Dioscope - Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil Flashcards
7 objetivos do programa
- Calendarização das consultas para idades-chave, correspondentes a acontecimentos importantes na vida do bebé, da criança ou do adolescente (etapas do desenvolvimento físico, psicomotor, cognitivo e emocional, a socialização, a alimentação e a escolaridade)
- Harmonização com o Programa Nacional de Vacinação à redução do número de deslocações aos serviços de saúde
- Valorização dos cuidados antecipatórios como fator de promoção da saúde e de prevenção da doença
(nomeadamente promoção e proteção dos direitos da criança, exercício da parentalidade, …) - Prevenção das perturbações emocionais e do comportamento
- Deteção precoce, acompanhamento e encaminhamento de situações que possam afetar negativamente a saúde da criança e que sejam passíveis de correção
- Apoio à responsabilização progressiva e à autodeterminação em questões de saúde das crianças e dos jovens
- Trabalho em equipa e articulação com outras estruturas
12 objetivos dos exames de saúde
Avaliar o crescimento e desenvolvimento
Estimular comportamentos promotores de saúde:
* nutrição,
* exercício físico,
* brincar, e outras atividades de lazer em espaços livres e ambientes despoluídos,
* gestão do stress,
* prevenção de consumos nocivos,
* adoção de medidas de segurança, reduzindo o risco de acidentes.
Promover:
* A imunização contra doenças transmissíveis, conforme o PNV;
* A saúde oral;
* A prevenção das perturbações emocionais e do comportamento;
* A prevenção dos acidentes e intoxicações;
* A prevenção dos maus tratos;
* A prevenção dos riscos decorrentes da exposição solar inadequada;
* O aleitamento materno
Detetar precocemente e encaminhar situações como: malformações congénitas – luxação congénita da anca, cardiopatias congénitas, testículo(s) não-descido(s), perturbações da visão, audição e linguagem,
perturbações do desenvolvimento estaturo-ponderal e psicomotor, problemas dentários, alterações neurológicas, alterações do comportamento e do foro emocional e relacional
Prevenir, identificar e saber como abordar as doenças comuns nas várias idades à capacitação dos pais
Sinalizar e dar apoio continuado às crianças com doença crónica/deficiência e às suas famílias, bem como
promover a eficaz articulação comos vários intervenientes na prestação de cuidados a estas crianças
Assegurar a realização do aconselhamento genético, sempre que tal esteja indicado, quer para os progenitores, quer para os adolescentes, se necessário, através da referenciação para serviços especializados
Identificar, apoiar e orientar as crianças e famílias vítimas de maus tratos e de violência, tais como: negligência,
maus tratos físicos, psicológicos, abuso sexual, bullying, práticas tradicionais lesivas, nomeadamente a mutilação genital feminina
Promover o desenvolvimento pessoal e social e a autodeterminação das crianças e dos jovens, com progressiva responsabilização pelas escolhas relativas à saúde, prevenindo situações disruptivas ou de risco acrescido e promovendo a equidade de género
Apoiar e estimular o exercício adequado das responsabilidades parentais e promover o bem-estar familiar e em outros ambientes específicos
Visitação domiciliária
É importante desenvolver os meios que possibilitem a visitação domiciliária - fundamental na vigilância e
promoção da saúde, em particular nos dias seguintes à alta da maternidade, nas situações de doença prolongada ou crónica e nos casos de crianças, famílias ou situações identificadas como de risco
Exames de saúde oportunistas
As idades referidas não são rígidas – se uma criança ou jovem se deslocar à consulta por outros motivos, pouco antes ou pouco depois da idade-chave, deverá, se a situação clínica o permitir, ser
efetuado o exame indicado para essa idade!
