MGF1 - Estilos de vida nocivos Flashcards

1
Q

O profissional de saúde que procure promover a mudança comportamental deve compreender que:

A

O profissional de saúde que procure promover a mudança comportamental deve compreender que:
* existem diferentes tipos de MOTIVAÇÃO
* nem todos os utentes apresentam o mesmo grau de PRONTIDÃO para a mudança
* é desejável que estes comportamentos se perpetuem a longo prazo

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

A MOTIVAÇÃO autónoma

A

A MOTIVAÇÃO autónoma (regulada internamente):
* promove sensações de prazer e satisfação durante a prática
* adesão aos comportamentos necessários mais prolongada
* maior bem-estar psicológico

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

O profissional de saúde pode recorrer a dois indicadores de PRONTIDÃO:

A

O profissional de saúde pode recorrer a dois indicadores de PRONTIDÃO:
* importância que o utente atribui à ação
* confiança que o utente sente nos seus recursos para mudar

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Motivação - teoria da autodeterminação

A

Teoria da autodeterminação
* compreensão da sustentação dos comportamentos a longo-prazo e princípios-guia para a prática
* maior ênfase na capacidade de autorregulação do utente, tendo por base a motivação
* motivação: energia psicológica para a ação → deve ser o mais autónoma possível, e não controlada por
pressões quer externas, quer internas.
* comportamentos que são realizados por obediência (pressão externa), ou para evitar sentimentos de culpa ou desconforto (pressão interna) → menor probabilidade de ser mantidos ao longo do tempo

Comportamento estável e que possa ser mantido a longo prazo:
valorização consciente da ação, por parte do indivíduo → que faça parte da forma como o indivíduo se reconhece a si próprio → que seja realizada pelo prazer do desafio do comportamento

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

2 tipos de motivação

A

Motivação controlada VS motivação autónoma

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Motivação controlada - exemplo

A

“Só vou andar porque o meu médico me assustou com a ideia de poder vir a acabar numa mesa de operações”

“Inscrevi-me no ginásio porque me sinto mal comigo e tenho de perder peso para aumentar a minha autoestima e sentir-me apreciado/a”

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Motivação autónoma - exemplo

A

“Faço as caminhadas regularmente porque me fazem sentir bem, ágil, e ajudam-se a dormir e respirar melhor; isso é importante para mim”

“Eu costumo caminhar porque sou uma pessoa fisicamente ativa; não me vejo a usar o elevador ou a passar muito tempo sentado/a”

“Adoro dançar, não só me divirto muito, como posso explorar às minhas capacidades e limites aprendendo novos passos e ritmos”

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

2 indicadores de prontidão

A

Importância

Confiança

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Indicadores de prontidão - importância

A

Importância: passar a fazer atividade física é algo que é valorizado pelo utente?

Como perguntar: “de 0 a 10, sendo 0 nada e 10 multíssimo, quão importante é para si passar a fazer atividade física (dar exemplos específicos da atividade a adotar)?”

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Indicadores de prontidão - confiança

A

Confiança: o utente sente confiança na sua capacidade para realizar atividade física

Como perguntar: “de 0 a 10, sendo 0 nada e 10 muitíssimo, quão confiante se sente de que conseguirá fazer atividade física (dar exemplos específicos da atividade a adotar)?”

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Indicadores de prontidão - como explorar a resposta

A

Estratégia: identificar expectativas positivas, valorização do comportamento e/ou autoeficácia

“Poderia ter sido mais baixo… disse que o seu nível de confiança/ importância se situa num 7. Porquê um 7 e não um 5 ou 4?”

Estratégia: identificar barreiras, desvalorização e/ou falta de confiança

“Poderia ter sido mais alto… disse que o seu nível de confiança/ importância se situa num 3. Porquê um 3 e não um 6 ou 7?”

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Como aumentar a prontidão e promover a estruturação de planos de ação?

A

Estratégia: promover soluções geradas pelo próprio

“O que acha que seria necessário para que o 3 passasse a ser um 6 ou um 7?”

Estratégia: construir menus de soluções

“Passar um 3 para um 6 pode implicar vários caminhos. Quais identificaria?”

