Dioscope - Exame do recém-nascido (terminado) Flashcards

1
Q

Quando realizar exame objetivo do recém-nascido?

A

O exame objetivo do recém-nascido deve ser realizado logo que possível, na primeira consulta

A observação deve ser realizada com o(a) recém-nascido(a) (RN) em estado de alerta e confortável

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Observação global do RN de termo

A

Deve apresentar pele rosada, posição simétrica dos braços e as pernas em flexão, sem assimetrias na mobilização dos membros e chorar vigorosamente quando estimulado

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Obervação global do RN pré-termo

A

No Recém-Nascido Pré-Termo, os membros superiores e inferiores assumem posição em extensão pela hipotonia compatível com a imaturidade

À medida que avança a maturidade, a tendência para a flexão dos membros verifica-se no sentido membros inferiores para os membros superiores

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Avaliação antropométrica

A

Peso, comprimento, índice de massa corporal (IMC) e perímetro cefálico (PC)

Nota: Na avaliação do pré-termo, deve-se corrigir a idade gestacional para as 40 semanas, até aos 24 meses de idade para o peso, 40 meses para o comprimento e 12 meses para o PC

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Evolução do peso

A

Perda ponderal até 7% do peso de nascimento, com recuperação aos 10 a 14 dias de vida

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Pequeno para Idade Gestacional

A

Peso <P10

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Grande para Idade Gestacional

A

Peso >P90 (causa mais comum diabetes materna; outras causas como síndrome Beckwith-Wiedemann)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Quando avaliação de glicemia?

A

Avaliação de glicemia (risco de hipoglicemia) em RN grandes ou pequenos para a IG, se mães com DM e prematuros tardios (34 a 36 6/7 semanas)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

FC normal do RN

A

120 a 160 bpm

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

FR normal do RN

A

40 a 60 cpm

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

PA sistólica normal do RN

A

60 a 90 mmHg

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Temperatura normal do RN

A

36,5°C a 37,5°C

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Peso normal do RN

A

Feminino: 3,5 kg (2,8 a 4,0 kg)

Masculino: 3,6 kg (2,9 a 4,2 kg)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Comprimento normal do RN

A

51 cm (48 a 53 cm)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Perímetro cefálico normal do RN

A

35 cm (33 a 37 cm)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Pele - alterações fisiológicas do RN

A

Lesões traumáticas (caput sucedaneum, cefalohematoma, bolhas de
sucção); fenómenos vasculares (acrocianose, rubor generalizado, cútis marmorata fisiológica, coloração Harlequin, manchas salmão); alterações da pigmentação (manchas mongólicas, hiperpigmentação epidérmica transitória, nomeadamente dos órgãos genitais externos); alterações das mucosas (quistos epidérmicos gengivais e palatinos); alterações hormonais (hiperplasia sebácea, acne neonatal); outras alterações (falsa unha encravada, coiloníquia, linhas
de Beau, quistos de mília)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Pele - alterações transitórias do RN

A

Eritema tóxico do recém-nascido; pustulose melânica neonatal transitória; acropustulose da infância; pustulose cefálica transitória; miliária; necrose do tecido celular subcutâneo

Contusões e petéquias são comuns e resolvem com o tempo

Icterícia é comum e tipicamente benigna, se níveis de bilirrubina muito elevados pode levar a kernikterus e
encefalopatia aguda por bilirrubina

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Mancha salmão (nevus simplex) - caraterísticas

A

Manchas eritemato-rosadas (dilatações capilares), frequentemente bilaterais
- desaparecem com o tempo

Localização: testa, pálpebra
superior, nuca, “mordida da
cegonha”

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Mancha vinho do porto (nevus flameus) - caraterísticas

A

Malformação capilar vermelhoescura/roxa, geralmente não desaparece

Pode indiciar um síndrome

Localização: inespecífica; referenciar a oftalmologia se
perto do olho

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Hemangioma - caraterísticas

A

Tumor vascular benigno. Desvanece com o tempo. A conduta depende do tamanho
e localização

Localização: qualquer

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Eritema tóxico - caraterísticas

A

Pápulas cor de carne em base
eritematosa, contém eosinófilos; resolve na 1ª semana

Localização: difuso pela face e tronco

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Melanose pustular - caraterísticas

A

Pústulas não eritematosas, com neutrófilos; rompem e deixam máculas hiperpigmentadas que podem persistir meses

