Funções Essenciais à Justiça Flashcards

1
Q

Quais são as duas principais características da instituição do Ministério Público, de acordo com a CF em seu artigo 127?

A

Instituição permanente e essencial à função jurisdicional

É o que diz o artigo 127 da CF/1988: o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

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2
Q

Quais são as principais incumbências constitucionais do Ministério Público, de acordo com a CF/1988?

A

Defesa da ordem jurídica e do regime democrático

e dos interesses sociais e individuais indisponíveis

É o que diz o artigo 127 da CF/1988: o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

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3
Q

Quais são os três princípios institucionais do Ministério Público, de acordo com a CF/1988?

A

Unidade, indivisibilidade e independência funcional

É o que diz o artigo 127, §1º, da CF: são princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional.

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4
Q

COMPLETE

Ao Ministério Público é assegurada autonomia f________ e a________, podendo, observado o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e e________ de seus c____ e serviços auxiliares, provendo-os por c________ público de provas ou de provas e títulos, a p________ r________ e os planos de c________; a lei disporá sobre sua organização e funcionamento.

A

Autonomia funcional e administrativa

E iniciativa para propor a criação e extinção de cargos e serviços auxiliares

Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo, observado o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua organização e funcionamento.

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5
Q

O Ministério Público tem liberdade para elaborar sua proposta orçamentária livremente?

A

Ele faz sua proposta orçamentária

Mas dentro dos limites da LDO

É o que diz o artigo 127, §3º, da CF: o Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

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6
Q

O que acontece se o Ministério Público não encaminhar sua proposta orçamentária dentro do prazo previsto na LDO?

A

Adota-se a proposta do ano atual

É o que diz o artigo 127, §4º, da CF: se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 3º [os limites da LDO atual].

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7
Q

O que acontece caso a proposta orçamentária do Ministério Público extrapolar os limites da LDO? O Poder Executivo tem liberdade para cortar onde quiser, para ajustar a proposta?

A

Aparentemente, sim

É o que diz o artigo 127, §5º, da CF: se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em desacordo com os limites estipulados na forma do § 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual.

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8
Q

Em que caso o Ministério Público pode realizar despesas ou assumir obrigações que extrapolem os limites da LDO?

A

Autorização prévia

Por meio da abertura de créditos suplementares ou especiais

É o que diz o artigo 127, §6º, da CF: durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais.

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9
Q

Quais são os dois Ministérios Públicos criados pela CF, e quais suas subdivisões?

A

Ministério Público da União e dos Estados

A CF/1988 dividiu o Ministério Público em MPU e MPE.

O Ministério Público da União, de seu turno, é formado por quatro “braços”:

o Ministério Público Federal

o Ministério Público do Trabalho

o Ministério Público Militar

o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios

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10
Q

Quem é o chefe do MPU, quem o nomeia e quais os requisitos para a posição?

A

Procurador-Geral da República

nomeado pelo Presidente da República após aprovação por maioria absoluta no Senado

O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República.

O Procurador-Geral da República deve ser integrante da carreira e maior de 35 anos

ATENÇÃO!

Observar que a CF não exige que seja integrante do último grau da carreira (como exige para o subprocurador, e outras posições de destaque dentro do MPU)

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11
Q

Qual casa do legislativo deve aprovar o nome do PGR, e por qual quórum? O mandato é de quanto tempo? A recondução é possível?

A

Senado, por maioria absoluta

Para mandato de 2 anos, permitida a recondução.

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12
Q

O Procurador-Geral da República pode ser destituído antes do término de seu mandato?

A

Apenas por iniciativa do Presidente da República

e depende de autorização da maioria absoluta do Senado Federal

É o que diz o artigo 128, §2º, da CF: a destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal.

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13
Q

Como é feita a escolha do chefe dos Ministérios Públicos Estaduais e do DF?

A

Nomeação pelos Governadores

A partir de lista tríplice elaborada pelos próprios MPEs

É o que diz o artigo 128, §3º, da CF: os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma recondução.