Estratégia: encorajar a escolha e oferecer suporte

“Qual dos caminhos que indicou gostaria de tentar primeiro? Em que sente que posso ajudar? O que gostaria de saber?”

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Em vez de apontar soluções, incentivar o utente a ultrapassar a resistência face à mudança:

A

Em vez de apontar soluções, incentivar o utente a ultrapassar a resistência face à mudança:
o ajudar o utente a verbalizar a resistência
o explorar a ambivalência (prós e contras)
o valorizar ambos os lados do balanço decisional

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Construir bases para uma MOTIVAÇÃO interna de mudança

A

Construir bases para uma MOTIVAÇÃO interna de mudança, explorando valores e fundamentos pessoalmente
relevantes para aquela ação, numa atmosfera de aceitação e de confiança nos recursos e qualidades que a pessoa possui

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Apenas quando as questões relativas à IMPORTÂNCIA e CONFIANÇA estão asseguradas

A

Apenas quando as questões relativas à IMPORTÂNCIA e CONFIANÇA estão asseguradas se deve avançar com o delinear conjunto de planos de ação concretos.
- erro frequente: desvalorizar sinais de resistência e assumir um estado de prontidão para a mudança
superior aquele que o utente tem → inicia-se muito cedo a implementação dos objetivos

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

O papel do profissional de saúde passa sobretudo por:

A

O papel do profissional de saúde passa sobretudo por:
o facilitar o desenvolvimento de capacidades e competências de autorregulação no utente
o promover mudanças informadas e consentidas, desencadeadas internamente, consideradas e refletidas

17
Q

O profissional de saúde é um facilitador do processo de decisão:

A

O profissional de saúde é um facilitador do processo de decisão:
o promove o autoconhecimento dos padrões comportamentais típicos e das suas limitações e dificuldades
o ajuda a avaliar os prós e contras de cada decisão
o abandona um papel mais diretivo e passa a assumir um papel mais consultivo
o promove sistematicamente a exploração da motivação e a resolução de ambivalências, sem recorrer ao uso excessivo da persuasão

18
Q

ENTREVISTA MOTIVACIONAL - competências comunicacionais: fazer perguntas abertas

A

Fazer perguntas abertas:
* permitem a reflexão e elaboração, por parte do utente, fortalecendo a relação de colaboração
* exemplo: “Fale-me de como tem sido a sua prática de atividade física” vs “Tem feito atividade física?” →
pergunta fechada que evoca um sim/não sem grande possibilidade de exploração/reflexão

19
Q

ENTREVISTA MOTIVACIONAL - competências comunicacionais: afirmar

A

Afirmar:
* reforço dos recursos do utente que facilitam o processo de mudança comportamental
* implica a expressão de valorização pelas ações do utente durante o processo, promovendo a autoeficácia
do mesmo
* exemplo: “foi realmente uma semana muito positiva em que investiu na prática de atividade física” vs
“excelente trabalho na manutenção dos registos desta semana”

20
Q

ENTREVISTA MOTIVACIONAL - competências comunicacionais: refletir

A

Refletir:
* permite ao profissional de saúde verificar que compreendeu o quadro de referência do utente
* esta reflexão não é interpretativa, assume o efeito de um espelho, devolvendo a imagem que é dada
* ao refletir demonstra interesse, que ouviu realmente o que foi dito e reforça a empatia e confiança
* Exemplo: “Foi uma semana complicada para si” (no final de uma interação em que o utente expõe que
teve dificuldades em manter-se fisicamente ativo pois teve de trabalhar muito e fazer horas extra)

21
Q

ENTREVISTA MOTIVACIONAL - competências comunicacionais: resumir

A

Resumir:
* devolução das verbalizações do utente com o objetivo de realizar um ponto de situação
* permite que o mesmo possa completar ou corrigir, caso seja necessário
* permite confirmar a compreensão do quadro de referência do utente, sendo útil como encerramento
* Exemplo: “Está então a atravessar um período de maior cansaço e desmotivação e sente que não tem
energia para sair de casa e ir caminhar ou andar de bicicleta como costumava fazer”

22
Q
A