Localização: difuso; testa,
pescoço, queixo, dorso

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Quistos milia - caraterísticas

A

Pápulas brancas, que são quistos epidérmicos com material queratinoso, com rutura espontânea nas 1ªs semanas de vida

Localização: ++ nariz

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Mancha mongólica - caraterísticas

A

Manchas azul-acinzentadas até 10 cm de diâmetro; habitualmente desaparecem
até aos 4 anos

Localização: ++ região sacral

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Q

Manchas café com leite - caraterísticas

A

Benigna ou sinal precoce de
neurofibromatose ou síndrome de McCune-Albright

Localização: qualquer

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
26
Q

Cutis marmorata - caraterísticas

A

Resposta vascular ao frio. Tipicamente resolve com o calor

Localização: ++ membros inferiores

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
27
Q

Cabeça - avaliar tamanho e forma: microcefalia

A

Microcefalia (diminuição PC isolada, < 2º percentil ou dois desvios padrão abaixo da média para idade e sexo)

Possível malformação SNC (ex.: holoprosencefalia, defeito do tubo neural), infeção (ex.: toxoplasmose, infeção por CMV) ou síndromes como trissomia 13 ou 18, síndrome alcoólica fetal)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
28
Q

Cabeça - avaliar tamanho e forma: macrocefalia

A

Macrocefalia (aumento do PC isolado, > P98 ou > dois desvios-padrão acima da média)

Hereditário (benigno) ou resultado de distúrbio do SNC (por exemplo, hidrocefalia, tumor cerebral)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
29
Q

Cabeça - avaliar tamanho e forma: caput succedaneum

A

Edema do couro cabeludo, não limitado pelas linhas de sutura, depressível, > resolve em 48 horas

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
30
Q

Cabeça - avaliar tamanho e forma: cefalo-hematoma

A

Causado por lesão de vaso sanguíneo na camada subperiosteal da calote,
limitado por linhas de sutura

Associado a uso de fórceps ou ventosa

É fator de risco para icterícia
e sépsis e pode agravar nas 1ªs 48h, resolução total até 3-4 meses

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
31
Q

Utilização de fórceps pode estar associada a…

A

Paralisia de nervo facial, geralmente resolve nas 1ªs
semanas

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
32
Q

Cabeça disforme pode ser causada por …

A

Compressão pré-natal, e deve resolver espontaneamente nos primeiros meses de vida

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
33
Q

Cabeça - palpar fontanelas e suturas

A

Fontanela Anterior – 3 a 6 cm diâmetro, se > pode indicar aumento PIC, trissomia 21, hipofosfatémia, ou hipotiroidismo congénito

Fontanela Posterior – 1 a 1,5 cm diâmetro

Se microcefalia, as fontanelas são frequentemente pequenas

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
34
Q

Craniossinostose

A

Craniossinostose (fusão prematura das suturas) –
limita o crescimento do crânio perpendicularmente às suturas

Associada a mutações/ síndromes

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
35
Q

6 exemplos de alteração das suturas

A

Plagiocefalia sinostótica anterior
- sutura unicoronal fundida

Plagiocefalia posterior deformada
- todas as suturas abertas

Plagiocefalia posterior sinostótica
- sutura lambdoide fundida

Trigonocefalia sinostótica
- sutura metópica fundida

Braquicefalia sinostótica
- suturas bicoronais fundidas

Escafocefalia
- sutura sagital fundida

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
36
Q

Avaliação dos olhos

A

Avaliar cor dos olhos; tamanho da pupila; aparência do conjuntiva, esclera e pálpebras, movimento dos
olhos e espaçamento entre os mesmos

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
37
Q

Síndromes genéticas e olhos

A

Algumas síndromes genéticas estão associadas a formato incomum dos olhos. Por exemplo:
* Pregas do epicanto (excesso de pele na parte medial do olho), inclinação para cima das fendas palpebrais (epicanto lateral superior ao epicanto medial) associadas a síndrome de Down.
* Colobomas (lacuna ou defeito na estrutura do olho, principalmente a íris), pode estar presente em vários síndromes, como o CHARGE. Implica avaliação por oftalmologia.
* Hipertelorismo (aumento do espaço entre os olhos) e hipotelorismo (diminuição do espaço entre os olhos) são frequentemente associados a distúrbios genéticos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
38
Q