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14
Q

O Procurador-Geral do Estado pode ser destituído antes do término de seu mandato?

A

Maioria absoluta da Assembleia Legislativa

Na forma da lei complementar respectiva

A CF não fala de quem é a iniciativa, relegando os detalhes à lei complementar estadual (no caso MPU, a destituição do PGR depende de iniciativa do presidente).

É o que diz o artigo 128, §4º, da CF: os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territórios poderão ser destituídos por deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei complementar respectiva.

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15
Q

A organização, as atribuições e o estatuto dos ministérios públicos são feitos por lei ordinária? De quem é a iniciativa legislativa para tanto?

A

Lei complementar

De iniciativa dos respectivos Procuradores-Gerais

É o que diz o artigo 128, §5º, da CF: leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público […]

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16
Q

Quais são as três garantias mínimas aos membros do MP que as leis complementares que os organizarem devem observar?

A

Vitaliciedade, inamovabilidade e irredutibilidade

É o que diz o artigo 128, §5º, I, da CF: […] observadas, relativamente a seus membros as seguintes garantias:

  1. VITALICIEDADE, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado
  2. INAMOVIBILIDADE, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa
  3. IRREDUTIBILIDADE de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I
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17
Q

Quais são as seis vedações que a CF determinou como obrigatórias nas leis complementares que organizarem os Ministérios Públicos?

A

As vedações estão no artigo 128, §5º, II, da CF, a saber:

  1. receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais
  2. exercer a advocacia
  3. participar de sociedade comercial, na forma da lei
  4. exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério
  5. exercer atividade político-partidária
  6. receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei.
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18
Q

Os ex-membros do Ministério Público podem exercer a advocacia, uma vez desligados da instituição?

A

Devem cumprir quarentena de três anos

É o que diz o artigo 128, §6º, da CF: aplica-se aos membros do Ministério Público o disposto no art. 95, parágrafo único, V. [aos juízes é vedado exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração]

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19
Q

COMPLETE

São funções institucionais do Ministério Público promover, p________, a ação p_____ p_______, na forma da lei.

A

São funções institucionais do Ministério Público promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei.

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20
Q

COMPLETE

São funções institucionais do Ministério Público z_____ pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos d________ a________ nesta Constituição, promovendo as m_______ n________ à sua garantia.

A

São funções institucionais do Ministério Público zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias à sua garantia.

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21
Q

COMPLETE

São funções institucionais do Ministério Público promover o i________ civil e a a____ c_____ p_______, para a proteção do patrimônio p________ e s________, do m____ a________ e de outros interesses d________ e c________.

A

São funções institucionais do Ministério Público promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos.

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22
Q

COMPLETE

São funções institucionais do Ministério Público promover a ação de i________ ou r________ para fins de i________ da U________ e dos E________, nos casos previstos nesta Constituição.

A

São funções institucionais do Ministério Público promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição.

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23
Q

COMPLETE

São funções institucionais do Ministério Público d________ j________ os direitos e interesses das populações i________.

A

São funções institucionais do Ministério Público defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas.

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24
Q

COMPLETE

São funções institucionais do Ministério Público expedir n________ nos procedimentos a________ de sua competência, r________ i________ e d________ para instruí-los, na forma da lei c________ respectiva.

A

São funções institucionais do Ministério Público expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva.

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25
Q

COMPLETE

São funções institucionais do Ministério Público exercer o c________ e________ da atividade p________, na forma da lei c________ mencionada no artigo anterior.

A

São funções institucionais do Ministério Público exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior.

26
Q

COMPLETE

São funções institucionais do Ministério Público r________ diligências i________ e a instauração de i________ p________, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais.

A

São funções institucionais do Ministério Público requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais.

27
Q

COMPLETE

São funções institucionais do Ministério Público exercer o________ funções que lhe forem conferidas, desde que c________ com sua finalidade, sendo-lhe v________ a r________ judicial e a c________ jurídica de e________ p________.

A

São funções institucionais do Ministério Público exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas.

