trabalho em equipa, como forma de responder à complexidade dos atuais problemas e das
    necessidades em saúde que requerem, de modo crescente, atuações multiprofissionais e
    interdisciplinares
  • Articulação efetiva entre estruturas, programas e projetos, dentro e fora do setor da saúde, que contribuam para o bem-estar, crescimento e desenvolvimento das crianças e jovens
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33
Q

10 objetivos dos exames de saúde

A
  1. Avaliar o crescimento e desenvolvimento e registar os dados obtidos, nos suportes próprios, nomeadamente no Boletim de Saúde Infantil e Juvenil (BSIJ) ou no eBoletim
  2. Estimular a opção, sempre que possível, por comportamentos promotores de saúde, entre os quais
    os relacionados com:
    * A nutrição, adequada às diferentes idades e às necessidades individuais, promovendo comportamentos alimentares equilibrados;
    * A prática regular de exercício físico; o brincar, e outras atividades de lazer em espaços livres e ambientes despoluídos; a gestão do stress;
    * A prevenção de consumos nocivos;
    * A adoção de medidas de segurança, reduzindo o risco de acidentes
  3. Promover:
    * A imunização contra doenças transmissíveis, conforme o PNV;
    * A saúde oral;
    * A prevenção das perturbações emocionais e do comportamento;
    * A prevenção dos acidentes e intoxicações;
    * A prevenção dos maus tratos;
    * A prevenção dos riscos decorrentes da exposição solar inadequada;
    * O aleitamento materno
  4. Detetar precocemente e encaminhar situações que possam comprometer a vida ou afetar a qualidade de vida da criança e do adolescente, tais como: malformações congénitas – doença luxante da anca, cardiopatias congénitas, testículo(s) não descido(s), perturbações da visão,
    audição e linguagem, perturbações do desenvolvimento estaturo-ponderal e psicomotor, problemas dentários, alterações neurológicas, alterações do comportamento e do foro emocional e relacional
  5. Prevenir, identificar e saber como abordar as doenças comuns nas várias idades, nomeadamente
    reforçando o papel dos pais e outros cuidadores, alertando para os sinais e sintomas que
    justificam o recurso aos diversos serviços de saúde
  6. Sinalizar e proporcionar apoio continuado às crianças com doença crónica/deficiência e às suas famílias, bem como promover a eficaz articulação com os vários intervenientes na prestação de cuidados a estas crianças
  7. Assegurar a realização do aconselhamento genético, sempre que tal esteja indicado, quer para os progenitores, quer para os adolescentes, se necessário, através da referenciação para serviços
    especializados
  8. Identificar, apoiar e orientar as crianças e famílias vítimas de maus tratos e de violência, tais
    como: negligência, maus tratos físicos, psicológicos, abuso sexual, bullying, práticas tradicionais lesivas, nomeadamente a mutilação genital feminina
  9. Promover o desenvolvimento pessoal e social e a autodeterminação das crianças e dos jovens, com progressiva responsabilização pelas escolhas relativas à saúde, prevenindo situações
    disruptivas ou de risco acrescido e promovendo a equidade de género
  10. Apoiar e estimular o exercício adequado das responsabilidades parentais e promover o bem-estar
    familiar e em outros ambientes específicos
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34
Q

Periodicidade do PNSIJ

A

PRIMEIRO ANO DE VIDA:
* 1.ª semana de vida
* 1 mês
* 2 meses (M)
* 4 M
* 6 M
* 9 M

1 – 3 A:
* 12 M
* 15 M
* 18 M
* 2 A
* 3 A

4 – 9 A:
* 4 A
* 5 A – Exame global de saúde (avaliar existência de competências para o início da aprendizagem)
* 6 ou 7 A (final 1º ano de escolaridade: deteção
precoce dificuldades específicas aprendizagem)
* 8 A

10 – 18 A:
* 10 A (ano do início do 2º ciclo do ensino básico:
preparar o início da puberdade e a entrada para o 5.º ano de escolaridade)
* 12 /13 A – Exame global de saúde
* 15 /18 A