Formato dos olhos e síndrome de Don

A

Pregas do epicanto (excesso de pele na parte medial do olho), inclinação para cima das fendas palpebrais (epicanto lateral superior ao epicanto medial) associadas a síndrome de Down

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
39
Q

Formato dos olhos e síndromes como o CHARGE

A

Colobomas (lacuna ou defeito na estrutura do olho, principalmente a íris), pode estar presente em vários síndromes, como o CHARGE. Implica avaliação por oftalmologia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
40
Q

Formato dos olhos - 2 condições frequentemente associadas a distúrbios genéticos

A

Hipertelorismo (aumento do espaço entre os olhos) e hipotelorismo (diminuição do espaço entre os olhos) são frequentemente associados a distúrbios genéticos

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
41
Q

Acuidade visual dos RN

A

AV dos RN é aproximadamente 20/400

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
42
Q

Estrabismo

A

è normal nos primeiros meses

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
43
Q

Hemorragia subconjuntival

A

Comum, benigna, resolução em semanas

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
44
Q

Teste de luar pupilar (olho vermelho)

A

Oftalmoscópio com lente a
0, a luz deve chegar aos dois olhos simultaneamente

É normal se simétrico, sem opacidades, pontos brancos ou negros

A cor do reflexo varia entre grupos étnicos, mas NÃO DEVE SER BRANCO

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
45
Q

Teste de luar pupilar (olho vermelho) - 3 exemplos

A

Normal

Normal no olho direito, diminuído à esquerda (por exemplo erro de refração, retinoblastoma)

Normal à direita e inexistente à esquerda (por exemplo, catarata)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
46
Q

Leucocória

A

“pupila branca”: Retinoblastoma, Catarata congénita, Coriorretinite, Doença de Coats (anomalia vascular primária idiopática da retina), Coloboma, Hemorragia vítreo, Retinopatia da prematuridade, Vasculatura fetal persistente

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
47
Q

Indicadores de risco para referenciação à Oftalmologia (pelo menos 1 observação) - FRs: doenças sistémicas ou condições de morbilidade do RN

A

Prematuridade de baixo peso: Retinopatia da prematuridade (RP)

Complicações sistémicas perinatais: Sépsis, Infecção TORCH, Infecção HIV, Doenças
metabólicas, Doenças neurológicas, Traumatismos de parto, Síndromes malformativos

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
48
Q

Indicadores de risco para referenciação à Oftalmologia (pelo menos 1 observação) - FRs: história familiar

A

Retinoblastoma
Glaucoma congénito
Catarata congénita
Distrofias retinianas

49
Q

Indicadores de risco para referenciação à Oftalmologia (pelo menos 1 observação) - FRs: sinais e sintomas oftalmológicos

A

Nistagmo

Malformação

Leucocória

Sinais e sintomas de Glaucoma (assimetria tamanho do globo ocular, fotofobia, lacrimejo)

50
Q

Dacriostenose

A

Ducto lacrimal bloqueado/ obstruído, que provoca acumulação de secreções com aparência amarelada viscosa, mas o olho em si está normal

Massajar

51
Q

Conjuntivite (ophtalmia neonatorum)

A

Nas primeiras 4 semanas de vida; frequentemente há edema e alteração conjuntival

52
Q

Avaliação da audição

A

Avaliação da audição em todos os RN antes do 1º mês, de preferência antes da alta - audiometria do tronco encefálico ou teste de otoemissões acústicas

53
Q

Avaliação do pavilhão auricular

A

Avaliação do tamanho, forma e posição das orelhas:

  • As orelhas são consideradas de implantação baixa quando a hélice encontra o crânio abaixo do plano horizontal que passa pelos epicantos mediais – associadas a síndrome de Down, Turner, ou
    trissomia 18
  • Microtia pode estar associado à síndrome CHARGE (coloboma, cardiopatia, atrésia das coanas, atraso do crescimento e desenvolvimento, hipoplasia dos genitais, anomalias dos pavilhões auriculares/ surdez)
  • Apêndices pré.auriculares podem estar associados a perda de audição permanente
54
Q

Associação entre anomalias auriculares e renais

A

Avaliação ecográfica renal em RN com anomalias isoladas da orelha (ex.: fossas pré-auriculares ou orelhas de abano) + >= uma das seguintes características: outras malformações ou características dismórficas, exposição teratogénica, história familiar de surdez ou história materna de diabetes gestacional