28
Q

O Ministério Público é proibido de prestar consultoria jurídica a entidades públicas? E sua representação judicial?

A

Ambas são vedadas.

É o que diz o artigo 129, IX, da CF: São funções institucionais do Ministério Público […] exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas.

29
Q

A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas na CF é exclusiva ou concorrente?

A

Concorrente

É o que diz o artigo 129, §1º, da CF: a legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e na lei.

30
Q

O Ministério Público pode delegar (e se pode, de que forma) alguma de suas funções institucionais?

A

Funções exclusivas de integrantes da carreira

O artigo 129, §2º, da CF, trata desse tema, dizendo que “as funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da carreira”.

31
Q

O membro do Ministério Público é obrigado a residir na comarca de sua lotação?

A

Essa é a regra

Mas o Procurador-Geral pode autorizar o descumprimento dessa regra

É o que diz o artigo 129, §2º, da CF: As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da carreira, que deverão residir na comarca da respectiva lotação, salvo autorização do chefe da instituição.

32
Q

Qual a imposição da CF quanto à distribuição de processos no Ministério Público?

A

Imediata

É o que diz o artigo 129, §5º, da CF: a distribuição de processos no Ministério Público será imediata.

33
Q

Os membros do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas têm o mesmo regime dos demais membros do MP?

A

Sim.

É o que diz o artigo 130 da CF/1988: aos membros do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas aplicam-se as disposições desta seção pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura.

34
Q

O CNMP é composto de quantos membros? Quem os nomeia? Tal nomeação é condicionada à aprovação do legislativo? O mandato de seus membros é de quanto tempo? É possível a recondução?

A

14 membros nomeados pelo Presidente

Após aprovação da maioria absoluta do Senado, para mandatos de 2 anos

Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de quatorze membros nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois anos, admitida uma recondução.

35
Q

Quem são os membros do CNMP? Há cadeiras para membros natos?

A

PGR, MPU, MPE, Juiz, Advogado e cidadãos

De acordo com o artigo 130-A, os membros do CNMP são distribuídos da seguinte forma:

  • o Procurador-Geral da República, que o preside
  • 4 membros do MPU, assegurada a representação de cada uma de suas carreiras
  • 3 membros do MPE
  • 2 juízes, indicados um pelo STF e outro pelo STJ
  • 2 advogados, indicados pelo Conselho Federal da OAB
  • 2 cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal.
36
Q

Quem indica os membros do CNMP oriundos do próprio Ministério Público?

A

O próprio Ministério Público

Na forma da lei

É o que diz o artigo 130-A, § 1º, da CF/1988: os membros do Conselho oriundos do Ministério Público serão indicados pelos respectivos Ministérios Públicos, na forma da lei.

37
Q

Qual a competência constitucional do CNMP?

A

Controle da atuação administrativa e financeira do MP

Bem como controle do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros

É o que diz o artigo 130-A, § 2º, da CF/1988: compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o controle da atuação administrativa e financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendo-lhe […]

38
Q

O CNMP pode expedir atos regulamentares em relação ao Ministério Público? E determinar providências?

A

Pode apenas recomendar providências

Mas pode expedir atos regulamentares

É o que diz o artigo 130-A, § 2º, I, da CF/1988: compete ao Conselho Nacional do Ministério Público […] zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências.

39
Q

O CNMP pode apreciar de ofício a legalidade dos atos praticados por membros ou órgãos do MP, ou somente mediante provocação? Todos os atos do MP estão sujeitos ao escrutínio do CNMP?

A

De ofício, mas somente atos administrativos

Artigo 130-A, § 2º, II, da CF/1988: […] e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Ministério Público da União e dos Estados […]

40
Q

O CNMP pode desconstituir atos de membros do Ministério Público? E fixar prazos para adoção de providências?

