MGF1 - Fim de vida (terminado) Flashcards

1
Q

Definição de dor crónica no idoso

A

Duração ≥ 3 meses

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2
Q

Dor crónica no idoso - etiologia

A

Etiologia multifatorial

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3
Q

Dor crónica no idoso - manifestações

A

Alterações do humor

Insónia

Isolamento

Anorexia

Instabilidade da marcha

Quedas

Perda de capacidade funcional

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4
Q

Dor crónica no idoso - alterações farmacocinéticas e farmacodinâmicas

A

Alteração na absorção e depuração

Polimedicação

Risco de interações medicamentosas

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5
Q

Caraterização da dor crónica no idoso: história clínica

A

Localização e irradiação

Intensidade

Caráter ou qualidade

Duração

Frequência

Desencadeantes

Agravantes e aliviantes

Implicações nas AVDs

Sintomas associados

Impacto emocional e socioeconómico

Terapêuticas realizadas e efeito

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6
Q

Avaliação comportamental da dor na pessoa idosa

A

Escala Doloplus
- repercussão somática: queixas somáticas, posições antálgicas em repouso, proteção de zonas dolorosas, expressão facial, sono
- repercussão psicomotora: higiene e/ou vestir, movimento
- repercussão psicossocial: comunicação, vida social e alterações do comportamento

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7
Q

Escala Doloplus - repercussão somática: queixas somáticas

A

Ausência de queixas

Queixas apenas quando há solicitação

Queixas espontâneas ocasionais

Queixas espontâneas contínuas

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8
Q

Escala Doloplus - repercussão somática: posições antálgicas em repouso

A

Ausência d e posição antálgica

O indivíduo evita certas posições de forma ocasional

Posição antálgica permanente e eficaz

Posição antálgica permanente e ineficaz

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9
Q

Escala Doloplus - repercussão somática: proteção de zonas dolorosas

A

Ausência de proteção

Proteção quando há solicitação, não impedindo o prosseguimento do exame ou dos cuidados

Proteção quando há solicitação, impedindo qualquer exame ou cuidados

Proteção em repouso, na ausência de qualquer solicitação

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10
Q

Escala Doloplus - repercussão somática: expressão facial

A

Mímica habitual

Mímica que parece exprimir dor quando há solicitação

Mímica que parece exprimir dor na ausência de qualquer solicitação

Mímica inexpressiva em permanência e de forma não habitual (átona, rígida, olhar vazio)

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11
Q

Escala Doloplus - repercussão somática: sono

A

Sono habitual

Dificuldade em adormecer

Despertar frequente (agitação motora)

Insónia com repercussão nas fases de despertar

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12
Q

Escala Doloplus - repercussão psicomotora: higiene e/ou vestir

A

Capacidades habituais conservadas

Capacidades habituais pouco diminuídas (com precaução mas completas)

Capacidades habituais muito diminuídas, higiene e/ou vestir difíceis e parciais

Higiene e/ou vestir impossíveis: o doente exprime a sua oposição a qualquer tentativa

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13
Q

Escala Doloplus - repercussão psicomotora: movimento

A

Capacidades habituais conservadas

Capacidades habituais ativas limitadas (o doente evita certos movimentos, diminui o seu perímetro de marcha)

Capacidades habituais ativas e passivas limitadas (mesmo ajudado, o doente diminui os seus movimentos)

Movimento impossível; qualquer mobilização suscita oposição

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14
Q

Escala Doloplus - repercussão psico-motora: comunicação

A

Sem alteração

Intensificada (o indivíduo chama a atenção de modo não habitual)

Diminuída (o indivíduo isola-se)

Ausência ou recusa de qualquer comunicação

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15
Q

Escala Doloplus - repercussão psico-motora: vida social

A

Participação habitual nas diferentes atividades (refeições, atividades recreativas, ateliers terapêuticos)

