Dor Flashcards

0
Q

Transdução:

A

Ativação dos nociceptores com transformação de um estímulo nóxico em potencial de ação.

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1
Q

Os três mecanismos básicos da dor:

A

Transdução, transmissão e modulação.

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2
Q

Estímulo nóxico pode ser:

A

Mecânico, térmico, químico.

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3
Q

Nociceptores são:

A

Terminações nervosas livres de fibras mielínicas finas (A-delta ou III) sensíveis aos estímulos mecânicos e/ou térmicos nóxicos, ou amielínicas (C ou IV), sensíveis à estímulos mecânicos, térmicos e químicos nóxicos (nociceptores C polimodais).

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4
Q

Os estímulos mecânicos e térmicos nóxicos além de ativarem nociceptores:

A

Promovem dano tecidual e vascular local, e a liberação de substâncias.

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5
Q

Substâncias liberadas pelos estímulos nóxicos:

A

Íons hidrogênio e potássio, serotonina, histamina, cininas, leucotrienos, prostaglandinas e substância P.

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6
Q

As substâncias liberadas pelo estímulo nóxico podem atuar nos nociceptores por meio dos mecanismos de:

A

Ativação direta, sensibilização e produção de extravazamento do plasma.

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7
Q

Promovem ativação direta:

A

Íons hidrogênio e potássio, cininas, serotonina e histamina.

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8
Q

Promovem sensibilização dos nociceptores:

A

Cininas, prostaglandinas e substância P.

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9
Q

Promovem produção de extravasamento do plasma:

A

Cininas. Substância P.

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10
Q

Dor em pontada é obtida:

A

Pela estimulação isolada de fibra A-delta cutâneas.

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11
Q

A dor em queimação é obtida:

A

Pela estimulação isolada de fibras C cutâneas.

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12
Q

Dolorimento e cãimbra são obtidas pela:

A

Estimulação de fibras A-delta e C musculares.

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13
Q

Nocicepores musculares:

A

Mais sensíveis ao estiramento e à contração isquêmica.

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14
Q

Nociceptores articulares:

A

Mais sensíveis aos processos inflamatórios e movimentos extremos.

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15
Q

Nociceptores viscerais:

A

Mais sensíveis à distensão, à tração, à isquemia, ao processo inflamatório e à contração espasmódica

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16
Q

Nociceptores das cápsulas viscerais maciças:

A

Mais sensíveis à distensão.

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17
Q

Nociceptores miocárdicos:

A

Mais sensíveis à isquemia.

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18
Q

Nociceptores tegumentares:

A

Sensíveis a variados estimulos mecânicos, térmicos e químicos nóxicos, mas não à distensão ou tração

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19
Q

Parênquimas praticamente indolores:

A

Cerebral, hepático, esplênico e pulmonar.

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20
Q

Extremamente sensíveis:

A

Tegumento, meninges, periósteo, peritônio parietal e pleura parietal.

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21
Q

Transmissão:

A

Vias e mecanismos pelos quais os impulsos nervosos são conduzidos para o SNC

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22
Q

As fibras nociceptivas da periferia constituem:

A

Prolongamentos periféricos dos neurônios pseudounipolares dos gânglios espinais e de nervos cranianos.

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23
Q

As fibras nociceptivas de estruturas somáticas cursam por:

A

Nervos autônomos simpáticos e parassimpáticos.

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24
Q

Responsável pela inervação dolorosa dos 2/3 superiores do esôfago:

A

Nervo vago.

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25
Q

Nervo parassimpático pélvico é responsável pela inervação dolorosa do:

A

Cólon descendente, sigmóide, reto, bexiga e uretra proximal.

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26
Q

Os nervos simpáticos são responsáveis pela inervação dolorosa do:

A

Coração, trato gastrintestinal e genitourinário.

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27
Q

Trajetória do impulso nervoso nos nervos simpáticos:

A

Tronco simpático -> ramos comunicantes brancos -> nervos espinais

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28
Q

Trajetória dos impulsos nervosos dos nervos aferentes nociceptivos cardíacos:

A

Entre o 1º e 5º segmentos torácicos -> medula.

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29
Q

Trajetória dos impulsos nervosos nos nervos nociceptivos do trato gastrintestinal:

A

Entre o 5º segmento torácico e o 2º lombar -> medula.

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30
Q

Trajetória dos impulsos nervosos nos nervos nociceptivos geniturinários:

A

Entre o 10º segmento torácico e o 2º lombar -> medula.

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31
Q

Trajetória dos impulsos nervosos pelos nervos parassimpáticos pélvicos:

A

Entre o 2º e 4º segmentos sacrais -> medula.

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32
Q

Glutamato:

A

Neurotransmissor de excitação rápida dos neurônios medulares.

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33
Q

Substância P:

A

Neurotransmissor de excitação lenta dos neurônios medulares.