A

Pode, mas só de atos administrativos

Artigo 130-A, § 2º, II, da CF/1988: […] e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Ministério Público da União e dos Estados, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência dos Tribunais de Contas;

41
Q

O CNMP pode receber e conhecer de reclamações contra membros do Ministério Público a qualquer tempo, mesmo sem o esgotamento das vias correcionais próprias (a Corregedoria de cada MP)?

A

Sim.

Uma das atribuições do CNMP, de acordo com o artigo 130-A, §2º, III, da CF/1988, é receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público da União ou dos Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional da instituição […]

42
Q

O CNMP pode avocar qualquer processo disciplinar em trâmite nas Corregedorias dos próprios MPs? E se ele ainda estiver em curso?

A

Pode avocar processo disciplinar em curso

Uma das atribuições do CNMP, de acordo com o artigo 130-A, §2º, III, da CF/1988, é receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público […] podendo avocar processos disciplinares em curso […].

43
Q

O CNMP pode aplicar quais penas aos membros do MP?

A

Todas, incluindo a remoção e a disponibilidade

Uma das atribuições do CNMP, de acordo com o artigo 130-A, §2º, III, da CF/1988, é receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público […] podendo […] determinar a remoção ou a disponibilidade e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa.

44
Q

O CNMP pode rever processo disciplinar já julgado e encerrado?

A

Sim, mesmo de ofício

Desde que julgado há menos de um ano

De acordo com o artigo 130-A, §2º, IV, da CF/1988, uma das atribuições do CNMP é rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de membros do Ministério Público da União ou dos Estados julgados há menos de um ano.

45
Q

Com que frequência o CNMP deve elaborar seu relatório propondo providências que julgar necessárias?

A

Anualmente.

De acordo com o artigo 130-A, §2º, V, da CF/1988, uma das atribuições do CNMP é elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias sobre a situação do Ministério Público no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar a mensagem prevista no art. 84, XI [mensagem do Presidente ao Congresso em cada abertura legislativa].

46
Q

Quem escolhe o Corregedor Nacional do MP, e dentre quais pessoas? Ele deve necessariamente ser integrante da carreira do MP? A recondução é possível?

A

O CNMP, dentre seus integrantes.

Não precisa, portanto, ser um membro do MP

Quem escolhe o Corregedor Nacional é o CNMP, em votação secreta, dentre seus próprios integrantes (sem quaisquer outros condicionantes… pode, portanto, ser qualquer um deles, mesmo não sendo membro do MP).

ATENÇÃO

A recondução do corregedor nacional é vedada pela CF.

47
Q

Qualquer interessado pode encaminhar reclamações e denúncias ao Corregedor Nacional do MP (integrante do CNMP)?

A

Sim.

Essa é uma das atribuições do Corregedor Nacional: receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos membros do Ministério Público e dos seus serviços auxiliares

48
Q

Qual integrante da OAB oficiará junto ao CNMP?

A

O Presidente do Conselho Federal

Art. 130-A, §4º, da CF/1988: o Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil oficiará junto ao Conselho.

49
Q

Quais são as formas de atuação do MP nos processos?

A

Como autor ou como fiscal da lei

Segundo o professor Leonardo Greco, “o Ministério Público pode atuar como órgão agente, ou seja, como autor de ações, como autor de demandas ou como órgão interveniente – nessa função de custos legis, ou seja, como fiscal da ordem jurídica em alguns processos, em algumas demandas –. Ele atua como órgão agente quando ocupa no processo a posição do autor ou do réu, seja na condição de parte principal ou de substituto processual – como, muitas vezes, na atuação da legitimidade extraordinária – e como órgão interveniente nos demais casos.”

50
Q

Qual o prazo da intimação do MP para intervir como fiscal da ordem jurídica, segundo o CPC?

A

30 dias

51
Q

Quais as três hipóteses estabelecidas pelo CPC nas quais o MP necessariamente será intimado para intervir como custos legis? A participação da Fazenda Pública, per si, basta para atrair tal atuação?

