MENINGITE VIRAL E FÚNGICA Flashcards
Meningite viral
Principal etiologia (>60% dos casos)
Enterovírus
Enterovírus
Epidemiologia (2)
- Pico durante o verão e outono
- crianças
Enterovírus
Transmissão
Fecal-oral
HSV
Epidemiologia
- Adultos ou adolescentes sexualmente ativos
HSV: V ou F
Mais de 80% dos casos de meningite asséptica recorrente benigna são causados por HSV-1.
Falso.
São causados por HSV-2.
HSV-1
Infecção do SNC se associa à…(manifestação)
Encefalite
Fisiopatologia
O enterovírus se dissemina por via____ (hematogênica/neuronal) e o HSV por via____ (hematogênica/neuronal).
- Hematogênica;
- Neuronal.
Meningite por enterovírus
Manifestações clínicas
- Cefaleia, febre e rigidez de nuca abrupta
OU
- Curso bifásico:
fase prodrômica: febre baixa e sintomas inespecíficos (mal-estar, dor de garganta…)
segunda fase: febre mais alta, náuseas, vômito, rigidez…
Meningite viral
O vírus ECHO tipo 9, vírus Coxsackie A9 e a16 e enterovírus 71 se relacionam com qual síndrome?
Mão-pé-boca
Vírus ECHO 9
Produz que tipo de síndrome?
Síndromes de exantema, enantema( lesões pequenas, brancas, lembrando as manchas de Koplik)
Meningite por HSV-2
Manifestações clínicas (3)
Seguintes sintomas após aparecimento de lesões genitais
- Cefaleia
- Rigidez de nuca
- Fotofobia
Meningite por caxumba
Manifestações e laboratório (6)
- Pleocitose
- Parotidite
- Cefaleia
- Febre
- Vômito
- Dor abdominal
Meningite por HIV
Manifestações (8)
Lembra a mononucleose
- febre
- mal-estar
- linfadenopatia
- artralgia
- mialgia
- anorexia
- náuseas
- cefaleia
- erupção cutânea morbiliforme
Meningite pelo HIV
Complicações neurológicas que podem estar presentes (2)
- Encefalopatia
- Paralisias dos nervos cranianos
Meningite viral
Características do LCR (5)
- pleocitose linfocítica (50-1.000)
- glicose normal
- elevação de proteínas (geralmente < 150)
- Líquido límpido ou incolor
- globulinas negativas ou positivas
Meningite pelo enterovírus: V ou F
Durante as primeiras 24-48h da meningite, há uma predominância de neutrófilos e, posteriormente, as células principais no LCR se transformam em linfócitos.
Verdadeiro.
Diagnóstico da meningite viral
Teste com elevada sensibilidade e especificidade
PCR
Meningite viral X bacteriana
Como fazer o diagnóstico diferencial?
Análise do LCR
- Predominância de neutrófilos, hipoglicorraquia e bactérias no esfregaço da coloração de gram ou cultura falam a favor de meningite bacteriana
Meningite por enterovírus
Conduta adotada diante de pacientes agamaglobulinêmicos
Administração parenteral de imunoglobulina
Meningoencefalite por enterovírus crônica
Droga que pode produzir melhora clínica em pacientes agamaglobulinêmicos
Pleconarila.
Fonte: Cecil
Meningite por HSV-2
Droga que pode ser utilizada
Aciclovir intravenoso
Meningite fúngica
Gênero e espécies mais associadas
- Gênero: Cryptococcus
- Espécies: C.neoformans e C.gatti
Meningite fúngica
Reservatório
Onde houver concentração de matéria orgânica
- Pombos
- criação de aves em cativeiros (microfocos)
- madeira em decomposição
Meningite fúngica
Modo de transmissão
Inalação das formas leveduriformes
Meningite fúngica:V ou F
O C.neoformans atinge crianças e jovens hígidos, enquanto que o C.gatti é predominantemente oportunista.
Falso.