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35
Q

6 conteúdos a avaliar em todas as consultas

A
  • Preocupações dos pais, ou do próprio, no que diz respeito à saúde;
  • Intercorrências desde a consulta anterior, frequência de outras consultas e medicação em curso;
  • Frequência e adaptação ao infantário, ama, ATL e escola;
  • Hábitos alimentares, prática de atividades desportivas ou culturais e ocupação de tempos livres;
  • Dinâmica do crescimento e desenvolvimento, comentando a evolução das curvas de crescimento e os aspetos do desenvolvimento psicossocial;
  • Cumprimento do calendário vacinal, de acordo com o PNV
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36
Q

Cuidados antecipatórios - em geral

A

Os temas a abordar em cada idade chave poderão ser abordados individualmente ou em grupo, em diferentes contextos, nomeadamente nas atividades a desenvolver, por exemplo, na sala de espera – distribuição de material informativo – e em sessões de informação/educação para a saúde dirigidas aos pais ou outros prestadores de cuidados

Algumas destas ações poderão ser dinamizadas pela Saúde Escolar, envolvendo ativamente as crianças, jovens e famílias

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37
Q

Avaliação da dinâmica familiar e da rede de suporte sociofamiliar

A

A avaliação da dinâmica familiar e da rede de suporte sociofamiliar deve fazer parte das preocupações de toda a equipa de saúde, sempre que se contacta com a criança/jovem/família. No
primeiro ano de vida há que prestar uma especial atenção ao estado emocional da mãe (pelo risco de depressão pós-parto) ou do principal cuidador, encaminhando precocemente os casos identificados que poderão interferir no desenvolvimento da criança

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38
Q

Consultas de adolescentes

A

Nas consultas de adolescentes, há que facilitar a acessibilidade e assegurar a privacidade e
confidencialidade, permitindo, aos que o desejem, o atendimento a sós

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39
Q

Parâmetros a avaliar na 1ª consulta

A

Peso

Comprimento/ altura

IMC

Perímetro cefálico

Exame físico

Coração

Anca/marcha

Visão

Audição

Desenvolvimento

Vacinação

Relação emocional/comportamento (perturbações)

Risco de maus tratos

Segurança do ambiente

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40
Q

Parâmetros a avaliar na consulta de 1 mês

A

Peso

Comprimento/altura

IMC

Perímetro cefálico

Exame físico

Coração

Anca/marcha

Visão

Audição

Desenvolvimento

Vacinação

Relação emocional/comportamento (perturbações)

Risco de maus tratos

Segurança do ambiente

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41
Q

Parâmetros a avaliar na consulta dos 2 meses

A

Peso

Comprimento/altura

IMC

Perímetro cefálico

Exame físico

Anca/marcha

Visão

Audição

Desenvolvimento

Vacinação

Relação emocional/comportamento (perturbações)

Risco de maus tratos

Segurança do ambiente

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42
Q

Parâmetros a avaliar na consulta dos 4 meses

A

Peso

Comprimento/altura

IMC

Perímetro cefálico

Exame físico

Audição

Desenvolvimento

Vacinação

Relação emocional/comportamento (perturbações)

Risco de maus tratos

Segurança do ambiente

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43
Q

Parâmetros a avaliar na consulta dos 6 meses

A

Peso

Comprimento/altura

IMC

Perímetro cefálico

Exame físico

Anca/marcha

Visão

Audição

Desenvolvimento

Vacinação

Relação emocional/comportamento (perturbações)

Risco de maus tratos

Dentição

Segurança do ambiente

44
Q

Parâmetros a avaliar na consulta dos 9 meses

A

Peso

Comprimento/altura

IMC

Perímetro cefálico

Exame físico

Visão

Audição

Desenvolvimento

Vacinação

Relação emocional/comportamento (perturbações)

Risco de maus tratos

Dentição

Segurança do ambiente

45
Q

Parâmetros a avaliar na consulta dos 12 meses

A

Peso

Comprimento/altura

IMC

Perímetro cefálico

Exame físico

Anca/marcha

Visão

Audição

Desenvolvimento

Vacinação

Relação emocional/comportamento (perturbações)