Participação nas diferentes atividades apenas quando há solicitação

Recusa parcial de participação nas diferentes atividades

Recusa de qualquer tipo de vida social

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16
Q

Escala Doloplus - repercussão psico-motora: alterações do comportamento

A

Comportamento habitual

Alterações do comportamento quando há solicitação e repetidas

Alterações do comportamento quando há solicitação e permanentes

Alterações do comportamento permanentes (sem qualquer solicitação)

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17
Q

Dor crónica no idoso – dor neuropática: questionário para rastreio

A

DN4

. Pergunta 1 - a dor apresenta uma, ou mais, das caraterísticas seguintes: queimadura, sensação de frio doloroso e choques elétricos

. Pergunta 2 - na mesma região da dor, sente também um ou mais dos seguintes sintomas: formigueiro, picadas, dormência, comichão

. Pergunta 3 - a dor está localizada numa zona onde o exame físico evidencia: hipoestesia ao tato, hipoestesia à picada

. Pergunta 4 - a dor é provocada ou aumentada por: fricção leve (brushing)

Score >= 4 é sugestivo de dor neuropática

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18
Q

Dor crónica – Mecânica: caraterísticas gerais

A

A dor intensifica-se durante o dia e com a realização de atividades de sobrecarga articular

Melhora com o repouso

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19
Q

Dor crónica - ritmo inflamatório: caraterísticas gerais

A

A dor é mais intensa de manhã, diminuindo ao longo do dia, mas agravando-se ao meio da tarde

Durante a noite a dor exacerba-se, acordando o doente

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20
Q

Dor crónica – Mecânica: caraterísticas

A

Rigidez matinal inferior a 30 minutos

Sem fadiga

Atividade: aumenta a dor

Repouso: diminui a dor

Tumefação + (óssea)

Crepitações grosseiras

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21
Q

Dor crónica - inflamatória: caraterísticas

A

Rigidez matinal - superior a 30 minutos

Fadiga +++

Atividade: diminui dor

Repouso: aumenta dor

Tumefação + (derrame e hipertrofia sinovial)

Crepitações finas

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22
Q

Dor crónica no idoso – terapêutica não farmacológica

A

Exercício

Aplicação local de calor ou frio

Massagem

Diatermia ou ultrassons

Imobilização

Cirurgia

Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS)

Educação do doente e do cuidador

Estratégias cognitivas

Distração

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23
Q

Dor crónica no idoso – terapêutica farmacológica: escolha do fármaco

A

Escolha do fármaco:
▪ Etiologia da dor;
▪ Intensidade da dor;
▪ Resposta prévia a
analgésicos;
▪ Função hepática e renal

Começar devagar e ir devagar!

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24
Q

Dor crónica no idoso – terapêutica farmacológica: degraus

A

Degrau 1 - dor ligeira

Degrau 2 - dor moderada

Degrau 3 - dor intensa

Degrau 4 - dor refratária ao tratamento

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25
Q

Dor crónica no idoso – terapêutica farmacológica: degrau 1

A

Dor ligeira

  • Analgésicos não opióides
  • Paracetamol
  • AINEs
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26
Q

Dor crónica no idoso – terapêutica farmacológica: degrau 2

A

Dor moderada

  • Opióides fracos (Codeína; Tramadol) + analgésicos não
    opióides
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27
Q

Dor crónica no idoso – terapêutica farmacológica: degrau 3

A

Dor intensa

Opióides fortes (Morfina; Tapentadol; Oxicodona; Hidromorfona; Buprenorfina; Fentanilo) + analgésicos não
opióides

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28
Q

Dor crónica no idoso – terapêutica farmacológica: degrau 4

A

Dor refratária ao tratamento

Técnicas invasivas (analgésicos por via espinhal, bloqueios nervosos)
+
Opioides fortes
Opioides fracos
Paracetamol
AINE

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29
Q

Dor crónica no idoso – terapêutica farmacológica: adjuvantes em qualquer degrau

A

Relaxantes musculares, Corticoterapia, Lidocaína e Capsaicina tópicas, Venlafaxina e Duloxetina, Pregabalina e Gabapentina, Amitriptilina e Nortriptilina