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34
Q

Vias do grupo lateral:

A

Tratos neoespinotalâmicos, neotrigeminotalâmico, espinocervicotalâmico e sistema pós-sináptico da coluna dorsal

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35
Q

As vias do grupo lateral estão envolvidas com:

A

O aspecto sensorial-discriminativo da dor.

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36
Q

Vias do grupo medial:

A

Tratos paleoespinotalâmicos, paleotrigeminotalâmico, espinorreticular, espinomesencefálico e sistema ascendente multissináptico proprioespinal.

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37
Q

As vias do grupo medial estão envolvidas com:

A

O aspecto afetivo-motivacional da dor.

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38
Q

Os nervos aferentes nociceptivos viscerais são na sua maioria:

A

Bilaterais.

39
Q

os aferentes nociceptivos somáticos são na sua maioria:

A

Unilaterais.

40
Q

A baixa precisão da dor visceral tanto em termos de localização como de qualificação se deve:

A

Por que apresenta inervação bilateral extremamente ramificada (um nervo inervando diversas visceras) e com 1 fibra A (condução rapida) para 10 fibras C (condução lenta).

41
Q

As vias modulatórias são ativadas pelas:

A

Vias nociceptivas

42
Q

As fibras mielínicas finas (A-delta) conduzem a sensibilidade:

A

Termoalgésica.

43
Q

As fibras mielínicas grossas (A-alfa e A-beta) conduzem as formas de sensibilidade do:

A

Tato, pressão, posição e vibração.

44
Q

Teoria do portão ou das comportas:

A

Quando as fibras mielínicas grossas são ativadas elas excitam interneurônios inibitórios da substância gelatinosa de Rolando (lâmina lI) para os aferentes nociceptivos, impedindo a passagem dos impulsos dolorosos, havendo um fechamento da comporta. Enquanto que a ativação das fibras amielínicas e mielínicas finas inibe os interneurônios inibitórios, permitindo a passagem dos impulsos nociceptivos.

45
Q

A dor pode ser provocada por:

A

Ativação das vias nociceptivas ou lesão das vias modulatórias (supressoras).

46
Q

Características da dor:

A

Localização, duração, intensidade e qualidade.

47
Q

As vias nociceptivas mediais não contribuem para o aspecto sensitivo-discriminativo da dor por que:

A

Não são somatotopicamente organizadas.

48
Q

As vias nociceptivas mediais estão relacionadas a estruturas ligadas a regulação das emoções e do comportamento:

A

Formação reticular do tronco cerebral, hipotálamo, núcleos mediais e intralaminares do tálamo e sistema límbico.

49
Q

Fatores que influenciam na intensidade da dor:

A

Amplitude do estímulo álgico, grau de atenção, estado emocional e aspectos culturais e religiosos.

50
Q

A dor pode ser classificada em:

A

Nociceptiva, neuropática, mista e psicogênica.

51
Q

A dor nociceptiva é causada:

A

Pela ativação dos nociceptores e pela transmissão dos impulsos pelas vias nociceptivas até o SNC.

52
Q

Exemplos de dor nociceptiva:

A

Secundária a agressõs externas (picada de inseto, fratura de osso, corte da pele), dor visceral (cólica, apendicite), neuralgia do trigêmio, dor da artrite e da invasão neoplásica dos ossos.

53
Q

Dor nociceptiva espontânea:

A

Pontada, facada, agulhada, aguda, rasgando, latejante, surda, contínua, profunda, vaga e dolorimento. Sugere lesão tissular.

54
Q

Dor nociceptiva evocada:

A

Desencadeada por alguma manobra.

55
Q

Dor neuropática:

A

Gerada pela lesão de qualquer tipo no SNP ou SNC.

56
Q

A dor neuropática pode ser classificada em:

A

Constante, intermitente e evocada.

57
Q

A dor neuropática constante é causada por:

A

Uma desaferentação de um neurônio com: degeneração dos terminais pré-sinápticos, reinervação do sítio desaferentado por axônios vizinhos (brotamento ou sprouting), substituição de sinapses inibitórias por outras excitatórias, ativação de sinapses anteriormente inativas e aumento da eficácia de sinapses antes pouco eficazes.

58
Q

Outra hipótese que explica o componente constante da dor neuropática:

A

hiperatividade das vias reticulotalâmicas e
do tálamo medial.

59
Q

Dor neuropática intermitente acontece pela:

A

ativação das vias nociceptivas pela cicatriz formada no foco lesional ou por efapse.

60
Q

Efapse, no contexto da dor neuropática intermitente, significa:

A

Que Impulsos motores descendentes cruzam para as vias nociceptivas no sítio de lesão do sistema nervoso.

61
Q

Elimina cirurgicamente a dor neuropática intermitente e evocada:

A

Secção completa da via neoespinotalâmica ou neotrigeminotalâmica.