55
Q

Canais auditivos

A

Avaliar a patência dos canais auditivos

56
Q

2 alterações do nariz

A

Atresia de coanas

Assimetria do septo nasal

57
Q

Atresia de coanas

A

Um ou ambos os lados da via aérea nasal são estreitados ou bloqueados

Se atresia de coanas bilateral, a criança pode apresentar cianose que alivia ao chorar

58
Q

Assimetria do septo nasal

A

Frequentemente pelo posicionamento in útero

Se for corrigida ao pressionar a ponta do nariz, provavelmente vai ter resolução espontânea

Se não for assim corrigível,
pode indicar septo deslocado » avaliação ORL

59
Q

Avaliação da boca

A

A maxila e a mandíbula devem encaixar bem e abrir em ângulos iguais. Devemos palpar o palato

60
Q

Achados frequentes na cavidade oral: (9)

A

Micrognatia

Anquiloglossia

Nódulos de Bohn

Pérolas de Epstein

Dentes

Rânula

Úvula bífida

Fenda labial e palativa

Fissuras

61
Q

Micrognatia

A

Micrognatia (mandíbula pequena) associada a síndrome Pierre-Robin

62
Q

Anquiloglossia

A

Anquiloglossia – freio lingual curto, limitando mobilidade da língua. Pode interferir na
amamentação ou prejudicar a articulação

Frenotomia controversa

63
Q

Nódulos de Bohn

A

Nódulos de Bohn - tecido de glândula salivar na gengiva, resolução espontânea

64
Q

Pérolas de Epstein

A

Pérolas de Epstein - vesículas císticas brancas (1 a 3 mm) na rafe médio-palatina, resolução
espontânea

65
Q

Dentes

A

Dentes – frequentemente na gengiva inferior, devem ser removidos se soltos pelo risco de aspiração

66
Q

Rânula

A

RÂnula - cistos de retenção muco, frequentemente requerem remoção cirúrgica)

67
Q

Úvula bífida

A

Úvula bífida - frequentemente associada a fissura submucosa

68
Q

Fenda labial e palatina

A

Fenda labial e palatina - são as anomalias mais comuns da cabeça e o pescoço

69
Q

Fissuras

A

Fissuras submucosas e mucosas no palato. Fissuras medianas exigem investigação para defeito da linha média cerebral

70
Q

Avaliar pescoço

A

Amplitude de movimento – excluir torcicolo congénito (se não corrigido, pode levar a plagiocefalia e desalinhamento auricular)

71
Q

Pescoço alado

A

Pescoço alado - síndrome de Turner. Fendas, fossas e massas braquiais

72
Q

Higroma cístico

A

Higroma cístico - malformação linfática congénita

73
Q

Cisto ducto tireoglosso

A

Cisto ducto tireoglosso – geralmente na linha média, tipicamente move-se com o movimento da língua

74
Q

Palpar as clavículas

A

Palpar as clavículas – a fratura pode manifestar-se apenas com reflexo Moro assimétrico

Se houver suspeita, confirmar com radiografia

75
Q

Doença cardíaca congénita

A

Doença cardíaca congénita em 6/1000 nascidos vivos - taquipneia sem tiragem, cianose se doença severa (≠ de acrocianose isolada em mãos e pés, que é normal)

76
Q

Rastreio de rotina doença cardíaca congénita

A

Rastreio de rotina doença cardíaca congénita através da oximetria de pulso – antes da alta, a partir das 24h de vida

Normal se ≥ 95%

77
Q

Auscultação normal

A

S1 único e S2 bifásico

Sopros benignos são comuns nas primeiras horas de vida

78
Q

Pulsos fracos

A

Pobre débito cardíaco (ex.: EA)

79
Q

Pulso “bounding”/ “forte”

A

Alto débito cardíaco (ex.: persistência canal arterial)

80
Q

S2 único

A

++ doença cardíaca cianótica (por exemplo, truncus arteriosus, hipoplasia coração esquerdo

81
Q

Sopro holossistólico, contínuo

A

Patológico

82
Q

Sopro grau 3 ou superior

A

Patológico

83
Q

Sopro diastólico

A

Patológico

84
Q

Hepatomegalia

A

Insuficiência cardíaca esquerda

85
Q

Avaliar sinais de desconforto respiratório:

A

Avaliar sinais de desconforto respiratório, incluindo taquipneia, adejo nasal, gemido, tiragem e cianose

86
Q

Taquipneia transitória do RN

A

Taquipneia transitória do RN ocorre sobretudo se parto por cesariana

87
Q

A auscultação deve ser…

A

Simétrica

88
Q

A expansão torácica assimétrica pode sugerir…

A

Pneumotórax, malformação cística do pulmão ou hérnia
diafragmática

89
Q

Observar o tórax

A

Observar o tórax para deteção de pectus excavatum, pectus carinatum, xifóide proeminente e tecido mamário (pode estar presente em ambos os sexos).