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30
Q

Dor crónica no idoso – Paracetamol: papel

A

Tem um papel importante na analgesia multimodal, e apresenta um perfil de seguranca excelente, com
poucas interações farmacológicas

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31
Q

Dor crónica no idoso – Paracetamol: efeito

A

Analgésico de eleição para dor músculo‐esquelética ligeira e moderada com pico plasmático aos 30-60 minutos

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32
Q

Dor crónica no idoso – Paracetamol: efeitos adversos

A

O efeito adverso mais importante e a hepatotoxicidade, com queixas de náuseas e vómitos nas primeiras horas, dores abdominais e falência renal com oligúria em 24 e 48 horas

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33
Q

Dor crónica no idoso – Paracetamol: dose máxima

A

Dose máxima em adultos saudáveis: 4g/dia

Algumas exceções: Cirrose; debilidade; desnutrição; abuso crónico de álcool; anticoagulantes
cumarínicos → 2g/dia

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34
Q

Dor crónica no idoso – AINEs: regras na prescrição

A

Prescrição deve ter em conta perfil de risco. Não deve ser utilizado mais que um AINE em simultâneo

Só deverão ser usados durante curtos períodos, durante uma crise de dor

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35
Q

Dor crónica no idoso – AINEs: inibição da COX-1 (efeitos adversos)

A

Cardiovascular +

Gastrointestinal +++

Renal ++

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36
Q

Dor crónica no idoso – AINEs: inibição da COX-2 (efeitos adversos)

A

Cardiovascular +++

Gastrointestinal +

Renal ++

37
Q

Dor crónica no idoso – AINEs: toxicidade GI

A

Toxicidade GI: dispepsia, náuseas, vómitos, epigastralgias, úlceras pépticas e hemorragias GI

38
Q

Dor crónica no idoso – AINEs: ordenação de acordo com a segurança

A

De mais seguro para mais perigoso:
ibuprofeno
diclofenac
naproxeno
cetoprofeno
indometacina
piroxicam

39
Q

Dor crónica no idoso – AINEs: se elevador risco de eventos cardiovasculares

A

Nos doentes com elevado risco de eventos cardiovasculares, incluindo pessoas com eventos prévios, o AINE preferencial deverá ser o naproxeno

40
Q

Dor crónica no idoso – fármacos adjuvantes: anticonvulsivantes

A

Gabapentina e a pregabalina estão aprovadas para o tratamento da dor persistente.

41
Q

Dor crónica no idoso – fármacos adjuvantes: anticonvulsivantes (pregabalina)

A

Dose inicial - 50 mg por dia (2x dia)

Dose máxima - 600 mg por dia

42
Q

Dor crónica no idoso – fármacos adjuvantes: anticonvulsivantes (gabapentina)

A

Dose inicial - 300 mg / dia (3x dia)

Dose máxima - 3600 mg / dia

43
Q

Dor crónica no idoso – fármacos adjuvantes: anticonvulsivantes (particularidade nos idosos)

A

Em idosos devem ser iniciados em doses mais baixas e com titulações mais lentas do que nos adultos
jovens (sugere-se aumento de dose de 7 em 7 dias), pelo potencial de efeitos secundários aumentados
nos idosos, nomeadamente as vertigens, a disforia e as alterações cognitivas

44
Q

Dor crónica no idoso – fármacos adjuvantes: antidepressivos

A

Antidepressivos de duplo mecanismo (particularmente a duloxetina) estão aprovados para tratamento da dor (e depressão, sobretudo com somatização) – efeito analgésico ocorre por volta do 3.º e 7.º dia