Risco de maus tratos

Dentição

Linguagem/ dificuldades específicas de aprendizagem

Segurança do ambiente

46
Q

Parâmetros a avaliar na consulta dos 15 meses

A

Peso

Comprimento/altura

IMC

Perímetro cefálico

Exame físico

Anca/marcha

Visão

Audição

Desenvolvimento

Vacinação

Relação emocional/comportamento (perturbações)

Risco de maus tratos

Dentição

Linguagem/ dificuldades específicas de aprendizagem

Segurança do ambiente

47
Q

Parâmetros a avaliar na consulta dos 18 meses

A

Peso

Comprimento/altura

IMC

Perímetro cefálico

Exame físico

Anca/marcha

Visão

Audição

Desenvolvimento

Vacinação

Relação emocional/comportamento (perturbações)

Risco de maus tratos

Dentição

Linguagem/ dificuldades específicas de aprendizagem

Segurança do ambiente

48
Q

Parâmetros a avaliar na consulta dos 2 anos

A

Peso

Comprimento/altura

IMC

Perímetro cefálico

Exame físico

Anca/marcha

Visão

Audição

Desenvolvimento

Vacinação

Relação emocional/comportamento (perturbações)

Risco de maus tratos

Dentição

Linguagem/ dificuldades específicas de aprendizagem

Rastreio de dislipidemias

Segurança do ambiente

49
Q

Parâmetros a avaliar na consulta dos 3 anos

A

Peso

Comprimento/altura

IMC

Exame físico

Visão

Audição

Desenvolvimento

Vacinação

Relação emocional/comportamento (perturbações)

Risco de maus tratos

Dentição

Linguagem/ dificuldades específicas de aprendizagem

Avaliação da TA

Segurança do ambiente

50
Q

Parâmetros a avaliar nas consultas dos 0 aos 3 anos - peso

A

Avaliar em todas as consultas

51
Q

Parâmetros a avaliar nas consultas dos 0 aos 3 anos - comprimento/altura

A

Avaliar em todas as consultas

52
Q

Parâmetros a avaliar nas consultas dos 0 aos 3 anos - IMC

A

Avaliar em todas as consultas

53
Q

Parâmetros a avaliar nas consultas dos 0 aos 3 anos - perímetro cefálico

A

Avaliar em todas as consultas até aos 2 anos, inclusive

54
Q

Parâmetros a avaliar nas consultas dos 0 aos 3 anos - exame físico

A

Realizar em todas as consultas

55
Q

Parâmetros a avaliar nas consultas dos 0 aos 3 anos - coração

A

Avaliar na 1ª consulta e consulta do 1º mês

56
Q

Parâmetros a avaliar nas consultas dos 0 aos 3 anos - anca/marcha

A

Avaliar nas consultas:
- 1ª consulta
- 1 mês
- 2 meses
- 6 meses
- 12 meses
- 15 meses
- 18 meses
- 2 anos

57
Q

Parâmetros a avaliar nas consultas dos 0 aos 3 anos - visão

A

Avaliar em todas as consultas, exceto consulta dos 4 meses

58
Q

Parâmetros a avaliar nas consultas dos 0 aos 3 anos - audição

A

Avaliar em todas as consultas

59
Q

Parâmetros a avaliar nas consultas dos 0 aos 3 anos - desenvolvimento

A

Avaliar em todas as consultas

60
Q

Parâmetros a avaliar nas consultas dos 0 aos 3 anos - vacinação

A

Avaliar em todas as consultas

61
Q

Parâmetros a avaliar nas consultas dos 0 aos 3 anos - relação emocional/comportamento (perturbações)

A

Avaliar em todas as consultas

62
Q

Parâmetros a avaliar nas consultas dos 0 aos 3 anos - risco de maus tratos

A

Avaliar em todas as consultas

63
Q

Parâmetros a avaliar nas consultas dos 0 aos 3 anos - dentição

A

Avaliar em todas as consultas, a partir dos 6 meses, inclusive

64
Q

Parâmetros a avaliar nas consultas dos 0 aos 3 anos - linguagem/ dificuldades específicas de aprendizagem