90
Q

Mamilos supranumerários

A

Mamilos supranumerários podem ocorrer na linha vertical entre axila e púbis

Aumento de distância entre mamilos pode ser sinal de síndrome de Turner

91
Q

Abdómen - melhor método para observar

A

Pode ser útil usar uma mão para segurar a anca e os joelhos fletidos, de forma a ajudar a relaxar o RN

92
Q

Abdómen escafoide (côncavo)

A

Abdómen escafoide (côncavo): pode indicar uma hérnia diafragmática congénita

A distensão abdominal importante sugere processos obstrutivos do tubo digestivo, massas abdominais, infeção sistémica ou hipomagnesémia

93
Q

Gastroquisis e onfalocelo

A

Gastroquisis (projeção dos intestinos através do abdómen, sem saco), onfalocelo (o conteúdo abdominal projeta-se dentro de um saco na linha média), geralmente conhecidos pré-parto

94
Q

Diástase dos retos abdominais

A

Diástase dos retos abdominais é causado por fraqueza relativa da fáscia entre os dois músculos – resolução espontânea

95
Q

Linea nigra

A

Linea nigra - linha vertical pigmentada escura entre umbigo e sínfise púbica, causada pela exposição hormonal materna - resolução espontânea

96
Q

Cordão umbilical

A

Cordão umbilical – Ver sinais de infeção ou hemorragia

Deve ter 1 veia, 2 artérias

Artéria única pode estar associada a outras anomalias congénitas (++ renais), RCIU e prematuridade

As hérnias umbilicais, comuns em recém-nascidos, raramente ficam encarceradas ou estranguladas e a maioria
resolve até aos 3 anos

97
Q

Fígado, baço e massas abdominais

A

O fígado é uma estrutura normalmente palpável, cerca de 2 cm abaixo do rebordo costal direito

Em condições de normalidade o baço raramente é palpável

Mais de 50% massas abdominais anómalas no RN tem origem no renal

98
Q

Períneo - sexo feminino

A

RN termo – grandes lábios proeminentes, pré-termo – lábios minor e clitóris
proeminentes

É normal leucorreia branca ou pequena quantidade de sangue – resposta à diminuição da exposição ao estrogénio materno

Separar os pequenos lábios para avaliação de patência do hímen

Sinais de ambiguidade: clitoromegalia e fusão de lábios

99
Q

Períneo - sexo masculino

A

Os testículos devem estar nas bolsas/retrácteis

Avaliação do escroto: hérnia inguinal (quando o processo vaginalis não consegue fechar, deixando abertura para o intestino passar) ou hidrocelo (passagem apenas de líquido, resolução espontânea aos 1-2 anos)

100
Q

Uretra e pénis

A

Hipospádias- colocação ventral anormal do orifício uretral

Epispádia - colocação dorsal anormal do orifício uretral

Chordee - curvatura ventral do pénis » referenciar urologia

Criptorquidia bilateral, micropénis (normal 2,5 a 3,5 cm) ou escroto bífido » investigação urgente para
genitália ambígua

101
Q

Ânus/reto

A

Avaliar normal implantação e patência

102
Q

Fosseta sacral

A

Fosseta sacral - é considerada simples se < 0,5 cm de diâmetro, localizada a 2,5 cm da margem anal e não associado a estigmas cutâneos (tufos pilosos, hemangiomas)

Na ausência desses critérios »» ecografia < 3meses para avaliação do disrafismo espinhal

103
Q

Avaliação dos membros

A

Inspeção de sindactilia (fusão de dedos) e polidactilia (dedos supranumerários, com ou sem
componente ósseo. +++ benignos, removidos por razões estéticas)

Ectromelia (manifestando-se por paragem de desenvolvimento do membro)

Sulco palmar único: possível sinal de trissomia 21, 3%-10%
das pessoas sem a síndrome