1ª Linha no tratamento da Neuropatia Diabética Dolorosa

45
Q

Dor crónica no idoso – fármacos adjuvantes: antidepressivos tricíclicos

A

Antidepressivos tricíclicos: boas opções no tratamento da dor cronica, mas apresentam vários efeitos
laterais, devido a sua inespecificidade (bloqueiam vários receptores, podendo causar boca seca, confusão,
visão turva, taquicárdia, obstipação, retenção urinária, vertigens e hipotensão ortostática)

Não devem ser usados nos casos de glaucoma de ângulo fechado e HBP. Evitar nos idosos

A nortriptilina é menos propensa a desencadear hipotensão ortostática nos idosos

46
Q

Dor crónica no idoso – Fármacos adjuvantes: corticosteróides

A

Dor nociceptiva óssea (metastática) e dor neuropática

Têm como potenciais efeitos adversos alterações neuropsíquicas, hiperglicemia e retenção de líquidos

Não devem ser administrados de uma forma crónica por poderem desencadear HTA, osteoporose, miopatia, aumento do risco de infeção, toxicidade GI e efeito neuropsicológico tardio

47
Q

Dor crónica no idoso – Fármacos adjuvantes: lidocaína tópica

A

Usada nos casos de dor neuropática periférica localizada – pex neuropatia herpética e alodinia

48
Q

Dor crónica no idoso – opióides

A

Idosos têm uma maior sensibilidade à ação dos opióides tanto na sua vertente terapêutica‐analgesia,
como na sua vertente iatrogénica‐sedação e outras reações secundárias. Esta maior sensibilidade é
independente das alterações farmacocinéticas relacionadas com a idade

Semi‐vida de eliminação da morfina, fentanilo e remifentanilo é reduzida no idoso

Petidina não aconselhável no idoso – acumula-se no organismo

49
Q

Dor crónica no idoso – efeitos secundários frequentes

A

Efeitos secundários frequentes: náuseas, vómitos e obstipação (considerar prescrição com opióide de
laxante osmótico ou estimulante direto; não se desenvolve tolerância) e anti-emético durante 3-5 dias
(desenvolve-se tolerância)

Prurido e a mioclonia tratam‐se, respetivamente, com anti‐histamínicos e clonazepam

50
Q

Dor crónica no idoso – opióides: dose de resgate

A

Disponibilizar 1/6 da dose diária total do opioide como dose de resgate/dor irruptiva

51
Q

Dor crónica no idoso – opióides: codeína

A

Dose inicial: 30 a 60 mg; 4-6 horas

Tempo de concentração máxima - 2 horas

Efeitos nos idosos: obstipação acentuada
- iniciar precocemente uso de laxantes

52
Q

Dor crónica no idoso – opióides: codeína (2 considerações)

A

Analgésico e antitússico

Efeitos no SNC – letargia, tonturas, sonolência

53
Q

Dor crónica no idoso – opióides: tramadol

A

Dose inicial - 50 a 100 mg; 6-8 horas

Tempo de concentração máxima - 2 horas

Efeitos nos idosos: sedação, depressão do centro respiratório, cardiotoxicidade

Doentes com mais de 75 anos e ou insuficiência renal, o tramadol apresenta semivida aumentada, pelo que deve iniciar com doses baixas e aumentar gradualmente com doses baixas

54
Q

Dor crónica no idoso – opióides: tramadol (efeitos laterais)

A

Efeitos laterais: sonolência, obstipação, tonturas, náuseas, hipotensão ortostática

São dose dependentes

Pode exacerbar distúrbios
cognitivos e da marcha em idosos

55
Q

Dor crónica no idoso – opióides: morfina

A

Dose inicial - 10 a 30 mg; 4-6 horas

Tempo concentração máxima: 20 a 120 minutos

Efeitos nos idosos - grande sensibilidade aos efeitos secundários
- iniciar com doses baixas, antecipar e prevenir efeitos secundários

Sem teto de dose

56
Q

Dor crónica no idoso – opióides: hidromorfona (“técnica oros”)