A

Avaliar em todas as consultas, a partir dos 12 meses, inclusive

65
Q

Parâmetros a avaliar nas consultas dos 0 aos 3 anos - rastreio de dislipidemias

A

Aos 2 anos

66
Q

Parâmetros a avaliar nas consultas dos 0 aos 3 anos - avaliação da TA

A

Aos 3 anos

67
Q

Parâmetros a avaliar nas consultas dos 0 aos 3 anos - segurança do ambiente

A

Avaliar em todas as consultas

68
Q

Suturas e fontanelas

A

Sutura metópica - entre os 2 ossos frontais

Sutura coronal - entre o osso frontal e osso parietal

Fontanela anterior - cruzamento das suturas coronal, metópica e sagital

Sutura sagital - entre os 2 ossos parietais

Fontanela posterior - cruzamento da sutura sagital com a sutura lambdoide

Sutura lambdoide - entre o osso occipital e parietal

69
Q

Deformidades comuns das suturas

A

Plagiocefalia sinostótica anterior - sutura unicoronal fundida

Plagiocefalia posterior deformada - todas as suturas abertas

Plagiocefalia sinostótica posterior - sutura lamdboide fundida

Trigonocefalia sinostótica - sutura metópica fundida

Braquicefalia sinostótica - suturas bicoronárias fundidas

Escafocefalia - sutura sagital fundida

70
Q

Caput succedaneum

A

Edema de couro cabeludo que não é delimitado por linhas de sutura - diminui ao longo do tempo: maioria resolve em 48 horas

71
Q

Cefalohematoma

A

Lesão de um vaso sanguíneo do subperiósteo e limitado por linhas de sutura à muitas vezes associado ao uso de
ventosa ou fórceps

Pode piorar em 48 horas e demorar 3 a 4 meses até à reabsorção total

FATOR DE RISCO PARA ICTERÍCIA E SÉPSIS

72
Q

Paralisia do nervo facial

A

Incapacidade de fechar o olho, perda do sulco nasolabial, incapacidade de contração dos músculos ipsilaterais ->
habitualmente resolve nas primeiras semanas de vida

73
Q

Avaliação do recém-nascido – nariz e boca: atresia das coanas

A

A atresia das coanas pode ser unilateral ou bilateral → pode existir cianose que alivia ao chorar

74
Q

Avaliação do recém-nascido – nariz e boca: desvio do septo nasal

A

O desvio do septo nasal → geralmente é devido ao
posicionamento in útero e resolve espontaneamente -> Se persistir deve ser avaliado
por ORL

75
Q

Avaliação do recém-nascido – boca

A

A maxila e a mandíbula devem encaixar corretamente

76
Q

Avaliação do recém-nascido - micrognatia

A

Micrognatia – pode ocorrer na Síndrome de Pierre Robin

77
Q

Avaliação do recém-nascido - anquiloglossia

A

Anquiloglossia (freio curto)c- pode interferir com a amamentação ou prejudicar a articulação -> frenotomia (controversa)

78
Q

Avaliação do recém-nascido - palato

A

A observação e palpação do palato pode revelar fendas submucosas e mucosas

79
Q

Avaliação do recém-nascido - úvula bífida

A

Úvula bífida: associada a fenda submucosa

80
Q

Avaliação do recém-nascido - fissura labial e palatina

A

Fissura labial e palatina: são as anomalias mais comuns da cabeça e pescoço

81
Q

Avaliação do recém-nascido - fissuras na linha média

A

Fissuras na linha média → investigação de outro defeito da linha média (cérebro/ outras anormalidades)

82
Q

Avaliação do recém-nascido - boca: nódulos de Bohn

A

Remanescentes de tecido
da glândula salivar na face
lateral da gengiva; resolve
espontaneamente

83
Q

Avaliação do recém-nascido - boca: perólas de Epstein

A

Vesículas císticas brancas (1-3
mm) na porção mediana do
palato (equivalente oral da
mília); resolve espontaneamente

84
Q

Avaliação do recém-nascido - boca: dentes neonatais

A

Frequentemente ocorre na gengiva inferior -> devem ser removidos se estiverem soltos devido ao risco de aspiração (podem estar associados a certos síndromes)

85
Q

Avaliação do recém-nascido - boca: rânula

A

Quistos de retenção de muco no pavimento da boca;muitas vezes é necessária remoção cirúrgica