De igual modo, a periodicidade recomendada deverá adequar-se a casos particulares, podendo ser introduzidas, ou eliminadas, algumas consultas em momentos especiais do ciclo de vida das famílias, como, por exemplo, em situações de doença grave, luto, separações ou aumento da fratria
Idades
Primeiro ano de vida
* 1ª semana de vida
* 1 M
* 2 M
* 4M
* 6M
* 9M
1-3 anos
* 12M
* 15M
* 18M
* 2A
* 3A
4-9 anos
* 4A
* 5A – Exame global de saúde
* 6 ou 7 A (final 1º ano de escolaridade)
* 8 A
10-18 anos
* 10 A (ano do início do 2º ciclo do ensino básico)
* 12 /13 A – Exame global de saúde
* 15 /18 A
Em todas as consultas deve avaliar-se (6)
- Preocupações dos pais, ou do próprio, no que diz respeito à saúde
- Intercorrências desde a consulta anterior, frequência de outras consultas e medicação em curso
- Frequência e adaptação ao infantário, ama, ATL e escola
- Hábitos alimentares, prática de atividades desportivas ou culturais e ocupação de tempos livres
- Dinâmica do crescimento e desenvolvimento, comentando a evolução das curvas de crescimento e os
aspetos do desenvolvimento psicossocial - Cumprimento do calendário vacinal, de acordo com o PNV
Curvas de crescimento da OMS
Prevêm a desaceleração do crescimento aos 3 – 4 M
Em ambos os sexos, as curvas a utilizar são:
* Comprimento/altura – do nascimento aos 5 anos (A);
* Peso – do nascimento aos 5 A;
* Índice de Massa Corporal (IMC) – do nascimento aos 5 A;
* Perímetro cefálico – do nascimento aos 2 A;
* Altura – dos 5 aos 19 A;
* Peso – dos 5 aos 10 A;
* IMC – dos 5 aos 19 A
Consulta do Recém-nascido - anamnese (7)
- História obstétrica materna + parto + história familiar
- Verificas a satisfação do principal cuidador com o seu bebé (enamoramento)
- Adaptação da família às novas rotinas e reações dos irmãos se existirem
- Sinal de alerta – falta de interesse no bebé, desespero, ideação suicida
- Posição para dormir - Decúbito dorsal (tendo em conta a prevenção da síndrome da morte súbita do lactente).
Posição quando acordado – decúbito ventral/colo - Sintomas ou sinais que justificam recorrer aos serviços de saúde (recusa alimentar, gemido, icterícia generalizada, prostração, febre, cor “acinzentada”, entre outros)
- Averiguar dificuldades do principal cuidador na relação com o seu bebé e nas interações familiares
Consulta do Recém-nascido - suplementação
Vitamina D → 400 UI/dia a partir da primeira semana de vida
- Se recém-nascido pré-termo à 800-1000UI/dia até às 40 semanas de idade pós-menstrual e depois passar a 400 UI/dia
+
Ferro → 2-3 mg/kg/dia até 6 a 12 meses pós-natais, dependendo do grau de prematuridade, tipo de alimentação e indicadores hematológicos
Consulta do Recém-nascido - verificar
Verificar vacinação hep B e BCG e rastreio de doenças metabólicas
Rastreio neonatal (rastreio de doenças metabólicas)
Deve ser realizado entre o 3º e 6º dia de vida (após 48 de alimentação)
A colheita deverá, no entanto, ser sempre executada, mesmo que tardiamente
Rastreio neonatal – doenças pesquisadas
Hipotiroidismo Congénito
Fibrose Quística
Doenças Hereditárias do Metabolismo
- Aminoacidopatias
* Fenilcetonúria (PKU) / Hiperfenilalaninemias
* Tirosinemia Tipo I
* Tirosinemia Tipo II
* Leucinose (MSUD)
* Citrulinemia Tipo I
* Acidúria Arginino-Succínica
* Hiperargininemia
* Homocistinúria Clássica
* Hipermetioninemia (Déf. MAT)
- Acidúrias Orgânicas
* Acidúria Propiónica (PA)
* Acidúria Metilmalónica (MMA, Mut-)
* Acidúria Isovalérica (IVA)
* Acidúria 3-Hidroxi-3-Metilglutárica (3-HMG)
* Acidúria Glutárica Tipo I (GA I)
* 3-Metilcrotonilglicinúria (Déf. 3-MCC)
* Acidúria Malónica
- Doenças Hereditárias da ß-oxidação Mitocondrial dos Ácidos Gordos
* Def. da Desidrogenase dos Ácidos Gordos de Cadeia Média (MCADD)
* Def. da Desidrogenase dos Ácidos Gordos de Cadeia Muito Longa
(VLCADD)