A

Dose inicial - 8 a 24 mg/ 24h

Tempo de concentração máxima - 6 a 8 horas

Efeitos nos idosos - precaução com os efeitos colaterais

Dose inicial reduzida

Atenção aos insuficientes renais

Sem teto de dose

57
Q

Dor crónica no idoso – opióides: fentanilo

A

Dose inicial - > 25 mcg/h

Tempo de concentração máxima: 8 a 12 horas

Efeitos nos idosos: formulação TD de uso a cada 72 horas (3 dias)

Não recomendado em doentes não habituados a opióides

Iniciar precocemente uso de laxantes

Sem teto de dose

Formulação de ação rápida: stick

58
Q

Dor crónica no idoso – opióides: buprenorfina

A

Dose inicial: > 35 mcg/h

Tempo de concentração máxima: 8-12 horas

Efeitos nos idosos: formulação TD de uso a cada 84 horas (3,5 dias)

Não recomendado em doentes não habituados a opióides

Iniciar precocemente uso de laxantes

Sem teto de dose

Formulação de ação rápida: stick

59
Q

Dor crónica no idoso – oxicodona

A

Existe em combinação com a naloxona para minimizar obstipação

60
Q

Dor crónica no idoso – tapentadol

A

Mecanismo dual de ação: potente agonista dos recetores μ opióides; inibição da recaptação da noradrenalina

Menos efeitos GI e obstipação

Sem necessidade de ajuste de dose para TFG≥ 30 ml/min/m2

61
Q

Dor crónica no idoso – nas conversões entre opióides é recomendada…

A

Nas conversões entre opióides é recomendada uma redução de 30% na dose equianalgésica prevista

62
Q

Cuidados em Fim de Vida - identificação precoce

A
  • Perda ponderal, fadiga crescente, anorexia, diminuição/perda da vida de
    relação
  • Diminuição da consciência, agitação, respiração ruidosa
  • Monitorização a cada 24h
  • Investigação diagnóstica nesta fase não é geralmente necessária
  • Rever necessidades fisiológicas, psicológicas, sociais e espirituais
63
Q

Cuidados em Fim de Vida - partilhar prognóstico e individualizar cuidados

A
  • Avaliar o que a pessoa quer saber e quem quer envolvido nas decisões sobre o seu plano de cuidados;
  • Plano de cuidados deve incluir os atuais, antecipar necessidades e local/contexto preferido para estabelecimento do plano de cuidados e morte
64
Q

Cuidados em Fim de Vida - partilhar decisões sobre plano de cuidados

A

Diretivas antecipadas de vontade

65
Q

Cuidados em Fim de Vida - organizar acesso aos serviços/cuidados necessários

A

Cuidados domiciliários, refeições, cuidados durante a noite; assistência por
parte de organizações/voluntários; equipamentos

66
Q

Cuidados em Fim de Vida - monitorização da hidratação e sintomas relacionados

A
  • Capacidade de deglutição;
  • Hidratação assistida pode aliviar sintomas de desidratação, mas pode agravar outros problemas, pelo que é incerto que prolongue a vida
67
Q

Cuidados em Fim de Vida - rever medicação e individualizar controlo de sintomas

A

Balanço entre controlo de sintomas e efeitos laterais;

Preferir via subcutânea à intramuscular → se necessárias mais de 2-3 doses
de medicação injetável/dia, considerar bomba perfusora

68
Q

Cuidados em Fim de Vida - controlo da dor

A

.

69
Q

Cuidados em Fim de Vida - avaliar e controlar dispneia

A

Identificar possíveis causas;

Medidas não farmacológicas: abrir janela; posição de alívio;

Considerar opióide e/ou BZD

70
Q

Cuidados em Fim de Vida - avaliar náuseas e vómitos

A

Considerar possíveis causas: fármacos; alterações eletrolíticas; obstipação;
obstrução intestinal