86
Q

Avaliação do recém-nascido – pescoço

A

Inspecionar toda a amplitude de movimento

87
Q

Avaliação do recém-nascido – pescoço: torcicolo congénito

A

Torcicolo congénito -> principalmente devido ao trauma do nascimento no músculo
esternocleidomastóideo (edema, formação de hematoma dentro do músculo)
* geralmente pode ser corrigido com fisioterapia
* se não for corrigido: plagiocefalia e desalinhamento da orelha

88
Q

Avaliação do recém-nascido – pescoço: higroma cístico

A

Higroma cístico → malformação linfática congénita na região do pescoço

89
Q

Avaliação do recém-nascido – pescoço: quisto do ducto tiroglosso

A

Quisto do ducto tireoglosso → lesão mediana do pescoço que mobiliza com o movimento da língua

90
Q

Avaliação do recém-nascido – pescoço: clavículas

A

Avaliar SEMPRE as clavículas: reflexo de Moro assimétrico deve levantar suspeita de fratura da clavícula -> confirmar com radiografia (pode resultar de traumatismo de parto e é normalmente tratado com analgésicos)

91
Q

Avaliação do recém-nascido – Avaliação cardiopulmonar: rastreio de patologia cardíaca congénita

A

Rastreio de patologia cardíaca congénita (mão ou pé direito) → oximetria de pulso antes da alta o o ecocardiograma deve ser realizado se o rastreio for positivo

  • Recém-nascido com patologia cardíaca costuma apresentar-se com taquipneia sem retração costal
  • Cianose está presente principalmente na doença grave → diferenciar de acrocianose (cianose isolada das mãos e pés), que é normal no recém-nascido
92
Q

Avaliação do recém-nascido – Avaliação cardiopulmonar: avaliar sinais de dificuldade respiratória

A

Avaliar sinais de dificuldade respiratória:
* taquipneia, adejo nasal, roncos, retrações e cianose.
* na auscultação pulmonar, os sons respiratórios devem ser sempre simétricos à sons assimétricos podem indicar pneumotórax (avaliação
imediata com imagem)

93
Q

Avaliação do recém-nascido – avaliação cardiopulmonar: auscultação

A

Auscultação: S1: som único + S2: som dividido

94
Q

Avaliação do recém-nascido – avaliação cardiopulmonar: pulsos fracos

A

Fraco débito cardíaco (ex. estenose aórtica)

95
Q

Avaliação do recém-nascido – avaliação cardiopulmonar: pulsos intensos

A

Alto débito cardíaco (ex. ducto arterioso patente)

96
Q

Avaliação do recém-nascido – avaliação cardiopulmonar: único S2

A

Frequentemente doença cardíaca cianótica (ex. tronco arterioso, coração esquerdo hipoplásico)

97
Q

Avaliação do recém-nascido – avaliação cardiopulmonar: sopro áspero, contínuo e holossistólico

A

Patológico

98
Q

Avaliação do recém-nascido – avaliação cardiopulmonar: sopro de grau 3 ou mais

A

Patológico

99
Q

Avaliação do recém-nascido – avaliação cardiopulmonar: sopro diastólico

A

Patológico

100
Q

Avaliação do recém-nascido – avaliação cardiopulmonar: hepatomegalia

A

IC esquerda

101
Q

Avaliação do recém-nascido – Tórax: movimento do tórax

A

O movimento do tórax deve ser simétrico -> assimetria sugere pneumotórax, malformação pulmonar ou hérnia diafragmática

102
Q

Avaliação do recém-nascido – Tórax: pré-córdio

A

Precórdio proeminente – pode sugerir doença cardíaca

103
Q

Avaliação do recém-nascido – tórax: mamilos

A
  • Mamilos supranumerários: podem ocorrer ao longo de uma linha vertical da axila à região púbica → não requerem tratamento
  • Mamilos muito afastados podem indicar síndrome de Turner
104
Q

Avaliação do recém-nascido – tórax: alterações

A

Pectus excavatum, pectus carinatum, xifóide proeminente e tecido mamário (pode estar presente no sexo masculino ou feminino como resultado da exposição a hormonas maternas) → geralmente inconsequentes

105
Q
A