MGF1 - Fim de vida (terminado) Flashcards
Definição de dor crónica no idoso
Duração ≥ 3 meses
Dor crónica no idoso - etiologia
Etiologia multifatorial
Dor crónica no idoso - manifestações
Alterações do humor
Insónia
Isolamento
Anorexia
Instabilidade da marcha
Quedas
Perda de capacidade funcional
Dor crónica no idoso - alterações farmacocinéticas e farmacodinâmicas
Alteração na absorção e depuração
Polimedicação
Risco de interações medicamentosas
Caraterização da dor crónica no idoso: história clínica
Localização e irradiação
Intensidade
Caráter ou qualidade
Duração
Frequência
Desencadeantes
Agravantes e aliviantes
Implicações nas AVDs
Sintomas associados
Impacto emocional e socioeconómico
Terapêuticas realizadas e efeito
Avaliação comportamental da dor na pessoa idosa
Escala Doloplus
- repercussão somática: queixas somáticas, posições antálgicas em repouso, proteção de zonas dolorosas, expressão facial, sono
- repercussão psicomotora: higiene e/ou vestir, movimento
- repercussão psicossocial: comunicação, vida social e alterações do comportamento
Escala Doloplus - repercussão somática: queixas somáticas
Ausência de queixas
Queixas apenas quando há solicitação
Queixas espontâneas ocasionais
Queixas espontâneas contínuas
Escala Doloplus - repercussão somática: posições antálgicas em repouso
Ausência d e posição antálgica
O indivíduo evita certas posições de forma ocasional
Posição antálgica permanente e eficaz
Posição antálgica permanente e ineficaz
Escala Doloplus - repercussão somática: proteção de zonas dolorosas
Ausência de proteção
Proteção quando há solicitação, não impedindo o prosseguimento do exame ou dos cuidados
Proteção quando há solicitação, impedindo qualquer exame ou cuidados
Proteção em repouso, na ausência de qualquer solicitação
Escala Doloplus - repercussão somática: expressão facial
Mímica habitual
Mímica que parece exprimir dor quando há solicitação
Mímica que parece exprimir dor na ausência de qualquer solicitação
Mímica inexpressiva em permanência e de forma não habitual (átona, rígida, olhar vazio)
Escala Doloplus - repercussão somática: sono
Sono habitual
Dificuldade em adormecer
Despertar frequente (agitação motora)
Insónia com repercussão nas fases de despertar
Escala Doloplus - repercussão psicomotora: higiene e/ou vestir
Capacidades habituais conservadas
Capacidades habituais pouco diminuídas (com precaução mas completas)
Capacidades habituais muito diminuídas, higiene e/ou vestir difíceis e parciais
Higiene e/ou vestir impossíveis: o doente exprime a sua oposição a qualquer tentativa
Escala Doloplus - repercussão psicomotora: movimento
Capacidades habituais conservadas
Capacidades habituais ativas limitadas (o doente evita certos movimentos, diminui o seu perímetro de marcha)
Capacidades habituais ativas e passivas limitadas (mesmo ajudado, o doente diminui os seus movimentos)
Movimento impossível; qualquer mobilização suscita oposição
Escala Doloplus - repercussão psico-motora: comunicação
Sem alteração
Intensificada (o indivíduo chama a atenção de modo não habitual)
Diminuída (o indivíduo isola-se)
Ausência ou recusa de qualquer comunicação
Escala Doloplus - repercussão psico-motora: vida social
Participação habitual nas diferentes atividades (refeições, atividades recreativas, ateliers terapêuticos)
Participação nas diferentes atividades apenas quando há solicitação
Recusa parcial de participação nas diferentes atividades
Recusa de qualquer tipo de vida social
Escala Doloplus - repercussão psico-motora: alterações do comportamento
Comportamento habitual
Alterações do comportamento quando há solicitação e repetidas
Alterações do comportamento quando há solicitação e permanentes
Alterações do comportamento permanentes (sem qualquer solicitação)
Dor crónica no idoso – dor neuropática: questionário para rastreio
DN4