1.ª linha: metoclopramida

Baixas doses de levomepromazina ou haloperidol também podem ser eficazes

Butilescopalamina para os distúrbios intestinais obstrutivos

71
Q

Cuidados em Fim de Vida - avaliar ansiedade, delirium ou agitação

A

Avaliar possíveis causas: retenção urinária; obstipação

Considerar trial com BZD para a ansiedade ou antipsicótico para delirium

72
Q

Cuidados em Fim de Vida - avaliar secreções respiratórias

A

Posicionamento adequado;

Butilescopalamina; brometo de glicopirronio;

Monitorizar melhoria

73
Q

Distanásia - definição

A

Obstinação terapêutica, em que se prolonga a vida, sem
esperança de recuperação, e o inerente sofrimento do doente e familiares, é igualmente condenada

Aplicação de tratamentos
fúteis e desproporcionados que originam sofrimento

74
Q

Dor crónica no idoso – opióides: principais doses equianalgésicas

A

morfina oral 40 mg = tapentadol oral 100 mg = oxicodona oral 20 mg = tramadol oral 200 mg = hidromorfona oral 8 mg = morfina subcutânea 20 mg = fentanilo TD 12,5

morfina oral 80 mg = tapentadol oral 200 mg = oxicodona oral 40 mg = tramadol oral 400 mg = hidromorfona oral 16 mg = morfina subcutânea 40 mg = fentanilo TD 25 = buprenorfina TD 35

morfina oral 120 mg = tapentadol oral 300 mg = oxicodona oral 60 mg = hidromorfona oral 24 mg = morfina EV 40 mg = morfina subcutânea 60 mg = tramadol EV/subcutâneo 400 mg = fentanilo TD 25 = buprenorfina TD 52,5

morfina oral 160 mg = tapentadol oral 400 mg = oxicodona oral 80 mg = hidromorfona oral 32 mg = morfina subcutânea 80 mg = fentanilo TD 50 = buprenorfina TD 70

morfina oral 200 mg = tapentadol oral 500 mg = oxicodona oral 100 mg = hidromorfona oral 40 mg = morfina subcutânea 100 mg = fentanilo TD 50 = buprenorfina TD 70

75
Q

Dor neuropática periférica do diabético - tratamento

A

Fármacos de primeira linha (em monoterapia) (Duloxetina (IRSN)

Segunda linha lidocaína tópica 5%
- Enquanto aguarda consulta especializada da doença de base prescrever fármacos de terceira linha tramadol ou tramadol com paracetamol: na presença de efeitos secundários ou contraindicação ao tramadol prescrever tapentatol
- se adulto com diabetes e dor neuropática localizada:
Capsaícina a 8% (adesivo cutâneo) (Fármaco uso exclusivo hospitalar)

76
Q

Dor neuropática periférica em idoso (idade > 65 anos) com nevralgia pós- herpética (NPH) - tratamento

A

Primeira linha Lidocaína 5% (emplastro com a dimensão adequada à área avaliada

Capsaícina a 8% (adesivo cutâneo) (Fármaco uso exclusivo hospitalar)

77
Q

Dor neuropática periférica em adulto e idoso com nevralgia do Trigémio (NT) - tratamento

A

Carbamazepina e na intolerância, oxcarbazepina em monoterapia

78
Q

Dor neuropática periférica - tratamento

A

Fármacos de primeira linha (em monoterapia) ADT (Amitriptilina, Imipramina, Nortriptilina) Ou IRSN (Duloxetina, Venlaflaxina) Ou anti-epiléticos (Gabapentina ou Pregabalina)
- a pregabalina substitui a gabapentina se houver dificuldade na adesão à terapêutica ou intolerância aos efeitos adversos

Fármacos de segunda linha associação de gabapentinóides a ADT ou IRSN de primeira linha ou associação de ADT ou IRS a gabapentinóides de primeira linha

Enquanto aguarda consulta especializada da doença de base, prescrever fármacos de terceira linha tramadol ou tramadol com paracetamol
- na presença de efeitos secundários ou contraindicação ao tramadol prescrever tapentatol

