MGF1 - Estilos de vida nocivos Flashcards
O profissional de saúde que procure promover a mudança comportamental deve compreender que:
O profissional de saúde que procure promover a mudança comportamental deve compreender que:
* existem diferentes tipos de MOTIVAÇÃO
* nem todos os utentes apresentam o mesmo grau de PRONTIDÃO para a mudança
* é desejável que estes comportamentos se perpetuem a longo prazo
A MOTIVAÇÃO autónoma
A MOTIVAÇÃO autónoma (regulada internamente):
* promove sensações de prazer e satisfação durante a prática
* adesão aos comportamentos necessários mais prolongada
* maior bem-estar psicológico
O profissional de saúde pode recorrer a dois indicadores de PRONTIDÃO:
O profissional de saúde pode recorrer a dois indicadores de PRONTIDÃO:
* importância que o utente atribui à ação
* confiança que o utente sente nos seus recursos para mudar
Motivação - teoria da autodeterminação
Teoria da autodeterminação
* compreensão da sustentação dos comportamentos a longo-prazo e princípios-guia para a prática
* maior ênfase na capacidade de autorregulação do utente, tendo por base a motivação
* motivação: energia psicológica para a ação → deve ser o mais autónoma possível, e não controlada por
pressões quer externas, quer internas.
* comportamentos que são realizados por obediência (pressão externa), ou para evitar sentimentos de culpa ou desconforto (pressão interna) → menor probabilidade de ser mantidos ao longo do tempo
Comportamento estável e que possa ser mantido a longo prazo:
valorização consciente da ação, por parte do indivíduo → que faça parte da forma como o indivíduo se reconhece a si próprio → que seja realizada pelo prazer do desafio do comportamento
2 tipos de motivação
Motivação controlada VS motivação autónoma
Motivação controlada - exemplo
“Só vou andar porque o meu médico me assustou com a ideia de poder vir a acabar numa mesa de operações”
“Inscrevi-me no ginásio porque me sinto mal comigo e tenho de perder peso para aumentar a minha autoestima e sentir-me apreciado/a”
Motivação autónoma - exemplo
“Faço as caminhadas regularmente porque me fazem sentir bem, ágil, e ajudam-se a dormir e respirar melhor; isso é importante para mim”
“Eu costumo caminhar porque sou uma pessoa fisicamente ativa; não me vejo a usar o elevador ou a passar muito tempo sentado/a”
“Adoro dançar, não só me divirto muito, como posso explorar às minhas capacidades e limites aprendendo novos passos e ritmos”
2 indicadores de prontidão
Importância
Confiança
Indicadores de prontidão - importância
Importância: passar a fazer atividade física é algo que é valorizado pelo utente?
Como perguntar: “de 0 a 10, sendo 0 nada e 10 multíssimo, quão importante é para si passar a fazer atividade física (dar exemplos específicos da atividade a adotar)?”
Indicadores de prontidão - confiança
Confiança: o utente sente confiança na sua capacidade para realizar atividade física
Como perguntar: “de 0 a 10, sendo 0 nada e 10 muitíssimo, quão confiante se sente de que conseguirá fazer atividade física (dar exemplos específicos da atividade a adotar)?”
Indicadores de prontidão - como explorar a resposta
Estratégia: identificar expectativas positivas, valorização do comportamento e/ou autoeficácia
“Poderia ter sido mais baixo… disse que o seu nível de confiança/ importância se situa num 7. Porquê um 7 e não um 5 ou 4?”
Estratégia: identificar barreiras, desvalorização e/ou falta de confiança
“Poderia ter sido mais alto… disse que o seu nível de confiança/ importância se situa num 3. Porquê um 3 e não um 6 ou 7?”
Como aumentar a prontidão e promover a estruturação de planos de ação?
Estratégia: promover soluções geradas pelo próprio
“O que acha que seria necessário para que o 3 passasse a ser um 6 ou um 7?”
Estratégia: construir menus de soluções
“Passar um 3 para um 6 pode implicar vários caminhos. Quais identificaria?”
Estratégia: encorajar a escolha e oferecer suporte
“Qual dos caminhos que indicou gostaria de tentar primeiro? Em que sente que posso ajudar? O que gostaria de saber?”
Em vez de apontar soluções, incentivar o utente a ultrapassar a resistência face à mudança:
Em vez de apontar soluções, incentivar o utente a ultrapassar a resistência face à mudança:
o ajudar o utente a verbalizar a resistência
o explorar a ambivalência (prós e contras)
o valorizar ambos os lados do balanço decisional
Construir bases para uma MOTIVAÇÃO interna de mudança
Construir bases para uma MOTIVAÇÃO interna de mudança, explorando valores e fundamentos pessoalmente
relevantes para aquela ação, numa atmosfera de aceitação e de confiança nos recursos e qualidades que a pessoa possui
Apenas quando as questões relativas à IMPORTÂNCIA e CONFIANÇA estão asseguradas
Apenas quando as questões relativas à IMPORTÂNCIA e CONFIANÇA estão asseguradas se deve avançar com o delinear conjunto de planos de ação concretos.
- erro frequente: desvalorizar sinais de resistência e assumir um estado de prontidão para a mudança
superior aquele que o utente tem → inicia-se muito cedo a implementação dos objetivos