* Def. da Desidrogenase de 3-Hidroxi-Acil-CoA de Cadeia Longa
(LCHADD)/TFP
* Def. em Carnitina-Palmitoil Transferase I (CPT I)
* Def. em Carnitina-Palmitoil Transferase II (CPT II)/CACT
* Def. Múltipla das Acil-CoA Desidrogenases dos Ácidos Gordos
(Acidúria Glutárica Tipo II)
* Def. Primária em Carnitina (CUD)
Consulta do Recém-nascido - amamentação
Promover amamentação até pelo menos aos 2 anos, em exclusivo até aos 6 meses
Contra-indicações temporárias à amamentação
Existem certas situações em que as mães não devem
amamentar os seus bebés, até essas mesmas situações estarem resolvidas. Mãe com:
- varicela,
- herpes com lesões mamárias,
- tuberculose não tratada ou ainda quando tenham de efetuar uma medicação imprescindível,
- brucelose
- necessidade de tomar certos fármacos
Durante este período de tempo, os bebés devem ser
alimentados com leite artificial por copo ou colher, e a
produção de leite materno deverá ser estimulada
Contra-indicações definitivas à amamentação
As contra-indicações definitivas do aleitamento
materno não são muito frequentes, mas existem
- mães infetadas pelo vírus da imunodeficiência
humana (VIH),
- mães infetadas pelo vírus HTLV 1ou 2
- mãe a utilizar drogas ilícitas
- bebé com com doenças metabólicas raras como a
fenilcetonúria e a galactosemia
Avaliação do recém-nascido - observação geral
Procurar traços dismórficos
Um recém-nascido de termo deve:
- Apresentar pele rosada
- Ter os braços e pernas em flexão no repouso
- Chorar vigorosamente quando estimulado
- Movimentar todas as extremidades igualmente
Avaliação do recém-nascido - sinais vitais normal
FC normal - 120 a 160 bpm (pode diminuir durante o sono)
FR normal - 40 a 60 cpm
PAS normal - 60 a 90 mmHg (varia com a IG)
Temperatura normal - 36,5 a 37,5ºC (muita roupa pode aumentar a temperatura, medir novamente depois; pouca roupa pode diminuir a temperatura, mas também pode significar infeção ou anormalidade metabólica ou de eletrólitos)
Peso normal
- feminino: 3,5 kg (2,8 a 4 kg)
- masculino: 3,6 kg (2,9 a 4,2 kg)
Comprimento normal
- 51 cm (48 a 53 cm)
Perímetro cefálico
- 35 cm (33 a 37 cm)
Avaliação do recém-nascido - peso: RN pequeno para a IG
RN pequeno para a idade gestacional - peso ao nascer estiver < percentil 10 (causas:
exposição crónica a drogas ou tabaco, infecção do grupo TORCH, doença metabólica ou
cromossómica (S. Turner, trissomias…) - podem ter dismorfias associadas ou só ser constitucionalmente pequenos
Avaliação do recém-nascido - peso: RN grande para a IG
RN grande para a idade gestacional - peso ao nascer estiver acima do percentil 90 (causas: diabetes gestacional, síndromes metabólicos ou genéticos, como síndrome de BeckwithWiedemann)
Avaliação do recém-nascido - peso: perda
É normal ocorrer perda ponderal de 7-10% do peso de nascimento - deve ser recuperado em 10 a 14 dias de vida
Avaliação do recém-nascido - cabeça: perímetro cefálico
RN de 40 semanas → perímetro cefálico (PC) médio de de 35 cm
Avaliação do recém-nascido - cabeça: microcefalia
Microcefalia (PC < percentil 2 ou < 2 desvios-padrão da média) - malformação do sistema nervoso central (por exemplo, holoprosencefalia, defeito do tubo neural); infeção (por exemplo, toxoplasmose, CMV); síndrome genética (por exemplo, trissomia 13 e síndrome 18, síndrome alcoólica fetal)
Avaliação do recém-nascido - cabeça: macrocefalia
Macrocefalia (PC > percentil 98 ou > 2 desvios padrão da média) – hereditário; distúrbio do sistema nervoso central (por exemplo, hidrocefalia, tumor cerebral) → pode ser necessário exame de imagem
Avaliação do recém-nascido - cabeça: fontanelas e suturas
Palpar com RN em posição ortostática! (em pé)
Fontanela anterior - 3 a 6 cm de diâmetro geralmente fecha entre os 10 e os 24 meses
- se estiver aumentada: aumento da pressão intra-craniana, S. Down, hipofosfatémia, hipotiroidismo congénito