79
Q

Dor neuropática periférica em adulto com dor neuropática localizada e nevralgia pós-herpética - tratamento

A

Fármacos de primeira linha (em monoterapia) ADT (Amitriptilina, Imipramina, Nortriptilina) Ou IRSN (Duloxetina, Venlaflaxina) Ou anti-epiléticos (Gabapentina ou Pregabalina)

Segunda linha, associação de lidocaína tópica 5%

80
Q

Adulto com neuropatia periférica localizada e neuropatia associada ao VIH - tratamento

A

Fármacos de primeira linha (em monoterapia) ADT (Amitriptilina, Imipramina, Nortriptilina) Ou IRSN (Duloxetina, Venlaflaxina) Ou anti-epiléticos (Gabapentina ou Pregabalina)

Fármaco de segunda linha capsaícina a 8% (adesivo cutâneo) (fármaco uso exclusivo hospitalar)

81
Q

Dor neuropática central por lesão medular - tratamento

A

Fármaco de primeira linha Pregabalina

Fármaco de segunda linha tramadol

82
Q

Dor neuropática central pós-AVC - tratamento

A

Fármacos de primeira linha (em monoterapia) Antidpressivos tricíclicos

83
Q

A avaliação da dor neuropática inclui:

A

A Avaliação da DNe inclui: a utilização da taxonomia relativa à Dne; a sua caracterização e registo em processo clínico, nomeadamente, antes do início do tratamento farmacológico e durante o tratamento (intensidade (escalas de intensidade) localização (local da dor e eventual irradiação), descritores verbais, temporalidade (início, curso, evolução e padrão de ocorrência); fatores de exacerbação e de alívio (farmacológicos e não farmacológicos); comorbilidades (ex. ansiedade, depressão e perturbações do sono); impacte funcional; terapêutica farmacológica prévia e atual

84
Q

Dor neuropática - na consulta de reavaliação…

A

Na consulta de reavaliação clínica, havendo melhoria da sintomatologia, é ponderada a redução gradual da terapêutica instituída, avaliando a de acordo com a avaliação da necessidade da sua manutenção

85
Q

Dor neuropática - avaliação da eficácia do tratamento

A

A avaliação da eficácia do tratamento, entre a 2ª semana e a 4ª semana, inclui: * redução da intensidade da dor de pelo menos, entre 30% a 50% na escala utilizada;
* avaliação da titulação da dosagem;
* tolerabilidade;
* efeitos adversos;
* atividades diárias e participação (ex: autocuidado, tarefas domésticas, mobilidade, condução de veículos);
* humor (depressão e/ou ansiedade);
* qualidade do sono;
* melhoria global referida pela pessoa

86
Q

Dor neuropática - quando referenciar a unidade de dor, a efetivar no prazo máximo de 30 dias?

A

Referenciação a unidade Dor, a efetivar no prazo máximo de 30 dias, o adulto e o idoso com síndrome dor regional complexa tipo I e II e/ou e a mulher grávida.

87
Q

Dor neuropática - quando referenciar a consulta especializada da patologia de base ou unidade de dor, a efetivar no prazo máximo de 60 dias?

A

Referenciação a consulta especializada da patologia de base ou a Unidade Dor, a efetivar no prazo máximo de 60 dias, a pessoa com: dor refratária inferior à redução de 30% (escala numérica de avaliação da dor) ou ainda de intensidade severa; comorbilidades com impacto significativo nas atividades de vida diária; intolerância a tratamento farmacológico instituído; necessidade de titulação rápida de fármacos; com polimedicação e com risco grave de interação farmacológica; diagnóstico não estabelecido; otimização com modalidades não farmacológicas ou de intervenção; neuropatia associada ao vírus da imunodeficiência humana (VIH) ou DNe associada ao cancro

88
Q

Dor neuropática - referenciação a consulta: monitorização

A

Na ausência de alerta informático, o médico prescritor deve monitorizar a realização de consulta especializada, através da programação de nova consulta

89
Q
A