A

Interesse público, social ou de incapaz

ou litígios COLETIVOS (e não individuais!!!!) pela posse de terra rural e urbana

Art. 178. O Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir como fiscal da ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei ou na Constituição Federal e nos processos que envolvam:

  • interesse público ou social
  • interesse de incapaz
  • III - litígios COLETIVOS pela posse de terra rural ou urbana (a intervenção da Defensoria e do MP é obrigatória nesses casos)

A participação da Fazenda Pública não configura, por si só, hipótese de intervenção do Ministério Público. Nesse caso, vale citar a já tradicional cisão do interesse público em primário (o qual atrai a atuação do MP) e secundário.

52
Q

Quais são as duas prerrogativas que o CPC dá ao MP, quando ele atua como fiscal da ordem jurídica?

A

Vista dos autos depois das partes

produzir provas e recorrer

Art. 179. Nos casos de intervenção como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público:

  • terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo;
  • poderá produzir provas, requerer as medidas processuais pertinentes e recorrer.
53
Q

O Ministério Público terá sempre prazo em dobro para manifestar-se nos autos?

A

Se a lei não atribuir prazo próprio, sim

Art. 180. O Ministério Público gozará de prazo em dobro para manifestar-se nos autos, que terá início a partir de sua intimação pessoal. Findo o prazo para manifestação do Ministério Público sem o oferecimento de parecer, o juiz requisitará os autos e dará andamento ao processo.

Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o Ministério Público.

54
Q

O Ministério Público deve atuar em todas as ações relativas a direito de família?

A

Apenas quando houver interesse de incapaz

ou de vítima de violência doméstica e familiar

O CPC de 1973 tinha uma estrutura diferente. No atual CPC, o MP deverá atuar somente quando houver interesse de incapaz (caso em que deverá ser ouvido previamente à homologação de acordo) e nas ações de família em que figure como parte vítima de violência doméstica e familiar.

55
Q

Quando o Ministério Público atua como sujeito parcial nesse novo CPC? Quais são essas hipóteses?

A

Art. 177. O Ministério Público exercerá o direito de ação em conformidade com suas atribuições constitucionais. E que hipóteses são essas? As seguintes:

  1. Ação para a defensa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses e direitos sociais e individuais indisponíveis.
  2. Ações de extinção de fundação
  3. Ações de nulidade do casamento
  4. Ação de interdição em caso de doença mental grave
56
Q

Quais as duas hipóteses de nomeação de curador especial previstas no CPC, e quem exerce tal função?

A

Incapaz e preso revel

função exercida pela Defensoria Pública

Segundo o CPC, será nomeado curador especial (pela Defensoria Pública):

  • ao incapaz, quando não tiver representante legal ou quando seus interesses conflitarem com os de seu representante
  • ao preso revel, enquanto não constituído advogado (hipótese de legitimação extraordinária!)

ATENÇÃO!

Há precedentes declarando a nulidade de processos de interdição (relativo à incapacidade, portanto) nos quais o MP atuou tanto como custos legis, como também na função de curador especial. O STJ disse que não é possível tal cumulação, e que atuar como curador especial não é função do MP, declarando a nulidade do processado.

57
Q

Imagine um defensor público, no plantão judicial, que é procurado por uma pessoa que, apesar de rica, diz precisar de ajuda para conseguir uma transferência hospitalar urgente, sob risco de morte. Ele pode atuar, ou há conflito com o resquisito da vulnerabilidade do assistido?

A

Vulnerabilidade não é só econômica

você está ali no plantão judicial, os familiares de uma pessoa lhe procuram dizendo que ela, apesar de rica, precisa de uma transferência urgente ou senão vai morrer. Evidentemente, aquela pessoa está em situação de vulnerabilidade, você pode atuar.

58
Q

Qual o grande exemplo de atuação da defensoria como custos vulnerabilis?

A

Ação possessória com muitos vulneráveis

Art. 554. A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o juiz conheça do pedido e outorgue a proteção legal correspondente àquela cujos pressupostos estejam provados.