. Pergunta 1 - a dor apresenta uma, ou mais, das caraterísticas seguintes: queimadura, sensação de frio doloroso e choques elétricos
. Pergunta 2 - na mesma região da dor, sente também um ou mais dos seguintes sintomas: formigueiro, picadas, dormência, comichão
. Pergunta 3 - a dor está localizada numa zona onde o exame físico evidencia: hipoestesia ao tato, hipoestesia à picada
. Pergunta 4 - a dor é provocada ou aumentada por: fricção leve (brushing)
Score >= 4 é sugestivo de dor neuropática
Dor crónica – Mecânica: caraterísticas gerais
A dor intensifica-se durante o dia e com a realização de atividades de sobrecarga articular
Melhora com o repouso
Dor crónica - ritmo inflamatório: caraterísticas gerais
A dor é mais intensa de manhã, diminuindo ao longo do dia, mas agravando-se ao meio da tarde
Durante a noite a dor exacerba-se, acordando o doente
Dor crónica – Mecânica: caraterísticas
Rigidez matinal inferior a 30 minutos
Sem fadiga
Atividade: aumenta a dor
Repouso: diminui a dor
Tumefação + (óssea)
Crepitações grosseiras
Dor crónica - inflamatória: caraterísticas
Rigidez matinal - superior a 30 minutos
Fadiga +++
Atividade: diminui dor
Repouso: aumenta dor
Tumefação + (derrame e hipertrofia sinovial)
Crepitações finas
Dor crónica no idoso – terapêutica não farmacológica
Exercício
Aplicação local de calor ou frio
Massagem
Diatermia ou ultrassons
Imobilização
Cirurgia
Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS)
Educação do doente e do cuidador
Estratégias cognitivas
Distração
Dor crónica no idoso – terapêutica farmacológica: escolha do fármaco
Escolha do fármaco:
▪ Etiologia da dor;
▪ Intensidade da dor;
▪ Resposta prévia a
analgésicos;
▪ Função hepática e renal
Começar devagar e ir devagar!
Dor crónica no idoso – terapêutica farmacológica: degraus
Degrau 1 - dor ligeira
Degrau 2 - dor moderada
Degrau 3 - dor intensa
Degrau 4 - dor refratária ao tratamento
Dor crónica no idoso – terapêutica farmacológica: degrau 1
Dor ligeira
- Analgésicos não opióides
- Paracetamol
- AINEs
Dor crónica no idoso – terapêutica farmacológica: degrau 2
Dor moderada
- Opióides fracos (Codeína; Tramadol) + analgésicos não
opióides
Dor crónica no idoso – terapêutica farmacológica: degrau 3
Dor intensa
Opióides fortes (Morfina; Tapentadol; Oxicodona; Hidromorfona; Buprenorfina; Fentanilo) + analgésicos não
opióides
Dor crónica no idoso – terapêutica farmacológica: degrau 4
Dor refratária ao tratamento
Técnicas invasivas (analgésicos por via espinhal, bloqueios nervosos)
+
Opioides fortes
Opioides fracos
Paracetamol
AINE
Dor crónica no idoso – terapêutica farmacológica: adjuvantes em qualquer degrau
Relaxantes musculares, Corticoterapia, Lidocaína e Capsaicina tópicas, Venlafaxina e Duloxetina, Pregabalina e Gabapentina, Amitriptilina e Nortriptilina
Dor crónica no idoso – Paracetamol: papel
Tem um papel importante na analgesia multimodal, e apresenta um perfil de seguranca excelente, com
poucas interações farmacológicas
Dor crónica no idoso – Paracetamol: efeito
Analgésico de eleição para dor músculo‐esquelética ligeira e moderada com pico plasmático aos 30-60 minutos
Dor crónica no idoso – Paracetamol: efeitos adversos
O efeito adverso mais importante e a hepatotoxicidade, com queixas de náuseas e vómitos nas primeiras horas, dores abdominais e falência renal com oligúria em 24 e 48 horas
Dor crónica no idoso – Paracetamol: dose máxima
Dose máxima em adultos saudáveis: 4g/dia
Algumas exceções: Cirrose; debilidade; desnutrição; abuso crónico de álcool; anticoagulantes
cumarínicos → 2g/dia
Dor crónica no idoso – AINEs: regras na prescrição
Prescrição deve ter em conta perfil de risco. Não deve ser utilizado mais que um AINE em simultâneo
Só deverão ser usados durante curtos períodos, durante uma crise de dor
Dor crónica no idoso – AINEs: inibição da COX-1 (efeitos adversos)
Cardiovascular +
Gastrointestinal +++
Renal ++