- C.neoformans: predominantemente oportunista
- C. Gatti: atinge crianças e jovens hígidos
Meningite fúngica em imunocomprometidos
Manifestações (4)
- Cefaleia
- Febre
- Demência progressiva
- Confusão mental
Meningite fúngica em imunocompetentes
Quadro clínico (7)
- Cefaleia;
- Febre;
- Vômitos;
- Alterações visuais;
- Rigidez de nuca;
- Ataxia;
- afasia
Meningite fúngica
Diagnóstico laboratorial (4)
- Exame micológico direto com preparação da tinta da china
- cultura para fungos: padrão-ouro
- aglutinação pelo látex
- exame quimiocitológico do líquor
Meningite fúngica
Características do LCR (6)
- Límpido
- Incolor
- Glicose reduzida
- Proteínas totais aumentadas
- globulinas elevadas
- leucócitos acima de 10
Meningite fúngica em pessoas vivendo com HIV/AIDS
Esquema de tratamento (3)
- Indução: Anfotericina B lipossomal ou complexo lipídico de anfotericina B + flucitosina por pelo menos 02 semanas
- Consolidação: fluconazol por pelo menos 8 semanas
- manutenção: fluconazol por pelo menos 01 ano
Meningite fúngica em pacientes imunocompetentes
Esquema de tratamento (3)
- Indução: anfotericina B lipossomal ou complexo lipídico de anfotericina B + flucitosina por pelo menos 02 semanas
- Consolidação: fluconazol por pelo menos 06 semanas
- Manutenção: fluconazol por pelo menos 6-12 meses
Encefalite
Definição
Processo inflamatório que ocorre no parênquima encefálico associado à infecção viral
Encefalite
Característica clínica importante
Início agudo com febre, alteração do nível de consciência, convulsões e/ou sinais focais neurológicos.
Encefalite
Principais etiologias causadoras (3)
- HSV
- Arbovírus
- Enterovírus
Encefalite
Etiologia frequente em pacientes imunossuprimidos (2)
- Citomegalovírus (CMV)
- Vírus varicela-zóster (VZV)
Encefalite
Sinais e sintomas (8)
- Febre aguda
- alteração do nível de consciência
- paresia
- hiperreflexia profunda
- Babinski positivo
- sinais neurológicos focais
- distúrbios do comportamento
- cefaleia
Encefalite
Achados no LCR (3)
-Pressão de abertura: normal ou aumentada
- citologia: leuco entre 10-500 e predomínio de mononucleares
-bioquímica: proteinorraquia aumentada e glicose normal
Encefalite
Etiologia que se associa à hipertensão intracrania (HIC)
HSV
Diagnóstico das encefalites
Método de escolha (exame de imagem) e achados
- Edema difuso
- Captação de contraste cortical e subcortical
- lesão focal
Encefalite
Tratamento (3)
- Medidas de suporte
- Aciclovir diante de infecção por HSV
- Gancliclovir e foscarnet IV (citomegalovírus e HSV resistente à aciclovir)
Toxoplasmose
Transmissão (2)
- Ingestão de carne crua ou maldormida
- Contaminação através das fezes de gatos
HIV
Infecção oportunista mais prevalente
Neurotoxoplasmose
Neurotoxoplasmose em indivíduos imunodeprimidos
Manifestações (3)
- Encefalopatia metabólica
- encefalopatia subaguda
- meningoencefalite: convulsões, sinais focais, ataxia, confusão mental…
Neurotoxoplasmose
Diagnóstico pelo LCR
Presença do parasita no sedimento do LCR
Neurotoxoplasmose
Achados no exame de imagem
- Múltiplas lesões em “alvo”
- realce de contraste com bordas serpiginosas (inflamação)
- edema acentuado
Neurotoxoplasmose
Tratamento (fase de indução)
- Sulfadiazina + Pirimetamina + ácido fólico ou SMZ-TMP por 6 semanas
Neurotoxoplasmose
Tratamento (fase de manutenção)
- Pirimetamina + sulfadiazina ou clindamicina + ácido fólico até melhora da imunidade (CD4> 200 por mais de 6 meses).
Neurotoxoplasmose
Edema cerebral difuso e/ou intenso efeito de massa são indicações para…
Corticoides
Neurocriptococose
Sinais e sintomas (4)
Início insidioso
- síndrome de HIC
- cefaleia de forte intensidade
- náuseas e vômitos
- sinais de irritação meníngeo (bem menos frequentes)
Neurocriptococose
Diagnóstico (2)
- LCR
- cultura (padrão-ouro)
Caracterize o achado abaixo
Presença dos neurocriptococomas (lesões expansivas)
Neurocriptococose
Fatores de pior prognóstico (3)
- Aumento da PIC
- títulos de antígeno no teste de aglutinação em látex maior que 1:1.024
- diminuição no número de células no LCR
Neurocriptococose
Tratamento
Tratamento trifásico no mesmo esquema da meningite fúngica em imunodeprimidos
Neurocriptococose
TARV deve ser iniciada após quanto tempo do início do tratamento da neurocriptococose?
4-6 semanas
Neurocriptococose: tratamento de manutenção
Tratamento deve durar por… (condições)
- pelo menos 12 meses
- até duas contagens de CD4> 200 com intervalo de 6 meses