§ 1º No caso de ação possessória em que figure no polo passivo grande número de pessoas, serão feitas a citação pessoal dos ocupantes que forem encontrados no local e a citação por edital dos demais, determinando-se, ainda, a intimação do Ministério Público e, se envolver pessoas em situação de hipossuficiência econômica, da DEFENSORIA PÚBLICA.

59
Q

QUESTÃO DE CONCURSO

Em determinada seção do STJ, durante julgamento de recurso especial repetitivo acerca de discussão referente ao custeio de medicamento por plano de saúde, questão que se reflete em diversas demandas de consumidores economicamente vulneráveis, foi admitido o ingresso da Defensoria Pública da União na qualidade de guardião dos vulneráveis (custos vulnerablis).
Nessa hipótese, de acordo com a jurisprudência atual do STJ, a atuação como guardião dos vulneráveis:

A) não possui fundamento no ordenamento jurídico brasileiro, motivo pelo qual a decisão é nula e a Defensoria Pública deve ser excluída do feito.

B) está eivada de nulidade relativa, por ausência de fundamento para essa forma de intervenção, e a participação da Defensoria Pública deve ser convertida em atuação como amicus curiae.

C) é adequada desde que se restrinja ao mero acompanhamento do processo, sendo vedada a prática de atos processuais pela Defensoria Pública.

D) representa uma forma interventiva da Defensoria Pública em nome próprio e em favor de seus interesses institucionais, sendo-lhe permitida a interposição de recurso.

A

D) representa uma forma interventiva da Defensoria Pública em nome próprio e em favor de seus interesses institucionais, sendo-lhe permitida a interposição de recurso.

De acordo com a jurisprudência atual do STJ, a Defensoria Pública pode intervir no feito como custos vulnerabilis em todo e qualquer processo em que houver interesse de vulneráveis, quando sua atuação se dá como protetora dos necessitados, independentemente de haver ou não advogado constituído. (STJ. 2ª Seção. EDcl no REsp 1.712.163-SP, Rel. Min. Moura Ribeiro, julgado em 25/09/2019). Custos vulnerabilis significa “guardiã dos vulneráveis” e é função exclusiva da Defensoria Pública. A intervenção como custos vulnerabilis não se confunde com a função de amicus curiae, muito menos com a função de custos legis exercida pelo Ministério Público. O objetivo da intervenção da Defensoria Pública como custos vulnerabilis é instruir os autos com documentos e informações que representam as pessoas vulneráveis, de modo a contribuir com o juiz para a solução da causa. O custos vulnerabilis, ao contrário do amicus curiae pode interpor qualquer espécie de recurso.

60
Q

QUESTÃO DE CONCURSO

Verdadeiro ou falso?

Os membros da Defensoria Pública serão civil e regressivamente responsáveis quando agirem com culpa, dolo ou fraude no exercício de suas funções.

A

Somente em caso de dolo ou fraude

culpa, portanto, não

O item julgado está errado. Art. 187, CPC. O membro da Defensoria Pública será civil e regressivamente responsável quando agir com dolo ou fraude no exercício de suas funções.

61
Q

QUESTÃO DE CONCURSO

Defensor Público no exercício da função, em ação de guarda, representando judicialmente a parte autora, não consegue estabelecer contato com esta, mesmo após ter enviado correspondência para comparecimento na Defensoria Pública, para dar-lhe ciência de que deverá atender determinação do juiz no sentido de comprovar, no prazo de 30 dias, o início do tratamento recomendado na avaliação psicológica realizada nos autos. O que o defensor público deve fazer?

A

Pedir ao juiz a intimação pessoal

Nesse caso, o Defensor Público deverá requerer ao juiz a intimação pessoal da parte porque a providência somente por ela pode ser realizada ou prestada. Conforme o CPC, nesse caso o Defensor Público deverá requerer ao juiz a intimação pessoal da parte porque a providência somente por ela pode ser realizada ou prestada:

Art. 186. A Defensoria Pública gozará de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais. § 2º A requerimento da Defensoria Pública, o juiz determinará a intimação pessoal da parte patrocinada quando o ato processual depender de providência ou informação que somente por ela possa ser realizada ou prestada”.