Fontanela posterior - 1 a 1,5 cm de diâmetro
- encerramento por volta
dos 2 meses
Avaliação do recém-nascido - Cabeça: assimetrias
A maioria das assimetrias está relacionada com pressões pré-natais e resolvem espontaneamente nos primeiros meses de vida
Avaliação do recém-nascido - Cabeça: fusão prematura das suturas
Craniossinostose: 1 em cada
1.000 RN
Limitação do crescimento do crânio numa direção perpendicular à sutura, enquanto o crescimento pode continuar em outras direções
Cerca de 20% dos casos: mutações num gene específico ou anormalidades cromossómicas!
Novo Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil (PNSIJ)
O novo Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil (PNSIJ) entrou em vigor a 1 de Junho de 2013, substituindo o Programa-tipo de Actuação em Saúde Infantil e Juvenil, Orientação Técnica nº12, 2ª
edição de 2005
Principais alterações do novo Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil
Alteração na cronologia das consultas referentes a idades-chave da vigilância
Adoção das curvas de crescimento da Organização Mundial da Saúde (OMS)
Novo enfoque nas questões relacionadas com o desenvolvimento infantil, as perturbações emocionais e do comportamento e os maus tratos
Principais alterações do novo Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil - alteração na cronologia das consultas referentes a idades-chave da vigilância
Adequar a prestação de cuidados com o mínimo de deslocações aos serviços de saúde. Novas consultas introduzidas: 5 anos, com o objetivo de avaliar da existência de competências para o início da aprendizagem; 6/7 anos, para deteção precoce de dificuldades específicas de
aprendizagem; 10 anos, para preparar o início da puberdade e a entrada para o 5.º ano de
escolaridade
As idades referidas não são rígidas, fazendo exames de saúde oportunistas reduz-se o número de deslocações e alarga-se o número de crianças vigiadas com regularidade. Deverá adequar-se a casos particulares, podendo ser introduzidas, ou eliminadas, consultas em momentos
especiais do ciclo de vida das famílias (ex. doença grave, luto, separações, aumento da fratria)
Principais alterações do novo Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil - adoção das curvas de crescimento da Organização Mundial da Saúde (OMS)
Adoção das curvas da OMS do estudo multicêntrico World Health Organization (WHO)
Multicenter Growth Reference Study, realizado entre 1997 e 2003, atendendo à metodologia
utilizada na sua construção e à possibilidade de aplicação universal
Principais alterações do novo Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil - novo enfoque nas questões relacionadas com o desenvolvimento infantil, as perturbações emocionais e do comportamento e os maus tratos
O desenvolvimento psicomotor é um processo dinâmico e contínuo. A avaliação do
desenvolvimento permite identificar precocemente as perturbações psicomotoras, adequando as intervenções necessárias
Estima-se que 10 a 20% das crianças tenham um ou mais problemas de saúde mental. A
Consulta de Vigilância de Saúde Infantil e Juvenil é uma oportunidade privilegiada na atuação de triagem, avaliação, intervenção e orientação nestas situações problemáticas
Em situações de risco, ocorrência de maus tratos ou presença de necessidades de saúde especiais, os serviços de saúde devem desenvolver estratégias de intervenção, em articulação com a Acção de Saúde Crianças e Jovens em Risco, o Programa Nacional Saúde Escolar e o Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância, entre outros
9 linhas de atuação do PNSIJ
- Calendarização das consultas para idades-chave, correspondentes a acontecimentos importantes