Clinodactilia (curvatura D5) pode ser hereditária ou sinal de síndromes com Turner ou trissomia 21

104
Q

Danos do plexo braquial

A

Danos do plexo braquial (sobretudo se grande para idade gestacional, distocia de ombros, parto prolongado):
* Paralisia de Erb - lesão C5 a C7, braço com rotação medial em pronação (“dica do garçom”)
* Paralisia de klumpke - segmentos inferiores de C8 e T1 - paralisia do braço inteiro com ausência de reflexos, cotovelo em flexão e supinação

105
Q

Pé boto - equinovarus

A

Pé boto - equinovarus: 1/1.000; inversão e adução do antepé, inversão do calcanhar e retropé, extensão limitada do tornozelo e articulação subtalar além de rotação interna da perna

106
Q

Anca

A

Manobras de Ortolani e Barlow

107
Q

Avaliação do tónus muscular através…

A

Avaliação do tónus muscular através de avaliação em suspensão vertical

108
Q

Pesquisa de reflexos primitivos:

A
  • Reflexo Tónico do Pescoço
  • Reflexo do Encurvamento ou Arqueação do Tronco
  • Reflexo de Babinski
  • Os restantes estão incluídos na avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan
109
Q

Reflexo Tónico do Pescoço

A

Reflexo Tónico do Pescoço, em que ocorre extensão do membro do lado para onde se roda a cabeça e flexo do contralateral, podendo durar até aos 4 meses

110
Q

Reflexo do Encurvamento ou Arqueação do Tronco

A

Reflexo do Encurvamento ou Arqueação do Tronco, em que a estimulação repetida da pele do dorso entre a 12ª costela e a crista ilíaca origina encurvação do tronco do lado estimulado

Este reflexo, tal como o reflexo de Moro, é dos mais constantes no RN de termo saudável

111
Q

Reflexo de Babinski

A

Reflexo de Babinski – dorsiflexão do hálux à estimulação planta do pé

112
Q

Escala de Avaliação do Desenvolvimento de Mary Sheridan Modificada - postura e motricidade global

A

Em decúbito dorsal: braços e pernas semi-fletidos, com postura simétrica

Se tração para sentar observa-se queda significativa da cabeça

Apoiado(a) em posição sentado(a): dorso curvado com queda da cabeça para a frente

Em suspensão ventral: cabeça permanece abaixo do plano do corpo e membros semi-fletidos

Em decúbito ventral: cabeça para o lado, membros fletidos sob o abdómen, cotovelos fletidos junto ao tronco

113
Q

Escala de Avaliação do Desenvolvimento de Mary Sheridan Modificada - reflexos primitivos

A
  • Reflexo de Moro: com a criança apoiada provoca-se, subitamente, ligeira queda da cabeça (2,5cm) resultando em abdução dos membros superiores e abertura das mãos, deve ser simétrico, pode estar presente até aos 4 meses;
  • Reflexo de sucção e procura (pontos cardeais): estimulando região perioral com os dedos observa-se direcionamento da boca / cabeça para o lado estimulado;
  • Reflexo de preensão palmar, presente até cerca dos 2 meses;
  • Reflexo da marcha automática, quando os pés estão apoiados numa superfície firme; desaparece até às 4 semanas
114
Q

Reflexo de Moro

A

Reflexo de Moro: com a criança apoiada provoca-se, subitamente, ligeira queda da cabeça (2,5cm) resultando em abdução dos membros superiores e abertura das mãos, deve ser simétrico, pode estar presente até aos 4 meses

115
Q

Reflexo de sucção e procura

A

Reflexo de sucção e procura (pontos cardeais): estimulando região perioral com os dedos observa-se direcionamento da boca / cabeça para o lado estimulado

116
Q

Reflexo de preensão palmar

A

Reflexo de preensão palmar, presente até cerca dos 2 meses

117
Q

Reflexo da marcha automática

A

Reflexo da marcha automática, quando os pés estão apoiados numa superfície firme; desaparece até às 4 semanas

118
Q

Escala de Avaliação do Desenvolvimento de Mary Sheridan Modificada - audição e linguagem

A

Reação a sons altos e súbitos (por ex. bater palmas, fechar subitamente a porta, sinos, etc.): qualquer reação é válida: piscar os olhos, franzir sobrancelhas, etc.

Fixa com o olhar um objeto brilhante ou face humana a 30 cm; pode acompanhar lentamente com o olhar

119
Q
A