62
Q

Dor neuropática evocada acontece por:

A

rearranjos sinápticos decorrentes da desaferentação

63
Q

Alodinia, é um tipo de dor neuropática evocada, caracterizada por:

A

Por uma reinervação de Células Nociceptivas Desaferentadas por aferentes táteis. Fazendo com que a estimulação tátil, ao ativar neurônios nociceptivos, cause dor.

64
Q

Hiperpatia, é um tipo de dor neuropática evocada, em que:

A

Os neurônios se tornam hiperresponsivos aos estímulos dolorosos devido a substituição de sinapses inibitórias por excitatórias,
aumento da eficácia de sinapses e a ativação das anteriormente inativas.

65
Q

Exemplos de dores neuropáticas:

A

Polineuropatias, neuralgia pós-herpética, membro fantasma, avulsão do plexo braquial, pós-trauma raquimedular e pós-AVC (dor talâmica).

66
Q

Dor neuropática constante:

A

É uma disestesia (sensação anormal desagradável) referida como queimação, formigamento ou dormência.

67
Q

A dor neuropática intermitente é mais frequentemente causada por:

A

Lesões nervosas periféricas e medulares.

68
Q

A dor neuropática intermitente é referida como:

A

Dor em choque ou aguda.

69
Q

Os tipos de dores neuropáticas evocadas são:

A

Alodinia e hiperpatia.

70
Q

A dor neuropática constante, ao contrário da intermitente e evocada, não deve ser tratada cirurgicamente, porque:

A

A secção cirúrgica das vias da dor pode acentuar a desaferentação, piorando a dor.

71
Q

Dor mista:

A

É a dor de natureza nociceptiva e neuropática.

72
Q

Exemplo de dor mista:

A

Alguns tipos de dor por neoplasia maligna.

73
Q

Dor psicogênica:

A

Dor de natureza psicológica, sem nenhum substrato orgânico envolvido.

74
Q

A dor psicogênica é caracterizada como:

A

Difusa, generalizada e imprecisa. Pode ser localizada e pode mudar de localização sem qualquer razão aparente. Quando irradiada não segue o trajeto de nenhum nervo. Intensidade variável e agravada por condições emocionais. Frequentemente encontra-se associada a sinais de depressão, ansiedade crônicas, hipocondria, histeria ou transtorno somatoforme.

75
Q

Pela origem, a dor pode ser classificada em:

A

Somática(superficial e profunda), visceral e irradiada.

76
Q

Dor somática superficial é apresentada quando:

A

Há uma estimulação de nociceptores do tegumento. Possui intensidade proporcional ao estímulo. Pode ser causada por trauma, queimadura ou processo inflamatório.

77
Q

Dor somática superficial pode ser referida como:

A

picada, pontada, rasgando, queimor…

78
Q

Dor somática profunda acontece pela:

A

ativação de nociceptores dos músculos, fáscias, tendões, ligamentos e articulações.

79
Q

As principais causas de dor somática profunda são:

A

Estiramento muscular, contração muscular isquêmica, contusão, ruptura tendinosa e ligamentar, síndrome miofascial, artrite e artrose.

80
Q

A dor somática profunda é caracterizada como:

A

Localização imprecisa, descrita como dolorimento ou cãimbra. Intensidade proporcional ao estímulo.

81
Q

Dor visceral é caracterizada por ser:

A

Difusa, profunda, que tende a piorar com a demanda funcional do órgão cometido.

82
Q

A dor visceral pode estar relacionada com:

A

Comprometimento da viscera; comprometimento secundário do peritônio ou pleura parietal; irritação do diafragma ou do nervo frênico; reflexo viscerocutâneo.

83
Q

Dor cardíaca tem localização:

A

retroesternal ou precordial

84
Q

Dor pleural tem localização:

A

Na parede do hemitórax correspondente.

85
Q

A dor esofágica tem localização:

A

Retroesternal ou epigástrica.

86
Q

A dor gastroduodenal, hepática e biliar tem localização:

A

Epigástrica ou no hipocôndrio direito.

87
Q

A dor ileojejunal e cólon tem localização:

A

Periumbilical

88
Q

A dor do sigmoide e do reto tem localização:

A

Pélvica ou perineal.

89
Q

A dor esplênica tem localização:

A

Hipocôndrio esquerdo.

90
Q

A dor pancreática te, localização:

A

Epigástrio, hipocondrio esquerdo e meio do dorso.

91
Q

A dor renal tem localização:

A

Nos flancos.

92
Q

A dor ureteral tem localização:

A

Nos flancos com irradiação para baixo ventre ou genitália

93
Q

A dor vesical e uretral proximal tem localização:

A

Pélvica e baixo ventre.

94
Q

Dor uterina tem localização:

A

No baixo ventre, pélvica, perineal e lombar baixa.

95
Q

A dor ovárica é localizada:

A

Pélvica, perineal, lombar baixa e fossas ilíacas.