na vida do bebé, da criança ou do adolescente, tais como as etapas do desenvolvimento físico, psicomotor, cognitivo e emocional, a socialização, a alimentação e a escolaridade - Harmonização destas consultas com o esquema cronológico preconizado no novo Programa Nacional de Vacinação (PNV), de modo a reduzir o número de deslocações aos serviços de saúde
- Valorização dos cuidados antecipatórios como fator de promoção da saúde e de prevenção da doença, nomeadamente facultando aos pais e outros cuidadores, os conhecimentos necessários ao
melhor desempenho, no que respeita à promoção e proteção dos direitos da criança e ao exercício da parentalidade, em particular no domínio dos novos desafios da saúde - Neste âmbito, e face aos movimentos antivacinais emergentes, o reincentivo ao cumprimento do PNV, preservando o adequado estado vacinal das crianças, jovens e população em geral, afigura-se crucial
- Também o investimento na prevenção das perturbações emocionais e do comportamento constitui
uma prioridade no mesmo domínio - Deteção precoce, acompanhamento e encaminhamento de situações que possam afetar negativamente a saúde da criança e que sejam passíveis de correção
- Apoio à responsabilização progressiva e à autodeterminação em questões de saúde das crianças e dos jovens
- Trabalho em equipa, como forma de responder à complexidade dos atuais problemas e das
necessidades em saúde que requerem, de modo crescente, atuações multiprofissionais e
interdisciplinares - Articulação efetiva entre estruturas, programas e projetos, dentro e fora do setor da saúde, que contribuam para o bem-estar, crescimento e desenvolvimento das crianças e jovens
10 objetivos dos exames de saúde
- Avaliar o crescimento e desenvolvimento e registar os dados obtidos, nos suportes próprios, nomeadamente no Boletim de Saúde Infantil e Juvenil (BSIJ) ou no eBoletim
- Estimular a opção, sempre que possível, por comportamentos promotores de saúde, entre os quais
os relacionados com:
* A nutrição, adequada às diferentes idades e às necessidades individuais, promovendo comportamentos alimentares equilibrados;
* A prática regular de exercício físico; o brincar, e outras atividades de lazer em espaços livres e ambientes despoluídos; a gestão do stress;
* A prevenção de consumos nocivos;
* A adoção de medidas de segurança, reduzindo o risco de acidentes - Promover:
* A imunização contra doenças transmissíveis, conforme o PNV;
* A saúde oral;
* A prevenção das perturbações emocionais e do comportamento;
* A prevenção dos acidentes e intoxicações;
* A prevenção dos maus tratos;
* A prevenção dos riscos decorrentes da exposição solar inadequada;
* O aleitamento materno - Detetar precocemente e encaminhar situações que possam comprometer a vida ou afetar a qualidade de vida da criança e do adolescente, tais como: malformações congénitas – doença luxante da anca, cardiopatias congénitas, testículo(s) não descido(s), perturbações da visão,
audição e linguagem, perturbações do desenvolvimento estaturo-ponderal e psicomotor, problemas dentários, alterações neurológicas, alterações do comportamento e do foro emocional e relacional - Prevenir, identificar e saber como abordar as doenças comuns nas várias idades, nomeadamente
reforçando o papel dos pais e outros cuidadores, alertando para os sinais e sintomas que
justificam o recurso aos diversos serviços de saúde - Sinalizar e proporcionar apoio continuado às crianças com doença crónica/deficiência e às suas famílias, bem como promover a eficaz articulação com os vários intervenientes na prestação de cuidados a estas crianças
- Assegurar a realização do aconselhamento genético, sempre que tal esteja indicado, quer para os progenitores, quer para os adolescentes, se necessário, através da referenciação para serviços
especializados - Identificar, apoiar e orientar as crianças e famílias vítimas de maus tratos e de violência, tais
como: negligência, maus tratos físicos, psicológicos, abuso sexual, bullying, práticas tradicionais lesivas, nomeadamente a mutilação genital feminina - Promover o desenvolvimento pessoal e social e a autodeterminação das crianças e dos jovens, com progressiva responsabilização pelas escolhas relativas à saúde, prevenindo situações
disruptivas ou de risco acrescido e promovendo a equidade de género - Apoiar e estimular o exercício adequado das responsabilidades parentais e promover o bem-estar
familiar e em outros ambientes específicos
Periodicidade do PNSIJ
PRIMEIRO ANO DE VIDA:
* 1.ª semana de vida
* 1 mês
* 2 meses (M)
* 4 M
* 6 M
* 9 M
1 – 3 A:
* 12 M
* 15 M
* 18 M
* 2 A
* 3 A
4 – 9 A:
* 4 A
* 5 A – Exame global de saúde (avaliar existência de competências para o início da aprendizagem)
* 6 ou 7 A (final 1º ano de escolaridade: deteção
precoce dificuldades específicas aprendizagem)
* 8 A
10 – 18 A:
* 10 A (ano do início do 2º ciclo do ensino básico:
preparar o início da puberdade e a entrada para o 5.º ano de escolaridade)
* 12 /13 A – Exame global de saúde
* 15 /18 A
6 conteúdos a avaliar em todas as consultas
- Preocupações dos pais, ou do próprio, no que diz respeito à saúde;
- Intercorrências desde a consulta anterior, frequência de outras consultas e medicação em curso;
- Frequência e adaptação ao infantário, ama, ATL e escola;
- Hábitos alimentares, prática de atividades desportivas ou culturais e ocupação de tempos livres;
- Dinâmica do crescimento e desenvolvimento, comentando a evolução das curvas de crescimento e os aspetos do desenvolvimento psicossocial;
- Cumprimento do calendário vacinal, de acordo com o PNV
Cuidados antecipatórios - em geral
Os temas a abordar em cada idade chave poderão ser abordados individualmente ou em grupo, em diferentes contextos, nomeadamente nas atividades a desenvolver, por exemplo, na sala de espera – distribuição de material informativo – e em sessões de informação/educação para a saúde dirigidas aos pais ou outros prestadores de cuidados
Algumas destas ações poderão ser dinamizadas pela Saúde Escolar, envolvendo ativamente as crianças, jovens e famílias
Avaliação da dinâmica familiar e da rede de suporte sociofamiliar
A avaliação da dinâmica familiar e da rede de suporte sociofamiliar deve fazer parte das preocupações de toda a equipa de saúde, sempre que se contacta com a criança/jovem/família. No
primeiro ano de vida há que prestar uma especial atenção ao estado emocional da mãe (pelo risco de depressão pós-parto) ou do principal cuidador, encaminhando precocemente os casos identificados que poderão interferir no desenvolvimento da criança
Consultas de adolescentes
Nas consultas de adolescentes, há que facilitar a acessibilidade e assegurar a privacidade e
confidencialidade, permitindo, aos que o desejem, o atendimento a sós
Parâmetros a avaliar na 1ª consulta
Peso
Comprimento/ altura
IMC
Perímetro cefálico
Exame físico
Coração
Anca/marcha
Visão
Audição
Desenvolvimento
Vacinação
Relação emocional/comportamento (perturbações)
Risco de maus tratos
Segurança do ambiente
Parâmetros a avaliar na consulta de 1 mês
Peso
Comprimento/altura
IMC
Perímetro cefálico
Exame físico
Coração
Anca/marcha
Visão
Audição
Desenvolvimento
Vacinação
Relação emocional/comportamento (perturbações)
Risco de maus tratos
Segurança do ambiente
Parâmetros a avaliar na consulta dos 2 meses
Peso
Comprimento/altura
IMC
Perímetro cefálico
Exame físico
Anca/marcha
Visão
Audição
Desenvolvimento
Vacinação
Relação emocional/comportamento (perturbações)
Risco de maus tratos
Segurança do ambiente
Parâmetros a avaliar na consulta dos 4 meses
Peso
Comprimento/altura
IMC
Perímetro cefálico
Exame físico
Audição
Desenvolvimento
Vacinação
Relação emocional/comportamento (perturbações)
Risco de maus tratos
Segurança do ambiente